QUE BOM TER VOCÊ AQUI

Quem escreve, raramente escreve somente para si próprio.
Assim, espero que você leia, goste, curta, comente, opine.
E tem de tudo: de receitas a lamentos; de músicas à frases: de textos longos a objetivos.
Que bom ter você aqui....

quarta-feira, 28 de julho de 2010

LITORAL DO PARANÁ.

Eis que fico "peruando" sites e pesquisando coisas.
E um dos assuntos que mais tenho pensado e pouco falado, é o nosso litoral do Paraná.
Aquele que muitos criticam, mas que nos meses de janeiro e fevereiro se empilham para curtir momentos de sol, de falta de água, de falta de estrutura, falta disto e daquilo.
Sempre falta, mas sempre tem gente. E quem tem imóveis para locação, não se queixa.

O comércio se fortalece nos meses de temporada, não só pela invasão de turistas, mas pelos preços praticados, quando se tira a diferença de outros meses de "baixa".
Mas, ao consultar o site da Prefeitura de Matinhos, fora as notícias favoráveis ao prefeito, no relatório do Ipardes alguns pontos chamam  a atenção.
Se é que procedem aqueles números todos, como acho que procedem, algo está errado na vida de Matinhos. Sabemos que dívidas das administrações anteriores foram quitadas e renegociadas pela administração atual, mas mesmo assim, o volume de dinheiro anual de Matinhos é para se apresentar um local melhor para todos. Não que seja ruim ou esteja ruim, mas acredito que poderia ser melhor.
Sei que é fácil palpitear quando se está de fora da bronca, mas com a invasão de paranaenses para o litoral de Santa Catarina, acredito ser a hora de fazermos alguma coisa para com o nosso litoral.
E não somente para quem lá reside e vive, mas para quem poderia aproveitar mais as delícias do litoral, das belezas que ainda existem e da estrutura que ainda é precária.
Obviamente faltam investimentos privados nas praias de Matinhos e Guaratuba, mas se a ação fosse coordenada e planejada, acredito sim, em resultados promissores.
Nosso litoral não deve sobreviver apenas das temporadas de praia de janeiro e fevereiro.
Muitas coisas ocorrem por lá e podem ocorrer muitas mais, mas precisamos mexer com o curitibano, que fica a apenas uma hora de carro, numa estrada digna e segura.
E tem um mundo de gente com casa na praia que não usa como deveria.
Finais de semana na praia não custam mais caro do que finais de semana por aqui e podem ser mais saudáveis e seguros. Viva mais. Passe o final de semana na praia, alguma coisa por aí.....não exatamente, mas entenderam?
Ainda falam mal do IPTU(segunda fonte de receita de Matinhos) e criticam o que não é feito.
O que ocorre é que quem está prefeito daqueles balneários, não está lá para atender veranistas e sim moradores das praias. Afinal, são cidades que merecem atenção e investimento. Agora mesmo, o ensino de Matinhos foi destacado no exame do MEC. Alguém sabia?
Já Guaratuba também, investe para quem mora por lá e vive lá.
Os veranistas ficam em segundo plano, pois deve-se investir em quem vota.
Nada contra.
Apenas ideias para que gerem parcerias com empresas privadas a fim de movimentar mais nosso litoral e gerar mais fatos que incentivem proprietários de casas a irem para lá, nos finais de semana.
Atrações em finais de semana podem ter resultados positivos. Basta pensar.
Se ouvimos que Camboriu agora é a praia dos aposentados, porque não alterar um pouco esta realidade e mexer com os brios de nossos "velhinhos"(no bom sentido) para irem para no nosso litoral?
Mais perto, mais rápido e mais gratificante, pois é nosso.
Só que para isso, fica lançada a ideia e a torcida para que algo aconteça.
Não só pelas ressacas nosso litoral poderá acabar, mas também pelo pouco caso.
Tanto de veranistas, quanto de proprietários, quanto de políticos.

Quem não chora, não mama.
Então, prefeitos e prefeitas, movimentem-se a fim de salvar nosso litoral enquanto ainda dá tempo.
Senão, a cada mês de março, vai ter mais paranaense falando cantadinho, com adesivos de centenas de praias do litoral de Santa Catarina.
Porque não dar o primeiro passo????

PROVIDÊNCIAS

Notícias dão conta de dezenas de presos no combate ao tráfico
de drogas no Vale do Ivaí.
Entre eles, alguns policiais civis.

Viu?
Se levarem a sério e prenderem todos os sócios, a coisa acaba,
ou pelo menos diminui um pouco.
Agora vem a pergunta: será que vão ficar presos mesmo ou é só por um final de semana?
O grande problema da droga, além da droga, é o volume de dinheiro que circula em torno do negócio.
É muita grana para se cumprir a lei.
Com isso, coceiras dão nas mãos de quem manda e quem decide.
Ao mesmo tempo, a seriedade de um grupo que efetua as prisões por ordem de alguém sério que determinou, é pouco perante o volume de "intre$$ados" no negócio.
Pobre de nossa juventude que, a cada dia, cai mais nas mãos de traficantes e facilitadores do acesso.
Enquanto isso, gente enriquece enquanto o povo empobrece.
Esta situação exige(sem trocadilhos), um crack final.
E que quem for preso, que fique preso.
Ou que levem para uma voltinha de avião por sobre o oceano.
Não seria má ideia.
Se escapar a nado e conseguir voltar, prêmio para o traficante e para o corrupto.
Joga o bicho dentro das 200 milhas, mas deixa ele lá.
Com a roupa do corpo.
E não noticia.
Só joga.
Quero ver se não melhora a situação.....

ENQUANTO ISSO, LÁ NO MARANHÃO.....

DEU NO SITE DA GAZETA E OUTROS:
"Na segunda-feira, Zequinha Sarney obteve uma vitória no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA). Por 5 votos a 1, o TRE concluiu que a Lei da Ficha Limpa não poderia impedir a candidatura à Câmara dos Deputados de Ze­­quinha – que foi condenado antes de a lei entrar em vigor. O motivo da condenação não foi divulgado."
E notem que esta Lei foi promulgada pelo STF, que seria o órgão maior do país.
E lá no Maranhão, assim como em outras paradas brasileiras, o TRE do Estado é quem manda.
Ainda mais por ser um Sarney.
Eita país mais filho da puta que suporta isto e ninguém se atreve a contrariar.
Assim caminha a humanidade.
E contrarie pra ver o que te acontece.......

MAIS UM MIJÓDROMO.

E neste texto, procuro alguém para assumir a responsabilidade,
mas só encontro um: o povo.
Inaugurado o mais novo mijódromo de Curitiba.
Rua Lourenço Pinto, entre André de Barros e Pedro Ivo, mais exatamente
atrás das duas novas estações-tubo na Linha Verde, que por onde passa leva passageiros com mais rapidez e qualidade, mas acaba com comércio e moradias de sua extensão.E acaba mesmo.
Impressionante o mau cheiro e com o solzinho mais quente, pior fica.
Providências?
A Prefeitura não se responsabiliza pelo mijo do povo e o povo não tem educação suficiente para urinar em outros cantos que não sejam locais públicos. Que tal a instalação de um banheiro químico à disposição da clientela? O problema é depois das 21 horas, quando mijões atacam sem censura e sem limites, para não falar durante o dia.
Aos domingos, "manos" que vão ao Estação Shopping pioram a situação.
O comércio da região, onde antes a Casa de Saúde Paciornik fez história, agora convive com o cheiro diário de mijadas de habitantes de bairros que
por alí circulam.
Ou se educa o povo, ou se lava a calçada ou se coloca o banheiro.
Como nada disso vai ocorrer, aconselho transeuntes, pedestres e frequentadores da tal rua a prender a respiração por uma quadra.
Mais um mijódromo para a administração municipal tomar providências.
Será???????

VAI-TE

Friozinho, friozote.
Jaqueta, sobretudo, capote.
Tudo para não sentir o frio.
Puta que o pariu....
Chega logo primavera.
Chega antes da Lúcia, da Rita, da Vera.
Chega que com você é melhor.
No inverno, tudo é pior.
Gente de cara feia,
nada se faz, nada se semeia,
gente triste.
E o inverno, persiste.
Chega logo primavera.
Chega que melhora.
Melhora o astral,
melhora geral,
melhora por igual.
Gente de andar apressado,
gente que esquece o combinado
o combinado de ser feliz.
Sorrir, viver, olhar
e calmamente, andar.
Vai-te frio de merda.
Vai-te daqui.
Abre espaço para a alegria
da guria e do guri.
Vai-te tempo danado
que lembra o passado
quando o frio era pior.
Hoje, apesar de frio, pouco melhor.
Mas vem a primavera.
E com ela, a Lúcia, a Rita, a Vera.
Espero....

GRANDE MOMENTO.

Agradável momento de um encontro de um sábado frio, gelado, daqueles que nunca queremos que se repita, com uma temperatura horrorosa, mas um sábado cercado de amigos para uma feijoada campeã.
E as pessoas acima são companheiras desde 1971, quando encontramo-nos todos no primeiro científico do Colégio Medianeira, nossa segunda casa, na época.
Passados estes anos, nada melhor que comprovar, a cada mês, o verdadeiro sentido da palavra amizade.
Grande momento.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

SE

Se tivéssemos 30 Bernardinhos em postos de comando da Nação,
com certeza seria um país mais digno de se viver e defender.
Mas Bernadinho existe só um e é técnico da seleção de vôlei.
 Resultado: nove títulos mundiais.
Se tivéssemos um Felipe Massa mais firme, o Alonso não faria carreira.
Que vergonha.
Se tivéssemos PMs sérios, tanto aqui quanto no Rio, o atropelador
do garoto de skate estaria preso, ao menos.
Se fôssemos mais corajosos e portadores de memória, não votaríamos
em ninguém agora em outubro. Se fôssemos.
Se tivéssemos educado adolescentes da maneira certa, não veríamos
o que hoje vemos por aí, com tamanha falta de respeito entre pais e filhos.
Se confiássemos em políticos, a lei da palmadinha nem iria para votação. Educar também é dar umas palmadinhas vez em quando.
Mas palmadinhas e não quebrar o filho de porrada.
Se a polícia fosse séria, o consumo de drogas seria a metade do
que é hoje. Se fosse.
Se tivéssemos voz ativa, um líder político de respeito e novo teria sido formado, mas não apareceu nenhum, ao menos por enquanto.
Culpa de quem?
Nossa.
É muito "se" no dia a dia.
Mas como o "se" não vale, a vida segue como ela é.
E nós, lamentando em cada esquina por providências e atitudes que jamais serão tomadas.
A não ser que iniciemos uma grande mudança.
Talvez nossos netos possam presenciar um país melhor.
Tomara.

domingo, 25 de julho de 2010

DOMINGO

Amanhece o dia.
Sons de carros ultrapassando outros, é a Fórmula 1 na Globo.
Ao abrir a cortina, o sol dá sinais de que está com muita vontade de permanecer por aqui.
Dia lindo.
Daqueles gostosos em que a gente descobre que hoje, domingo, é o dia ideal para não fazer nada.
Banho tomado, cafezinho e cigarrinho em punho, vamos arrumar armários, que já pediam certa ordem tem tempos.
Ao fundo, o som da Ouro Verde FM, ligada pianinho para preencher o ambiente enquanto se arruma um monte de coisas.
E depois de um tempo, nota-se que a programação foi especialmente elaborada para um domingo.
George Michael, Mariah Carey e uma série de músicas boas fazem passar a manhã lentamente.
Para isto serve uma emissora de FM: preencher espaços sem incomodar quem está ouvindo.
E com bom gosto, é melhor ainda.
Bom início de domingo.
Músicas agradáveis e lembranças memoráveis, desde tempos de adolescência aos dias de hoje.
Ponto para a Ouro Verde.
Ponto para quem ficou na escuta.
Armários arrumados, CDs em ordem alfabética, tudo no lugar.
Pronto para recomeçar audições e gravações de músicas e mais músicas.
E a rádio no ar.
Como são bons estes dias em que não se faz nada de útil, mas se aproveita muito o dia.
Domingo.
Dia ideal para fazer nada.
Vamos a ele.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

BELA NOTÍCIA....

Pelo visto, a "turma" resolveu trabalhar.
Na Gazeta do Povo de hoje, deu:

"Mais oito pessoas foram presas no Paraná nesta quinta-feira (22) aumentando para 30 o total de detidos por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas, além de outros três presos em flagrante por porte ilegal de arma. Pela manhã, 25 já haviam sido detidos, sendo 11 no Litoral do estado. A Operação Maresia foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná em conjunto com as policias Civil e Militar.

Essas prisões ocorreram até as 16h desta quinta-feira. Outros quatro mandados de prisão temporária serão cumpridos nesta operação. As investigações tiveram início há seis meses. Os detidos integravam três diferentes quadrilhas que atuavam com os mesmos fornecedores.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público, o dinheiro arrecadado com o tráfico de drogas era “lavado” por meio de empresas de fachada, como lojas de veículos e supermercados. Um dos traficantes atuava no bairro Tabuleiro, em Matinhos, no Litoral do estado, utilizando os mercados Gavião 1 e Gavião 2 como fachada para distribuir a droga. Em Curitiba, lojas de veículos, que não tiveram os nomes divulgados, também estavam envolvidas no esquema.
Na operação, foram cumpridos 52 mandados de busca e apreensão. Os policias encontraram dez armas de fogo, 15 quilos de pasta base de cocaína, 800 gramas de cocaína e 500 gramas de maconha foram apreendidas, além de mais de R$ 15 mil em dinheiro e outros valores em cheques."

Óia só.....tomara vire "ação de costume", como diziam os antigos.




brilho

Cientistas anunciaram a descoberta da maior estrela de todos os tempos.
Novidade para eles, pois eu já conhecia o brilho do teu olhar e do teu sorriso.
E qualquer estrela, perto disto, é nada.
Como disse Gilberto Gil, "há de surgir uma estrela no céu cada vez que você sorrir".......

segunda-feira, 19 de julho de 2010

PENSANDINHO...

Disse uma médica que o dia nublado e com frio diminui a produção de um hormônio que afeta diretamente o astral e o humor das pessoas.
Não discordo.
E acho que nossa cidade é privilegiada em manter dias cinzentos e, consequentemente, pessoas de cara mais fechada.
Aqui mesmo já comentei que com o sol, a vida muda, as pessoas mudam, o astral muda, tudo muda.
Dá mais gosto andar na rua, sair de casa, trabalhar, enfim, ser mais concectado com o lado feliz da vida.
E pra uma segunda-feira, eita diazinho nojento.
E a gente corre, trabalha, vai lá, vai aqui, enfrenta olhares carrancudos, pessoas com as mãos nos bolsos, trânsito mais demorado, enfim, é aquilo que
chamamos de dia horroroso.
Mas sem eles, não vivemos.
Impossível querer que Curitiba vire uma Cancun, mas não custa torcer, né?
E em meio a nuvens e trovoadas, vai-se.
Faz-se.
Vive-se.
Momentos de pensamentos que vagueiam e norteiam conclusões, ou alteram e adiam novas conclusões.
Penso que no Alaska, esquimó deve ser um cara difícil de lidar, será?
E na Rússia, tem gente morrendo de calor, com 44 graus, onde somente se via neve e frio. Verão é verão, mas desta vez veio com tudo.
O clima, de fato, tá virado.
Imagine fazer frio no Acre.
E fez.
Ressacas atingem nosso litoral, dando sinais de que um email que dizia que Guaratuba iria acabar em 2050, pode ter fundamento. Tomara não.
Se bem que em 2050 não estarei mais aqui.
Imagine eu com 93 anos.....nem por decreto.
Velho, chato, quase com o Alzeimer ou Parkinson, louco para pitar um cigarrinho e não poder mais.
Melhor, deixe.
Mais uns vinte tá de bom tamanho.
Mas com sol e temperatura amena.
Chega de frio, porra!!
E chega de Bruno, de crimes, de violência, de tudo o que se vê na TV.
Será que muda?

sexta-feira, 16 de julho de 2010

E A COPA?

Mal terminou a Copa da África, começa o bate-boca da Copa no e do Brasil.
Estádios para serem reformados, infra-estrutura para ser feita e preparada, um mundo de providências para serem tomadas e até agora, o que se vê nos jornais é um enorme bate-boca sobre recursos e suas origens.
Claro que a Copa pode ser positiva para o país como um todo, com a entrada de dinheiro que se projeta,com o mundo de turistas indo e vindo etc e tal.
Mas daí a querer que o poder público dê verbas para reforma de estádios, não me parece lá muito correto.
Se bem que muita coisa não correta, hoje em dia passa por normal e aceitável.
Ao invés do Governo do Paraná e a Prefeitura de Curitiba liberarem recursos(ainda não liberados oficialmente), tratem de atender a população nas coisas que ela precisa.
Em Curitiba, por exemplo, temos calçadas horríveis, bairros com esgoto a céu aberto, falta de creches em algums regiões, ruas esburacadas em outras, enfim, os probleminhas pentelhinhos da cidade ainda existem.
No Estado, então, nem se fala. Estradas, escolas, melhor remuneração para professores, enfim, um emaranhado de reivindicações que não cabe aqui.
Copa do Mundo é legal, não discordo.
Mas já que a Fifa detém os direitos de exploração de tudo, ela que se agilize com empresários, com investidores e com os demais interessados para viabilizar recursos para deixar o país pronto.
O que é obra do município e que irá contribuir para um futuro melhor, concordo e defendo.
O que pode ser obra do Estado em benefício de centenas e milhares de pessoas, concordo e defendo.
Agora, envolver estatais e dinheiro do governo para preparar estádios, discordo frontalmente.

Sem se comentar o jogo de bastidores que deve estar acontecendo.
Sem se comentar desvios que irão acontecer.
Que venha a Copa, mas que não nos tirem o que temos direito de pleitear.
Ao menos, é o que penso.
Se bem que, como disse antes, não tem tido muita lógica os pensamentos com as ações que vemos no dia a dia.
Triste povo brasileiro.
Mais uma vez, entramos com a alegria e com a música: "eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".....
Circo é circo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

CUCA

Sempre à noite, raramente de dia.
Era sempre assim que encontrávamos a figura, acompanhada de um pandeiro, uma carteira de cigarros e um sorriso aberto no rosto, mesmo em momento difíceis que a vida lhe reservou.
Companheiro, solícito, boemio, conhecedor das artimanhas da noite, boa praça, memória de elefante para letras e tons musicais.
Vez em quando, uma pinguinha para amansar a voz, potente e firme, certeira e bem empostada, fosse qual fosse a música.
Nos livretos, letras e mais letras que ele já as sabia por inteiro.
Músicas novas e agradáveis, MPB somente, ele sabia todas.
Foi assim por onde passou: Bar do Nilo da Mateus Leme, Bar do Nilo de hoje, Ponta de Costela na Rua da Glória, Vila das Artes, no alto da Itupava, almoços especiais, jantares especiais, velórios. Isso mesmo: até em velório ele cantou, prestando homenagem ao falecido, somente com voz e pandeiro, num terno meio apertado, mas presente. O falecido era Anibal Curi e ele cantou "A noite do meu bem" quando o caixão baixava à sepultura.
No Costelinha, da Mateus Leme, grande momentos, belas noitadas.
Mandávamos uma, duas três cervejas para ele e ele agradecia, sempre.
Sentado com a gente, conversava, entendia, falava de boemia, de amores de ontem e de hoje, conquistas e marcas que carregava com ele, sempre relacionadas ao sentimento.
Declamava versos de músicas como quem fala com conhecimento, com a voz suave e sempre chamando atenção para este ou aquele pedaço da letra.
Me olhava de longe e cantava "Malandro', colocando meu nome na frase da música.
Brindava os clientes com suas prediletas, as dele e as dos clientes e sempre fazia a festa.
Somente ele, a voz e o pandeiro.
Microfone, pra quê???
Sempre à noite, raramente de dia.
Era assim que convivíamos com o CUCA, que um câncer pegou de jeito e levou.
Difícil dizer se ele foi para o céu, mas Deus também era boemio e gostava de uma boa música.
Pode ser.
Mas esteja onde estiver, estará com nossa lembrança e nossa amizade eterna.
E como aprendemos com ele, "não chore ainda não, que eu tenho uma canção".......
Descanse, grande Cuca.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

CAMARÃO À PRIMAVERA.

Cervejinha gelada, queijinho de aperitivo com molho inglês, cinzeiro alí no cantinho da janela, avental novo da Passion(show de lindo), CD selecionado, ingredientes previamente preparados, astral em paz, nada melhor que ir pra cozinha.
E fui.
E saiu um prato legal.
Bom mesmo.
Recomendo.

CAMARÃO À PRIMAVERA.
400 gramas de camarão( MÉDIO E LIMPO)

2 colheres de (sopa) de molho de tomate
1 lata de creme de leite
½ caldo de legumes
2 colheres de (sopa) de azeite (GREGO É MUITO BOM. 0,8 DE ACIDEZ)
2 dentes de alho amassado
1 pitada de sal
1 cebola
1 tomate
1 cenoura
1 pimentão
3 limões
PARA FAZER:


Lave o camarão e deixe de molho por 1 hora no caldo dos 3 limões com sal, para pegar gosto.
Pique e reserve separadamente a cebola, tomate, pimentão, cenoura.
Cozinhe levemente a cenoura por 5 minutos, reserve.
Em uma panela refogue o alho e a cebola no azeite, acrescente o pimentão, cenoura e por último o tomate.
Acrescente o camarão (escorrido), o caldo de legumes, corrija o sal. Acrescente o molho de tomate e deixe cozinhar por 5 minutos.
Por último acrescente o creme de leite. Mexa por 3 minutos e pronto.

Na falta de companhia, me chama(mas acho difícil).
Bons momentos e bom apetite.

ST MARTEEN

Este paraíso ao lado chama San Martin ou San Marteen, uma ilha do Caribe, dividia entre holandeses e franceses. E se dão bem. De um lado, parece uma Salvador mais ajeitada e de outro, impecáveis toques franceses de civilização, gastronomia e calmaria.
Bons momentos lá vividos me fizeram "pescar" a foto para matar saudades. Turma animada, dias lindos, praias inesquecíveis, comida boa, bebida honesta. Já tem tempos que fomos, mas cabe voltar.
A cor do mar é esta mesmo, em qualquer lugar da ilha, o povo é educado, tudo funciona a favor do turismo e a rua do comércio, no lado francês, é uma loucura. Joalherias comandadas por indianos, falando inglês com um sotaque muito legal e holandeses que "have the best prrrice por you".
Noite movimentada, bons bares, restaurantes de primeira, trânsito fácil e ordenado.
Cassino de primeira, Ballantine"s 18 anos à vontade, tudo como manda o figurino.
Ruim, só o momento da volta.
Depois de ver uma mar destes por uma semana, triste é olhar para nosso litoral, abandonado e com um mar derrotado pela força negativa do ser humano.
Mas como sempre digo, o que se leva desta vida, é a vida que se leva.

terça-feira, 13 de julho de 2010

TOLERÂNCIA ZERO?

Andando lentamente pela rua, com este vento gelado que já não aparecia mais, fico pensando se nós, simples mortais e moradores desta cidade que já foi Sorriso, merecemos este ataque dos noticiários que temos tido.
Bruno e sua turma já estão enchendo o saco, apesar da morte da atriz-modelo-suspeita-mãe, que pediu demais e ganhou de menos.
O advogado, porteiro de zona, matou a advogada, com quem mantinha um relacionamento, levou o fora e não aceitou.
Agora, uma professora da PUC achada morta nas areias do litoral de Shangri-lá, em região deserta e de pouco movimento.
Em Guarapuava, um garoto de 20 anos leva 3 tiros na saída de uma casa noturna, sendo dois no rosto e um na cabeça, conforme o noticiário.
Aqui, no bairro Água Verde, policiais motorizados e da P-2 fazem ronda durante o dia no bairro, face o grande volume de assaltos.
Nas estradas, prendem caminhões e ambulâncias com drogas que batem recordes em peso.
Na Nissei da Mariano Torres, três da tarde, um jovem entra, coloca a arma na barriga da cliente, assalta o caixa e sai andando pela avenida.
E tem mais, mas começa a dar náuseas de tanto ler e ouvir.
Fica uma pergunta em meio a caminhada: cadê a polícia?
Quando ela quer, ela age, descobre, incrimina, acusa, prende e coloca na mão da justiça.
Quando ela não quer, a coisa chega ao ponto que está chegando, com centenas de pessoas cometando que não saem mais à noite com a frequência com que saíam antigamente. Medo, antes de tudo.
O carro Santana ao lado do seu no sinaleiro da Avenida batel pode ser de assaltantes, manos que simplesmente passeiam pela rua, mas em quem não confiamos. Nada contra os manos do bem.
O motoqueiro que para ao seu lado, seja na rua que for, assusta, preocupa, desperta o medo novamente, o receio de que dalí venha o tiro.
Homens de terno e gravata entram em joalherias e fazem a limpa, deixando imagens gravadas e sendo presos aos poucos.
Cadê a polícia?
Uma lei de tolerância zero se faz necessária.
Casas e muros são pintados diariamente por "artistas" que disputam a autoria deste ou daquele desenho. E nada acontece.
A lei de tolerância zero para levar um pouco mais de tranquilidade para as ruas e famílias de Curitiba.
Ou algo acontece, firmemente, ou a gente padece, longamente.
Firmeza, determinação, controle e vigilância podem fazer das ruas, sejam quais forem, lugares para se caminhar e viver um pouco mais.
A própria boemia sofreu com o crescimento da criminalidade.
Roubam violões, saxofones, guitarras, violinos, seja o que for que o músico carregue. Sofre menos o pianista.
Assaltam postos de gasolina sem cerimônia e se alguém reagir, o tiro sai.
Matou, matou.
O ser humano do mal age com base na bestialidade, sem medo, sem preocupação se será pego ou não.
Agride-se, mata-se, assalta-se e continua o baile.
E nós?
Livres em casa, sem poder usufruir o que a cidade nos dá.
Caminhar pela praia num domingo, veja o que aconteceu com a professora em nosso litoral.
Entrar numa balada, perigo diário, com drogas e "balinhas" correndo soltas pelo ambiente.
Caminhar à noite para apanhar o ônibus após a faculdade, exercício de contar com a sorte.
E por aí vai.
Só acho que está na hora de uma ação mais enérgica.
A polícia nos deve satisfações, assim como para casos que podem ser evitados e não deixar que a bandidagem corra solta.
Mesmo sócios, eles devem se preocupar em salvar a sociedade.
Senão, daqui a pouco, tudo vira bestialidade.
E aí, a coisa vira rotina e a morte passa a ser uma coisa banal, simples, corriqueira.
Homens da lei: exerçam a lei.

domingo, 11 de julho de 2010

2014

E terminou a Copa do Mundo.
Um mês de jogos, alegrias, tristezas, exemplos positivos, exemplos negativos, péssimas arbitragens, grandes cenas, mulheres bonitas, mulheres feias, torcida feliz, torcida triste, enfim, o que se esperava de uma Copa do Mundo organizada, aconteceu. A África do Sul merece os parabéns e que nos sirva de modelo. Em 2014 será aqui e até lá, muito vamos ler, ver, presenciar e testemunhar sobre a Copa do Mundo no Brasil.
Estádios serão transferidos, obras custarão o triplo do preço, dinheiro será desviado, políticos enfronhar-se-ão na parada, tudo o que não deve acontecer, acontecerá. Afinal, estamos no Brasil. E a índole de nosso povo não permite que alguma coisa de porte aconteça ordenadamente.
Com o final da copa, temos lições a memorizar.  A começar pela seriedade da Fifa, a coordenação implacável de horários, a rigidez no protocolo, os estádios plenamente em ordem para receber o mundo.
Aqui, provavelmente o jogo das 16 horas iniciará às 16:30, depois da Globo terminar o Vale a Pena Ver de Novo.
O jogo da noite, somente após a novela das oito, ou nove, porque isto não acaba.
Turistas venham com cartões de crédito e pouco dinheiro, pois o que tiverem nos bolsos, será levado.
Do aeroporto do Rio ao menor lugar a ser visitado, tudo será levado.
Ou na boa, ou na porrada.
Alguém discorda?
Lições como a educação do time da Holanda, cumprimentando os espanhóis após a partida. Aqui será que teremos este procedimento?
Lições de Dunga, que teimou num caminho e quebrou a cara.
Que nos sirva de exemplo negativo.
Enfim, terminou a copa e com ela a vida volta ao normal.
Agora é política pra lá e pra cá.
Agora é cuidar da vida, pois ela passa ligeirinho.
Agora, é torcer por um 2014 mais promissor, tanto no futebol quanto na vida de cada um de nós.
São apenas quatro anos, mas passa rápido.
Podem crer.
E um grande abraço para o Galvão Bueno, que, emocionado, encerrou sua carreira de narrador de copas. Ao menos é o que se comenta.
Com ele ou sem ele, a TV brasileira vira uma página com a copa e dá espaços para novos nomes e nova forma de apresentar programas, ainda mais os esportivos.
Mudanças são sempre bem vindas.
Que fiquem.
Que durem.
Que sejam positivas.

Torçamos, pois.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O 9 DE JULHO

Dia de feriado em São Paulo.
Dia de silêncio na cidade de São Paulo. Dia de lembranças pelo Brasil e em outros países também. Lembrança de um poeta, de um boêmio, de uma pessoa que não deixou substitutos em tudo o que fazia e fez. E fez muito bem feito. Dia de lembrar os 30 anos da morte de Vinicius de Moraes, o poeta, o diplomata, o boêmio, o amante do amor, o homem que deu sentido ao entendimento de textos profundos e simples ao mesmo tempo.
"Quem já passou por esta vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu", disse ele em uma de suas músicas, na parceria eterna com Toquinho.
"tantas você fez que ela cansou, porque você rapaz, abusou da regra três, onde menos vale mais"....na música Regra Três.
" mas deixe a lâmpada acesa, se algum dia a tristeza quiser entrar", na mesma música.
"um velho cação de banho, um dia pra vadiar. Um mar que não tem tamanho, um arco-íris no ar", na Tarde em Itapoã.
" a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida",no livro Memórias.
" moça do corpo dourado, e seu balançado é mais que um poema..." na Garota de Ipanema.
Enfim, fossemos listar aqui tudo de bom que este homem fez, faltaria espaço.
Mas vale lembrar que pelos idos de 1971, as rodas de samba daquele tempo, não só eram moda, mas eram verdadeiras rodas de samba. Com MPB selecionada e tudo o mais, sem Tchans, sem axés, sem nada disto que hoje atropela nossos ouvidos. E um detalhe: quem tocava o violão, tocava mesmo.
Não existiam livrinhos de cifras que salvavam músicos não tão experientes.
Era tudo de ouvido, tudo improvisado, "igual ao LP", como dizíamos naqueles tempos.
Uma pena a geração atual não ter contato com a obra musical e de literatura de Vinicius de Moraes, a não ser raramente.
Uma pena as rodas de samba com gosto, com conhecimento, terem terminado.
Uma pena Vinicius ter partido.
E o Wando, tá aí, ainda......
Nossa adolescência foi rica em conteúdo musical, também pela participação de Vinicius e Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell e outros tão importantes quanto.
Nos dias de hoje, ouvir o que se cantava na época, faz bem para a alma, não só pelo significado, mas pela beleza de música, de toques de violão, de palavras que combinavam e davam sentido ao sentimento.
E como Vinicius dizia, ao lado de Chico Buarque, é complicado homens falarem de sentimento, de amor e de relacionamentos, a não ser que os tenha, os viva, os demonstre e não os esqueça.
Salve Vinicius.
Hoje, com certeza, tem festa no céu.
Naquele Sky Piano Bar que já me referi em textos anteriores.
Hoje, terá festa na minha sala, tendo um bom uísque ao lado(como ele sempre fazia) e rememorando frases e músicas que até hoje nos permitem sentir que o amor existe.
E é muito bom de ser sentido.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

OS APLICATIVOS.

Nunca abri um computador e nem pretendo entender como funcionam estas coisas doidas, companheiras de nossos dias.
Não sei como rodam aplicativos, mas sei que funcionam. E por funcionarem, escrevemos, conectamos, falamos com o mundo, conhecemos parte do mundo, nos envolvemos com pessoas, trabalhamos, vivemos, sonhamos e sofremos.
Prefiro administrar minha cabeça, que está organizada e sei onde fica cada gaveta e seus conteúdos.
Rodo os aplicativos de acordo com o momento que vivo, seja trabalhando, escrevendo, pensando ou apenas, sonhando.
Nosso cérebro é algo de fantástico, impressionante, até.
Alí naquele lado direito, na parte superior, na gaveta 12, estão os vídeos vividos, imagens arquivadas, em alta o baixa definição, mas estão todas lá.
Em ordem de acontecimento e não alfabética, mas estão lá.
Da infância nos mares de Guaratuba, da calçada na Panificadora de Paranaguá, da rua Riachuelo e a bicicleta de entregar pão, das pensões de estudantes que recebiam centenas de jovens do interior.
Não arquivamos nada em ordem alfabética, mas sim pela ordem de acontecimentos. E reparem: nossa memória é algo de muito rápido.
Às vezes nos apronta alguma coisa, falhando a conexão de alguma cabo, mas depois vem, se mostra, traduz e apresenta.
Na gaveta 15, quase vazia, momentos vividos de tensão, de um passado que já foi, acabou, mas que deixou cenas arquivadas.
Na gaveta 2, as emoções de três partos normais, três filhos sensacionais que Deus me presenteou e eu consegui educar, em parte, pois não são mais crianças, embora para mim, serão sempre "as crianças".
Na gaveta 3, emoções de praia, temporadas animadas, momentos de silêncio, sons de ondas e areias diferentes que se misturavam a gotas de suor.
E assim em todas as gavetas, desde a didática e que me permite trabalhar, até aquela de número 55, que reúne arquivos realmente parados, sem rodar e sem mostrar o que contém.
Todos nós temos a gaveta 55.
Uma espécie de arquivo que não mexemos, mas está lá.
Se quisermos ir fundo, está lá.
Melhor, deixe.
Viram como é mais fácil administrar gavetas de nossas cabeças?
Imagine mexer na memória de computadores poderosos. Daria merda, com certeza.
E sentado no meio fio da rua gostosa, perto da meia noite de uma noite tranquila, rodo os aplicativos.
Sons, imagens, cenas, paz.
Aí descubro que dá para arquivar a paz.
Viver com ela, mas quando ela ameaça ir embora, abrir a gaveta e retirar um pouco.
Assim como a caixinha de calma, que compra-se por aí.

E com estes dois componentes, a vida corre melhor.
Paz e calma. Uma coisa diretamente ligada à outra.
E com elas, vivemos de forma mais gratificante.
Mesmo em silêncio, mas com paz e com calma, viram-se as folhinhas de um calendário que insiste em passar mais rapidamente.
Nossa época de crianças e fedelhos nos mostrou como era bom curtir a vida. Um ano demorava, de fato, um ano para passar.
Hoje, um ano passa em 10 meses.
Nas férias o mês de julho demorava para passar e as de verão, eram a marcação de mudança e crescimento. De um ano para o outro.
Hoje,  as férias de julho praticamente não existem e as de verão acabam se misturando ao dia a dia.
Erro nosso.
Rodemos os aplicativos, mas vivamos com isso.
Vivamos de forma positiva, tranquila e feliz.
Em nossas cabeças, não se trocam placas. Apenas arrumam-se os aplicativos.
Ainda bem.

terça-feira, 6 de julho de 2010

MAIS UMA DE LOIRA.....

Disseram para a loira que o chique era ter sapatos de jacaré.

Ela verifica nas lojas que os preços eram exorbitantes. Então resolve
caçar seu próprio jacaré.
Todos explicam que é muito difícil e perigoso, mas ela não quer saber,
loira é loira.
Obtém orientações e viaja para o pantanal.
Como demorava muito para retornar, parentes seguem seu rastro e
encontram a moça dentro de um lago com um revólver na mão. A poucos
metros dela está vindo um jacaré enorme. Ela dá um tiro e mata o
bicho. Em seguida o arrasta até a margem, onde estão pelo menos uma
dúzia de jacarés mortos.
Ela, com muita dificuldade, retira o jacaré morto da água e exclama contrariada:
- P... Q.. P....! mais um sem sapatos!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

PENSANDINHO

Meio encostado na poltrona da sala, ouvindo uma musiquinha, a cabeça começa a rodar e pensamentos vão e vem.
De fato, não só a Copa do Mundo nos trouxe alguns alertas, mas o dia a dia nos revela alguns alertas que devemos ficar atentos.
Obviamente jogadores como Kaká, Messi e Cristiano Ronaldo ficaram devendo - e muito - para torcedores e apreciadores de um bom futebol.
Obviamente, também, seleções consideradas favoritas, embarcaram mais cedo para casa, cada uma com seus problemas e seus desafios não vencidos.
Dungas e Maradonas, além daquele mal educado francês, devem agora procurar o que fazer em outras paradas, pois nas suas próprias, não conseguirão sustentar a maneira de ser por muito tempo.
No cenário da vida, vemos o doente do Requião criar casos com outro político, o Rubens Bueno. Versões à parte, observa-se que nosso ex-governador está adoentado. Do juízo, claro. Nunca foi normal, mas agora parece que a solidão está provocando mudanças comportamentais naquele que já não apresentava comportamento normal de ser humano.
Serra empolga-se com o empate, e isto é muito bom, diga-se.
Dilma está vendo que alí na frente o discurso sofrerá um esvaziamento, pois Lula vai cuidar da vida dele, mesmo fazendo força para que ela se eleja. Afinal, "quem pariu Mateus, que o embale".
Por aqui, a eleição para deputados será marcada por uma série de escândalos, que provavelmente não irão dar em nada, visto que todos os envolvidos estão soltos e tudo fica como antes no quartel de Abrantes. Sai ganhando o juiz que permitiu mudança radical no andamento das investigações. Parecer oficial é para ser cumprido.
Na cidade, calçadas ainda largadas à própria sorte do pedestre, o Diretan não funciona, trânsito cada dia pior, violência cada noite mais solta e a polícia, antes exemplo de ação para o cidadão, associa-se em atividade ilícitas para melhorar o salário.
Dias lindos de inverno nos permitem sonhar com a vida mais amena, mais tranquila e mais agradável, a ponto de lotar a feirinha do Largo da Ordem e os corredores do Mercado Municipal, animando o dono do açougue que vende até 40 quilos de espetinhos só no sábado.
Férias escolares provoam mães a serem criativas.
Segundo uma delas, é mais caro manter os filhos em casa nas férias do que deixá-los em uma colônia de férias.
Shoppings se preparam para liquidações, mas assim que o inverno passar, pois as vendas estão aquecidas e o povo gastando o que deveria poupar.
No horizonte, a imprensa internacional falando bem do Brasil a cada dia, com reportagens e fotos de capa, deixando o país como exemplo de superação perante europeus e asiáticos.
Em nossas Tvs, o que se vê é uma tentativa da Globo de inovar em alguns programas, manter a fórmula de antigos e insistir em Faustões e Jôs que não agradam mais.
Acreditam que Passione poderá alavancar melhor audiência, pois vem assassinatos por aí e a atenção do público fica presa ao criminoso. Vejamos quem matou Salomão Hayala e Odete Reutmann.
A Record investe, mas não cresce.
A Band acomodou-se como que tem, insistindo na audiência do Datena repassando sangue e desastres no final do dia.
Nas Tvs a cabo, com exceção de National Geography e da Animal Planet, o que se vê é uma série de enlatados que ainda sustentam audiência lá, mas que não conseguem superar por aqui.
E os Simpsons, acredite, ainda agrada a uma centena de pessoas.
Assim como o Chaves.
Rebolation é cantada por todos, assim como a música sertaneja agrada a grande maioria das pessoas.
Nestas alturas, lamentar não adianta, mas preservar Toquinho e Vinicius, além de outros, é obrigação de quem alimenta um pouco do bom gosto.
Caminhar lentamente pelas ruas e observar as pessoas ainda é uma atividade legal, principalmente para ver quem movimenta este país.
E rezar pedindo que o povo acorde para um pouco mais de cultura continua sendo a tentativa deste que vos escreve.
A vida segue.
Seguimos com ela.
Aproveitemos o final da copa e a faxina geral no futebol para reiniciarmos, também, nossos passos.
E que Deus nos ajude.
Sempre.

domingo, 4 de julho de 2010

DOMINGO ESPECIAL

Sem dúvida, somos privilegiados, moradores de Curitiba.
A começar pelo lindo domingo, céu de brigadeiro(de onde veio esta?) e clima mais que propício para caminhar, andar, passear.
Aproveitando a manhã, gostosa, atraente e tranquila, centenas de pessoas foram para a feira da Praça 29 de Março, em frente ao Festval.
Astral positivo, sorrisos soltos, sacolas, trainnings, muitos trainnings, camisetas e calças jeans davam o tom da descontração de pessoas que andavam lentamente, olhando a beleza do tomate, a perfeição do abacaxi cortado em fatias dentro de embalagens plásticas, o queijo convidativo no caminhão repleto de novidades, várias coisas que sempre nos prendem a atenção em feiras organizadas.
JJ, grande amigo, comprando ovas de tainha para fazer uma farofa.
Eu comprando vinagrete quase pronto, tudo picadinho e organizado, bastando somente colocar o vinagre, azeite e pouco sal para degustar um belo molho com hamburguer caseiro, feito com patinho moído e linguicinha calabresa, também moída três vezes. De quebra, cebola picadinha, um pacote de sopa de cebola, um ovo e mão na carne, virando e virando, regando com um pouco de azeite de oliva, grego, por certo.
O sol nos deu o ar de sua presença, as pessoas saíram com seus cachorros, os feirantes sorriam o tempo todo, a hora parecia não passar.
Tranquilidade nas ruas, gente andando civilizadamente, nada de atropelos.
Quase a Curitiba de 1980, ainda pacata, ainda deserta.
De lá para cá, melhorou e piorou, ao mesmo tempo.
O almoço tranquilo, a musiquinha ligada, cervejinha gelada, dia lindo e especial para ficar jogando conversa e ouvindo músicas selecionadas.
Um pouco de remenber dos anos 70, com Antonio Carlos e Jocafi, Maria Creuza, Placa Luminosa, Hermes Aquino, Wilson Simonal e outros.
Um domingo para ficar na memória.
Tomara outros assim venham pela frente.
Nem só de frio vive o curitibano.
E a cidade fica mais bonita ainda com um dia como este.
Bom motivo para começar a semana com vontade, dinamismo, disposição, alegria e alto astral.
Segunda-feira sem copa, sem seleção, apenas com nossos afazeres normais e muito trabalho para iniciar o segundo semestre do ano.
Daqui a pouco já falaremos em semana da pátria(dia 8 de setembro cai numa 4a.feira), falaremos no dia da criança, falaremos no natal e foi-se o ano.
Até lá, mesmo que pouco, vivamos.
Vivamos com felicidade, com intensidade, com o pleno conhecimento de nós mesmos, do que gostamos e do que queremos para o bem estar de cada um de nós.
Este é o segredo, acompanhado de uma caixinha de Calma, que tem à venda por aí.
Basta encontrar.
Boa semana a todos.

sábado, 3 de julho de 2010

FIM DE FESTA

Depois de vermos dois Brasis em campo, um no primeiro tempo e outro no segundo, terminou o sonho do hexa. Cá comigo, nada de anormal, pois isto era esperado, com base na convocação e na estratégia de jogo armada pelo Sr. Dunga, que agora vai em busca dos sete anões e deixa a história marcada pela teimosia, pela determinação e pelo comprometimento, três pontos que não existiram em campo no segundo tempo de ontem.
Desequilibrados como Felipe, o Melo e intocáveis como Kaká permitiram a Holanda respirar e fazer o que fez. E o fato da seleção achar que todos são vencíveis, também prejudicou.
Mas, passa a régua, vamos em frente e com algumas lições que a África nos deu. Organizar uma copa requer muito trabalho e a próxima será aqui, na nossa casa. Em meio a desavenças políticas e muita roubalheira que irá ocorrer, esperemos que consigamos receber o mundo com educação, segurança e certa organização. Certa, porque aqui a coisa vai mais no improviso que na certa mesmo.
Fica a dor pela decepção de crianças e jovens que ainda acreditavam que poderíamos ser hexa-campeões do mundo. Com o tempo eles aprendem, assim como aprendemos, os mais velhos, que a vida tem uma lógica.
O que começa certo, vai certo e o que começa errado, termina errado.
Agora, é voltr ao trabalho sério, enfrentar as novidades e os desafios do dia a dia e tentar chegar inteiro ao final do ano, que aliás, aí está.
Serra empata com Dilma, Osmar sai candidato, Beto trabalha feito louco, Requião abraça Osmar Dias e a festa continua. Quem ontem se odiava, hoje se ama. Tudo pelo poder. Tudo. Até a perda da vergonha na cara e a perda da decência. Mas assim é a política. E não vai mudar, a não ser que mudemos nós, com o taldo voto mais consciente.
Reparem que o vice candidato da Dona Marina Silva, é o Presidente da Natura, homem de visão, de negócios, empresário e sem os vícios do poder.
Vamos ver até onde chega. Um segundo turno entre Marina e Serra seria uma mudança radical na política brasileira. O início de uma nova fase de entendimentos e de ação. Aguardemos, pois.
Começando o final de semana, vamos para a cozinha preparar um badejo à moda grega, com a receita original da terrinha. Depois posto aqui para verem a delícia que fica.
Bom final de semana e voltemos ao normal.
E que a Alemanha faça seu papel e as coisas aconteçam como torcemos em nosso íntimo. Se for para torcer por alguém, sou Uruguay desde pequeno.
Aliás, é um povo mais educado que o argentino. Sempre foi.
Até a próxima, que será em 2014, aqui no quintal da casa da gente.
Até lá, Ganso, Neimar e outros poderão ter uma esperança. E nós, novamente, poderemos ver futebol alegre em campo.
Dunga: valeu.
Vai brincar com a Branca de Neve que é o que te resta.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O BAR

A cidade ainda estava quieta.
O jogo iniciaria somente às três da tarde.
O relógio marcava meio dia.
Hora mais do que certa para ir onde ele sabia que queria ir. O bar.
O mesmo bar de sempre, companheiro e amigo.
Lentamente, a pé, ele foi e pitou um cigarrinho no caminho.
No bar, devido à nova lei, não poderia mais fumar, a não ser que fosse na calçada.
Em lá chegando, um oi para o garçom amigo de sempre, um abraço no dono do bar, a mesma mesa esperando por ele, de frente para a TV LCD de 50 polegadas.
Acomodou-se, pediu a primeira cerveja, uma porçãozinha de pastéis, assistiu ao noticiário da hora do almoço e saboreou aquele momento de "tudo OK", tudo nos conformes, tudo pronto.
O jogo seria decisivo, mas tanto fazia se ganhasse ou não.
Naquela mesa daquele bar ele iria, mais uma vez, assistir uma partida de futebol, que casualmente, era da seleção brasileira.
Uma, duas, três cervejas geladas, foi para a calçada, pitou um cigarrinho e já começava a sentir a vibração das ruas, carros indo e vindo, buzinas, bandeiras, vuvuzelas improvisadas fazendo o barulho de sempre.
Voltou para mesa, sentou, olhou para a Tv, agora com o volume mais acentuado, comentários iniciais da partida que poderia classificar o Brasil para mais uma etapa daquela merda de copa que não acabava nunca.
Coçou os cabelos, ajeitou o colarinho, mudou a marca da cerveja e pediu mais uma porção de mignon no palito.
O bar já começava a encher, pessoal de sempre, algumas caras novas.
Um pai que levou o filho de 10 anos e ele criticou. Aquilo não era lugar para o menino ver o jogo. Mas viu.
E ele, no final do primeiro tempo, já havia tomado 18 long necks, pacientemente e sorrindo para quem olhasse para sua mesa.
Um stangheger para acompanhar e manter a tradição.
Sozinho, em paz, meio dormente, mas prestando atenção no jogo, que já mostrava superioridade brasileira no placar.
Termina a partida, dois cigarros apenas, um em cada tempo, várias cervejas, pessoas sorrindo e cantando, bebedeira quase geral.
Ele alí, firme e sentado, apenas sentindo que estava meio balão, mas certo de suas diretrizes.
Quando olhou para o relógio, marcava meia noite.
Completava 12 horas de bar.
Perdera a conta das long necks e dos petiscos.Nem lembrava dos stanghegers.
Terminara a carteira do cigarro e ele não se incomodara com isso.
Chamou o garçom, pediu a conta, pagou e nem se lembra quanto, caminhou pela calçada, apanhou um táxi na praça alí perto e foi para casa.
Não trocou nenhuma palavra com ninguém, chegou no apartamento e sentou no sofá macio da sala ainda mal arrumada.
Jogou os sapatos para longe, espreguiçou-se  e deitou no sofá.
Dalí a pouco iria começar o jornal da meia noite e ele assistiria, como em todas as noites.
Dormiu, roncou, descansou.
Ao acordar lá pelas seis e meia, morria de frio e foi para a cama.
De roupa e tudo, suado, cheirando nicotina e cerveja, deitou-se e dormiu de novo.
Amanhã seria outro dia.
E o bar continuaria alí, esperando por ele, como sempre.
Na cabeça, nenhuma preocupação, no banco um saldo enorme, na carteira nenhuma fotografia, na memória nenhuma lembrança.
Tudo vazio e liberado para a dormência de todos os dias provocada pela cerveja.
Que vida boa, dizia ele.
Beber e dormir.
Sonhar, jamais.
Pensar, pouco menos.
E tomara que tivesse jogo todo o dia para ver gente diferente na mesa daquele bar.
Aquele mesmo bar que viu seu sorriso enterrado anos atrás e que via sua derrota no presente.
Um jogo, um bar, uma mesa e pronto.
Assim era a vida de quem um dia, sorriu, viveu, lutou, conquistou, sonhou e amou.
Agora, nada mais interessava.
E enquanto houvesse cerveja gelada e um garçom amigo, a vida seguiria na boa.
Ao menos para ele.