QUE BOM TER VOCÊ AQUI

Quem escreve, raramente escreve somente para si próprio.
Assim, espero que você leia, goste, curta, comente, opine.
E tem de tudo: de receitas a lamentos; de músicas à frases: de textos longos a objetivos.
Que bom ter você aqui....

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

MOMENTOS

Retornando.....depois de breve tempo ausente, cá estou eu novamente para traçar algumas linhas e falar um pouco. Não que neste período de ausência eu não tenha falado: falei - e  muito.
Mas escrever requer cabeça e tempo. E fiquei meio sem os dois nas últimas semanas. Mas agora, com a reflexão do feriado muito positiva, cá estou aqui novamente.
O que me motivou a escrever foi um comentário postado na crônica Nota de Falecimento, onde o anônimo(a quem eu agradeço), dizia: não deixe de sonhar.
Olha: você tem toda a razão do mundo, pois eu deixei por um tempo, apenas enfrentando a vida como ela se apresentava e dando jeitos nisto e naquilo.
Não é bom.
Se por um lado é bom porque a gente não deixa nada pendurado, por outro é ruim, pois o tempo para sonhar acaba ficando curto, quase ausente.
Sonhar, antes de tudo, mantem nossas esperanças acesas e nossa vontade dirigida para algum ponto. Alguma direção.
Sonhar faz bem, mesmo que coisas impossíveis ouj inatingíveis, mas viáveis, na cabeça de quem sonha, claro.
E me peguei sonhando na sexta-feira à noite, depois de ouvir músicas que gosto e antigas, que me movem o cérebro e as lembranças para grande momentos vividos.
E não foram poucos.
Momentos vividos e sentidos, levados para o resto da vida, que nos fazem pensar e analisar tudo. Daí, errar novamente ou aprender com o que se viveu, é decisão de cada um.
Claro que a gente aprende, mesmo não querendo, mas a escola da vida é mortal: ou aprende, ou vai errar novamente e daí sim, pode ser pior.
Momentos vividos por nós devem servir de base para futuros exemplos, futuros causos positivos, futuras crôncias que nos permitam emocionar alguém, além de nós mesmos.
Momentos são situações que não provocamos, apenas vivemos.
E algumas, concorde comigo, são inesquecíveis.
Seja com amigos, seja com uma pessoa especial, seja com quem for, você se entrega, vive, curte, lembra, grava.
E aí reside a força do ser humano: gravar coisas e acontecimentos, músicas e perfumes, nomes e locais.
Quem apaga tudo da memória é porque nunca teve memória.
Quem renega um grande momento vivido, é porque não se entregou naquele momento.
Então, volto a sonhar e a viver com base em 56 anos(quse) vividos.

Bons, no resumo da ópera.
Gostosos, na análise crítica de uma vida.
Dia 15 de setembro completo os 56 anos.
E olhe que não tenho do que reclamar.
Mas isto, só dia 15 de setembro.
Hoje é dia 10 e ainda tenho muitas noites para sonhar e grandes momentos para viver.
E assim será.
Um abraço aos que me prestigiam e aos que me aguentam por aqui.
Estamos de volta.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

ROTINA

De fato, infelizmente, está cada dia pior ler jornais ou correr sites de notícias pela internet. Queremos nos atualizar, aprender, memorizar alguma coisa importante, mas o que vemos, são notícias desanimadoras, onde crimes, golpes e roubos são comentados em caixas altas e fatos que realmente importam, em caixas pequenas, quando existem.
O volume da criminalidade aumenta a cada dia e não se vê providência urgente para diminuir isto. Famílias perdem entes queridos enquanto assaltantes e criminosos ficam à solta, andando armados e sem medo de nada. Com ou sem droga, a bestialidade está por aí, no rosto de cada um, num jovem de boné virado que merece sua simpatia, mas pode ser um criminoso.
Atirar é o de menos. Quem mata é a bala, não ele, segundo dizem alguns mais doentes.
Ler jornais deveria ser um hábito saudável, mas ultimamente tem sido algo desagradável.
Na política, ninguém se salva.
Nos negócios, pior ainda, pois até concursos públicos são ludibriados e "vendem' aprovações com facilidade.
No cenário local, nossa querida Curitiba passa por transformações que o progresso apresenta, tanto pelo aumento de número de carros quanto de pessoas. É muita gente.....
Nos bairros, caminha-se com medo de rostos que te encaram e podem te agredir somente com o olhar.
Nas escolas, alunos encontram salas depredadas e vandalismo a todo vapor, em todos os cantos.
No comércio, o desespero para vender mais a cada dia toma conta de consumidores que são atraídos pelos juros reduzidos e aumentam seus carnês de forma considerável, mas esquecem que seus salários ainda são os mesmos.
Ganha-se cinco e gasta-se 15. A matemática é uma ciência exata, mas isto só é visto no final do mês.
Vem por aí um aumento da gasolina, quando penso que o litro deveria custar 4,50, pois aí teríamos sossego no trânsito.
E quando aumentam a gasolina, serve de pretexto para se aumentar tudo, como se não tivessem aumentado tudo neste último ano.
Custa acreditar que um quilo de café já esteja perto dos 15 reais.
Há um ano atrás era 11 reais.
Olha que beleza.
E os bancos?
Você aplica a 1% e eles cobram 12% quando você fica devendo. Melhor que vender cocaína.
Lamentações tomam conta do dia a dia, mesmo com o povo vivendo, consumindo, comendo, gastando.
Assim corre a vida.
O que importa é o hoje, o momento, a vida que se leva.
Ninguém está pensando em novembro sem passar antes por outubro.
E daqui da minha janela, fico olhando gente que vai e vem, gente que corre, que trabalha, que sonha, que conquista e que se decepciona, também.
O mundo ideal não irá existir, a não ser que tudo pare e se reinicie novamente.
Difícil, ainda mais com a evolução da tecnologia, da informática, da ciência, dos atos.
Mas vamos em frente.
Tomara que a criminalidade diminua e possamos ver crianças mais felizes ao lado de pais que não foram mortos por um besta qualquer.
Amanhã deverá ser bem melhor do que hoje.
Assim espero.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

bagunça

Não resta mais dúvidas que estamos vivendo o "cada um faz o que quer" e o "salve-se quem puder". Em todos os sentidos do nosso dia a dia, vemos manifestações cada vez mais individuais, onde o coletivo fica menosprezado e as normas de conduta em sociedade são esquecidas, ultrapassadas por conceitos mal formados de comportamento. Obviamente que neste 2012 muita coisa mudou para pior em termos de convivência e obedecimento às leis, normas e detalhes que regulam a vida em sociedade.
A começar pelo comportamento  da maioria das pessoas que anda sem paciência para lidar com idosos e com outras pessoas. Vemos cenas nas ruas e em estabelecimentos que retraram o nervoso do povo e a falta de educção acentuada, em muitos momentos.
Nosso trânsito, por exemplo, que era modelo e agradável, transformou nossa Curitiba num pandemônio nacional. Cada um dirige como quer, faz o que quer e que se dane a norma de rege o trânsito. Fiscalização somente ocorre para multar celulares, falta de talão de estacionamento eestacionar irregularmente o veículo. Orientação, nenhuma. Auxílio para melhorar o trânsito, somente em convocações feitas para algumas obras nas avenidas que cortam a cidade.
Aos domingos, cuidam dos ciclistas com uma cafra de mau humor que multam centenas de pessoas em pensamento e descarregam na 2a.feira, quando retornam para as ruas.
A utilidade prática desta SETRAN é uma piada, para não dizer uma fábrica de multas que enriquecem o caixa da Prefeitura, da Urbas e da própria Setran.
Após 18 horas, duvido que alguém encontre UM agende de trânsito nos cruzamentos que param a cidade e bloqueiam nossas vidas.
Pra quem vive aqui há muito tempo, irrita e dá nos nervos ver onde estamos chegando. Para quem veio de fora, normal. Ou quase.
A falta de educação dos motoristas é pública e quando se dá sinal com um pisca, desista. Curitibano não sabe pra que serve pisca, mas sabe pra que serve buzina. Eu sou daqui, aprendi a dirigir aqui e fico abismado com o que vejo diariamente na cidade.
Mas, em se tratando de mudança geral de costumes e educação popular, acredito que não poderei mudar o mundo.
Por isso, meu projeto de morar em Guaratuba ainda está em pé, mas vai demorar mais um pouquinho.
Aqui, bem como em outros centros, a coisa tá ficando difícil.
As escolas e os pais não educam e nem ensinam como deveriam.
Daí, a convivência entre bestas humanas se traduz no que vemos pela cidade.
Mas um dia, melhora.
Um difícil recomeço para todos, mas ao chegar no pico do caos, a coisa para.
E recomeça tudo de novo.
Dentro dos conceitos de educação, convivência e obedecimento aos preceitos de uma cidade educada.

Espero.

terça-feira, 19 de junho de 2012

BARBARIDADE

Me custa acreditar, como diz um amigo meu, que Paulo Maluf saiu na foto cumprimentando o Lula pela eleição que acontecerá em São Paulo, em apoio ao Haddad. Quanto ao Haddad, nada contra, visto que ele está estreiando e come pela mão do Lula. Quanto ao Maluf, que apesar de tantos processos ainda continua solto, nada contra também. O turco é vivo e esperto, portanto, uma boquinha a mais e umas obrinhas a mais, nada mal. Mas o Lula, abraça o diabo se necessário para conseguir objetivos. E estava namorando o Maluf há tempos. E deu no que deu. A Erundina ameaçou bater o pé como vice, mas ficou quieta, pois a grana deve ser boa. Então, silêncio e vamos lá. A liderança ainda é de Serra, mas ainda tem muita água pra rolar até a eleição.
Por aqui, a  revista Veja meteu os pé pelas mãos e publicou nota contra o Ducci, atual prefeito, a pedido de alguém, com certeza. Errou todo o conteúdo da nota, deixando aparecer a falsidade da informação. Por outro lado, não sendo a primeira vez que acontece, a Veja anda precisando melhorar sua credibilidade, pois negociar com bicheiros era uma especialidade dela e agora, infelizmente, publicar notícias infundadas passa a ser a outra. Aliás, me espanto semanalmente com a publicação de diálogos travados em reuniões de duas pessoas, mas a Veja tem acesso.
Eleições sempre mexem com a população, mesmo com o processo de desgaste que os atuais políticos andam sofrendo. Portanto, toda informação crível e útil, será bem vinda. Eleitores não são mais os burritos de ontem e hoje questionam, comparam, perguntam, averiguam.
Me custa acreditar que esta gentarada que ontem se matava, hoje se abrace em função de um projeto político. O PT do Paraná ao lado do Fruet, é uma coisa impensável, mas o projeto para chegar ao poder, não é.
Vale tudo mesmo.
Uma pena para um país que poderia estar em melhores situações sociais do que está.
Mas, vamos rezando. Pode ser que alguém sério apareça nas próximas décadas.
Torcemos.

terça-feira, 12 de junho de 2012

NOTA DE FALECIMENTO

Faleceu hoje, um sonhador.
Um cara que era, antes de tudo, namorador.
E bem no dia dos namorados, falece o cara que viveu por amor. E só por amor.
Dos quinze anos para a frente, a vida foi uma festa.
Vários amores, muitas dores, lembranças de odores agradáveis, vindos de frascos de perfume importado. E quantos.....
Faleceu o cara que vivia sonhando, amando, cortejando, pensando.
Mais pensava do que vivia, mais vivia do que sonhava, mais sonhava do que fazia.
E bem hoje, no dia dos namorados, ele faleceu.
Morreu deixando uma linha de ações interessantes, pessoas queridas em todos os cantos, paixões antigas que eram eternas quando iniciaram, pessoas amadas que também mudaram. E mudando, sumiram. E sumindo, caíram naquele aplicativo que roda vez em quando: saudade.
O cara era envolvido pelo amor.
Amou muitas, foi amado, enviou flores - centenas - e escreveu sempre o mesmo cartão para todas. E dava certo. Todas achavam lindo, gostavam e comentavam o belo texto, extraído de algum livro que ele havia lido.
Morreu um eterno sonhador.
Que sonhava com momentos tranquilos, com ondas do mar sempre na janela, com a brisa do fim de tarde envolvendo seus poucos cabelos. Andar a pé na areia, sentar na calçada, fumar um cigarro e observar. E como ele observava.
Detalhes tão pequenos de mulheres interessantes eram arquivados e depois, lembrados.
Sempre moças mais velhas do que ele, sempre companhias agradáveis e eternas. Todas eram eternas.
Mesmo que por uma noite, a eternidade daquele momento valia uma vida.
No dia seguinte, tudo de novo.
Flores, presentes, textos.
Foram mais de mil durante a vida.
Poucos escritos com tamanha sinceridade, sentindo cada palavra que realmente ele vivia.
Faleceu um sonhador.
Um homem que viveu de amor.
Ao menos, morreu feliz.
Perdido em meio a bilhetes,cartas e fotos, morreu sabendo que cada momento vivido, foi muito bom.
Descanse, bom amigo.
Por aqui, a gente conta no futuro como foi o seu passado.
 

12 de junho

12 de junho.
Dia em que as pernas tremeram algumas vezes, o suor aumentou em outras vezes, a lágrima caiu poucas vezes, a foto falou pela ausência em outras vezes.
12 de Junho.
Dia em que flores foram e vieram, entregues ou enviadas, mas sempre cumpriram seu papel: agradar a quem se gostava, na época.
Um dia, uma flor preencheu o conteúdo de um bouquet, o que foi suficiente para marcar o gesto. Não precisava uma dúzia de rosas. Apenas um botão bastou. E na rua, ao lado de uma banquinha.
Flores que levam sentimentos, manifestações de carinho, de querer bem, de amor.
Este mesmo amor que, depois de bem tratado, apresenta uma nota fiscal de dor, e pague se quiser continuar vivendo.
Este mesmo amor que moveu montanhas e fez com que você fizesse milagres, loucuras, gestos não planejados para agradar seu grande amor.
E repare: aquele grande amor ainda hoje está do seu lado?
Não responda. Apenas comemore.
Amores ficaram para trás, embora se diga que amor mesmo, só se tem um na vida. Não se repete, não sai em saquinhos de figurinhas e nem em alianças de doces de domingo.
12 de junho. Dia de abraçar quem se gosta, quem provoca aquele sorriso sincero, quem para o pensamento com uma música, uma frase, um texto e até um gesto.
Mensagens ao celular dizem e registram amores, sentimentos, paixões. Pode ser só um cheirinho.
O gostar está em alta. Pena que ele venha acompanhado do deixar de gostar.
Não se ama para toda a vida, me disse um velho conhecido.
 Ama-se sim, curte-se e gosta-se demais. Intensamente, perdidamente, fielmente.
Anos depois, o querer bem permanece, o gostar ainda existe, mas o amor em sua plenitude, diminui, acaba, vai embora.
Neste 12 de junho, alimentem o sentimento, o amor, o gostar.
A dois, sempre é melhor.
Triste de quem ama e não é amado.
Mas acontece.....
O abraço de urso nasceu para ser dado a dois.
Aliás, dois formam um só, desde namorados.
Comemore-se o dia dos namorados com um belo vinho, um jantar gostoso, uma frase sincera que brote de seu coração. Se não tiver, use uma de Vinicius, na música Morena dos olhos d'água: a vida ainda vale um sorriso que eu tenho, pra te dar.....
E ao enviar flores, se faltar inspiração, escreva: simplesmente as rosas exalam, o perfume que roubam de ti.......do velho Cartola.
 12 de junho.
Dia de promessas eternas, de juras secretas, de afirmações que podem cair um dia.
Mas até lá, ame e seja amado.
Diz a música: não se deve amar sem ser amado, é melhor morrer crucificado......
Parabéns aos que se amam, aos que se gostam, aos que alimentam um sentimendo dentro de si.
12 de junho.
Dia do par que movimenta a vida. Sempre a dois.
Se perder, pense somente depois.
Parabéns......

terça-feira, 5 de junho de 2012

TCHUN E TCHÁ

Então, tá. O povo quer tchun e tchá. O povo quer kuduro. O povo quer Michel Teló e "assim você mata o papai".....
Pois bem. Que pobreza.
Que triste ver onde está chegando a qualidade de nossa música, onde quem presta, vai ficando escanteado por esta avalanche de absurdos, sem contar com os vocais sertanejos cada vez mais aguçados e presentes na maioria das rádios FMs da cidade.
Que tristeza. Se comparardo a décadas atrás, realmente uma pobreza enorme.
Letras vazias, refrões pobres, melodia com 5 compassos e pronto. Tá feito o sucesso. E o que é pior: vende.....e como vende.
Aí, na hora em que se ouve um Chico Buarque, uma Marisa Monte, uma Gal Costa, se estranha. Não era para menos. Coisa boa agride os ouvidos da grande massa. E as FMs não estão preocupadas em executar este tipo de música. Não vende, não consome e a geração que gostava, não ouve rádio, dizem eles.
Ouvem sim, dizemos nós.
E seria de bom tom reeducar esta juventude para algumas coisas boas de antigamente, ao menos a título de informação cultural e musical. Por onde quer que se ande, só dá isto nos rádios, nas lojas, nos ônibus, nos bares e cantos onde tem mais de 5 pessoas. E até dançam.....valha-me Deus.
Que pobreza.
E aqui em Curitiba, para não sofrer tanto, restam só 4 alternativas: Lúmen, ouro verde Fm, Transamérica Light, Educativa Fm.

O resto, Deus nos acuda.
E tem festas organizadas com músicas de mau gosto que agradam o gosto da massa. E dê-lhe agradar a Massa.
Como se não bastasse saber que "ainda existem no Brasil, 81,3 milhões de pessoas com 10 anos de idade ou mais, que nunca tiveram instrução escolar ou que não conseguiram completar o ensino fundamental, o que equivale a 50% da população" (Gazeta do Povo, 31/05/12).
Tá explicado o Tchun e o Tchá.
Resta saber se o futuro será nestes termos ou se teremos novidades mais positivas para nossa música e, consequentemente, nossa cultura.
Socorro!!!!!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

ONDE ELE MORA?

Me debruço na janela e fico olhando para o céu. Azul, sem nuvens, convidativo ao pensamento e ao devaneio. Olho fixo para um ponto lá em cima e a fumaça do cigarro se mistura com a paisagem. Fico pensando: é alí que Ele mora? Na minha infância, diziam que "lá em cima é o céu..." Será? A cada dia que penso na existência e na presença de Deus, fico procurando onde Ele poderia estar, ficar, aparecer, estas coisas.,......mas Ele não aparece ao vivo, pessoalmente, mas sim por ações, por obras, por acontecimentos que nos atingem quando precisamos. Ou até mesmo no dia a dia. Pois afinal das contas, o fato de acordar pela manhã já é uma benção dos céus.
Onde mora Deus?
Várias respostas podem ser dadas, cada uma ao estilo da fé que cada um tem.
Sigo por aqui tendo a certeza de que Ele está por aqui também.
Não abro mão deste pensamento e falo com ele diversas vezes ao dia. Não só peço coisas, mas dedico algumas e menciono outras.
Difícil fazer coisas erradas nos dias de hoje, pois sente-se a presença DEle em lugares por onde andamos.
Onde mora Deus?
Dentro da gente, perto da gente, ao lado da gente???

Não importa.
Importa cada um de nós saber que ele existe e que deve estar por aí e que é um só para muitos.
Difícil atender a todos, mas ele atende.
De um jeito que só Ele tem, Ele atende.
E esta é a esperança de muitos.
Que um dia Ele observe e faça a coisa acontecer.
Só Ele pode.
Tomara!!!!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

INFELIZ, DONA XUXA.

Trágico, triste e mal posicionada a entrevista da Xuxa no Fantástico de ontem. Se o que ela queria era gerar assunto e comentário, conseguiu.
Mas muito infeliz.
A começar pelos romances que diz ter tido e os casamentos que gostaria de ter tido, os convites e baboseiras a mais. Quer se promover? Faça algo útil, como ela deve fazer, mas não esta ação com o apoio da Globo.
Realmente, quem está por baixo faz de tudo pra aparecer e reconquistar o posto de antigamente.
Na verdade, a loirinha se deu mal e a repercussão não será das mais positivas.
Virarm no túmulo os citados por ela, mas viramos nós, de raiva.
A Globo, realmente, ainda pisa no tomate com certas atitudes. Assim como a jurada do Faustão que chamou a cantora e dançarina de "gordinha'.....eita educação...Mesmo que tenha tido o tom carinhoso como teve, mas péra lá!!!!
Ainda no compasso do comentário, trsite ficou nossa geração com a morte do também ídolo Robin Gibb, um dos Bee Gees. Um grupo que embalou várias e várias noitadas e viagens de uma geração, que vendeu mais de uma porrada de discos e que marcou o rock com um toque de criatividade e bom gosto.
Uma pena para quem fica aguentando Telós e Santanas, Tchu e Tchá, assim você mata o papai....etc.....Assim eles matam a música brasileira.
E por fim, começar a semana com a lenga lenga da CPI do Cachoeria vai ser uma merda. Já livraram todos os que tinham cocô na cueca e não vai dar nada esta porra aí....se preparem.....assim como mensalão, empurra dalí e daqui e arquiva este troço....Uma pena, realmente.
Vamos lá que a semana promete.
E nos exige atenção para nossos trabalhos e pessoas que queremos bem.
Deixa o Brasil andar.......

quinta-feira, 17 de maio de 2012

DONNA SUMMER

Morreu Donna Summer. 
Para os mais novos, quem era e o quê fazia?
Para nós, era uma baita cantora da época disco Music, a melhor década que vivemos abraçados a um compasso criado por Barry White, que também já se foi.
Uma cantora com lançamento de Love to Love you Baby, onde ela gemia e provocava escândalos para a época. Mas com Could it Be Magic, ela explodiu em todas as pistas de dança do Brasil e do mundo. Nesta época, havia no Rio de Janeiro uma boate(entre tantas) chamada Privé, na praça General Osório, em Ipanema. E quando entrava Could It Be Magic, a casa caía, mas caía mesmo.
Até hoje a música é boa.
E Donna Summer foi a porta-voz de uma batida, de uma época, de uma geração.
Aqui em Curitiba, Flash e Jackie O pegavam fogo com as músicas da "neguinha"(no bom sentido) e com as produções de seus LPs feitas por Girogio Moroder.
Era outra época.
A batida e a voz, os compassos ritmados permitiam noites inesquecíveis, viagens sem tempo e momentos que marcaram vidas e mais vidas.
A bordo de Chevettes, Brasílias ou Mavericks, colocávamos fitas K-7 TDK e ouvíamos as músicas que nos permitiam sonhar sem se perder.
Donna Summer trazia em suas melodias e arranjos um toque especial, que mesmo sendo disco music, era especial mesmo.
On the Radio, outro grande sucesso dela embalou músicas e romances, assim como Bad Girld levantou mortos à beira de pistas.
A gravação dela para MacArthur Park ficou imortalizada pelos 14 minutos de música, mas era infernal quando tocava.
Lá na casa da Benjamin Constant, quando reunia amigos, o que se ouvia era só Donna Summer e o Ariel Teixeira gostava demais.
Uma pena para nós, que ficamos mais órfãos de coisas boas e de gente boa.
Duro aguentar o Tchá, o Luan, o Michel Teló, a Claudia Leite e etc.....
Mas a fila tá andando.
E depois de Barry White, Whitney Houston e outros, agora Deus leva nossa Donna Summer.
Uma pena, sem dúvida.
Mas quem tem os LPs e Cds dela, hoje pode se deliciar e dar valor, novamente, a uma grande intérprete.
Abraços a quem viveu tudo isto.

terça-feira, 15 de maio de 2012

MEMÓRIA

Em um dia frio como este, cercado de cinza para todos os lados, nada melhor que dar uma pausa na correria do trabalho, dar uma volta na quadra a pé, fumando um cigarrinho e pensar na vida.
O ar frio renova as ideias e nos permite arrumar os aplicativos da cabeça. Lembranças de outros dias frios aparecem, mas com elas também aparecem nuances de fatos vividos e que devem - ou não - ser relembrados.....
Nossas cabeças são máquinas de arquivo que não apagam certas cenas, por mais que se queira.
Parece que o vídeo fica arquivado, e roda no momento em que você começa a pensar.
Daí, bom ou ruim, o vídeo apresenta o que você viveu, como viveu e porque viveu. E nem sempre é bom assim.
Mas quando é, dá uma abertura no rosto e o sorriso aparece, a sensação da saudade bate e a coisa fica mais tranquila, do que aqueles vídeos que nos entristecem, nos deixam pensativos nos porquês da vida.
Dia desses, caminhei pela quadra fumando e repassando vídeos.
São tantos.....
Mas alguns, em especial, me deixam tranquilo.
Volto para trabalhar, escrever e continuar a vida de forma mais gostosa e satisfatória.
Tem vídeos dos tempos de criança e dos tempos de adulto. Tem cenas marcantes de adolescência e de maturidade. Tem rostos que se misturam e que contam a história pela qual passei.
Muito bom isto.
Temos memória é para isto, além de centenas de números de telefones, que diminuíram com o  tempo, desde que os celulares apresentaram as memórias deles.
Temos placas de carros, nomes de pessoas, datas de aniversário, fórmulas dos tempos de colégio, receitas de gastronomia, enfim, repare quanta coisa arquivamos.
E quantas não usamos.
E quando precisamos lembrar o nome do ator daquele filme, néca: não vem o nome....
E quando precisamos lembrar como foi que aconteceu o fim daquilo, não lembramos.
Memórias.....
Não só as nossas, mas também as de máquinas que hoje nos acompanham.
Dia desses, uma amiga de tempos deletou uma mensagem do celular dela que ela guardava desde 2004. Lindo texto, disse eu.
Pena, disse ela.
Quem escreveu já se foi.
Repararam que registramos também que já se foi?
Facilidade esta que temos de adaptar pessoas a épocas. De apagar e deletar facilmente.
Dá até medo.....
Mas quando a pessoa marca, ela fica. Os vídeos passam e repassam de forma a manter acesa a lembrança na memória.
Ou no coração.
Dedende de cada um o tipo de lembrança que quer ter.
E a amiga que deletou a mensagem depois de tantos anos, fez um quadro com o texto e pendurou em seu escritório.
Lindo texto.
Nele dizia: "das lembranças que trago na vida, você é a saudade que gosto de ter....."
Uma frase de Isolda, na canção de Roberto Carlos.
Belo quadro.
Sempre que posso, leio.
E assim vamos em frente, com vídeos e memórias, com frases e lembranças.
Nada mal.
Pelo menos, se vive.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

MUDAR COMO?

Penso, penso e repenso.
E quanto mais repenso, mais fico propenso a desligar a tomada.
Não dá para ler jornais, revistas, assistir Tvs e noticiários.
Está demais a bandalheira.
E quem trabalha sério, acaba se indignando com tanta roubalheira.
Não é mais desvio de dinheiro. É roubo.
Nada acontece com os envolvidos e vamos vendo que até desembargadores entram na dança. E que dança. Mais de 30 milhões só no Rio Grande do Norte.
E como disse um amigo meu, pelo sul deve estar da mesma forma.
Tomara não, disse eu.
E em meio a tudo isto, fico pensando na minha neta que vem vindo. Meu Deus, que mundo ela irá encontrar por aqui......Mesmo com a educação correta dos pais, principalmente em valores e princípios, me assusta o fato de tudo isto ser considerado normal e os valores acabam invertidos.
Tomara não, digo eu.
E penso no que será deste país se nada acontecer.
Tem muito dinheiro circulando por fora, tem muita gente roubando e ficando rica e nada acontece. O poder federal manda e desmanda, juízes mandam e desmandam e nada ocorre.
Agora, se ficarmos nós devendo para o fisco ou para algum imposto, rolha. Na certa, eles correm atrás de nós.

Penso e repenso.
E fico mais propenso a apagar a luz.
Deixar alguns dias no escuro e depois ver como renasce.
Se é que renasce.
Difícil alterar costumes que vão se inflitrando e fazendo com que tudo mude.
Concordo com a evolução dos costumes, mas dentro da normalidade.
Até relacionamentos se alteram para dar no que dá: desavenças, problemas, desencontros.
Namorar como ontem, não mais.
Ficar, sim.

Relacionamentos legais e meio sérios, se foram.....
Deus permita que retornem.
A emoção da conquista deve ser curtida e apreciada por ambas as partes.
Mas uma conquista que leve a um relacionamento, mesmo que curto.
Não apenas ficar.
E por aí vai.....amanhã continuo com as divagações, pois agora a cabeça está confusa.
Do jeito que está, não pode ficar....mas mudar como?
Amanhã vemos......

domingo, 13 de maio de 2012

E NA OURO VERDE FM.....


Domingo, dia das mães.
Coço a cabeça e abro um leve sorriso ao lembrar de minha mãe e de tantas mães com as quais convivi e conheci.
Mulheres de fibra, sem dúvida, mulheres completas e preparadas para a vida pela própria vida.
Formadas ou não, ricas ou não, todas apresentavam um amplo domínio e uma grande certeza sobre um assunto: os filhos.
Da educação dada em casa até a fiscalização no comportamento, mães eram firmes, diretas e controladoras.
Algumas gerações atrás, raro era o filho que questionava a sua mãe e a enfrentava com argumentos e palavras. Enfrentar como? Tínhamos uma obediência acima do normal para com nossas mães. Devíamos a ela os momentos de complacência e os carinhos proporcionados depois da bronca, da lição de moral e às vezes, das palmadas.
Muitas mães criaram seus filhos com leves tapas e castigos, pois ainda não havia lei que interferisse no dia a dia de uma casa.
Mães que se viraram em dez para manter a casa em ordem e tentar não deixar o filho passar necessidades.
A natureza é sábia em transformar mães em verdadeiras leoas, em seres que adquirem garras em defesa de seus filhos e na geração da proteção diária.
Mães que ficaram tristes quando seus filhos casaram ou saíram de casa. A tristeza misturada com a alegria, mas o vazio que se abria jamais se fecharia novamente. E só ela sabia disso...
Mães que recebem seus netos e transferem mais amor ainda, misturado com açúcar de avó e o olhar singelo de quem já viveu estes momentos no passado.
Mães que poderiam sentar em auditórios e falar sobre educação de filhos, como criar filhos, o que se fazer com filhos, em meio a pedagogos e psicanalistas que ainda hoje divergem sobre maneiras de se educar. Com ou sem curso superior, mãe é professora sempre.
Quando elas nos chamavam pelo nome próprio e não pelo apelido, lá vinha bronca ou repreensão. E na maioria das vezes, nós estávamos errados.
Quando elas nos acordavam para ir para a escola, a paciência tinha limites, mas elas conseguiam nos colocar no rumo do aprendizado.
E quando elas nos pediam, repetidas vezes, que não fizéssemos isto ou aquilo, normalmente elas tinham razão. Mas nós, ainda pequenos, somente aprenderíamos depois.
Mães que abrem um enorme sorriso ao comentar a vida dos filhos, o nome dos netos, o relato do marido companheiro de tantos anos.
Mães de antigamente.
Que geraram as mães de hoje e educaram dentro de uma visão correta e segura.
Mães de antigamente eram diferentes das mães de hoje, sem dúvida.
Enquanto nossas mães de hoje trabalham e correm e convivem pouco com seus filhos, nossas mães de antigamente apenas nos criavam, cuidavam das casas, educavam crianças para a preparação da vida.
Trabalhavam também. E muito.
Mães de antigamente faziam pudins de leite condensado como ninguém, prepararam o almoço de domingo cantando ou ouvindo uma música no radinho da cozinha.
Mães de hoje não mantém os hábitos, mas também são mães e querem cuidar de filhos como foram cuidadas.
Enfim, para as mães de antigamente e para as mães de hoje, o reconhecimento de filhos que dependem delas até hoje, mesmo ausentes.
Para todas as mães, o amor que aprendemos a dar e compartilhar com elas.
Para as mães, o maior abraço do mundo, acompanhado de amor e carinho e de uma lágrima, talvez.
No dia das mães, a certeza de que esta data é mais do que importante: é abençoada.
Aqui, a homenagem da Ouro Verde Fm, no texto de Constantino Kotzias.



terça-feira, 8 de maio de 2012

FOTOS

Não muito tempo atrás, a gente levava o filme na loja e pedia pra revelar. E quem sabe, ampliar algumas fotos. Só o pessoal do laboratório tinha acesso às imagens e as pessoas para as quais a gente mostrava as fotos. Isto, não muito tempo atrás. Hoje, arquivou no computador ou passou por email, as fotos não são somente suas e do leitor que você envia. Elas caem na nuvem, elas caem nas mãos erradas, elas tornam-se quase públicas. E, como tantas outras, a atriz Carolina sofreu este episódio na pele. Fotos suas, sensuais como dizem, foram parar na internet. Ontem vi as fotos e achei que se tivessem sido produzidas, o resultado seria melhor visualmente. Mas que foi uma tremenda sacanagem, foi. Apesar do risco de se expor, computador pessoal não é o melhor lugar para arquivar fotos sensuais de quem quer que seja.
Se o pessoal do antigo laboratório via e nada fazia, melhor.
Mas na era digital, todo o cuidado é pouco.
Obviamente a polícia irá tentar identificar o culpado pelo vazamento, mas aí, Ines é morta.
A evolução dos hábitos e costumes apresenta mudanças no comportamento de todos, inclusive em antigos hábitos de utilizar filmes nas máquinas, coisa meio em extinção, se é que já não acabou.
O episódio envolvendo a atriz mostra que não há segurança em internet e revela que fotos próprias para agradar seja quem for, devem ser arquivadas de outra forma.
Já ouviu falar em Pen Drive?
Mas dedico solidariedade à atriz.
E concordo que, além de boa atriz, é uma mulher sensual, mesmo.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

NUBLADO

Nublado o ar de nossa vidas.
Em Brasília, coisas andam acontecendo sem que saibamos - e jamais ficaremos sabendo. Em Curitiba, bastidores afirmam que a eleição municipal será muito difícil para quem achava que estava eleito. Em São Paulo, o chef Alex Atala entra numa fria com a galinhada popular na virada cultural. Na França, um socialista assume a presidência em Maio com o compromisso de arrumar a vida do país.
Por aqui, coisas que deveriam acontecer estão paradas aguardando momentos melhores.
Estranho o dia a dia de cada um.
Quando se menos espera, vem a notícia. Quando se aguarda, nada.....
Amigos que não vejo há tempos mandam notícias dizendo que estão bem. Graças a Deus.....Amigos que vejo diariamente, correm junto comigo em busca de soluções.....ainda bem....
Nublado o ar de nossas vidas porque me parece que as coisas deveriam ser claras, óbvias até.
Mas não.....
Tudo deve ser mexido, negociado, estudado, planejado.....
E me pergunto porquê......
Em meio a tantas incertezas, a alegria de rever minha filha que chega amanhã, com a neta na barriga e com a felicidade de chegar em casa novamente.
E olhe que ela tem a casa dela muito bem cuidada em Ribeirão Preto.
Toquemos a vida.....toquemos o dia a dia.
Amanhã o sol volta a brilhar e as coisas clareiam novamente.
Assim espero.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

ESCREVI ANOS ATRÁS.....

UM FILME EM MUITAS MEMÓRIAS

Meu amigo Armando Pinheiro Machado me lembra que um texto escrito
tempos atrás deveria entrar no blog. Fiquei feliz ao saber qual era, mas
não tinha mais cópia. Coisas de computador. Então, gentilmente ele me
enviou e aqui está a reprodução, na íntegra, mesmo que repita algumas
coisas aqui já comentadas.
Lembro do dia em que escrevi este texto, acompanhado de uma garrafa
de uísque, um balde de gelo, fotos da família, num quartinho apertado de
Guarapuava, onde estava morando, na época.
Espero que gostem.
E para os mais jovens, um alerta: 80% do que aqui será comentado, vocês
não conheceram, infelizmente. Mas vale a lembrança para nós, velhinhos.

O cabelo era comprido.
Passava da nuca e cobria as orelhas. Basta ver as fotos.
A calça era toureiro, sempre feita sob medida.
Algumas no Fernandes, o Alfaiate do Moreira Garcez.
Outras, em algum alfaiate de confiança, como o Tercílio ou outro
conhecido da época. Até o Fedalto.
As festinhas de 15 anos eram o prato cheio. Ternos, eram Club Um.
Zona, nem pensar. De vez em quando, com amigos mais velhos.
Transar com namorada, nem a pau. No máximo, seios e toques.
Putas da Riachuelo eram conhecidas, mas nem sempre freqüentávamos.
O Sírio era o ponto da época. Sábados, era sagrado. E sempre havia
uma menina de plantão, na época chamadas de galinhas.
Som de fita K-7, cabine de acrílico, tipo da de telefone.
Isto ia até as cinco da manhã, fácil.
Teve até show dos Novos Baianos, um sucesso.
Maconha da entrada até a saída. Para eles e para os convidados.
Na saída, Luciano e Celina me levaram para casa.
Na saída, de carona ou já com o carro da mãe( alguns),
um sanduíche no Gaúcho da Marechal.
Isto ia lá pelos idos de 1974, ou antes até.
A rádio, era a Iguaçu, AM ainda.
Alguns ouviam a Atalaia e outros a Ouro-Verde AM.
LP's do James Taylor dominavam as salas das namoradas.
Bem como os da Carly Simon.
O Venha à vontade do Curitibano era endereço certo para quem
estava a fim ou levado um fim. Mas era certeiro.
Rodas de samba começavam a invadir ambientes até então dominados
por rock, Black Sabbad, Pink Floyd, Led Zeppelim, Credence Clearwater
Revival e outros. Os Beatles já haviam se separado, mas ainda tinha
gente que gostava.
Vinicius de Moraes era moda. Toquinho era pouco famoso, mas já fazia
dupla com o velhinho. Taiguara subia no conceito da boa música.
Aliás, com ele comemorei meu aniversário em 1973 - lembra Marco Bassetti?
O Teatro Paiol reunia musicais de primeira linha e o Guairão, nem se fala.
Uma atrás da outra.
O gravador do carro era um Mistsubishi, que não rebobinava a fita.
E só tinha rádio AM. Depois, surgiram outros, mas o som era com
tweeter e amplificador. Porrada!!
Sapatos plataforma não se usavam mais, tinham ficado para os anos
de 1972/73. Assim como calças da New Man ou da Gledson.
Aparece a Ellus, que até hoje está por aí.
Os cabelos diminuíram no comprimento, fomos tomando jeito e
cara de garotos de 18-20 anos mais ajuizados.
Maconha já existia, alguns fumavam e voavam, outros fumavam e
riam sem parar, sentados no chão ou em gramados, muito comum
naqueles tempos.
O Santa Maria, o Medianeira, Colégio Militar e o Novo Ateneu eram
os colégios de então. Além do Bom Jesus, claro.
E a rivalidade sempre presente. Cursinho, era o Dom Bosco, prenunciando
a chegada do Positivo,em 1973, em cima do Real da Vicente Machado.
Olha o que virou.
No fim, todos ficaram amigos e conhecidos.
A Zimbaloo fez sucesso na Marechal Deodoro, bem como a boate do
DANC, na rua Ébano Pereira, primeiro andar.
A Batika vendia roupinhas mais transadas e boutique Lixo dava seus
passos em direção ao sucesso. A coluna do Dino era lida diariamente,
onde apareciam as "panteras" e os "bem lançados".
Mulheres usavam collant da Smugller, um suplício para desabotoar
naquela região. E sempre com pressa. Isto incentivou a ejaculação precoce.
Surgiram os sapatos La Pisanina, e quem não teve um?
A Confeitaria da Comendador era o ponto de encontro. A Sinhá Doceira
já existia, A Kopenhagen também. Dá-lhe Maria Pia. Sempre no final da tarde. Mais pra lá, o Túnel também marcou sua época.
Tipiti Dog foi surgindo e foi ficando.
Madrugadas e cheese saladas marcaram a vida e todos nós.
E o garçom gordinho, o Perez, conheceu toda a cidade.
A esquadrilha da fumaça sempre presente. Bom evitar nomes.
A turma dos carros brilhando, também.
A caravana dos Chevettes rebaixados dominava as ruas,
com rodas brilhando e sempre andando devagar.
As Brasília, também.
Surge o Hamburgão, no Cabral.
Aparece o Polara, 1800, sensação daquele tempo.
Meninas ainda sérias, começavam namoros que duravam dois, cinco,
oito anos. Alguns duram até hoje. Casaram com seus primeiros namorados.
Estoura You've got a friend, com James Taylos e Carole King.
Feelings e She's my girl apresentam um Morris Albert até então desconhecido.
O jogo de truco aparece nas escolas e entra na vida de todos.
Mas todo mundo jogava buraco com as namoradas e os amigos.
Saídas de colégio eram obrigatórias, do Sagrado, do Caça, do Sion.
Roteiro infalível para ver a namorada, ver outras e ver futuras candidatas.
Ou ser visto.
Desfile de pessoas de bem, que nem sempre acabaram bem.
Porres eram normais, mas nunca de uísque. A cuba-libre era a preferida,
embora tenhamos tomado até Piper, conhaque e, vez em quando, cerveja.
Nosso gosto era mais apurado, acho.
Em Guaratuba, carnaval era de lei, até perder o posto para Floripa,
que virou filial de Curitiba. Vários anos seguidos, bailes do Doze ficaram
na história. Junto com o FLOP.
E veio o Flash.
Grande época. Grande fase. Não só pessoal para cada um de nós, mas musicalmente.
O Palazzo Pizzaria era onde íamos jantar com as namoradas de então.
O Frao Léo também. E o Matt Horn em ocasiões especiais.
O Magazin Avenida distribuía um isqueiro que todo mundo queria,
mas poucos tinham. Assim como adesivo da Hípica, que por um ano
teve uma das melhores boates da época, sempre às 6as. Feiras.
Curitiba era uma puta cidade pra se viver e se andar.
De carro ou a pé, de táxi ou de carona, mas era diferente.
Surge o Jackie-O, impacto fulminante que agradou a muitos e muitas.
Barry White e Donna Summer davam o tom.
Na esteira, aparece a Papeete, na Vicente Machado, sempre lotada e cheia
de conhecidos. Sem esquecer da DiG It, e da Disco Sundae.
E dá-lhe Bee Gees. Ir para o Rio em julho, era obrigatório.
E lá, a Hippopotamus, a Privé e outras, incluindo a Erótika.
E dá-lhe gonorréia.
Depois, a Chamonix, mas aí já era final de 1980.
É muita coisa para ir seguindo ano após ano.
Melhor misturar, pois cada um vai lembrando aos poucos e até existem
coisas que não cabem aqui. O texto ficaria longo.
Mas, como fiz em 1993, num artigo publicado em um revista,
vou enviar outro mais completo, com quase tudo.
Abraços e completem a lista.
Será útil.
Afinal, quem viveu esta época que vivemos, não esquece jamais.
E foi muito boa.
Puxe sua memória. Aqui vai. Um resumão de uma época que marcou demais. Não só para mim, mas para todos que hoje beiram os cinqüenta.

"É calmo o inicio da madrugada em Curitiba"....dizia Ivan Cury na Iguaçu,
sempre à meia noite.
Quem matou Salomão Hayala? Na novela O Astro, da Janete Clair.
Venha a vontade, no Clube Curitibano....
Tipiti da XV e Comendador.
Brunetti Discos, Wings ( Dá-lhe Savarin) e o Rei do Disco.
Alcides Vasconcelos, na Rádio Independência.
Pizza do Acrópolis, com vitamina.
Debutantes do Clube da Lady, com Baile no Palácio Iguaçú e Curso da Socila.
Boatinha do Sírio, da Hípica.
Bruna Lombardi, Rose de Primo, benza Deus.
Maverick 8 cilindros, Opala 250-S, Charger RT, não lembro mais.
Baile do Choop no Concórdia.
Aquarius Band, Sam Jazz Quintett, no Santo Mônica.
Sandra Busato, a eterna glamour girl.
Um chopp no Jangil, na Praça Ozório.
Serra da Gaciosa: uma hora subia, outra descia.
Pick-Up automático, da Rádio Ouro Verde.
Quatro no Prato, da Cruzeiro do Sul.
A Hora do K-7, na Iguaçú, oferecimento da Ótica Boa Vista.
O Café Avenida.
Frank Sinatra.
Lojas Mazer, na Praça Generoso Marques.
Blusa Cacharrell, Sapato de Plataforma, Calça New Men. Veludo Velnac.
Oh Me Oh MY, com B J Thomas.
Beto Rockfeller, na Rede Tupi.
Saídas de colégio: Sion, Sagrado, Caça-Marido(s).
Chop kapelle, na Barão do Serro Azul.
Canal 4, TV Iguaçú.
Machado Netto no futebol e Nestor Batista nos cometários.
Cine Vitória....Dr. Jivago.
Sessão da Meia-Noite, no Cine Astor.
Bar Palácio, Mignon à Grisè na madrugada.
O Pôquer, toda sexta-feira, na Minha Casa Da Benjamim Constant.
O Bloco "Não Agite".
O crepe do La Cave.
Um piano com Strega no Frao-Leo.
A Turma da Saldanha, da Faivre.
Avenida Luiz Xavier com trânsito livre.
Motos da P.M. chamados de "padeiros".
O Canal 12, na Emeliano Perneta.
Rinoldo Cunha – O locutor esportivo.
Marumba Querida.
Bar Triângulo, na XV.
Jovem Guarda, com Roberto Carlos, Wanderléia e Erasmo Carlos.
Dirceu Graeser, PONTO 6.
Gilda, a bicha da XV.
Bamboliche, na Mal. Floriano.
Calça Boca-de-Sino, com mais de 40 cm de boca.
BR-3, com Tony Tornado.
Camisas Ronnie Von, da Mazer.
Calças Tremendão. Calça "wandéka", com duas cores: uma na frente e outra
atrás.
Anéis Brucutu.
O Mug, do Simonal.
Show de Jornal na TV Iguaçú, Com Hortência Tayer, Haroldo Lopes,
Jamur Jr e as barbadinhas do Rafael Munhoz da Rocha.
A Família Trapo Na Record.
Ronald Golias.
Festivais da Canção, Malcom Roberts, Sabiá, ETC...
I Starded a Joke, Bee Gees.
Cirandeiro, na Augusto Stellfeld.
Casa Sloper, Joalheria Kopp, Boiko, Menil Montant,
Lojas HM, Mala Ika, Bamerindus.
Calça Brim Curinga, da Curitex.
Calça Lee, do Lucilo, no Moreira Garcêz.
Inter-Americano, o curso que ensinou muita gente.
Boatinha do Iate, em Guaratuba.
Cines: Avenida, Ópera, Arlequim, Palácio, Marabá.
Serenatas em Guaratuba com Gerson Fisbein.
A Turna da Tia.
Hippopotamus, no Rio.
Privé , no Rio.
Erótika, no Rio.
M Rosenmann Joalheiros – "Um diamante é para sempre".
Colégio Estadual do Paraná.
A Revista TV Programas.
Um Instante, Maestro!
Bat Masterson, James West, Little Joe, Bonanza.
Big Gincana Duchen.
Restaurante Bologna na Praça Osório.
Restaurante Zacharias, aos domingos.
Confeitaria Iguaçu, na Praça Ozório – Era proibido beijar na boca.
Ayrton Cordeiro, Lombardi Junior, Capitão Hidalgo, Carneiro Neto,
Durval Leal, Nei Costa.
Coritiba de Célio, Hermes, Nico, Oberdan e Nilo.
Atlético de Belllini, Djalma Santos, Charrão, Nilson Borges.
Confeitaria Schaffer.
Cometa
Paulo Pimentel – "PARANÁ, AQUI SE TRABALHA".

E por aí vai. Contribuam e acrescentem o que lembrarem. Vale a pena.

Por Deus do céu: me senti agora com 18/19 anos. Deu vontade de
pegar o Chevette e ir comer um Au Au

E FUI.....

O vento lá fora já demonstrava que tudo era igual como antes.
O ônibus fez a curva do trevo e começou a entrar na cidade.
Tudo igual.
Asfaltos, flores, construções ainda por lá, de acordo com a última imagem de 3 anos atrás.
Na rodoviária, chega o amigo Rura e trocamos um abraço saudoso, deixando claro que a amizade é uma coisa séria e duradoura.
Ando por Guarpuava no carro dele, lentamente, visualizando tudo o que ainda estava na memória.
O frio marca sua presença, mas só em termos de clima.
Dalí a pouco eu veria amigos, conhecidos, pessoas de bem que iriam se encontrar.
Encontrar para comemorar o aniversário de um grande amigo de lá, mas que também vive por aqui.
No hotel, lembranças detalhadas me vieram à cabeça, pois alí passei 3 meses da minha vida, trabalhando em uma campanha política. No quarto, mais lembranças apareceram e ao abrir a janela, a saudade bateu forte.
Aquelas calçadas por onde andei um monte de vezes, aquelas lojas conhecidas, aquelas esquinas que me ouviram pelas madrugadas a fio.
No aniversário, o reencontro com amigos do bem, gente querida e do coração.
Abraços, sorrisos, comentários, eu e Bethy nos sentimos em casa novamente.
Uma bela festa, um belo uísque, um belo anfitrião.
No dia seguinte, uma leve ressaca apanhou o lado esquerdo, mas o direito estava ligado no ambiente.
Passeando de carro com o amigo Rura, a caminho do almoço, revisitei locais por onde passei.
Tudo lá. Tudo igual.
De fato, nada mudou.
O triste foi vir embora tão rapidamente.
Mas volto.
E volto para relembrar outros momentos felizes que deixei por lá.
Com amigos.
Sempre.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

VÉSPERA

Que bonito.
Segunda-feira, 10 da manhã, Curitiba voltou a ser a Curitiba dos anos 80.
Cidade calma, rua limpa, trânsito lento e vazio.
Uma saudade da Curitiba lá de antigamente.
Ruas limpas mesmo, com garis da Cavo ainda trabalhando.
Calçadas novas, luminárias novas.
Quando se anda devagar, percebe-se melhor as novidades.
Caminhar sem barulho, ver pessoas agasalhadas e lagarteando ao sol, tudo como era antigamente.
Comércio meio aberto, meio fechado, empresas a meia velocidade, tudo pronto para o feriado do dia 01 de Maio.
Na padaria, caras de sono tomam o café da manhã, com o pingado e o sanduba da hora.
Esta é a Curitiba na qual crescemos e vivemos tempos atrás.
Avenidas desafogadas, silêncio em algumas ruas, pessoas felizes caminhando lentamente. Bonito de ver.
Um dia assim deveria durar 48 horas, para podermos aproveitar mais.
Mas é muito bom poder sair e observar tudo isto.
Amanhã ainda será legal, pois a cidade ainda estará vazia.
Já na 4a.feira começa tudo de novo, com a correria e a loucura que domina o dia a dia de gente que trabalha para conquistar sonhos e para sobreviver.
Assim segue a vida.
Momentos de lazer e de silêncio fazem bem para o ser humano.
Tomara eles continuem existindo.
E na 4a.feira, infelizmente, tudo volta ao normal.
Um normal já mais para anormal.
A nova Curitiba, louca, cheia, engarrafada, problemática.
Mas não tem nada, não.
Gostamos dela assim mesmo.
E vamos continuar gostando.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O APAGÃO

Em consequência do apagão de ontem, quarta-feira, na região sul, o povo descobriu que ficar sem celular e sem internet não é coisa digna de país evoluído. Muito menos para trabalhar, quando todos condicionam suas atividades ao uso destes dois recursos.
Motivos para o apagão estão sendo explicados, mas de nada resolverão os problemas causados no dia de ontem. Dona Maria, por exemplo, tentou de todas as formas ligar para o salão e avisar que não iria fazer as unhas. Não adiantou. decidiu ir e ao chegar lá, so salão vazio, sem ninguém. O telefone mudo, a internet desligada e os celulares, na maioria, desligados. Os poucos que ligavam já tinham terminados seus créditos. E emprestar celular sem crédito, é feio.
João tinha uma reunião e ficou preso em um engarrafamento, tentando ligar de todas as formas e não conseguiu. Ao chegar na reunião, com atraso, descobriu que seu concorrente havia fechado o pedido que ele iria atender com gosto. E não adiantou explicar para o cliente que ele tentou ligar. O concorrente já estava na sala de espera quando o cliente chamou. Foi-se......
Lucinha tinha em encontro com o namorado e decidiu não ir. Ligou ligou ligou e nada!!! Até que mudou de ideia e foi. Como ele também não conseguia falar com ela, foi embora e não ficou no encontro. Lucinha chegou e nada. Cadê o namorado? 
Na grande empresa da área de construção civil, um email não pode ser enviado e a agência preparou todo o material que estava sendo cancelado pelo email que não foi enviado. Conclusão: tempo e trabalho perdido, se bem que poder-se-á aproveitar novamente.
O Siate não pode atender uma ocorrência na periferia porque todos os envolvidos tinham somente celulares e ninguém por perto tinha um telefone fixo. O acidentado ficou lá por mais de duas horas até que um motorista de táxi resolveu levar o pobre homem para o hospital.
Emails que não foram enviados, telefonemas que não foram dados, bancos que travaram sistemas, enfim, o caos na região sul foi maior do que o previsto. E será que alguém fez algum tipo de previsão no caso de rompimento de cabo ótico???? Como eu comentei ontem, vem aí a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e mais grandes eventos. Como é que fica o povo sem internet e sem telefone? Melhor reunir quem entende e armar o plano B. Não poderemos dar vexame também nesta área, pois em algumas, daremos, com certeza.
E que o apagão de ontem nos sirva como exemplo para podermos nos preparar a viver sem estas tecnologias, como era antigamente. 
Difícil, eu sei.
Mas de vez em quando, é bom lembrar.

DICRÓ

Nosso país amanheceu mais triste, justo quando precisa de uma injeção de ânimo para enfrentar Cachoeiras e roubos públicos. Mais triste pois faleceu Dicró, um sambista de primeira qualidade, cantador de pagode verdadeiro e grande pessoa.
Vítima de um enfarte, Dicró nos deixa e com ele, um vazio se abre na MPB. Seu estilo, suas letras, sua forma de atuar e até de conversar, eram únicos.
Dicró foi aquela pessoa que viveu a vida, nos bons e maus momentos, mas sempre com um sorriso no rosto.
Na Globo fez sucesso, mas isto não subiu na cabeça de um cara sensato, ensinado pela vida a ser simples e a falar na hora certa.
Uma pinguinha alí e outra aqui, Dicró conseguia transmitir na música, a ironia do malandro brasileiro.
Uma palavra que criticava pessoas e a sociedade, cantada de forma gostosa, marcante, exclusiva.
Uma pena para a MPB. São nestes momentos que eu sempre escrevo que Deus tirou uma soneca, e nela, sem perceber, deixou levarem o Dicró.
Agora, guente.......
Reunir-se-ão cantores e sambista de qualidade lá no lado sul do céu, onde pode cantar e tomar uma cervejinha. e neste cantinho, o que é bom fica melhor......música de primeira qualidade com pessoas que infelizmente nos deixaram e não criaram substitutos.
Entre eles nosso Tim Maia, nosso Ataulfo Alves e tantos outros.
Agora sim o Dicró se une a todos os bons que partiram. E de lá, no meio de uma madrugada qualquer, que venha um som de alento para todos nós.
Descanse prezado Dicró.
Suas músicas vão continuar nos ensinando alguma coisa.
Mesmo que sátiras........

quarta-feira, 25 de abril de 2012

DOIS ASSUNTOS

Não sirvo muito para posar de moralista e de "cara que enche o saco", mas a cada semana que passa, minha preocupação aumenta em relação a dois pontos: a violência na cidade de Curitiba e a bebida em demasia pelos jovens que observo. A violência tem suas razões, desde sociológicas até ambientais, mas em muitos casos (na maioria), drogas estão envolvidas. E tem muito jovem morrendo por aí com tiros dados como em parque de diversões. Se bem que prender traficante não cura nenhum deles. Eles entram e saem e continuam mexendo com drogas, atraindo mais consumidores e viciando mais jovens. Sem falar dos mais velhos, que ainda "dão um tapa na macaca" sem mal nenhum.
Antigamente, andava-se a pé em Curitiba a qualquer hora da noite ou de madrugada. Não havia viaturas policiais para cima e para baixo, mas também não havia a violência que há nos dias de hoje. No máximo, o guarda-urbano cuidava de nossas ruas e de nossas casas. E apitava formalmente, de meia em meia hora, quando não menos. A violência é fruto de uma série de razões, que não vou colocar aqui, pois senão entramos em uma área que não tem mais fim. Mas uma das coisas que encucam a gente, é o número de policiais cada vez mais envolvidos, tanto militares quanto civis. Realmente, os salários são simbólicos, mas isto não lhes dá direito de agir como alguns agem.
E quanto à bebida, esta geração de hoje, incluindo mulheres, bebe mais do que a minha. Nos meus 15 anos até os 20, porre era uma coisa rara, mas bebida havia. Não sei se a geração não bebia muito, mas não é igual ao consumo de hoje. Nem de perto. Vodka é bebida como água e cervejas são  bebidas de galões. Fígados que hoje suportam, no amanhã irão gemer e o dono do fígado será o maior penalizado. Assim como o organismo como um todo. Até os 40 anos,  tínhamos ressaca. Agora, passando dos 50, ficamos doentes no dia seguinte a uma bebedeira.
Mas a juventude, que tanto se liga e se cuida, deveria colocar o pé no freio. Ao menos um pouco.
Com isso, menos acidentes e menos mortes seriam dados estatísticos confirmados.
E a tal da Lei Sêca, esqueça......não tem mais tanta gente sendo detida por beber e dirigir.
Alô galera do bem: tira o pé do acelerador e leva na boa. Um porrinho aqui e outro alí, tudo bem, mas não do jeito que andam fazendo. E lembrem: vodka mata. Mais rápido.
Mas se for para uma cervejinha de final de tarde, contem comigo.
Moderadamente, claro.

terça-feira, 24 de abril de 2012

SOPHIA COMNINOS DE BARROS

Será uma neta.
Minha filha ligou de Ribeirão Preto, direto do consultório do médico e disse: você será avô da Sophia......que felicidade, que alegria, que benção de Deus.
Deve nascer em outubro, será de Libra?
Mas será bem vinda, amada, querida e que venha com muitos cabelos para a avó fazer maria chiquinhas....
Sophia.
Uma mulher para mudar o meu mundo. Mais uma.
Uma neta que será educada, mimada, sapeca, levada.
Antes de tudo, amada.
De olho escuro ou azul, terá o céu por testemunha da felicidade que a aguarda por aqui.
Neste mundo de pernas para o ar, abro o diário que a partir de hoje escreverei para ela. Com certeza, em 2017 será tudo diferente.
Filha da minha filha.
Que satisfação!!!
Sophia Comninos de Barros.
Acho que será assim, embora não tenha falado com minha filha.
Sapatinhos, tip tops, babadores, chocalhos, chupetas, brinquedos, laptops e tudo espalhado pela sala para receber a neta, já a partir de fevereiro do ano que vem.
Até lá, colo e soninho, para depois começar a deseducação dos avós.
Obrigado meu Deus pelo presente.
Será um função de Sophia que iniciaremos uma nova trajetória, dedicada aos momentos de ser avô.
E para ela, todas as orações do dia a dia para que ela chegue e encontre um mundo melhor, mais sadio e educado, menos violento e preocupante.
Seja bem vinda minha neta.
Com certeza, serás uma bela menina que tornar-se-á uma grande mulher.
Que assim seja.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O TEMPO

E já estamos no final de abril....ainda ontem estávamos pegando um liltoral e observando o compasso das ondas. Reparem como a vida segue seu rumo, quer queiramos ou não. Daqui a pouco vem o dia das mães, o dia dos namorados, o dia das crianças e o natal. Acabou-se o ano.
O que ocorre? Nossas vidas estão mais atribuladas ou o tempo resolveu caminhar com mais pressa?? Um dia acaba em menos de 12 horas, uma semana passa voando, um mês acaba quando começa.
Sem dúvida, quando éramos crianças o tempo demorava a passar. Um mês de férias era um mês esperado e demorava muito para terminar. Reencontrar amigos no colégio era uma festa, principalmente pela saudade que isto proporcionava. Hoje, nem saudades se sente mais.
À medida em que crescemos, o tempo foi acelerando, nossas atividades foram aumentando e o tal do andar com calma, foi-se.
Hoje o que se vê é todo mundo correndo, lutando para conseguir fazer tudo nos prazos e a vida passando pela janela. Igual a Carolina.....onde o tempo passou na janela e só ela não viu.
O volume de informações que nos atinge diariamente é muito grande. Da China ou de qualquer canto do mundo, ficamos sabendo de tudo, em menos de cinco minutos. Isto também colabora para que o tempo ande mais rápido.
Momentos de lazer estão sendo abandonados e a convivência entre pessoas de bem, também.
Sair e andar no parque, não somente aos finais de semana, deveria ser uma prática corriqueira, saudável, lenta e com muita calma.
Quando andamos, pensamos e colocamos em ordem os "aplicativos" de nossas cabeças.
Quando corremosm e suamos o dia todo, mal conseguimos pensar em outras coisas a não ser o trabalho, a vida corrida, os afazeres, os problemas.
E as soluções, que deveríamos buscar pensando, onde ficam?
Os japoneses e os chineses, apesar de toda correria em seus países, ainda praticam exercícios de relaxamento.
E algumas empresas por aqui começam a adotar as salas de descanso.
Prática recomendável para quem não tinha tempo de pensar numa cadeira espreguiçadeira.
O tempo está mjuito rápido.
Cabe a nós dosarmos o andamento de tudo isto.

E, de repente, no meio da tarde sair para tomar um sorvete.
Dar uma volta na quadra e observar o que existe acima dos luminosos.
Olhar as pessoas e ver que existe gente mais atarefada do que nós.
Dosemos o tempo e vivamos mais.
Só assim teremos condições de perceber, de fato, que ainda estamos vivos.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

AMANHÃ É SÁBADO....APROVEITE

MOQUECA - fica uma delícia para o feriado......
06 postas de badejo;
08 tomates picados;
02 cebolas grandes picadas;
01 maço de coentro picado;
04 dentes de alho;
200 ml de leite de coco;
1/2 xícara de (chá) de azeite de dende;
01 pimenta verde (opcional);
01 colher de(sobremesa) de colorau;
01 colher de (café) de açúcar;
suco de 1 limão;
sal a gosto.


amasse o alho com o sal e passe no peixe, acrescente o suco de limão e deixe descansar por cerca de duas horas.
2 - em uma panela coloque o azeite de dende.
3 - refogue a cebola.
4 - acrescente o colorau e mexa bem.
5 - frite por cinco minutos e acrescente o tomate.
6 - despeje metade do coentro, o açúcar e o sal.
7 - ferva mais cinco minutos e junte o peixe.
8 - acrescente o leite de coco um pouco de água e a pimenta, salpique o restante do coentro e deixe cozinhar por mais dez minutos.

Tempo de preparo: 45 minutos

DIA DO TRABALHO

Manhã nublada. Daquelas que não inspiram nada.
Pessoas caminham e olham para o céu.
Olhares perdidos, ao léo.
FERIADO à vista!!! Mas cai no sábado.
Apesar de ser Dia do Trabalho....Comemora-se?
Com folga, talvez.
Trabalhar nos dias de hoje dá até desânimo.
Basta abrir os jornais e ver o que políticos andam fazendo.
E nós, aqui, sofrendo.
Claro que todos precisam de um trabalho e não de emprego,
mas devemos comemorar o fato de termos trabalho.
Pouco ou muito, ganhando bem ou mal, não importa.
A dignidade se mede com o que o homem pode fazer.
E muitos podem.
Podem e fazem.
Sustentam famílias, arrumam situações, procuram saídas.
Trabalhar é um ato antigo.
Uma consequência dem procurar o que fazer.
Do céu, só chuva e geada.
Não adianta esperar.
Como dizia um pescador de Paranaguá, "quem não vai pro
céu, não adianta olhar pra cima..."
DIA DO TRABALHO: dia de descansar e limpar ideias.
Dia de arrumar os "aplicativos" do cérebro e deixar que tudo se
encaixe.
Dia de não fazer nada. Não pensar em nada. Não procurar por nada.
Descansemos, pois.
De uma forma ou de outra, merecemos.
Parabéns aos trabalhadores.
Afinal, ainda somos nós que movemos o país que está
sendo sugado por quem não trabalha como manda o figurino.
Empreiteiras, políticos e intermediários ganham mais, sem dúvida.
Mas não dormem como nós.
Existe um travesseiro para cada ser humano, seja do tipo que for.
Mas a consciência, esta eterna companheira, à noite se solta e fala.
Quando não, cala.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O MEU TEMPO DE GURI

Hoje lembrei muito do meu tempo de guri.
Um tempo que ficou longe e não tem mais nada por aqui.
Um tempo de andar pela rua sem susto,
de ir pra aula bem cedinho, com o sereno molhadinho
e a forte neblina.
Um tempo que de tão bom, ainda anima.
Meu tempo de guri foi alegre, festivo, feliz.
Existia uma coisa chamada educação, que hoje não se
vê mais, não.
Existia o tal do respeito, obediência e retidão.
Hoje, não existe mais, não....
Tratávamos os mais velhos por senhor e senhora,
aguardávamos a hora para ir embora e não
perturbávamos nossos pais.
Hoje, isto não mais se faz.
Existia a sala de visitas, onde todos se reuniam e
falavam, riam, comentavam, aprendiam.
Existia a reunião de família, onde primos e primas
conviviam sem competir. Um tempo de união.
Hoje, não existe mais, não.....
Um tempo de carros na XV, de gente bem arrumada,
brincar de polícia e ladrão.
Hoje, não existe mais, não.....
A televisão ficava na sala e a leitura ficava nos quartos.
Boa prática.....pena que acabou.
Acabou para a maioria, que hoje na internet chega à euforia
e abandonou a prática da leitura. Que loucura!!!
Nos dias de hoje, é muita novidade, é muita informação.
Antes, não existia isto, não.
Dar lugar para uma senhora no ônibus, saber ouvir
para aprender, descobrir para conhecer, viver para obedecer.
Obedecíamos, mesmo que na marra......uma palmadinha aqui e
outra acolá, não era crime e nem ato de pecar.
Sabíamos que existia a noite, mas não sabíamos que existia
o ladrão.
Hoje, não existe mais isso, não.
Meu tempo de guri me traz boas lembranças.
De festas, de andanças, de coisas boas.
Cuques de banana, pão de minuto, sorvete na Formiga.
Quem viveu, que o diga.
Eita tempo bão......
Hoje, não existe mais isso, não.
Claro que evoluímos, construímos um mundo diferente.
Um mundo mais cheio de gente.
Gente que não se entende, gente de montão.
Antes, não existia isso, não.
A escala de valores mudou, as pessoas mudaram, a educação
mudou.
Se melhorou, não sei.
Aumentaram as informações, abandonaram-se corações,
ficaram mais frios. Que solidão.
Antes, não existia isso, não.

Pessoas amam e não sentem, vivem e não assimilam,
correm e não aprendem.
Pra quê educação?
Antes, não era assim, não.
No  meu tempo de guri, a gente podia sorrir.
A ingenuidade era tamanha que descobrimos tudo mais tarde.
Aos poucos, sozinhos ou com orientação.
Hoje, não acontece assim, não.
Hoje começam pelo fim.
Você não me liga e não lembre de mim.
Me passa minha roupa que eu vou embora.
Não se sabe nem como começou e nem a hora.
Que papelão.
Antes, não era assim não.
Namorar na sala, conquistar o beijo demorado, olhar e
não falar nada. Saber que tudo dava certo, com a antiga
namorada.
Hoje ficam.
Mal se conhecem e ficam. E de ficar, transam.
E de transar, de juntam.

Mas amanhã, separam.
Não deu certo.
Uma facilidade muito grande para recomeçar.
Uma dificuldade enorme para sustentar.
Que podridão.
Antes, não era assim, não.
Saudades do meu tempo de guri.
Nada mais se vê por aqui.
Este mundo lá fora é muito estranho.
Mas com ele vamos vivendo.
Aos poucos, tentando mostrar

como era bom o meu tempo de guri.......

TIRO NO PÉ

Vibram governistas de Brasília com a criação da CPI do Cachoeira.
Vibram petistas com o que pode acontecer com DEM E PSDB. 
Vibram jornalistas que acompanham o caso mais do que suas famílias.
Vibram envolvidos, não de alegria, mas de nervoso, pois esta pontinha do tapete esconde muito mais coisas por perto.
Só está parecendo que o tal do Cachoeira não financiou e intermediou somente o Demóstenes. Tem mais gente de pires na mão. E tem gente do poder, claro.
A Delta Construtora não cresceria o que cresceu sem uma mãozinha amiga.
E esta mãozinha amiga, veio do poder, além de influências terceiras que atuaram no desempenho de obras do PAC.
Dona Dilma deve tomar cuidado com os respingos que existirão, pois pode manchar o tailleur........
E o Lula, ávido por novidades, está à caça de argumentos que derrubem o PSDB, visto sua eminente derrota em São Paulo na futura eleição da prefeitura.
Tiro no pé pode acontecer, envolvendo até figuras inimagináveis do poder e negociadores astutos que ainda não apareceram.
E, com certeza, o Ministro da Justiça(que é do PT), já tem em seu poder o conteúdo de todas as gravações que a PF fez, sabendo o que pode e o que não pode ser divulgado.

Que triste destino este país nos reserva.
Quem deveria lutar pelos mais necessitados e manter a moral, perde a moral com bicheiros e negociadores de verbas monumentais.
E isto não é desvio de dinheiro público, isto é roubo.
fico aqui imaginando o que aguarda a juventude brasileira nos próximos 4 anos.
Até quando isto vai durar?
O mensalão, não nos iludamos, não vai dar em nada.
E a canoa segue o percurso do rio.......com sacolejos, com cataratas, mas principalmente, com cachoeiras.....
Triste fim de um espetáculo público.
E ainda tem envolvidos que são capazes de uma reeleição, tamanha a burrice do povo que ainda vota.
Deus nos ajude......