QUE BOM TER VOCÊ AQUI

Quem escreve, raramente escreve somente para si próprio.
Assim, espero que você leia, goste, curta, comente, opine.
E tem de tudo: de receitas a lamentos; de músicas à frases: de textos longos a objetivos.
Que bom ter você aqui....

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

belo comercial

PALESTRA

comercial martini

show de bola.....SOM NA CAIXA

DISPENSA APRESENTAÇÕES.

basta clicar

e bons momentos.......

FRASES DE CAMINHÃO....

Não mando minha sogra pro inferno porque tenho dó do diabo !

Quando homem valer dinheiro, baixinho serve de troco .

Cana na fazenda dá pinga; pinga na cidade dá cana.

A mata é virgem porque o vento é fresco.

Quem inventou o trabalho não tinha o que fazer!

As mulheres perdidas são as mais procuradas

O cachorro só é o melhor amigo do homem porque não conhece o dinheiro.

DELE

Se um poeta consegue expressar
a sua infelicidade
com toda a felicidade,
como é que poderá ser infeliz?

(Mário Quintana)

da turma...

Nunca confie num homem que não bebe (Provérbio Chinês)

Vinte e quatro horas no dia, 24 cervejas em uma caixa... Coincidência?

Troque seu coração por outro figado,assim você bebe mais e ama menos.

óia.....

Se a bebida está prejudicando o seu casamento... abandone sua mulher!

PROFUNDA....

"Meu maior sonho,
é trazer você para minha realidade."

BOA

- Padre, perdoa-me porque pequei (voz feminina)
- Diga-me filha - quais são os teus pecados?
- Padre, o demonio da tentação se apoderou de mim, pobre pecadora
- Como é isso filha?
- É que quando falo com um homem, tenho sensações no corpo que não saberias descrever...
- Filha, apesar de padre, eu também sou um homem...
- Sim, padre, por isso vim confessar-me consigo.
- Bem filha, como são essas sensações?
- Não sei bem como explicá-las - neste momento meu corpo se recusa a ficar de joelhos e necessito ficar mais a vontade.
- Sério??
- Sim, desejo relaxar - o melhor seria deitar-me...
- Filha, deitada como?
- De costas para o piso, até que passe a tensão...
- E que mais?
- É como um sofrimento que não encontro palavras.
- Continue minha filha.
- Talvez um pouco de calor me alivie..
- Calor?
- Calor padre, calor humano, que leve alívio ao meu padecer...
- E com que frequência é essa tentação?
- Permanente padre. Por exemplo, neste momento imagino que suas mãos massageando a minha pele me dariam muito alívio...
- Filha?!
- Sim padre, me perdoa, mas sinto necessidade de que alguém forte me estreite em seus braços e me dê o alívio de que necessito...
- Por exemplo, eu?
- Sim padre, você é a categoria de homem que imagino poder me aliviar.- Perdoa-me minha filha, mas preciso saber tua idade...
- Setenta e quatro, padre
.- Filha, vai em paz que o teu problema é reumatismo...

é.....

Um senhor entra no confessionário de uma igreja e diz para o padre :
- Padre? Eu tenho 92 anos, uma esposa maravilhosa de 70, vários filhos, netos e bisnetos.
Estava passeando ontem no parque quando duas estudantes lindas me pediram uma informação.
Conversa vai, conversa vem, acabamos indo para um motel.
Ficamos lá a tarde inteira e eu fiz sexo três vezes com cada uma delas!
- Você está arrependido dos seus pecados? ? pergunta o padre.
- Que pecados?
- Como assim, que pecados?
Que tipo de católico você é?
- Católico??? Eu sou judeu!
- Então porque você está me contando isso num confessionário?
- Cara, eu tenho 92 anos! Eu estou contando para todo o mundo!!!

MUITO BOA

Um homem caminhava pela praia e tropeçou numa velha lâmpada.
Esfregou-a, um gênio saltou lá de dentro e disse:
- Ok você libertou-me da lâmpada, bla, bla, bla;
esqueça aquela historia dos três desejos, você tem direito a um desejo apenas.
Diga o que quer.
O homem pensou por um instante depois disse:
Eu sempre quis ir ao Arquipélago de Fernando de Noronha , mas tenho medo de voar.
De navio costumo ficar enjoado.
Você poderia construir uma ponte ate Fernando de Noronha para que eu pudesse ir de carro?
O Gênio riu:
- Impossível; pense na logística do assunto.
São ilhas oceânicas afastadas da costa como é que as colunas de sustentação poderiam chegar ao fundo do atlântico??
Pense em quanto concreto armado, quanto aço, mão-de-obra...
Não, de maneira alguma! A ponte não pode ser!
Pense em uma coisa mais razoável.
O homem compreendeu e tentou pensar num desejo realmente bom. Finalmente disse:
- Sabe, eu fui casado quatro vezes e quatro vezes me separei.
Minhas esposas sempre disseram que eu não me importava com elas e que sou um insensível.
Então meu desejo é poder compreender as mulheres:

Saber como elas se sentem por dentro...
o que elas estão pensando quando não falam com a gente ....
Saber porque é que estão chorando....
Saber o que elas realmente querem quando não dizem nada....
Saber como fazê-las realmente Felizes!

O Gênio respondeu:
- Queres a merda da ponte com duas ou com quatro pistas?

BOM DIA!!!

Toda vez que a professora chegava na sala de aula e falava 'bom dia',
os alunos respondiam 'bom dia', mas tinha um som no final que era assim:- ...êêêêêêêê.
Um dia a professora chega, dá bom-dia e os alunos respondem
'bom dia', sem aquele som no final.
Ela percebe que o Joãozinho faltou e diz para a classe:
- Olha só, amanhã, quando eu falar 'bom dia' vocês não respondem
pra eu ver o que acontece.
No outro dia então, a professora entra na sala e diz:
- Bom dia.
E só o Joãozinho responde:
- Vai se fudêêêêêêêê

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

UM MOMENTO.....


Na foto de meu amigo Thiago Fuzetti, um momento para olhar e pensar. Ir longe, flutuar, imaginar como é que pode existir um momento tão belo como este.
E neste momentos, passar o vídeo-tape da vida sem acelerar imagens. Sentar no banquinho ao pé da estrada e ficar alí, sem compromisso. Apenas olhar. Até que o sol se vá. E o pior: ele se vai. Mas volta. E quando volta, nos apresenta novamente este belo momento.
Bela foto. Belo clic. Belo momento.

PÁME NA FAME.....

PAME NA FAME, em grego, quer dizer: vamos comer. E comer bem.
E como se não bastasse, ainda vamos ouvir a música feliz dos gregos. Um povo que nasceu e apregoou a alegria por todos estes anos.
O cardápio é bom, o cozinheiro é bom, tudo é bom.
Recomendo a quem puder ir, que vá.
Bebe-se, canta-se, ouve-se e vive-se.
E isto é o que importa.
Estarei por lá, embora isto não interesse.
Mas quem puder ir, vá.
Será uma noite especial.
E como dizemos em grego:
"ella, iató kaló"....
venha, para o bem
para a alegria,
para o bem viver.
Somos gregos.
Entendemos disto.
" Itsghia".....para todos....
(saúde).

O TEMPO 2

Meu bom amigo Cafú, me coloca uma frase:
"fecho os olhos pra não ver passar o tempo......"
da música Amor Perfeito, consagrada pelo Roberto Carlos.
E pergunto: adianta?
Primeiro, que fechar os olhos permite uma fuga do tempo, mas ao
abrí-los novamente, percebe-se que não fugiu-se do tempo.
Poeticamente, pode.
Realisticamente, não.
Ao fechar os olhos, tranporta-se o problema para outro hemisfério.
Adia-se a conclusão.
Cancela-se a aceitação de um fato.
Fechar os olhos para não ver passar o tempo, poderia ser tema de
redação, e acho que será. Mas é um fato.
Mas para nós, a esta altura do campeonato, serve como apelo poético.
Não prático.
Frases corretas como esta, servem para enviar bouquês de flores. E só.
A vida nos ensina que fechar os olhos alivia por uma época, mas e o resto?
E a terça, a quarta, a quinta, o domingo?
Basta ficarmos sozinhos em um canto só nosso, e pronto.
Desaba tudo novamente.
E com os olhos fechados.
Quanto mais vivo, percebo que a realidade da vida é o que nos cerca
e não o que sonhamos, imaginamos, pretendemos.
Se conseguir, melhor será.
Mas no dia a dia, a dureza da realidade afasta sonhos para o lado de lá.
Se fechamos os olhos para não ver passar o tempo, viva!
Estamos sobrevivendo.
Se mantivermos os olhos abertos, pena....estamos vivendo.
E viver, pode não ser tão interessante a partir do momento da verdade
nua e crua.
Mas, temos que viver.
Viver e saber aproveitar versos e letras que nos embalem para outros cantos.
E com eles, empurrar a vida como a gente consegue.
Feliz do homem que vive o que sonha.
Mais feliz, do homem que tenta e consegue.
Este, mais anos à frente, será feliz sempre.
Mesmo que com os olhos abertos para a realidade de hoje.
Mas o ontem, foi tão forte, que permite seguir a trajetória da vida.
E a cada dia, repetimos: fecho os olhos pra não ver passar o tempo.....
sinto falta de você...........
Que assim seja.........que cantemos, que memorizemos, que vivamos.
O que se leva da vida, é a vida que se leva.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PARA TIRAR O CHIP

Batendo papo animado com grupo de amigos, me perguntam qual
o local mais agradável para se passar uma semana, nas férias!!!
Pergunto que tipo de local: agito, gente de monte? Conhecidos,
gente de menos? Praia? Campo? Capital do Brasil?
Não que eu seja guia turístico, longe de mim tal ambição, mas
sim porque ao indicar um lugar para alguém, primeiro procure saber
o que este alguém está querendo.
Isto posto, todos se manifestaram sobre um lugar calmo, tranquilo,
daqueles que eu digo "para tirar o chip".
Assim sendo, só tem um lugar que eu conheço que é o ideal
para se tirar o chip: Ibiraquera, Santa Catarina.
Depois de Garopaba, uns 20 km e entra à esquerda.
Primeiro que, mesmo no carnaval ou em temporadas, o "cheio" de lá
não incomoda ninguém. Até porque quem alí fica, vai para o Rosa, vai
para Laguna, vai para tudo que é pertinho. E não fica em Ibiraquera,
com exceção dos surfistas e praticantes do wind surf.
Gente de paz, gente de bem.
Lá em Ibiraquera, caso você decida ir para tirar o chip, fique na
Pousada Barra Mar, do meu amigo Getúlio.
Gente simpática, correta, local de primeira linha, restaurante caprichado,
piscina com caipirinha e cerveja no jeito, apartamentos excelentes,
chuveiro honesto e cama box, o que já lhe garante alguns momentos
de soninho de primeira qualidade.
Bem na frente, o mar de Ibiraquera, com a lagoa que se forma no verão.
Ideal para quem tem filhos pequenos(mas comportados) ou para quem
quer ficar somente a dois. O lugar ajuda a conversar com calma e sobre tudo.
Não disponho do telefone da pousada, mas na internet você encontra.
E alí pertinho, vá de carro a Laguna, atravesse a balsa e faça uma bela refeição num restaurante do outro lado, especializado em frutos do mar.
O nome? Não lembro, mas o lugar é encantado, com o mar alí ao lado e os golfinhos pulando a toda hora.
Ibiraquera.
Este lugar é meio mágico, onde passei momentos muito legais,
inesquecíveis e gravados para sempre na memória de boas viagens.
Aconselho, mas faço a ressalva: para quem quer descansar mesmo.
E ao lado da Pousada, uma confeitaria de primeira linha, para aquele
lanchinho de final de tarde.
E na esquina oposta à pousada, um restaurante sem igual.
Uma tainha e uma anchova que não existe por aqui, além de um
atendimento qualificado. E a cerveja? Não preciso comentar...
O nome? Não lembro mais também.
Mas vale a pena.
Pousada Barra Mar, em Ibiraquera.
Vá e depois, me conte.
E tem outra; se reservar agora, paga em 6 x de duzentos e poucos reais
para casal, pacote de 7 dias.
Não estou ganhando nada com isso, mas aproveitando o bate papo de ontem, aqui segue a dica.
Boa viagem.

O COMÉRCIO

E ela chegou na loja "chic", como ela chamava, entrou com os cabelos
ao vento, rasteirinha fazendo barulho, maquiagem para as 11 da noite,
túnica branca sobre o fuseau preto, perua à toda prova.
Só que eram dez da manhã e ela, levada pelo vento, falando com a
voz uns 20 decibéis acima do normal.
Na loja, a vendedora capaz e treinada, profunda conhecedora dos
móveis e de decoração, foi atender a perua nova que chegava.
Ela, sem a menor cerimônia, deu a bolsa Luis Vutão para que a
vendedora segurasse, apontou para uma peça e perguntou:
"quanto sai aquele aparadouro?"
Ao ouvir isto, "aparadouro", a vendedora já sentiu o que vinha pela frente.
Colocou a bolsa da perua no sofá ao lado e informou o preço do "aparadouro".
A perua, ainda andando pela loja, passinhos rápidos com a rasteirinha
fazendo barulho, perguna lá do outro lado da loja, com aquela voz
que não precisa de celular: " e este sofá aqui, com as almofadadas
na cor diferente"??
A moça, gentil e calmamente, informou o preço.
E assim foi durante uma hora e meia, com a perua andando, vendo e perguntando tudo, sempre com a voz mais estridente do que o normal.

Tomou cafezinho e fez barulho no último gole, como quem chupa a bebida.
Atendeu o celular, falou com a empregada e disse:" faz om corqueti e
um omeleti que o maridão gosta. E ocê sabe, nega: tem que agradar o
maridão. O cartão de crédito é o dele.".
Anotou tudo que foi perguntado, fez as contas de cabeça, olhou para
a moça do atendimento e disse:
"vou levar tudo isto. Mas, querida, manda entregar tudo lá e casa,
ainda hoje, até as 6 da tardi.....taqui meu cartão. Pode passá e não
precisa nem consultá...!"
A moça, incrédula, ainda deu um desconto de 5% para pagamento
no cartao, passou e foi aceito, anotou o endereço lá no Boqueirão,
acompanhou a perua até o estacionamento da loja, onde estava
parada uma Cherokee zero quilômetro.
A perua partiu, a moça sentou-se e disse: eu morro e não vejo tudo.
Uma perua destas entra, grita, faz escândalo, fala errado e compra
15 mil reais, à vista, no cartão. E o cartão passa. E mora no Boqueirão....
(sem demérito para quem mora, mas a pose era de quem morava em outro
lugar da cidade).
Tudo isto para mostrar aos amigos, que quem trabalha no comércio
vê de tudo, encara tudo, aceita tudo, não entende tudo, mas convive
com tudo.
E é assim.
Nos últimos dez anos, o dinheiro mudou de mãos.
Hoje, quem não tomou chá em colher de prata, tem a prata, o chá importado e dá as cartas. E quem, no passado, tomou o chá em colher de prata, mantém a educação, a classe, mas está meio sem dinheiro. Não todos, claro.
O comércio é uma escola onde se vê como as pessoas agem e são.
Ainda mais as mais novas que usam um dinheiro que nunca tiveram.
E não sabem como usar adequadamente. A casa da perua, segundo a
vendedora, era um verdadeiro show room de loja de tintas: cada parede
de uma cor, azulejos de vários tons, tudo misturado.
Do cliente mais refinado, não espere muito, a não ser um bom papo e uma
venda normal. Das novas, espere tudo, se prepare para tudo, ouça de tudo.
E na saída, sorrindo, a perua ainda disse para a mocinha: da próxima
vez, segure minha bolsa Luis Vutão, por favor.Tchau queridinha....".
Pode?
Pode.
E o pior: é fato verídico.....

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O TEMPO.


Por onde ando, sempre tem um relógio.
Seja onde for, lá está ele, marcando horas, minutos, segundos, preciosos tic-tacs que me lembram há quanto tempo estou longe de pessoas que me são importantes.
Este da foto, é do Mercado Municipal de Curitiba. Antigo, importado, bonito.
Como todos, ele gira, roda, marca o compasso que não volta, não admite retorno, segue em frente, badala.
Como tantos, ele nos faz lembrar que chegamos atrasados em algum momento, que nos antecipamos em outros, que faltamos, também.
Como tantos, ele nos lembra do amor que se foi sem hora marcada, do amor que chegou sem hora determinada, da pessoa que não tinha horas para nos ver, pois sempre nos via.
Como tantos, ele nos alerta para o detalhe que a vida segue.
E com ele, caímos na realidade de que a o tempo urge, corre, se movimenta.
E com isso, ele, o tempo, quer que nós também nos movimentemos, sempre.
O problema é saber que ele não pára, mas nós, por vários motivos, às vezes paramos.
E deixe ele que corra, que rode, que badale, que toque, que se movimente.
Deixe ele que marque, que lembre, que chame a atenção.
A função dele é esta.
Prefiro a ampulheta, que também marca, mas não lembra.
E esta, temos que virar para marcar o tempo.
Quando der vontade, a gente vira.
Quando der sentido, a gente vira.
Quando for possível, a gente vira.
Horas, minutos, segundos.
É nisto que a vida da gente se prende?
Ainda acho que não.
Se bem que você me deixou às duas da tarde.
Pontualmente.
E tinha um relógio bem à minha frente.
Aquele que você me deu.
Ele marcou as horas e continuou rodando.
E eu junto.
Rodando....rodando....rodando.
(foto de Leandro Elias).

PARA O ULA ULA E O CASSOU

GALINHA REVOLTADA!!!

Deus criou o mundo em 7 dias.
No sétimo dedicou-se a ouvir as reclamações.
A primeira a apresentar protestos foi A GIRAFA:
- Porra, Deus! Que sacanagem é esta? Este meu pescoço enorme é ridículo!
- Calma, dona Girafa! Tudo foi muito bem pensado. Com esse pescoço comprido, além de a senhora poder comer as folhas mais tenras, do alto das árvores, vai poder perceber a aproximação do inimigo antes dos outros animais e assim se defender.
A girafa ouviu as explicações e ficou convencida de que Deus, afinal, tivera uma boa idéia.
Logo depois entrou O ELEFANTE, injuriado:
- Puta Merda, Deus! Eu sou enorme de gordo e tenho esta tromba toda na minha cara. Isto é sacanagem!
Deus, pacientemente, explicou:
- Com esse tamanho todo, nem o Leão, que é o rei da selva, terá coragem de te enfrentar e, além do mais, graças a essa tromba, você é o único animal que pode tomar banho de chuveirinho.
O elefante ponderou e chegou à conclusão que Deus tinha razão.
O terceiro bicho da fila era A GALINHA, que já entrou metendo o pé na porta:
- NEM VEM COM EXPLICAÇÕES!
OU AUMENTA O CÚ OU DIMINUI O TAMANHO DO OVO!!!

EMAIL.

Recebo email assinado como tj@sky.com que é um release sobre um
show que acontecerá no recém inaugurado bar do céu.
TJ nada mais é do que Tom Jobim.
E o release, completo, não poderia ser melhor.
No próximo sábado, com autorização de JC, show especial com
Taiguara ao piano, Dolores Duran no vocal, Maisa ao centro e
Leila Diniz na leitura dos textos. Um show diferente, com música,
leituras e interpretações de textos novos de Vinicius de Moraes.
E Taiguara completamente recuperado, bebendo apenas Guaraná Diet, diretamente importado da Amazônia.
Ingressos à venda na bilheteria de São Paulo, o mais simpático dos apóstolos.
Fico aqui pensando que esta turma deve estar se divertindo o que pode.
Aproveitando "a vida" como nunca aproveitaram.
Até porque, dalí não têm mais para onde ir.
Ou aproveita, ou assiste, o que é aproveitar do mesmo jeito.
E nós, aqui, com Faustão e Gugu aos domingos, Alines e merdas durante a semana, novelas diárias questionáveis e, uma vez ou outra, um musical que preste.
E fiquei sabendo, em primeira mão, que no céu não tem Tv.
Nem aberta, nem por assinatura. Aberta seria legal. Imaginem.....
O próprio JC sabe de tudo através de outras formas.
E não aprecia muito o que vê.
No show, Taiguara cantará Hoje, Que as Crianças Cantem Livres, Romina
e Juliano, Universo no teu Corpo, Modinha, Gente Humilde, entre outras.
Maisa lerá trechos de Vinicius que falam de saudade, partida, ausência,
solidão, paz.
Dolores Duran cantará suas músicas preferidas e, numa delas, o pianista
será Ray Charles.
Aliás, este cantará What a wonderful World em caráter de homenagem.
O world deles, não o nosso.
Mando email perguntando o preço do ingresso, se tem lugar marcado,
aquelas coisas de curioso. Horário e demais detalhes.
Volta a resposta com um adendo: tudo o que eu queria saber com uma
ressalva em letras maiúsculas: tem que viver aqui.
Pois é.
Ainda não.
Mas vai chegar o dia.
E em chegando lá, de lá a gente não sai mais.
Aí sim.
Só vou mandar emails para quem ficou aqui para dizer que alí, sim,
vale a pena.
Imagina: uma vez por semana esta turma reunida para um showzinho no
Sky Piano Bar.
E no final do email resposta, um aviso: patrocínio - Stolishnaya, a vodka preferida do céu.
Com certeza, influência do Nicolau I, o czar que foi pro céu.
Mas aguardemos.
Ainda temos que aguentar por aqui os Latinos, os Wandos, os pagodes
de matar de ruins, as pérolas fabricadas pela Globo, os Raul Gil da vida.
Se bem que, fazendo força, encontra-se algo que preste, como Ana Cañas, Fernanda Takai, Ana Carolina, Simone (ainda) e outras.
Apago o email e continuo a vida.
Show do Sky Piano Bar, mais tarde.
A vontade é imensa, mas ainda existem coisas para se fazer por aqui.
E estão apenas no começo.
Como aproveitar teu olhar, por exemplo.
Em meio a maremotos e vendavais, ele acalma, tranquiliza, ameniza, empolga.
É com este que eu vou........

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DIVAGANDO.....E MUITO.....

Fim de tarde com chuva.
Começo de semana com chuva.
Fim de mês com chuva.
Vem aí, finados.
Dia de homenagear aqueles que nos deixaram, fisicamente.
Tem gente que morre e permanece viva dentro da gente, ao lado da gente,
perto da gente, sempre com a gente.
Isto porque gostávamos, gostamos e somos gostados.
Feriado se aproxima.
Planos, ligações, emails.
Viagens, encontros, churrascos, peixadas, papo pro ar.
Quer coisa melhor?
Ainda mais quando dá para se fazer isto.
Papo pro ar.
Nem sempre, é claro.
Mas se tiver chuva, daí sim.
Lá por quinta-feira à tarde tudo já começa a andar mais devagar.
Sem falar que na quarta é dia de agito.
Porrinhos de leve para manter a forma.
Ressaquinhas e shows à parte.
Mas vamos lá.
Hoje é só segunda-feira.
Lá por sexta-feira a gente vê como é que fica.
Se é que fica.
Caso não fique, ficamos nós.
Boa semana a todos.

sábado, 24 de outubro de 2009

PERNIL A COSTINHA

Inventei moda e ficou bom. Aliás, muito bom. Usei como base a receita antiga
de minha mãe e de minha Tia Maria.
O cheiro invade a casa e os vizinhos ficam curiosos.
Recomendo a quem gosta de cozinhar e, principalmente, de comer bem.

Pernil A Costinha.

1 pernil pequeno sem osso
1 pimentão verde ou vermelho
4 tomates sem sementes
2 cebolas médias
2 talos de salsão pimenta-do-reino
4 dentes de alho
3 folhas de louro
1 litro de cachaça (pode ser das baratinhas)
sal grosso
2 cenouras

Eliminar parte da gordura do pernil, mas não eliminar totalmente.
Um pouco de gordura é importante para o sabor final da receita.
Colocar em um processador a cebola, cenoura, salsão, alho, pimentão e tomates. Processar rapidamente para não fazer uma pasta, ou então, picar finamente estes ingredientes com uma faca.
Colocar o pernil em uma assadeira e com uma faca fina fazer alguns furos na carne.
Temperar generosamente com sal grosso e pimenta-do-reino, cobrir com os vegetais picados acrescentar a folha de louro e regar com toda a cachaça.
Cobrir, colocar na geladeira e deixar marinando por 6 a 8 horas.
Virar o pernil e marinar por mais 6 horas.
Embrulhar a assadeira com papel-alumínio e assar o pernil em forno médio/baixo por 4 horas.
Retirar o papel-alumínio, aumentar a temperatura do forno e assar por
mais 2 horas, regar sempre com os sucos que se formam na assadeira.
Retirar o pernil e deixar esfriar.
Se quiser preparar um molho, regar a assadeira com 1 xícara de água,
retirar juntamente com os vegetais e passar por uma peneira grossa.
Fatiar a carne e fazer sanduíches regar o pão com um pouco do molho.
Caso não fique bom, ao menos a cachaça lhe trará bons momentos.
Bom apetite!!!

ATÉ QUE ENFIM....

Lentamente São Pedro entra na sala principal do céu.
JC estava lendo o último artigo do Jabor, deliciando-se com as críticas bem temperadas e dirigidas.
Depois de alguns minutos, JC olha para São Pedro e pergunta qual era o problema. São Pedro, com ar de preocupado, abre o Notebook Positivo e diz para JC que a pressão estava muito grande, o movimento a favor da causa havia crescido, centenas de reivindicações haviam chegado por email e que ele, na qualidade de Administrador do céu, não sabia mais como proceder. Então, nada melhor do que falar com quem manda em tudo.
Assim, ali estava ele, de posse de centenas de informações que JC não tinha conhecimento.
Primeiro, a reivindicação que crescera e tomara forma, era capitaneada por Tom Jobim e Frank Sinatra, com aval de Vinicius de Moraes e outros nomes de peso, incluindo um tal de Noel Rosa, aquele quietinho da ala sul, quadra 146.
O movimento crescera pois todos eram unânimes na reivindicação.E era chegada a hora de tomar uma decisão. Ou atendia-se a reivindicação, ou encerrava-se o assunto, com algumas “transferências” de setor para acalmar os ânimos.
JC estuda, lê os relatórios dos anjos das fronteiras e vê que, em menos de um mês, mais de 300 garrafas de Johnny Walker haviam sido apreendidas.
Lê o manifesto assinado por mais de 1500 pessoas, almas do bem que por ali viviam e olha fixamente para São Pedro.
Vamos atender a reivindicação desta gente. Eles merecem. E além do mais, são pessoas do bem. Nada mais justo. Comunique-os para uma reunião de apresentação do projeto todo. Amanhã, 11 horas, aqui em minha sala. São Pedro levantou-se, fez o sinal da cruz e agradeceu a JC.
Ele ia comunicar a todos que estava liberada a inauguração do SKY PIANO BAR. E seria dentro do que eles, os reivindicantes, queriam.
Logo após a decisão, São Pedro reuniu todos na sala do bate-papo e deu a notícia, deixando claro que o planejamento deveria ser apresentado para JC no dia seguinte.
Tom Jobim tomou a palavra, abriu o notebook e começou a explanação.
Nome: Sky Piano Bar.
Projeto: Julio Pechamnn – sob autorização especial de Davi.
Capacidade – 500 pessoas
Mesas – madeira com cadeira de palha e toalhas xadrez em vermelho e branco.
Cinzeiros liberados. Sem ala de não fumantes. Ali todos fumavam.
Bebidas – todas, de cerveja a uísque, passando pelo Fernet e pela Pirassununga, com alguns refrigerantes para quem quisesse Cuba ou Hi-Fi.
O caixa ficaria por conta do Arcanjo Gabriel, pessoa de extrema confiança pelos arredores.
Na cozinha, Sênior Alvarez, antigo cozinheiro de Chico Recarey, nos bons tempos do Scala do Rio de Janeiro, bom amigo de todos os brasileiros.
No comando da orquestra, rica pelos nomes selecionados, Glenn Miller.
Na apresentação de inauguração, Pavarotti teria uma condição especial para cantar La Donna El Móbile.
Promôter especial, ninguém mais, ninguém menos do que Lady Di, que havia chegado do purgatório recentemente. E linda.
Relações Públicas Internacionais – Jacqueline Kennedy Onassis.
Recepcionista Oficial- Aristóteles Onassis, agora já conformado com a separação de Jackie O.
Bar man –Dean Martin, com unânime apoio de todos os participantes.
Convidado Especial – Madre Teresa de Calcutá, para a benção inicial e para a primeira noite.
Forma de pagamento – minutos e horas de orações sob o comando de São Pedro e Lucas, o apóstolo preferido de todos, considerado o jornalista da época de Jesus Cristo na terra.
E assim, São Pedro e JC aprovaram no dia seguinte tudo o que foi apresentado, importando dentro das leis todas as bebidas que eram trazidas por um tal de Al Capone, que não entrava, só descarregava.
Passados 60 dias, tudo pronto para a inauguração do Sky Piano bar.
Coube a Tom Jobim e Franka Sinatra cortarem a fita azul e branca, cores oficiais do céu.
Os convidados foram chegando, todos de smoking e mulheres de longo, sem ostentação nenhuma, apenas o sorriso de alegria pela noite que chegava.
No palco, Glen Miller preparava os detalhes finais, o próprio Steinway afinava seu piano e testes finais de luz eram feitos.
No camarote principal, JC, São Pedro e demais convidados aguardam a hora inicial. Em silêncio, Karol Woytila observava tudo, ao lado de Albino Lucianni, o papa relâmpago.
Tudo pronto, apagam-se as luzes e entra no palco Geraldão Campelo, paranaense de longa história, escolhido por eleição para ser o mestre de cerimônias da noite da inauguração.
Discursos foram cancelados para que fosse exclusivamente uma noite musical. Um minuto de silêncio para que Wando vivesse 130 anos e não chegasse tão cedo por lá.
E assim foi.
Nat King Cole abriu o espetáculo, tendo Liberace ao piano.
Glen Miller tocou os acordes iniciais de I’ll be There e Michael Jackson, todo de branco, literalmente, cantou suavemente.
Aplausos, anjos correndo com bebidas para todos os cantos.

Baldes de gelo e água mineral para todos os cantos.
Tom Jobim ao piano dedilha e canta três músicas, levando todos ao delírio.
Aquele quietinho do Noel Rosa canta uma de suas principais músicas: “quando o apito, da fábrica de tecidos, vem ferir os meus ouvidos.....”
Dolores Duran dá um show de voz e sensibilidade.

Gente emocionada e limpando lágrimas.
A noite ia seguindo, a fumaça do cigarro dominando o ambiente, Humphrey Bogard na mesa, de "summer" e gravatinha borboleta, sentado ao lado da Princesa Grace Kelly.
Jackie O bebendo sua champagne Don Perignon com Onassis, sempre de cigarro na mão e smoking bem cortado.
Paul Newmann, com o charme de sempre, conversava com uma recém-chegada, que ninguém sabia o nome, mas de beleza inigualável.

Dick Farney arrasou com a voz de veludo e o piano maravilhoso.
Tudo andava conforme o planejado, até que anjos da recepção chamaram São Pedro. Tumulto na entrada.

Gritaria, seguranças(?) fazendo uma parede humana e São Pedro aproximou-se para ver o que era.
Numa noite linda daquela, nada podia dar errado e não havia quem pudesse ser barrado.
E ao ver o tumulto, viu que tinha procedência.
Tim Maia queria entrar a qualquer custo e apresentava um

passaporte do purgatório, especialmente emitido para a tal noite.
Gritos, empurrões, Me Dê Motivo e tudo o mais, mas não teve como.
Até que uma voz baixinha intercedeu, apanhou Tim Maia pela mão e entraram no Sky Piano Bar.

Ele, carregando o litro de Chivas Regal, seu amigo inseparável.
Sentaram-se na mesma mesa, Tim ficou calmo, acenou para

amigos e conhecidos, recebeu sua dose de uísque Johnny Walker(patrocinador da noite) puro e agradeceu ao dono da voz sensível.
Foi aí que Airton Senna e Tim Maia começaram uma grande amizade.
Lá pelas sete da manhã, bar cheio, arcanjos e anjos cansados, música de boa qualidade tocando, que JC olhou para São Pedro e disse: "deveríamos ter feito isto há mais tempo. Olha que demonstração de música de boa qualidade e gente civilizada. Deixa o Tim Maia por aí mas já pede pra Van ficar na porta para leva-lo de volta ao purgatório. Em breve ele vem para cá.
E parabéns, Pedro.
Valeu a reivindicação de todos.
Deixa o bar aberto. Pra sempre.

Temos aqui o que o povo da Terra não tem mais.
Ouçamos, então.
Daqui a pouco chega mais um.

E eles merecem ter o lugar deles."

O SOBRADO

As ruas eram meio desertas, caracterizando a área residencial.
Na subidinha da alameda, sobrados, lado a lado davam o tom de
vizinhos que se conheciam e se cumprimentavam diariamente,
fazendo daquele pedaço, uma comunidade.
No penúltimo sobrado da subida, morava a mulher dos sonhos dele.
E ele ainda não sabia, pois o reencontro havia sido recente.
Quando ela comentou que havia se mudado, para ele foi uma surpresa.
Ela havia decidido para realmente, iniciar tudo de novo.
E ele, depois de alguns dias de namoro, foi lá para conhecer o sobrado.
A família ele já conhecia.
Em lá chegando, aquele ar gostoso de casa bem cuidada, um quintal,
um cão, uma cozinha bem montada, onde ele faria muitos pratos ao lado dela.
Fumar não podia, a não ser lá fora.
Na sala, um belo sofá acolhia com carinho quem alí sentasse, tendo
em frente a TV, o som e ao lado, o piano.
Um piano que ela tocava raramente, mas quando o fazia, fazia-o muito bem.
Na parte de cima, três quartos acolhiam as crianças e a dona da casa.
E alí, naquele sobrado, durante um tempo, ele viveu momentos de sonhos,
de alegria, de risos e gargalhadas, que somente reforçaram o relacionamento, deixando claro para todos que era para valer.
Ainda mais para ele e ela.
E do sobrado, partiram em busca da felicidade, mantendo sempre os
filhos por perto, orientando no que pudesse a educação de três crianças
e a deles mesmo.
Foram lindos momentos, raros, exclusivos.
Até no dia em que ele ficou doente, com febre e foi ser tratado no sobrado,
com todo o carinho e a atenção, até então, inéditas.
E ela desdobrou-se para que ele ficasse bom, recuperado, sadio.
E ele ficou.
Graças a ela, não só desta ele escapou, mas de muitas.
E com ela, enfrentou tudo, todos, situações novas foram aparecendo
e ele sendo vitorioso.
Linda história.
Ela contou em detalhes.
Devagar vamos transmitir aqui.
Um relacionamento sadio, bonito, sincero, real.
Do sobrado para o mundo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

fim de noite.

Madrugada chegando.
A agilidade dos dedos para digitar não é a mesma.
Será efeito da cerveja?
Pode.
Será efeito do astral?
Pode.
De qualquer forma, nada melhor que curtir uma seleção de música
brasileira, a dedo, no silêncio da sala.
A música e você.
A cerveja e o cigarro.
Apologia ao vício.
Ao bom vício.
Brigas, de Evaldo Gouvea e Jair Amorim, leva uma lata toda.
Assim Caminha a Humanidade, com Emílio Santiago, leva outra.
Cafuné, com Maurício Mattar, leva outra.
E no final do Cd, ao menos você está anestesiado.
Bom para um fim de sexta-feira.
Agora é soninho.
Até amanhã.

VERDADE.....

O destino une e separa as pessoas,
mas nenhuma força é tão grande
para fazer esquecer pessoas que
por algum motivo um dia
nos fizeram felizes.









ANÁLISE

De volta.
Alguns dias parado para arrumar melancias no caminhão que desceu a serra.
Agora, linha reta, asfalto legal, melancias ajeitadas.
Muitas idéias, muitos projetos, mas nestes dias, adiantei o livro.
Escrevi de sair fumaça do teclado, revisei, tá indo.
A história é muito legal e acredito que terei um produto final adequado
para se dizer que é um livro.
Incentivos chegam todos os dias, por emails, ao vivo e por celular.
Vamos ver no que vai dar.
O ruim é ler jornais nos últimos tempos.
Aliás, como sempre.
O crime de ontem, que vitimou o garoto filho caçula do Comandante do
Corpo de Bombeiros, um verdadeiro absurdo e uma tragédia.
Segundo as primeiras notícias, ele regaiu e levou os tiros fatais.
Enquanto isto, policiais civis e militares discutem com traficantes qual é
o percentual de cada um e o nobre comandante de tudo isto, se prepara para
ir à Assembléia prestar depoimento para os deputados.
Me parece que o circo continua e quem sofre, sempre, é o povo.
Ao invés de colocar policiais nas esquinas, feitos postes, que não registram ocorrências e não evitam nada, vamos lá na origem do crime.
De imediato, "limpar" a cidade seria a solução, mesmo ferindo os princípios das pastorais, da igreja, da associação de proteção ao criminoso, do cacete a quatro.
Limpar a cidade é só querer. Empilha tudo em algum lugar e chama os
Direitos Humanos para cuidar.
Uma enorme operação policial, envolvendo todos, mesmo os corruptos, mas comandada por alguém sério. Há de existir.
Limpa a cidade e eles sabem por onde começar.
O tal do mapa do crime, criado recentemente, revela quem é quem e como
vivem estes merdas que matam amigos e conhecidos, além dos anônimos.
Limpar a cidade e trazer, pelo menos, um mês de sossego e de prorrogação
de vida para muitos curitibanos.
O crime cresce porque não é combatido.
A coisa se alastra pela impunidade e pela associação crime-polícia.
Ou a coisa se resolve, de imediato, ou a coisa continua e nós, palhaços do circo que é a comunidade, levamos tiros, somos assaltados, temos nossos carros abertos em plena luz do dia.
Claro que alguém vai falar que precisa educação, isto e aquilo, mas agora,
neste momento, precisamos é demonstrar força, atuação, determinação.
Limpar a cidade significa dar um tempo nos acontecimentos, nas barbáries e deixar a população mais calma. Não se trata de combater quem fuma, ou quem bebe. Trata-se de cuidar do que precisa ser cuidado.
Sugiro uma operação "Teje Preso", alguma coisa pra valer mesmo.
Tem meliante dando risada da atuação da polícia, tem traficante levando gorjetas em pastas executivas para "amigos" do poder, tem bandidinho disputando área na cidade para fazer seus assaltos, fora o que a gente
não sabe e não sonha.
Crack então, melhor nem falar.
Dia desses, voltava para casa pelas duas da manhã e confesso,
pela primeira vez na vida, fiquei assustado.
Qualquer carro que pare ao teu lado com um mano de boné(sem discriminação),
é um perigo.
Qualquer pessoa que atravessa a rua na tua frente, é motivo para cuidados especiais.
Qualquer aglomeração na madrugada em algum lugar, é sempre bom estar atento.
E som no carro, desisti faz tempo.
Qualquer aparelho de som roubado, vira droga, vira crack, vira propina
para quem deveria fazer a segurança.
Não esqueçam do vídeo onde policiais orientavam e roubavam carros no
Largo da Ordem.
Enfim, vamos retomar as escritas e agradecer os emails que perguntavam o porquê da ausência.
Nada de sério.
Apenas acomodando melancias na caçamba do caminhão.

Pronto.
Agora, textos e idéias, receitas e músicas retomam o dia a dia.
Obrigado pela força.
Vamos em frente.

FRASE DA SEMANA

Seleção Argentina é igual ao Michael Jackson:

Promete show, vende ingresso e morre em casa,

assistido por um profissional especializado em drogas...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

CANALHA E CAFA

Mesa de bar, boteco honesto, povo animado, gente amiga em torno da mesa.
Chopp gelado, cinzeiro do grande, petiscos, tudo em cima.
Vem o assunto e começa o debate: qual a diferença entre cafajeste e canalha?
A coisa começa, pega fogo. As mulheres têm uma visão, os homens tem outra.
Alguns pontos coincidem, mas o principal diverge - e muito.
Aí, sobra pra mim. Só olho e digo que vou pensar um pouco,
pois o assunto é interessante, ainda mais para quem já foi taxado
de cafajeste, mas nunca de canalha.
Digo que colocarei no blog e para que eles vejam e depois opinem.
Cafajeste é o cara que se aproxima lentamente, sem malícia,
mas com segundas intenções. Ele chega, tenta, investe, observa.
Não deu, não deu. Parte pra outra. Jamais é grosseiro, aliás, sempre
é cavalheiro.
Jamais usa linguagem chula, aliás, fala bem e de mansinho.
Jamais fala a respeito da mulher, mesmo que não tenha dado liga.
Só observa, memoriza e arquiva.
Cafajeste envia flores com texto legal, é romântico, é simpático, é sério,
apesar da contradição. Mas cafa que é cafa nunca age de forma errada.
Se agir, vira canalha.
O cafa sabe até onde pode ir e como deve ir.
Ele pressente quando "dá liga" e cai fora quando vê que não dá.
Cafa olha pra mulher do amigo, mas não baixa, não dá em cima. Respeita.
O cafajeste chega a ser companheiro, pois os maus princípios não
fazem parte de sua vida. Desonesto, nunca, mas cafa, sempre.
Cafa que é cafa não se prende, não ama, não leva a sério o romance
desde o primeiro minuto. E se ver que vai "pegar", cai fora, de mansinho.
Coração de cafa não tem dona, até que um dia, ele se entrega e se aposenta.
Já o canalha é diferente.
Bem pior de conviver, de aceitar, de saber que existe.
Canalha age com maus princípios, age com segundas, terceiras e quartas intenções.
O canalha não é amigo, companheiro, não tem código e nem tomou chá em colher de prata.
Canalha olha para a mulher do amigo, baixa, tapeia o amigo e insiste em conquistar a donzela. E se conseguir, sai por aí contando pra todo o mundo.
Canalha fala mal de mulher, espalha, inventa.
Canalha não manda flores por prazer. Manda para armar alguma cilada.
Canalha não anda a pé com amigo, não ouve o amigo, não fala nada.
Quando fala, não sente.
Canalha mente. Canalha não é da noite. É da vida....
O canalha pode até consolar a mulher do amigo, mas se puder, traça.
Canalha se aproveita da tal da "baixa-estima" feminina e não quer
nem saber em que estado a mulher ficou depois.
E por aí foi o papo.
Mulheres tem uma visão diferente de canalhas e cafas.
Mas preferem os cafas.
Homens tem opiniões diferentes sobre alguns cafas, mas são unânimes
em dizer que canalha é quase tudo isto acima mencionado.
Enfim, pelo que vi na vida, cafa é cafa.
Presta, é sério, pode ser recebido em sua casa ou em sua vida.
Pode até gerar dor, tristeza, descontentamento, mas com certeza,
gera também momentos inesquecíveis.
Canalha, não.
Fica aberto o debate.
Quem quiser opinar, mande comentário.
E como dissemos no bar: viva os cafas. De bom coração......claro.

LENDO E APRENDENDO.....

No texto "Se não quiser adoecer", de Drauzio Varela, tem um pedaço muito interessante que publico aqui.
Aliás, dia desses, meu amigo Pimpolho e eu falamos sobre isto.
E o pior é que tem gente que se aplica ao conteúdo do texto.
Assim como muitos também acharam, mas o Drauzio foi mais feliz.

"se não quiser adoecer"....
NÃO VIVA DE APARÊNCIAS....

" quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre
dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito,
bonzinho etc..,está acumulando toneladas de peso....
uma estátua de bronze, mas com pés de barro.
Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas.
São pessoas com muito verniz e pouca raiz.
Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor...."

PARA O JULIO, O JULINHO.

Recebo comentário do amigo Julio, Julinho.
Ele diz que "não se considera" meu amigo, mas deixo claro que eu o
considero - e muito - amigo.
Amigo dos tempos da vida mais tranquila, mais serena, mais acompanhada de risos e sorrisos, uísques e cervejas sem compromisso, sentados na mureta da casa do Papaná, naquela Guaratuba que guarda tantas histórias.
Meu prezado Julinho: é uma alegria e uma satisfação encontrá-lo por aqui.
Obrigado pelo comentário, e ressalto o lado da amizade.
Somos amigos, sim.
Assim como o Papaná, também chamado de Athos, a quem dedico bons momentos vividos tanto profissionalmente, quando pessoalmente.
Um exemplo de ser humano que sempre cito para meu filho, que também o conhece.
E amigos são seres que, obrigatoriamente, não precisamos ver todos os dias.
Mas precisamos, isto sim, saber que eles existem.
Assim como Julinho, o Papaná e outros que de vez em quando dão sinais e acenam com as mãos, dizendo: "tô aqui"....beijo, etc....
Isto basta.
Quando a gente gosta de graça de alguém, tá gostado.
Isto é para sempre.
Aceite meu puta abraço e seja bem vindo.
Sempre escreverei textos que tenham origem em meu coração,
em minha vida, em momentos vividos e que possam ser úteis para alguém.
E como diz a Clarice Lispector: "enquanto houver perguntas e não houver respostas, continuarei a escrever".

Valeu, amigo.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ESPAÇOS.

Espaços.
O que são espaços?
São "ambientes" ocupados pelo que temos em nosso dia a dia?
A turma da escola, a família, a namorada( o namorado), as namoradas (os namorados), o pessoal do trabalho, o mundo papalelo, de amigos,
de conhecidos, de pessoas que entraram em sua vida, aquela turma
do bairro, o "seu" Zé da Padaria, "Dona Vilma", a doceira, Fulano,
o cabeleireiro, todo mundo que você conhece.
E sua memória já está puxando por nomes e rostos que certamente
você poderia listar, ver a imagem da pessoa e saber como se conheceram,
de onde vem a amizade, e fatos afins.
Espaços são lacunas preenchidas que nos permitem formar o que
chamamos de vida, onde ocupamos com prioridade alguns deles e
com segundos planos, outros deles.
Mas, quando se mexe em algum arquivo, o espaço se abre, a lacuna
mostra-se ocupada e você vê que ainda está lá aquela pessoa, aquela
situação, aquele momento.
Espaços são arquivados em nossa memória para serem utilizados automaticamente, sem força, instintivamente, sem planejamento.
Ao encontrar pessoas conhecidas de anos, sua cabeça já prepara todos
os conhecimentos, os nomes, as feições, tudo para que você viva aquele momento sem precisar se esforçar na memória e tentar lembrar o
nome daquele amigo pentelho da hora do recreio, daquela gostosa que você tanto queria e nunca conseguiu, enfim, temos uma monstra de uma
memória para todos os assuntos com os quais vivemos.
Brilhante o desempenho de nosso cérebro, de nossa química, de nossa cabeça.
Chega a dar raiva de como tudo isto funciona e nos leva a pensar, lembrar, querer, desejar, sorrir, chorar, aquietar, enfim, quando se está só no carro,
na sala, no escritório, no elevador, quantas imagens passam e quantas lembranças temos?
E depois de um tempo de vida, cheio de lembranças, memórias, datos,
fatos, datas, cenas, cheiros, músicas, você na madrugada percebe que
um espaço está vazio.
E analisa se deve, ou não, preencher novamente.
Se sim ou se não, você deixa por conta do destino, do dia a dia,
da fatalidade que poderá lhe acontecer.
O espaço vazio não lhe move lembranças e nem sorrisos.
O espaço vazio não lhe provoca mais nenhuma reação.
O espaço vazio apenas se mostra vazio e você é quem decidirá se ele
será preenchido, ou não.
Uma porta de vidro blindex transparente guarda este espaço.
Sem chave, sem cadeado, sem segredo.
Se alguém souber como entrar, ele será ocupado.
Caso não, a vida segue com tantos outros espaços que nos exigem
atenção diária.
E em alguns deles, existem pessoas, queridas, companheiras, amigas,
que nos dão sinais e, quando vemos, passamos a manter os espaços ocupados, de forma que a vida siga, sem preocupação com aquele espaço vazio.
Boa esta forma de ver a coisa.
Boa esta forma de viver.
Ocupar espaços é uma decisão exclusiva, só sua, egoísta.
E se você souber como ocupá-los, melhor.
O sorriso estará presente de segunda a domingo, mesmo naqueles
momentos de silêncio onde você atesta, novamente, que tem um
espaço vazio.
Daí, o melhor é somente viver.
Não buscar, mas deixar rolar.
Numa dessas, sem querer, você ocupa o espaço vazio e desocupa outros.
Aí, começa tudo de novo.


é por aí....

"Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se.
Você quer ser feliz para sempre? Perdoe."
(Tertuliano)

POR CHICO BUARQUE....

"Solidão vista por Chico Buarque'"

"Solidão não é falta de gente para conversar, namorar ou fazer sexo...
Isto é carência.
Solidão não é os sentimentos que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para
realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio.
Solidão nào é o claustro voluntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...
Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos
em vão pela nossa alma."

sábado, 17 de outubro de 2009

A HORA DO RECREIO

Sempre foi a hora mais esperada.
Mesmo com chuva, inverno, sol, calor, enfim, estivesse como estivesse

o dia, a hora do recreio era a mais esperada.
Saíamos das salas de aula feito doidos, ou em direção à cantina, ou

em direção de alguém, pois depois que descobrimos que "alguéns" eram
mais interessantes que futebol e vôlei, a hora do recreio mudou.
Naquele tempo(não muito), o colégio passava a ter a frequência de meninas,

o que era inédito. Daí pra frente, nossa vida (e as delas), mudou.
Recreio sem paquera passou a não ter muita graça, embora sempre tivéssemos olhos que nos vigiassem, tanto de longe quanto de perto.
Lembro que havia uma "orientadora" para as meninas e um - e somente um -orientador para nós, meninos. E não precisava de outro, pois somente este bastava: Padre Paulo.
E os recreios foram ficando animados, onde fizemos amizades no meio fio,

que duram até hoje e são tão sinceras do que quando começaram.
Obviamente os recreios de verão eram mais alegres, de vez em quando

pintava um violão, de vez em quando todo mundo sentava no chão e
cantarolava alguma música.
E como eu já disse aqui, esta época foi muito rica em músicas.
Nossa adolescência foi algo abençoado, premiado, acompanhado de pessoas

do bem e de músicas inesquecíveis.
E o saudosismo, em alguns momentos, bate novamente.
Prefiro não citar nomes, pois seria injusto esquecer alguém, mas temos

claras lembranças de rostos, trejeitos, particularidades, cacoetes de
todos os que nos acompanharam em tantas horas de recreio.
Estas horas que hoje são chamadas de intervalo, mas ainda prefiro o tal

do recreio.
Meninas de uniforme e nós não. A não ser o de educação física, que era obrigatório.
Meninas de rabos de cavalo, cabelos sem luzes, mas bonitos.

Saias mais curtinhas, não tanto.
Camisas brancas e todas, quase todas, sempre com um sorriso no rosto.
Aquele sorriso de meninas de 15 anos, mais sincero, impossível.
Algumas já mais amadurecidas, outras em fase de.
E as horas de recreio marcaram início de namoros, compromissos,

tratos, pactos e alguns atos.
Ao saberem do namoro, orientadores ficavam a postos, sempre atentos para evitar algum deslize, algum erro de comportamento.
Raramente ocorriam erros.
Talvez depois, quando o namorico estava em andamento, erros apareciam, provocados pelos dois lados.
Mas a felicidade de todos nós era muito clara no rosto de cada um.
Também, com 15 anos queríamos o quê da vida? Só aquilo mesmo e

algum tempo a sério para matérias como Física e Biologia.
As programações para as festas de final de semana eram obrigatórias.
Convites verbais e intimações pessoais eram feitas.

Isto também ajudou - e muito - a formar a turma que dura até hoje.
Mesmo aqueles que foram namoradinhos de recreio, até hoje se dão bem

e se gostam.
Difícil apagar as primeiras emoções de adolescentes.
Muito mais tarde, saberíamos distinguir estas emoções do verdadeiro amor

que cada um de nós aprendeu a conhecer, a sentir e a viver.
Cabelos compridos, calças boca-de-sino, penduricalhos hippies,

sapatos de plataforma, blusas cacharrel, enfim, o que era para usar, usávamos.
E elas, mini-saias fora do colégio, cabelos arrumados, postura alegre de jovens que estavam iniciando a vida.
Aliás, nestes tempos, namorar era um ritual - e um desafio.
Ao chegarmos em suas casas, elas estavam produzidas, lindas, impecáveis.
Algumas são assim até hoje. Outras mudaram um pouco.
Mas nada melhor que ver a namorada bonita, levemente maquiada, pronta

para abraçar e ser abraçada, para descobrir, a sós, como era o namoro
a partir dos 15 anos.
E descobrimos tantas coisas que nos são úteis até hoje.
Até como não fazer ou não agir.
Bons momentos.
Grandes lembranças.
Pessoas que cresceram juntas, viveram separadas, mas sentem-se unidas.
Nada melhor que, depois de 36 anos, saber que aqueles momentos, foram a base para uma amizade duradoura, sincera e muito real.
Contamos uns com os outros, sempre.
Contamos de uns para outros, raramente.
Melhor nos vermos, como fazemos.
Melhor trocar emails diários, como fazemos.
Melhor saber, todos os dias, que jamais estaremos sós.
E deixar claro para amigos, que nem eles ficarão sós.
Bons tempos......

Belos recreios.....

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

DESCONTENTAMENTO

Chove.
Mais um dia com água por todos os cantos.
E logo na sexta-feira.
Novamente calçadas ficam aptas para a prática do caiaque e novamente sapatos e botas de todos ficam encharcados.
Água de cima e água embaixo.
Mas isto não preocupa quem deveria cuidar do assunto.
Carros oficiais não tem goteira e solados de autoridades não molham.
O trânsito, uma "esbórnea" generalizada.
Agentes do Diretran, ao invés de orientarem e instruírem, coordenarem e agirem para a melhoria do fluxo, ficam à caça de pessoas usando celulares ou deixando de colocar o Estar.
e a falta de bom senso é total. Parece que são treinados para
não concordar com a prática do bom senso.
Mas o trânsito não preocupa quem deveria cuidar do assunto.
Carros oficiais não pegam congestionamentos.
Os horários são outros.
Os tubos, paredes e alguns locais públicos, pixados com grafias exclusivas de imbecis e desorientados que acham graça no que fazem. E continuam fazendo.
Punição? Nenhuma.
Mas isto também não preocupa quem deveria cuidar da cidade.
Autoridades quando trafegam, leem relatórios, dossiês e outros papéis e não perdem tempo olhando a paisagem.
E a criada Guarda Municipal se preocupa em agir de forma diferente. Como é orientada.
O que se repara é que muitas obras são feitas, realizadas e entregues.
Mas detalhes, aqueles detalhes que poderiam melhorar o astral do morador de Curitiba, são abandonados.
Claro que uma Linha Verde é importante, mas o calçamento das ruas também o é. Mesmo que a Lei diga que o proprietário do imóvel é reponsável pelo calçamento, de nada adianta.
Caminhões de entrega de tudo ainda sobem em calçadas, provocando danos e fica tudo por isso.
Aliás, tudo fica por isso.
Fica!, dizia o adesivo. Mas tá indo.......
Pessoas que se atravessam diariamente nos cruzamentos de ruas movimentadas e não estão nem aí. Quer buzinar, buzine. E o agente do Diretran, de olho em quem fala no celular ou esquece do Estar.
Pessoas que estacionam em locais não autorizados e nada sofrem, pois agentes estão de olho em outros dois pontos. Até parece que existem metas a serem atingidas.
Por um lado a fiscalização é falha e a orientação é zero.
Por outro, a arrecadação satisfaz aos cofres municipais,
segundo a Lei que municipalizou o trânsito nas cidades.
Se ficar, o bicho come.
Se correr, o bicho pega.
Triste ver nossa cidade em dia de chuva, sem falar na periferia.
O negócio é analisar a frase de um bebum, dita no programa de TV:
" Feliz é o sem-teto, que nunca leva desaforo para casa".
O que nos resta é cada um cuidar do seu e deixar que tudo exploda.
Será isso?
De nada adiantam reclamações e protestos, pois as prioridades de administração da cidade são outras.
E para aqueles que andam a pé pelo centro, boas galochas.
E para aqueles que vivem na periferia, o conselho é comprar botas 7 léguas.
E para aqueles que esperam ver alguma coisa prática acontecendo, más notícias.
As autoridades não andam a pé, não sofrem congestionamentos, não passeiam pela periferia(a não ser em campanhas), não sofrem o que o simples morador sofre.
Mas este texto já foi dito e escrito por centenas de pessoas.
Hoje, em função do dia feio e das águas que nos cercam,
deu vontade de registrar aqui o descontentamento.
E creio que não é só meu.
Saudades de prefeitos que conheciam os problemas e resolviam, ao menos em parte.
Saudades de vereadores que agiam e exigiam providências.
Saudades de políticos que prestavam e entendiam as necessidades
do povo. O povo que o elegia.
Eita tempo saudoso.
Um dia, era assim.
Tomara volte.

A PALAVRA

De uma mensagem de Juanna De Angelis, extraí estes trechos.
Úteis, acima de tudo.
O texto trata da palavra e seu uso.
Muito boa a colocação da autora.

"Embora o ser humano, com raras exceções expiatórias, seja dotado do recurso vocálico, somente poucos dele se servem com a necessária sabedoria, de modo a construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas de segurança."

"A palavra, não poucas vezes, se converte em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência, em bisturi da revolta e golpeia às cegas ao império das torpes paixões.
No entanto, pode modificar estruturas morais, partindo dos ensaios da tolerância às materializações do amor."


"Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras diluem conflitos, equacionam incógnitas, resolvem dificuldades."

"Há quem pronuncie palavras doces, com lábios tisnados de fel.
Há quem sorria, embora chorando.
Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio...
Mas esses são enfermos em demorado processo de reajuste."

Tá dito.......

QUEM É ELA?

Quem é ela?
Ele olha para a foto, aproxima, distancia, olha novamente e se pergunta:
quem é ela?
Volta a fita em VHS, passa em slow motion as imagens dela.
E se pergunta novamente: quem é ela?
Me chama a atenção, me mostra detalhes, explica, conta, fala.
Narra com a voz embargada para que eu saiba o que ele sente.
Peço para ele desligar a VHS, ligue a música, bebamos e falemos de
outras coisas.
Mas ele insiste.
Insiste porque não entende.
Quem é ela?, diz ele novamente.
Costa do céu, me diz ele, quem é ela?
Só ouço.
Nada falo. A história é muito forte pra mim.
Acompanho, minuto a minuto, o desespero e a angústia de um bom amigo.
Agora sozinho na sala mal arrumada, apenas apertando o controle do vídeo antigo, que ainda funciona.
E a todo momento, ele me olha e pergunta: quem é ela?
Ainda tento dizer algo, mas ele não ouve.
Por mais que fale, nada faz efeito.
Ele só olha, analisa imagens, vê cenas, olha para a foto e se pergunta:
quem é ela?
Digo para que ele jogue tudo aquilo fora, incluindo a foto, digo para ele
reagrupar idéias e partir para a vida. Digo para ele coisas em que não
acredito muito, mas preciso levantar meu amigo.
Ele pára, desliga o vídeo, me conta a história toda e limpa algumas
lágrimas de seu rosto.
Eu ouço, apanho mais duas cervejas - sempre de 2 em 2 -, e ouço.
E ouço.
E ouço. E fico chocado.
Ao final de duas horas de papo, mais um monólogo do que outra coisa,
eu olho para meu amigo e pergunto: quem é ela?
Ele só me olha e diz: entendeu, agora?
Entendi.
Ela é alguém que não merece a tua dor, a tua lágrima e o teu
sofrimento.
Digo pra ele que se arrume, faça a barba, limpe a cara, respire bem fundo
e solte o ar devagar.
A partir do momento em que ele soltar o ar, apague tudo.
Vista a roupa mais bonita, esboce o sorriso e vá!!!!!
Quem é ela, somente o tempo irá responder.
Ele me abraça, chora mais um pouco, me leva até a porta e na saída
me pergunta:
quem é ela?
Tomo o elevador, entro no carro, vou para casa bem devagar e pensando:
quem é ela?
Não por curiosidade de saber quem era a moça da foto e do vídeo, mas sim,
como ele, para saber o que ela se acha e como ela se vende para terceiros?
Chego à conclusão de que, assim como ela, existem centenas de pessoas
pelo mundo afora.
E vamos mudá-las?
Não.
Auto-defesa, vergonha, mentira, seja o que for, as pessoas se preparam
para se venderem de uma forma que não são - ou não foram.
Dizem até que sofreram nas mãos daquela pessoa, mas a verdade, fica
guardada somente para elas.
Faço a volta, retomo o caminho e volto para a casa do meu amigo.
Ele ainda está na sala, bebendo cerveja e olhando para a foto.
Entro, sento, acendo um cigarro e falo para ele, que ouve atentamente:
esquece. Apaga. Deleta. Roda de novo os aplicativos e recomeça uma
página nova.
Quem fez o que ela fez, não merece nem tua dúvida.
Apaga.
Igual a ela tem centenas.
Igual a você, tem poucos.
Levanto, vou embora e saio sozinho.
Ele não se mexe naquele sofá bagunçado e revirado.
Até miolo de pão tem no meio do capitonè.
No carro, fico com pena do meu amigo.
Mas ele não precisa de pena.
Apenas precisa de força.
E esta virá, com certeza, ao amanhecer.
Quando a primeira luz do sol irrradiar a certeza de que a vida existe
e pode ser bela para todos, ele reagirá.
Dizem os antigos: " a hora mais escura da noite, é cinco minutos antes
do amanhecer."! Já ouvi isto.
E no dia seguinte, garanto, ele estará mais forte, um poquinho mais.
E de pouquinho em pouquinho, ele será mais forte e exemplar do que
ela, na foto.
E antes de dormir, me pergunto: quem é ela?
Apago o abajour, deito a cabeça no travesseiro e adormeço.
Antes de apagar de vez, ainda olho para o teto e me pergunto:
quem é ela?
Melhor dormir.
Já chega um repetindo a mesma pergunta a noite toda.
Amanhã, com o raio de sol, ligo para ele e digo pra ele quem é ela.
Antes que ele responda, desligarei.
Se ele questionar, eu também direi a ele: sabe que você está certo?
quem é ela???