QUE BOM TER VOCÊ AQUI

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Que bom ter você aqui....

segunda-feira, 13 de julho de 2009

VAI FAZER FALTA.....



O cara era “o cara”. Este sim.
Sem dúvida nenhuma, Michael Jackson vai fazer falta.
No mundo da música, do show business, da dança, do espetáculo e da competência. Isto mesmo: com-pe-tên-ci-a.
Fofocas e intrigas à parte, Michael Jackson sempre foi competente em tudo o que fez. Compôs músicas, criou arranjos, dedilhou notas sublimes que originaram canções inesquecíveis, rearranjou clássicos como Smile, encarou You’re Not Alone, do R. Kelly, com maestria, enfim, o lado sensível e de talento de uma pessoa sensível e talentosa.
Criou coreografias imitadas pelo mundo inteiro, em todo o mundo, inventou gestos, passos, coisas que somente ele poderia inventar, aquele “guri” de plástico.
Soube ouvir seus produtores, como Quincy Jones e deu no que deu: centenas de prêmios, milhões de discos vendidos em todo o mundo, elogios, comentários, documentários, entrevistas e o principal: reconhecimento.
Era “o cara’ que até chinês gostava, mesmo sem entender o que ele dizia, mas entendia o que ele transmitia, cantava, dançava.
Fica um vazio, da mesma forma que outros vazios ficaram no mundo da música e das artes. Fica a certeza de que ninguém chega aonde ele chegou só por ser bonzinho e ter uma fantástica assessoria de imprensa. Chegou aonde chegou porque era bom e já demonstrava isto no Jackson Five, quando era o menor de todos, apenas no tamanho.
Convenhamos: Michael Jackson foi brilhante, desde que abriu a boca para cantar I’ll be There, com os irmãos, ainda menino – e negro.
De seus maiores sucessos, 80% são de sua própria autoria, o que revela o “feeling” do artista em relação à sua obra e ao seu público.
Músicos selecionados, arranjos revistos, audições de entendimento, produtores companheiros e de uma sensibilidade aguçada permitiram que MJ chegasse ao topo de paradas durante anos, desde 1970.
Sem dúvida, o mundo perde um artista de primeira linha.
Sempre ouviremos nas rádios os sucessos consagrados, mas aconselho que ouçam Cds inteiros, pois existem músicas maravilhosas que as rádios não executam.
Aquele garotinho que imortalizou I’ll Be There, sabia onde ia chegar e chegou.
E ao chegar ao céu, tamanho foi o tumulto, mas São Pedro liberou uma nuvem para 200 mil pessoas e o show – acústico – foi um sucesso, tendo na primeira fila pessoas que ele conhecia muito bem, a começar por Paul Newmann, Jackie Kennedy Onassis, Fred Astaire, Glenn Mueller entre outros.
Mas todos puderam ouvir o show do MJ lá em cima. A ponto de, na saída, ganhar um abraço de Tom Jobim, que era avesso ao ritmo, mas rendeu-se ao artista e ao talento do maior cantor pop de todos os tempos.
Descanse Michael Jackson. Vamos ver por aqui o que nos resta e se alguém, num longo prazo, conseguirá chegar perto do que você fez.
E, como consolo, nos aguarde, pois We’ll be there, too.
Mas o pior é que ele se foi e o Wando, continua.....

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