Sigo.
No peito, o pulsar compassado do batimento.
Mas por outro lado, nenhuma dor ou sofrimento.
Sigo.
Em frente e em busca de algo.
Algo sincero.
Sem mentiras.
Chega.
Ainda não sei bem o que será.
Mas será algo bom.
Não é possível: deve haver algo bom.
Sigo.
Sigo com o peito aberto e vazio.
Canso.
Mas descanso à beira do rio.
Este rio que levou para o mar
a água da lágrima que fiz derrubar.
Este rio que tem um som gostoso,
esta água pura, este gosto saboroso.
Sigo.
Eu e o rio.
Sem pressa.
Apenas olhando.
Apenas caminhando.
Não olho para os lados.
Me chamam os cantos safados.
Não vou.
Apenas olho.
Apenas ouço.
Apenas vivo.
Pé ante pé.
Compassado.
Como o bater do coração.
Bom demais para um recomeço.
Eu mereço.
Hoje a veia poética está pulsando. Abraços
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