QUE BOM TER VOCÊ AQUI

Quem escreve, raramente escreve somente para si próprio.
Assim, espero que você leia, goste, curta, comente, opine.
E tem de tudo: de receitas a lamentos; de músicas à frases: de textos longos a objetivos.
Que bom ter você aqui....

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

EEEEE GUARAPUAVA!!!!!!!

Meu bom amigo Eliseu J da Silva me lembra no facebook um trabalho feito em 1994. Segundo ele, uma dos melhores trabalhos que executei para a Prefeitura de Guarapuava, naquele ano de aniversário da cidade.
Feliz fiquei, claro, mas ao mesmo tempo, um filme passou em minha memória, com slow motion e tudo o mais.
Era perto do fim de ano de 1994.
Eu atendia em Guarapuava o Hotel Atalaia e o Grupo Gelinski, no que toca à propaganda.
Um dia, melhor dizendo, numa noite, 4a.feira, no barzinho do hotel Atalaia(grandes noitadas), meu amigo Osmar Marcondes, na época Gerente Geral do hotel, me diz:" fica aqui ouvindo a música, toma o teu uísque que eu quero te apresentar uma pessoa daqui  a pouco." E sentado ao lado do grande amigo Reginaldo Gonçalves, ficamos alí bebericando, olhando "as mocinha" e apreciando o ambiente. E que ambiente.........
Lá por meia noite, chega  a pessoa que o Osmar queria me apresentar. Era simplesmente, o prefeito da cidade.
Senta, conversa, bebe,ri, conta piada, conversa de novo, bebe mais, disse pra ele que a comunicação da prefeitura era falha.
Ele, sério, me diz: " então, amanhã, nove horas, me apresente uma ideia para o aniversário da cidade. Se eu gostar, falamos mais a respeito da comunicação."
E foi embora.
Eu, feliz e perplexo, fique alí sentado, bebericando meu uísque e pensando no que havia dito.
De repente, um estalo.
Fui para o meu quarto, com sacada de frente para o calçadão da XV(bonito, por sinal) e alí sentei, com o litro do uísque do lado, o balde de gelo, um calor da gota e um bloco com caneta no colo.
O relógio batia 3 da manhã, a rua estava tranquila e deserta, o silêncio era companheiro da madrugada guarapuavana.
E foi aí que comecei a escrever.....olhando a cidade lá de cima, dei início ao texto que seria a homenagem da prefeitura para a cidade.
"eeeeee Guarapuava.
Guarapuava do lobo bravo,
do Guairacá.
Do gaúcho tropeiro que veio pra cá......"
E assim foi indo.
Numa balada só,o  texto saiu.
Não lembro tudo de cabeça, mas não guardei cópia, pois na época não havia tablets e coisas do gênero. E falha minha não ter salvo uma cópia impressa.
Terminei assim como se termina uma redação.
Dei dois goles no uísque perfeito, naquela sacada que me trouxe a ideia da cidade.
Acendi um cigarro, me acomodei e reli o texto.
De repente, até eu gostei do que tinha escrito.
Mas, caso aprovado, teria que ter a locução do Rolando Boldrin.
Reli como se fosse o Boldrin, compassado e com o silêncio da rua como trilha.
Gostei.
E se gostei, venderia a ideia.
Olhei para o relógio e passava das 4 da manhã.
O prefeito havia marcado às nove na prefeitura para ver uma ideia.
Cama direto.
Sono não vinha.
Sacada de  novo, cigarro e silêncio na madruga......sem uísque  naquelas alturas.
Até que dormi.
E às 08 horas, tocou telefone, despertador, consciência, tudo.
De pé,banho tomado, café com o Osmar e rumo à prefeitura.
Em lá chegando, pontualmente às nove o prefeito chegava e me recebia em sua sala.
Chá de boldo, falar baixo, penumbra.
Ressaca é bom porque é igual para todos.
Autoridades ou não, o porrinho sempre pega.
O prefeito me olha, manda chamar três secretários, me apresenta dizendo que eu era o publicitário que havia criticado a comunicação da prefeitura e estava trazendo uma ideia para o aniversário da cidade.
Me deu a palavra e eu abri a pasta com o texto manuscrito na sacada do hotel, de madrugada.
Ao ver a letra, tratei de levantar o bloco para ninguém perceber a grafia.
Mas a ideia estava pronta em minha cabeça.
Antes de ler, expliquei o porque, como seria, qual o objetivo, aquelas coisas todas.
E li.
Li como se fosse o Boldrin.
Ao terminar, silêncio na sala, 4 pessoas me olhando e eu alí, de ressaca e pensando.
O prefeito me pede a folha, relê em silêncio e diz: tem duas correções aqui que devem ser feitas, mas no geral, o senhor está de parabéns. Tinha este texto pronto? Disse que não, que havia escrito depois do papo da madrugada e levado para análise em seguida.
Os secretários aprovaram, a ideia cresceu e o trabalho foi aprovado na íntegra.
 Voltei para Curitiba feliz e preocupado.
Agilizar a execução dentro do que havia sido planejado.
Chegando aqui, corri para a Elevasom, onde estava meu parceiro e amigo do peito, Paulo Chaves.
Ele leu, se emocionou e disse: locução do Rolando Boldrin com um solo de viola caipira ao fundo.
Concordei  e fui embora.
Dias depois, Rolando Boldrin não poderia gravar e na hora me veio o nome de LIMA DUARTE.
Em meia hora, estava eu ao telefone com o Lima e explicando pra ele o que era o trabalho.
Ele disse: manda este texto pra cá que eu comprei a ideia. E te faço por um preço menor. Vale tanto.
Mandamos o dinheiro, ele recebeu o texto por fax e gravou.
Dois dias depois, a Varig me entrega a fita, levo pro estúdio da Elevasom e Paulo e eu nos emocionamos com a locução do Lima Duarte. Perfeita.
Trilha ao fundo, mixagem final, tudo pronto.
Aí veio o pior: o vídeo.
Elenquei as imagens, fiz o roteiro, mandei pra Guarapuava por fax e foi  aprovado.
Com a produtora do Paulo Siqueira, com André Farias na direção, duas reuniões de pré e pronto.
Cinco dias depois, o vídeo estava editado e montado.
Coisa de arrepiar......
Peguei a fita VHS e fui pra Guarapuava.
Em lá chegando, reunimos todos na sala do prefeito, coloquei a fita e apertei o play.
3 minutos depois, todos emocionados, felizes, trabalho aprovado e eu mais feliz que todos.
À noite, na mesma sacada, sentei e bebi o uísque bem devagarinho.
Belo trabalho, bela ideia, bela execução.
Este vídeo,(que não tenho), foi modelo para mais vinte prefeituras em todo o Brasil.
Feliz fiquei, a cidade gostou, até hoje comentam e não lembro o que rendeu.
Não importa o valor.
Importa a conquista, a realização.
E meu amigo Eliseu lembrou hoje este fato.
Tomei a liberdade de encher o saco de vocês e contar tudo, pela primeira vez, como realmente aconteceu.
Valeu a pena.
Muito.
Pra sempre.

O SEMEADOR

Hoje,20hs, o SINAPRO(sindicato das agências de propaganda do Pr), presta uma homenagem e entrega o prêmio de SEMEADOR DA PROPAGANDA no Paraná, para o publicitário Rogério Florenzano.
Para quem é da área, a primeira frase que brota aos lábios e no pensamento é:"mais do que merecido".
De fato.

Se tem alguém neste mercado que merece esta honraria, é Rogério Florenzano.
Muitos de nós que ainda estamos na ativa, aprenderam com ele muitos macetes de negociação, tanto a favor do cliente quanto a favor do jornal.
Daquela escola inicial do Diário do Paraná, onde ele começou sua vida profissional, levado pelo irmão para ser assistente de publicidade, ele trouxe segredos que aplicou durante a vida, ainda mais nos anos de Gazeta do Povo, onde tinha em Francisco da Cunha Pereira, um patrão e uma grande amigo.
Aliás, Rogério poderia ser chamado, "O Amigo de Francisco", pois foram 3 décadas de dedicação e prática de uma atividade limpa, serena, correta e exemplar.
Semeador da Propaganda chama o prêmio.
E acredito, pelo que conheço o Florenzano, que ele está muito feliz.
Lá dentro do coração, bate forte a sensação de ter sido reconhecido.
Não que ele procurasse por isso, mas sim pelo acontecimento.
Ele, que nasceu no dia 4 de dezembro, dia mundial da propaganda, merece esta homenagem da classe.
Nada mais justo que enviar os Parabéns, com o P em cx alta, pois o profissional é exemplar e merece ser seguido.
Hoje, na Redepar, tive a honra de trabalhar com ele de pertinho, desde julho até este dia 29, quando encerro esta etapa e reinicio a carreira de agência na próxima 2a.feira.
Bom trabalhar com quem tem experiência, princípios éticos e visão.
Aprende-se um pouco a cada dia.
Parabéns amigo Rogério.
Ainda temos muito para trilhar em benefício da propaganda no Paraná.
Que sua carreira sirva de exemplo para esta nova geração que se aproxima.
Felicidades e muito obrigado pela convivência.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

REVENDO POSIÇÕES

Por mais que me esforce, não consigo assimilar esta cultura das leis penais de nosso país, embora tenha estudado algumas delas. O cidadão é condenado, preso e tem direito ao regime semi aberto. Até aí, tudo bem. Não é o único. Mas o tal do condenado, consegue um emprego de 20 mil reais por mês por 8 horas de trabalho por dia. Aí as coisas começam a ficar nubladas, pois por mais competente que seja - e não deve ser -, o condenado já começa ganhando um salário questionável, ao menos em termos de mercado.
Obviamente, a realidade de tudo isto jamais saberemos e somente os envolvidos sabem porque estão contratando e o condenado sabe porque está sendo contratado.
Enquanto tudo isto ocorre na esfera nacional nossa vida segue em frente, cada qual com seus problemas e soluções, cada qual com seus afazeres e preocupações.
Do mais simples cidadão brasileiro ao mais abastado empresário nacional, a realidade nos cerca e exige providências, atitudes, ações que somos obrigados a tomar. Não devemos nos preocupar demais com o que acontece aos condenados, porque por maior que seja nossa revolta e nosso protesto, de nada adiantará. 
Eu sempre disse - e digo - que "eles" fazem o que bem entendem e a população, no máximo, observa.
A preocupação da periferia está em manter o Bolsa Família e não em moralizar o país e seus comandados.

Com isso, na eleição do ano que vem, não nos assustemos se a atual mandatária vencer e renomear a equipe do partido dela para mais 4 anos de depredação do erário público.
A chance dela perder fica cada vez menor, tendo em vista o despreparo dos candidatos de oposição.
São boas pessoas, mas ainda não perceberam que chegou a hora de falar a linguagem do usuário do cartão benefício nacional.
Chegou a hora de ouvir e repetir o que eles, usuários, dizem.
Saúde, educação, segurança e o diabo a 4, são jargões que não apresentam mais efeito, embora sejam problemas nacionais e diários.
Cartões de benefício, crédito aberto e sem limites, milhares de carros vendidos em 60 pagamentos, minha casa, minha vida com facilidade, tudo isto somado, dá o que o  povão quer: moleza.
Pegar na enxada e virar a terra, são poucos.
Nosso dia a dia já apresenta problemas demais para o mundo de cada um.
Ao nos preocuparmos com "eles", gastamos energia à toa, pois nada acontecerá que nos beneficie, a não ser uma parada geral e cruzada de braços nacional.

Não precisa passeata, não precisa quebradeira, não precisa gritos na rua.
Basta ficar em casa, paralisar o transporte de caminhões, fechar empresas por três dias, sacrificar o faturamento por uns dias e ver o resultado.

Um país que para pela insatisfação gera atitudes por parte de quem o governa.
Assim é a lógica.
Mas vamos em frente.
Melhor falar de outras coisas do que do cenário político e institucional.
Depois vamos para os "causos" e histórias de momentos marcantes.
Acho que é mais interessante.

HISTÓRIAS

Leio coisas aqui e leio coisas lá.
Difícil saber por onde começar.
Notícias, palpites, artigos, opiniões.
Muita informação a respeito de ladrões.
Notícias de mortes, acidentes, tragédias.
Parece que o mundo não conhece comédias.
Insisto e vou em frente.
E no meio de tudo, gente.
Um que morreu, outro assassinado.
Um que fugiu, outro sequestrado.
O político disse "sou inocente".
Difícil enganar tanta gente.
Cadeia neles já, grita o sorveteiro.
Grite mais baixo, senão serás o primeiro.
Preso tem benefício de ameaça de enfarte.
Pobre reza pra que nada "farte".
Horrível esta rima acima, 
mas como veio, foi: de prima.
Verão é uma coisa em extinção.
Bermuda, chinelo, pouco menos calção.
Nossa cidade meio abandonada.
Na prefeitura, nenhum movimento, quase nada.
Na esquina, o pobre pede esmola.
No meio da rua, criança foge da escola.
No salão de tapete grosso,
discurso passa adiante o tal do osso.
"Precisamos de saúde,segurança e educação".
Ainda não apareceu quem faça tudo isto com emoção.
Encheu o saco tal volume de falatório.
Melhor deixar esta gente, no purgatório.
Falemos de coisas boas e nossas.
Falemos da vida, da alegria, das fossas.
A boa e velha fossa do samba canção.
Que mexia com a gente, com o coração.
Um cigarro aceso e um copo de cerveja.
Uma lembrança doída de quem quer que seja.
A madrugada corria a passos lentos.
Por isso criou estes belos momentos.
O silêncio era sócio de um bem estar.
O silêncio sempre foi sócio do ato de amar.
Gente com mais gente se entendendo.
Pessoas sozinhas, se perdendo.
Até a noite mudou.
O ladrão, no fim, chegou.
Senão no assalto, mas sim na conta.
Valores que quando chegam, deixam gente tonta.
Mas a vida segue seu rumo gostoso.
Com viola, com seresta, com um tango jeitoso.
Conhecidos de ontem, já foram embora.
No céu eles cantam, a toda hora.
Imagens revelam surpresas mil.
Rostos conquistam, puta que o pariu!!!!!
Deduções são feitas sem comprovação.
Perigo: isto aumenta a emoção.
De um lado a razão me chama.
Do outro, o sonho me tira da cama.
Sigo a vida, como ela é.
Sigo sério, na base do lé-com-lé.
Um sorriso na rua, pra recomeçar.
Uma esperança no peito, pra continuar.
Vamos que vamos, diz o ditado.
Deixa que eu vou, digo experimentado.
Retorno ao blog mais por saudade.
Agradeço a quem pediu, com sinceridade.
E de hoje pra frente,  a escrita rola.
Mesmo que você, não dê bola.
Viva sua vida com intensidade.
E se não der certo, tenha personalidade.
Vamos juntos até a próxima esquina.
Quem sabe está alí a felicidade, menina.
Até amanhã ou até depois.
Aqui teremos histórias de nós dois.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

COMEÇAR DE NOVO......

Tem música do Ivan Lins e Vitor Martins com este título. A interpretação mortal(de boa) é da Simone. E a letra, é realmente uma obra de arte.
E Começar de Novo, é como me encontro nos dias de hoje.
Passadas as névoas e nuvens carregadas, contanto com o auxílio de bons amigos, recuperei a vontade de fazer, vencer, ganhar, sorrir, viver, ser o que eu fui e adormeci por um tempo.
No dia 02 de dezembro, novas atividades, novos planos, novos objetivos.
Na primeira análise, tudo igual como era, só que uma importante diferença: tudo mudou.
Nem eu sou tão igual ao que era, pois amadureci e me permito hoje, analisar e pensar antes de falar.
Assim como clientes e mercado.
Se antes dávamos tempo ao tempo, hoje o que falta, é tempo.
Se podíamos sonhar em cima de criações e soluções para clientes, hoje continuamos sonhando, mas as soluções em primeiro plano.
Lá vem o desafio.
Lá vem a proposta.
Me conheço.
Sei onde posso chegar.
E vou chegar.

Gente nova pelo caminho, gente antiga também.
A atividade da criação, do atendimento, do planejamento, da conquista e do profissionalismo me convidam a bailar novamente. Bailar com suavidade e com experiência.
Lá vou eu.....
E vou consciente do que me aguarda.
Sem dúvida, será bom.
Sempre fui um homem de agência, de criação e de atendimento.
Espero que o "andar de bicicleta" não mude tanto assim.
E vou em frente.
E lá vou eu, diz a música......
Que Deus me ajude e que eu me ajude.
Em março fazemos um balanço.
Positivo, espero.

REINICIANDO

Bom.
Após breve pausa, a partir de amanhã retomamos a escrita.
Espero que me sigam novamente.
Conto com todos.
Agradeço as mensagens recebidas pedindo a retomada.
Graças a elas, vamos recomeçar.
Um oi geral e até amanhã.