QUE BOM TER VOCÊ AQUI

Quem escreve, raramente escreve somente para si próprio.
Assim, espero que você leia, goste, curta, comente, opine.
E tem de tudo: de receitas a lamentos; de músicas à frases: de textos longos a objetivos.
Que bom ter você aqui....

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

OS PRIMEIROS DIAS.

Diziam os poetas que ruas são todas iguais. Ledo engano.
Ruas são diferentes e com elas, as nuances das diferenças entre pessoas.
Depois de alguns anos no meio do caos do centro, levantei acampamento e mudei de puleiro. Novo endereço e novo local, novo espaço e alto astral.
Não foi só pela churrasqueira do novo endereço, mas sim pela situação.
Onde morava, era espaçoso, amplo, digno de foto para a Casa Claudia.
Mas faltava um elemento.
Hoje, arrumando as coisas e badulaques na nova casa, percebo que aqui tem de sobra o que faltava lá: felicidade.
De passo em passo, lentamente, descobrimos o segredo da vida feliz: simplicidade.
Um espaço menor, mais cheio de cantos onde depositamos esperanças e sonhos que reapareceram.
Um espaço onde se vive, se ouve música, se sonha, se dorme em paz.
Se foram os 35 ônibus por hora e chegaram os pássaros por minuto.
Novidades em todos os sentidos.
O primeiro dos sentidos: a voz do coração, que aconselha a calma, a prudência e a felicidade a conta-gotas.
Ainda terei muitos momentos novos por aqui.
E aos poucos, retratarei um a um.
Viva um homem novo com sua família feliz.
Viva eu.

Viva tu.
Viva minhas filhas que em breve aqui estarão.
Viva meu filho, que depois de muito tempo, curtiu um churrasquinho com
os pais.
Viva eu, que ao lado da dona Bethy, reinicio a caminhada.
Mas pelo visto, só asfalto.
Ainda bem.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

MUDANÇA

A sala vazia aumenta o eco dos ônibus que passam a 60 km por hora.
As cortinas ainda balançam com o ventinho frio desta noite de terça-feira.
Os ambientes esvaziados pelos homens da companhia de mudança somente revelam que prédios antigos eram melhores. Muito melhores.
As paredes levemente marcadas por quadros que animaram as salas e outros ambientes por 10 anos.
O corredor leva para ambientes vazios, já sem vida, ostentando apenas armários que guardaram roupas e pertences de pessoas que foram - e não foram - felizes.
Era para ter sido tudo diferente, mas quis a vida que esta experiência tenha sido vivida.
E foi fácil a mudança. 70% já tinha sido levado. Pela justiça do trabalho, em função de uma causa que provocou mudanças em vidas que caminhavam juntas.  A mudança de hoje encerra o período de mudanças de ontem.
Mas hoje, passados os percalços e os pedregulhos, vida nova, tempo novo, casa nova, tudo novo.
Uma nova rua, silenciosa, gostosa, feita para quem precisava mesmo se retirar um pouco desta loucura que virou a André de Barros com a Lourenço Pinto.
10 anos vividos alí provocaram mais desgastes do que alegrias, se bem que elas existiram e foram bem comemoradas.
Agora, passo a chave na porta e somente ouço o eco da fechadura virando.
Amanhã, novo pouso, nova casa, nova vida.
Serena, tranquila e feliz.
Se não tão grande em área quadrada, maior em felicidade.
Senão tão cheio de salas, apresenta duas que serão pequenas para tantas alegrias.
Senão tão espaçosos os quartos, apenas servirão para acolher corpos felizes e cansados.
Que assim seja.
Adeus Lourenço Pinto.
Foram muitos momentos.
E que no passado fiquem.
Boa sorte para todos nós.
Que Deus somente nos acompanhe e decida, com os dias seguidos, se nos abençoa, ou não.
Mas acho que sim.
ELE não abandona quem lhE respeita.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

DIA 06 DE NOVEMBRO

Estava tão longe o dia 06 de novembro.....
Com calma e serenidade, aguardamos a chegada da data, imaginando que seria mais um dia em nossas vidas de alegria e de tranquilidade.
Sem dúvida, foi de alegria, mas de muita agitação, correria, chuva que estava por vir - e não veio.
E no dia 06 de novembro, às 18:45hs, Isabella desceu as escadas e foi para o altar, levada pelos pais, lentamente e sorrindo. A menina dos cabelos cacheados e despenteados, a menina alegre que brincava de escolinha com a irmã no quarto da casa da Benjamin Constant. A mesma menina que se emocionou ao ganhar um urso maior do que ela no natal de 1992. A menina companheira, carinhosa e atenta aos detalhes do mundo, casou-se. E que Deus a abençoe, bem como ao genro, Alexandre. Em todos os momentos, a alegria ficou presente e o amor entre os dois muito aparente.
E isso é fundamental para quem começa uma vida a dois. E que assim perdure por muitos anos e sempre sendo regado, diariamente em seus detalhes, nas coisas pequenas, seguindo o que Roberto Carlos disse: "detalhes tão pequenos de nós dois, são coisas muito grandes para esquecer". E hoje, a menina, agora Sra Alexandre Barros, volta da lua de mel e inicia sua vida nova. A nova fase que será abençoada por Deus e que terá, sem dúvida, seus problemas, suas surpresas, suas novidades, suas alegrias de casal.
A menina virou moça, a moça virou mulher e a mulher, minha filha, é um exemplo de pessoa que sempre recomendo para quem quiser ter uma filha que lhe faça feliz e seja feliz.
A tremedeira se fez presente, embora com mais tranquilidade, mas é estranha a sensação do "vazio' da filha. Não fica um vazio, até porque ganhei um filho, um genro, um companheiro. E a filha, embora tenha ido morar em Maceió, se faz presente diariamente em nossas vidas.
A tecnologia de hoje permite a aproximação mais rápida que antigamente.
E daqui, quando ela e o Ale iniciam suas vidas, desejo tudo de bom que eles merecem, mantendo minha posição de pai e amigo, ao lado dela em todas as horas, feliz por ter visto a felicidade estampada nos rostos dos dois e certos de que, brevemente, netos e netas farão parte do meu dia a dia, fazendo com que os princípios da boa educação estejam presentes, ao mesmo tempo em que deseducarei neto ou neta, com a presença da Bethy para mimar e amar.
Seja feliz, filha querida.
Que seus dias revelem o segredo da vida a dois mantendo o amor e o respeito em primeiro plano.
E contem sempre comigo e com a família.

Isso ficou claro na data do seu casamento: somos uma família e isto nos dá a segurança para sermos felizes.
Que Deus lhes abençoe.
Hoje e sempre.
De um pai muito babão e de uma mãe mais babona ainda.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O CAOS

Sem dúvida, vivemos o caos.
O caos do trânsito, antes pacato e correto, hoje tumultuado, repleto de carros novos e recuperados, de fora e daqui, andando empilhados por ruas que não os suportam mais. Isto sem falar nos "motoristas' de última hora que ainda se aventuram em dirigir, como se estivessem no auge dos seus 18 anos. Penso como meu filho: "se tem idade para iniciar, deve ter para parar". Com todo respeito aos idosos, que têm preferência em uma série de coisas no trânsito, mas no caos que vivemos, eles fazem parte da engrenagem.
Um caos a partir das 17 horas, quando ruas e mais ruas ficam paradas, lembrando uma São Paulo de 10 anos atrás, quando achávamos que isto não aconteceria por aqui. Mera ilusão. Todas as paralelas, da Alferes Poli até a Carneiro Lobo, são o mapa do inferno.
Além da falta de respeito de motoristas que bloqueiam cruzamentos, de pessoas que param onde não devem e ligam o alerta, de aprendizes de motoristas que passeiam pelas ruas, de carrinheiros que voltam para o Parolim, além de tudo isto, a partir das 18 horas não se vê um bendito "agente' do Diretran para coordenar, ensinar, orientar, punir esta balbúrdia provocada por curitibanos e associados.
Hoje não se pode prever o tempo de ida para uma reunião, obrigando a todos que uma hora antes já se desloquem. As ruas não tem mais horários de picos, como antigamente.
E quem se preocupa? Binários resolvem, mas não de todo.
Sinaleiros sincronizados ajudam, mas não resolvem.
Motoristas incompetentes agravam e o que se nota, é um ataque de nervos quando a primeira buzina aparece.
Uma pena.
Nossa Curitiba, das ruas tranquilas e do trânsito pacato, foi-se.
O número de carros duplicou em função das facilidades, dos financiamentos, dos prazos e do crescimento do poder aquisitivo, tão alardeado na história recente deste país.
Considerações à parte, o caos está instalado.
E pra completar, "os mano" invadiram o Parque Barigui, alterando o sossego de pessoas que querem curtir o domingo.
Deus nos acuda.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DÁ NOJO!

De fato, a coisa é muito nojenta.
Nem bem terminou a eleição e a turma já quer carnear cargos, nomear pessoas, indicar nomes, ocupar espaços.
Na primeira reunião para dar risada que a Dilma promoveu, o PMDB já ficou brabo. E já gritou na latinha e enviou releases. Daí, a Dilma chama o Michel Temmer para participar da conversa. E nada séria, apenas risos.
Agora, nem bem se vê alguma notícia que dê prazer, o que mais vemos é que o PMDB quer x cargos, estatais e nomeações livres. O PT quer isto e aquilo. A Dilma, ainda não sabendo o que vai enfrentar, tira dois dias de folga. Deve ter ido para o túnel do Chile, o único lugar em paz no mundo. E se não foi, que vá. Lá tem sossego, tem alimentação, tem friozinho e ainda sobe e desce de elevador individual.
Mas o que entristece é ver que a coisa é nojenta mesmo.
Ninguém está preocupado com o povo, com o Virgulino, lá do nordeste, que votou na "muié" do Lula.
Ninguém quer saber de reduzir gastos e aplicar melhor o dinheiro em benefício do povo. O povo que se exploda, como bem dizia Chico Anísio em um dos seus personagens.
Agora é foiçada para todo o lado para ver quem ocupa o quê e quem manda como....
Chega a dar náuseas o cenário político brasileiro, ainda com Sarneys, Barbalhos e Calheiros mandando feito gente grande.
Pobre Dilma. Ela achava que a caneta principal seria só dela, errou.
Tem um time de corvos em cima da mesa querendo bicar as nomeações, arrumações, transições e "ajeitamentos".
Tudo para enriquecer grupos, pessoas, partidos, menos para auxiliar o povo.
Este mesmo povo que acredita, ainda, em palavras emitidas por estes chupins do dinheiro público.
Pena.
Realmente uma pena.
Mas isto é Brasil e não iremos alterar o quadro enquanto não nascer um líder que acompanhe este pensamento e seja eleito para a moralidade da nação brasileira.
Sabe quando?
No dia em que o Sargento Garcia prender o Zorro.