A PRIMEIRA MADRUGADA

O cansaço era mais forte que o sorriso, ainda mais naquelas altas horas da madrugada. A sandália assassina do salto 10 já havia voado para longe, ainda na sala, deixando o corpo cair no sofá pouco usado, mas que agora era uma benção para receber o corpo morto, arreado. O silêncio do apartamento deixava aparecer os ecos da festa que terminara meia hora atrás.
Sorriso leve no rosto, mas misturado com o salgado da lágrima que brotou junto com ele.
Uma lágrima de saudade e de medo do silêncio.
Depois de tantos anos, ela estava sozinha no apartamento antes dividido com a filha, que agora estava casada e iniciava a vida dela.
E ela, como mãe, ao lado da filha em todos os momentos, apoiou a idéia e torceu, desde o primeiro minuto, para a felicidade da filha e do genro.
Meu Deus, pensou ela, foi tudo muito rápido.
Ainda ontem a filha tinha 15 anos, era uma boneca e tinha a vida pela frente.
A parede do apartamento recebia uma foto das duas juntas e ela ficou olhando para a filha, ainda pequena, agora mulher, esposa, profissional de renome e dona da vida que ela escolhera, sem palpites da mãe.
Levantou-se vagarosamente, caminhou pela sala, passou o dedo na foto da filha, limpou mais uma lágrima e foi para o quarto.
No quarto que era da filha, o aperto tomou conta do peito, com armários já vazios, sapateiras vazias, escrivaninha vazia, espaço do computador vazio, bicho de estimação ausente, tudo limpo e arrumado, sem a filha, que agora arrumara a casa dela.
Um aperto na garganta, um choro baixinho, uma sensação de vazio e de solidão, apesar da felicidade.
A madrugada silenciosa no cruzamento barulhento, mostrava apenas o cruzamento do vazio dela pela ausência da filha com mais uma etapa a vencer na vida, sozinha desta vez.
Tirou o lindo vestido, abriu o chuveiro, deixou que a água lavasse a saudade e fechou os olhos.
Depois de meia hora, arrumou-se, deitou-se na cama e apagou a luz.
No escuro, rezou pela filha e pelo genro, rezou por ela, pediu a Deus que não a abandonasse e fechou os olhos.
No dia seguinte, uma nova etapa, um novo ciclo.
Sogra oficial, futura vovó, solteira com a filha casada.
Assim quis o virar das páginas da vida.
Assim foi.
O sono veio, o corpo entregou-se e ela adormeceu.
Ela nem viu, mas as bençãos de Deus acompanharam aquele sono cansado e feliz, apesar das lágrimas.
A filha se casara, elaficou feliz que deu tudo certo e seu pedido foi prontamente atendido.
Deus não abandona mães dedicadas, sinceras e felizes.
Deus auxilia no conforto da dor da ausência.
Deus permite que a felicidade acompanhe os primeiros passos da filha querida, mas ao mesmo tempo, os passos dela em direção a não se sabe para onde, para quê, para quando.
Assim é.
Assim foi.
Assim será.

resumindo....

Cidadão, em Guarulhos, pega uma faca na gôndola do supermercado e sai esfaqueando clientes que estavam fazendo suas compras. Um morto e dois feridos. A polícia prende o cara e este diz que estava sendo perseguido. A advogada do cara diz que ele sofre de depressão desde 2001.
Criança de seis anos é atingida por bala perdida no Rio(mais uma), e escapa com vida.
Três assaltantes são mortos pela polícia em assalto a residência em São José dos Pinhais.
Delegado baleado e morto enquanto dava entrevista para a rádio lá de Salvador. Mulher estava no carro. Secretário de Segurança diz que foi assalto e assunto encerrado.
Procuradora vai na Globo e diz que queria educar a quase filha adotiva, deixando a cara da guria toda roxa, porque ela caiu e o hematoma desceu.
Obama critica acordo com o Irã, mas esconde carta que enviou para o presidente brasileiro dizendo para ele agir como agiu.
Osmar Dias pode desistir da campanha e possivelmente apoiar Beto Richa.
Moradores de Guarapuava começam a contestar abertamente a administração do cacique de ontem, Fernando Carli.
Araucária faz protesto pela escola que não foi entregue e levam bolo para comemorar três anos de enrolação.
Mais de sete mihões de brasileiros vivem hoje graças ao seguro desemprego.
Quadrilha especializada em roubo de estepes age em Curitiba abertamente, inclusive dentro de estacionamentos.
Dunga chega à África do Sul e diz que tem gente que não gosta de sorvete, ironizando quem não gosta de sexo.
Senador é flagrado com duas empregadas fantasmas em sua folha de pagamento.
Nelson Justus continua presidente da Assembleia e justiça nega que Abib Bibinho saia da cadeia.
Hermas Brandão preside o Tribunal de Contas do Paraná.
Filho do Tuma é compadre do contrabandista número 1 de São Paulo e ajuda o cara pelo telefone. Gravam a conversa e ele se ausenta para tirar férias.
Paulo Maluf ainda em liberdade, mesmo depois de tantas denúncias de desvio de dinheiro público.
Congresso aprova lei da ficha limpa, mas só de mentirinha.
Igreja católica se vê em apuros com denúncias envolvendo padres, cada vez mais acentuadas.
Sarah Fergusson, ex mulher do Príncipe Andrew, da Inglaterra, flagrada ao receber propina para aproximar empresário do ex marido para que ter facilidades em negócios.
Arruda, ex-governador de Brasília, em casa, rindo e bebendo seu uísque.
Garotinho e esposa tem direitos políticos cassados, mas podem recorrer.
Porra meu: alguém me mostra uma notícia boa???????
Onde?
Isto tudo sem falar do trânsito de Curitiba que não merece atenção e nem cuidado pelos agentes de merda do Diretran.
Apaga a luz.
Melhor dormir.
Ou morar em Guaratuba, que também já foi melhor.
Fui!!!

Manhã de inverno

Manhã típica das manhãs dos tempos de colégio.
Friozinho com sol. Daquelas em que íamos agasalhados e lá pelas dez, tirávamos tudo e ficávamos somente de camiseta, com os pulloveres amarrados na cintura ou jogados sobre a mala, dentro da sala de aula.
No recreio(que hoje chamam de intervalo), alegria e sol acompanhando bons papos, bons encontros, boas programações para o final de semana.
Diazinho gostoso e que apresenta saudades. Saudades boas.
As horas dos recreios eram sempre animadoras, mesmo quando precisávamos trabalhar na cantina, festa geral para amigos que compravam um cachorro-quente e levavam dois.
Manhã gostosa das aulas de educação física, dos jogos de futebol de salão, dos jogos de vôlei, ainda com somente uma quadra à disposição.
Recreios de conhecimento de detalhes da menina, da futura namorada, da conquista que acabou não acontecendo.
Recreio de saias mais curtas, acima do joelho, talvez dobradas na cintura ou puxadas um pouco para cima.
Do cigarro liberado para alunos do científico, com moderação.
Dos planos para aquela tarde, onde o descompromisso era mais importante que o compromisso.
Manhã gostosa.
Perto do meio dia, a aflição para ouvir o sino, o toque de FIM.
Aí era a correria para ir embora, entrar nos ônibus do colégio puxando casacos e limpando o suor da testa. Ou pegar carona com o pai do Pimpão, a mãe da Réco, um amigo que fosse para perto de onde a gente morava.
Bons tempos.
Estas manhãs só relembram coisas boas.
Como nossa adolescência.
E foi muito boa.
Alguém discorda??

SERÁ?

Vou levar para meu amigo Gerson Fisbein....e acho que dá um sambinha legal. Se sair, aviso....

                       alí no canto da nossa sala,
                       você arrumou tudo e até minha mala
                       deixou um bilhete na capa da agenda
                       com letra linda, digna de lenda.

                       alí no canto do belo ninho
                       você partiu e me deixou sozinho
                       levou tudo o que era seu de direito
                       levou o sorriso que eu trazia no peito

                       levou o quadro do mar azulado
                       levou o pijama amarrotado
                       levou o Cd dos boleros pianinho,
                       levou trocados do meu cofrinho

                       ali no canto que eu sentava
                       e te mimava e te agradava
                       ficou o silêncio amigo.
                       Viver com ele, não consigo.

                       Mas de tudo, o que marca nesta hora
                       é que você não me perdeu:
                       você me jogou fora........

Será que dá um sambinha?
Vamos tentar

COMILANÇA

GAZETA DO POVO - 24 DE MAIO
VALE A DICA, AINDA MAIS PARA QUEM APRECIA BOA COMIDA....
Começa nesta segunda-feira (24) o maior evento gastronômico que vai movimentar Curitiba. Os mais de 30 restaurantes participantes do Curitiba Restaurant Week vão oferecer refeições completas com entrada, prato principal e sobremesa por um preço fixo de R$ 27,50 (almoço) e R$ 39 (jantar) até o dia 6 de junho. De árabe a italiano, os cardápios estão repletos de delícias e novidades.

No Famiglia Fadanelli, por exemplo, o cliente poderá provar o "Sorrentini di Zucca", uma massa recheada com purê de abobora e noz moscada, servida com creme de abóboras com um licor de amêndoas e raspas de limão. Mesmo com tanta abóbora, o gosto do fruto é sutil e o sabor agridoce do prato é delicioso.
No Capo Cozinha Italiana, a sobremesa merece destaque. Um crepe de chocolate com doce de leite, calda de maracujá e calda quente de chocolate. A mistura do doce com o azedinho do maracujá é maravilhosa. Vale a pena provar.
Para quem procura opções mais excêntricas, o Lagundri, especializado na culinária asiática, vai oferecer pasteizinhos chineses cozidos e recheados com carne de porco, alho poró, gengibre, molho de ostras e especiarias para a entrada. São os chamados "wontons".
Já o restaurante Dubai, vai servir uma porção de especialidades árabes no prato Mazzé 1, que reúne quibe cru, tabule, homus, coalhada seca e kafta. Os fãs de carne também terão boas opções nos restaurantes Madero e Salero.
Com tanta variedade fica difícil escolher um só, não é? Então aproveite essas duas semanas para saciar todas as suas vontades e conhecer os mais diferentes cardápios. Mas vá preparado: faça reservas. Lembre-se também que as bebidas não estão inclusas no preço estipulado pelo Curitiba Restaurante Week. Agora, faça sua escolha e bon apetit....(e tem mais no site da Gazeta)

é da minha terra

Um bom início de semana a todos.
Com esta imagem.
Yássu!!!!

SEMPRE AOS DOMINGOS.

O vento da manhã de domingo servia para mostrar que estamos vivendo ares de inverno. Mesmo com o sol tímido, as ruas levam e trazem carros com famílias, pessoas sozinhas, jovens indo e vindo para algum lugar, naquele horário gostoso das dez da manhã.
No Mercado Municipal, testemunha de tantos vais e vens, pessoas caminham lentamente, apreciando, escolhendo, atrapalhando as vielas sem se preocupar com quem vem depois. Nada mais justo. É domingo e quem tem pressa que fique em casa ou vá para o autódromo.
O tomate brilha de tão vermelho, ao lado da couve-flor pronta para ir para a panela, enquanto o pimentão parece de fotografia.
O japonês sorri, não se sabe se para os clientes ou se é o jeitão dele mesmo, pois vive sorrindo este povo que já levou até bomba na cabeça e começou tudo de novo. Aliás, serve de exemplo para nós, que deveremos ter uma Dilma no comando, mas começaremos tudo de novo, um dia.
Na barraca de Dona Júlia, as frutas saltam aos olhos e pedem para serem levadas para nossas casas. O preço, um poquinho mais caro do que por aí, se bem que no por aí a apresentação peca um pouco.
O que se vê em grande quantidade, é uma mistura louca de agasalhos, trainnings e tênis de todos os tipos. E ainda se vê a mulher de Leg e sandália, como se o frio não atingisse os pés. Que coisa horrorosa.....
Sacolas e pacotes se batem pelos corredores amplos durante a semana, mas pequenos aos domingos.
Sempre aos domingos.
Na peixaria, o camarão está bonito, mas o preço pedido atrapalha a beleza do prato. O mesmo para filés de peixe de qualidade.
Azeitonas espanholas e chilenas, ficam lado a lado com as gregas e temperadas libanesas. Um belo convite de aperitivo com um bom vinho ou com uma dose de Johnny, tanto Red quanto Black.
Centenas de sushis forram as calçadas, prontos para serem mergulhados no Shoyo ou simplesmente degustados em casas ávidas por algo diferente do arroz com feijão. Pelo menos aos domingos.
Sempre aos domingos.
A casa de massas sustenta a fila mais longa de todo o Mercado, despachando lasanhas sem igual, iguarias feitas na hora, alimentos de qualidade que vem de anos.
A praça de alimentação ainda vazia, pois seu forte é aos sábados.
Lá fora, confusão de estacionamentos e carros que não se respeitam e chegam a emitir sons de buzinas, mesmo aos domingos.
Lentamente, caminho e observo tudo isto, não sem antes comprar o que quero para o almoço de domingo, que será gostoso e tranquilo.
E como diz a música: sempre aos domingos.
Que bom.
O povo curte o que a cidade lhe oferece.
E o Mercado Municipal ainda é uma opção gostosa, relaxante, mesmo com centenas de pessoas por metro quadrado e o desfile interminável de agasalho azul marinho com camiseta preta e tênis marrom.
Vale tudo isto quando o motivo é a alegria.
Vale tudo isto para iniciar o domingo.
Vale tudo isto, sempre aos domingos.

LOMBO CROCANTE COM FRUTAS.....

Tá com tempo?
Então, vai pra cozinha e faz....fica uma delícia.
Não esquece o vinho tinho, ou a cervejinha e a companhia.
Bom apetite......

1 lombo assado (1,4 kg)

1/2 xícara (chá) de amendoim moído e torrado
1/2 xícara (chá) de castanha de caju moída e torrada
3 colheres de azeite de oliva
1 clara
sal a gosto
6 fatias médias de abacaxi
6 cerejas frescas médias
2 xícaras (chá) de açúcar
1 colher (sopa) de manteiga

Modo de Preparo:

Ligue o forno à temperatura média.
Bata no processador o amendoim e a castanha de caju por 30 segundos. Transfira a mistura para uma tigela e junte o azeite de oliva (reserve uma colher de sopa), a clara e o sal.
Misture bem.
Em seguida, empane o lombo nessa mistura.
Unte uma assadeira com o azeite de oliva reservado e coloque o lombo.
Leve ao forno por 35 minutos, ou até a superfície dourar.
Retire e reserve.
Enquanto isso, descasque e corte o abacaxi em rodelas de 1 cm de espessura. Reserve.
Lave as cerejas sem retirar os cabinhos. Reserve.
Em uma panela, coloque o açúcar e 1 xícara (chá) d água e misture bem até o açúcar dissolver.
Leve ao fogo baixo, sem mexer, por 20 minutos, ou até formar uma calda cor de caramelo.
Passe as frutas uma a uma cada calda, dispondo-as em uma folha de papel-manteiga untada com a manteiga.
Assim que esfriar, retire-as com cuidado.
Sirva o lombo acompanhado das frutas carameladas.

Capriche que vale a pena.....
e um bom domingo.

SONINHO

Fosse aos meus dezoito anos, diria que uma certa preguiça me domina.
Mas agora, passados alguns anos depois dos dezoito, digo que algum cansaço
me atinge e domina.
Correria diária, desde cedo, me proibe de ficar horas e horas escrevendo textos e pensando na vida, pois o corpo já não mais acompanha.
Leio, pisco e quando olho, deu meia noite.
Aí, caputz.....soninho.
E lá pelas seis, olho aberto, começa tudo de novo.
Mas não dá para escrever.
Ainda mais neste horário em que a vida começa, não dá nem para sonhar.
Mas assim é a vida.
E não vou alterar o compasso da andança, pois está boa.
Daqui a pouco relaxo um pouco e volto com meus textos e minhas divagações, minhas noções sobre o amor e quem o vive, meus pensamentos sobre coisas que gosto de escrever.
Por agora, só um oizinho simples, sem compromisso, só para marcar presença.
E, em meio ao torpor do final do dia, uma leve sensação de que vale a pena correr muito, para conseguir dormir melhor.
Pensar não penso.
Sonhar, não sonho.
Apenas vivo.
Ilusões já não fazem parte da vida.
Paisagens, cenas, músicas e momentos ficaram na caixa das recordações.
Sorrisos e gargalhadas ficaram para mais tarde.
O negócio é trabalhar e muito.
Aproveitemos, então.
Da hora em que acordo até a hora do soninho, apenas vivo.
Uma musiquinha aqui e acolá, outra linha alí e lá, e nada mais.
Soninho......
É disto que preciso.
Fui!!!!

FORÇA!!!!

Já vi de quase tudo na vida.
Já ouvi quase tudo na vida.
Uma das coisas mais marcantes que recebi em um pedaço de papel, dizia:
" a hora mais escura do dia, é cinco minutos antes do amanhecer"....
Então, especialmente para uma pessoa que amo muito, aqui vai o recado.
Não se entregue, não desanime, não esmoreça.
Sua capacidade é muito maior que seu momento de dúvida.
Talvez os cinco minutos demorem um pouco mais para chegar, mas com certeza, eles chegam.
Olhe pra mim e confirme.
Ainda ontem eu estava inerte.
Hoje, voltei a sorrir, trabalhar, correr, lutar, sonhar, viver e continuar
bebendo minha cervejinha com muito mais prazer.
Força!!!
E um beijo no seu coração.

REVISANDO.....

2010.
Para quem imaginava que o ano 2000 estava longe, já estamos em 2010.
E, de fato, as coisas mudaram.
E muito.
Agora li que um padre foi preso em Ivaiporã, no interior do Paraná, nú em seu carro e alcoolizado. E tem uma testemunha que diz que momentos antes, foi molestado pelo sacerdote. E por cima, o padre tentou subornar o policial.
Cana. E sem relaxamento de prisão.
Aliás, de uns tempos para cá este assunto dominou os noticiários, tanto nas TVs quanto nas revistas e jornais.
Lá pelos idos de 1974, nada disso era publicado e nem noticiado. Hoje sabemos que já acontecia, mas era tudo mantido dentro de quatro ou mais paredes.
Ainda leio que a promotora do Rio de Janeiro está presa por ter espancado a menina que ela pretendia adotar. Pela foto do rosto da menina, não foi um tapinha, não.Deixa ela em cana que vai ser melhor. Parece meio desajustada ao falar. E ao agir, então, nem se fala.
Vejo que Osmar Dias pode desistir da candidatura  ao Governo do Paraná.
A falta de verba para bancar a campanha pode levar a esta decisão. Não é somente a briga com o PT. Falta grana. E do outro lado tem muita grana.
Eleição sem dinheiro é bobagem. O povo não compra mais ideologia. O povo quer ver força, poder, cestas básicas, aliciamentos, propinas. Daí sim, um prefeito faz um município apoiar o candidato.
Emails semanais trazem as novidades de sempre, mensagens de auto-ajuda, mensagens lindas de escritores conhecidos, fotos fora-de-série, aquelas coisas de sempre. Em meio a tantos, alguns eu salvo para sempre dar uma olhadinha.
As duas últimas semanas foram de tanto trabalho, graças a Deus, que nem li tudo o que tenho para ler e nem escrevi o que tenho para escrever, mas aos poucos, vou colocando em dia.
A Globo, mesmo perdendo IBOPE na novela Viver a Vida, deu uma porrada no último capítulo, com a cena final. De cinema. E a emoção dos atores não era
programada. Foi real. Parabéns ao diretor e ao clima gerado.
E nem bem terminou Viver a Vida, já vem outra. Cercada de expectativa, não só pelo elenco como também pelo autor. Silvio de Abreu é craque. Tomara não se perca inventando modas. Cuidado. O Brasil ainda resiste a grandes mudanças, como a Helena sendo negra e uma atriz questionável. E no fim, o Manoel Carlos, outro craque, fez a sofredora ser a outra atriz e não a Helena.
Coisas do IBOPE.
Em minha mesa, revistas e artigos se avolumam, mas darei conta.
Trabalhos também, mas somente na segunda-feira. A partir das oito da manhã, até que horas, nem eu sei. Mas tudo será feito. Incluindo os atrasados.
Filhas bem, filho  bem, casa em ordem, cabeça boa, tudo na paz.
Vamos iniciar mais uma semana com surpresas diárias na imprensa e novidades a cada dia.
Numa dessas, em meio a tudo o que não interessa, alguém anuncia a cura do câncer, o fim da guerra do Iraque, o final da desavença entre árabes e judeus, a recuperação da Grécia, a volta da seriedade na política do Brasil(ui!!) e por aí afora.
Se acontecer alguma coisas dessas, já valeu o dia.
Sempre resta uma esperança.
Não custa alimentar.
Boa semana a todos.

NÃO DECOLA NOSSO AVIÃO.

Descobri que não tem Harvard, não tem Cambridge, não tem USP, não tem nada.
A melhor escola pela qual passamos, é a vida.
Esta mesma vida que nos ensina, nos testa, nos reprova e nos aprova, quando conseguimos agir de acordo com seus compassos.
Sem dúvida, não há no mundo alegria maior do que ser pai, gerar e criar filhos, educando-os dentro dos princípios da correção, da honestidade, da alegria e da verdade.
E assim, Bethy e eu agimos em relação aos três filhos que temos.
Amados, adorados, repreendidos, castigados, orientados, ensinados, amados de novo, enfim, uma relação de pais-amigos com filhos-companheiros.
Obviamente, situações de revolts de adolescentes vivemos, mas poucas.
Obviamente, situações de extremo silêncio em função de problemas, também vivemos, mas passou, graças a Deus.
E hoje, todos adultos (inclusive nós dois, Bethy  e eu), comemoramos a alegria de reunir a família em um dia, dois, ou três.
Minhas filhas moram fora e isto nos dá muita saudade, mas ao mesmo tempo nos dá a maior torcida diária para que elas vivam bem, trabalhem e sintam-se bem.
Assim, quando temos a oportunidade de nos reunir, nada melhor que lamber, olhar, curtir, abraçar, ouvir, falar pouco e sentir mais.
Cada uma é dona de seu nariz, com justiça e equilíbrio.
Mas nós, como a maioria dos pais, abrimos as asas e queremos que daqui elas não saiam mais, mesmo sabendo que cada uma seguiu sua vida e torcemos, diariamente, para que estas vidas sejam recheadas de alegrias e realizações.
Mas quando  o chega o momento da viagem de volta para elas, nosso avião fica no chão, não decola, perde o rumo, não tem autorização para decolar.
Assim acontece com pais.
Assim acontece com pais que amam seus fihos e se preocupam com "as crianças", mesmo que tenham 27 28 29 anos.
Cá comigo sinto-me orgulhoso pelos filhos que tenho, ainda mais nos dias de hoje, quando falamos a mesma língua e nossos ideais são entendidos de ambos os lados.
Mas ao ver uma filha entrar no avião, a dor que se fez ausente por uns dias, volta.
E na certeza de que Deus está sempre ao lado deles, a gente volta pra casa.
Chorandomingando, mas firme na decisão de apoiar a atitude de filhos que alçaram seus próprios vôos.
Sentimento, ou se alimenta, ou não se tem.
E lágrimas são provas de emoção.
Ao menos para nós, enquanto família.
Até breve, filhas do coração.
E um abraço para meus genros.
Pessoas de bem e exemplares.
Deus está presente.
Sempre.
Mas nosso avião, que gostaria de ir junto com as duas, não decolou.

GRANDES MOMENTOS.....

Aquele friozinho da manhã era tradicional e sempre presente.

Nem sempre o que é tradicional está e se faz presente.
Mas aquele friozinho fazia parte de nossas vidas, naquela época inesquecível do colégio.
Aulas pontualmente às sete horas, todos de pé, claro.
Sinal da cruz e tínhamos início a uma série de cinco aulas intercaladas
pelo recreio às 09:40.
E no recreio, começamos a deixar para trás as brincadeiras do ginásio e começamos a prestar atenção nas meninas novas que iluminavam os corredores e as salas de aula.
Isto, era pelos idos de 1971.
No primeiro ano do científico(como se chamava antigamente), lotávamos três salas. Uma só de alunos e as outras duas, com meninas no ambiente.
Os padres diziam que o Io. Científico só de homens era a sala dos maus elementos. Embora eu tenha feito parte desta, não concordo com esta discriminação. Mas agora, concorde ou não, já provamos que não éramos – e não somos – maus elementos.
E as aulas eram, todos os dias, cheias de novidades.
Professores exigentes e profissionais, capazes e cheios de razão, mantinham a disciplina em primeiro plano. Acho que é por isso que conseguimos educar razoavelmente bem nossos filhos.
Qualquer deslize comportamental dentro da sala, exclusão na hora.
Jayme Costa e eu fomos os campeões de 1971, se bem que encontramos nosso amigo César Baggio, que não ficava muito atrás de nós e era repetente.
Rafael Greca, nosso amigo desde o primário, nos intervalos de aulas e no recreio, já lia a Bíblia e já decorava as histórias sacras.
As meninas, com saiotes acima do joelho, tentavam de todas as formas não mostrar as dobras na cintura, para encurtar ainda mais as saias.
Mas eram recatadas, apesar das tentativas.
Amigo nosso que tinha irmã no colégio, merecia o respeito antecipado de nossa parte. Ninguém se aproximava, a não ser os mais corajosos.
Namorar irmã de amigo era raro, mas acontecia.
As meninas, nestes tempos, eram completamente diferentes das meninas de hoje, com seus 15 anos bem preparados em festas de debutantes e bailes no Concórdia.
Nós, em fila, esperávamos ser convidados todas as semanas para festas em casas ou em clubes, ao som da Party Box 2 e com nossos ternos Club Um, feitos no Fernandes Alfaiate ou comprados no Magazin Avenida ou na Beleve. Era o bom tempo da luz negra e da luz estroboscópica, que ficava muito legal com o Gin Tônica.
E quando íamos a festas, corria um clima legal entre olhares, comprometimentos e alguns namoros que se iniciavam.
Alguns duravam certo tempo, outros acabavam logo e raros iam por mais tempo.
Ao som de Iron Butterfly e Tim Maia, Tin Tin, James Taylor e Jack Jones curtíamos as festinhas até algumas horas da madrugada.
Em uma ocasião, o pai da Maria Regina Migliari e de nosso saudoso amigo Totonho Migliari, nos tirou da festa de 15 anos da Bebê Paula Soares e nos levou para casa.
Passados alguns minutos, voltamos todos para a festa e de lá saímos somente com o dia clareando para tomar café com pão de minuto na panificadora de meu pai, na saudosa Rua Riachuelo.
E um detalhe importante: neste tempo, não bebíamos.
Não era comum tomar porres, dar vexames, passar mal.
Só depois de alguns anos que começamos a nos dar bem como lado alcoólico da situação.
Cuba Libre, Hi Fi, Piper e raramente, uísque.
No colégio, as amizades floresciam e se fortificavam.
Tanto é verdade que algumas duram até hoje e na maior sinceridade entre homens e mulheres.
Raro, mas real e gostoso.
Chico Puppi era mestre em abrir cofres e carros. Mão mágica. Mas abria.
Um dia, Padre Paulo(o homem da mão de ferro), levou alunos para um velório. A quando foi abrir o carro, todos já estavam sentados, dentro do carro e sorrindo. Chico havia aberto o carro dele. E ele, até hoje, quer saber como.
Já nos idos de 72, misturávamos festas de 15 anos com o Sírio Libanês, a melhor boate da época – e uma das poucas.
O porteiro era o Augusto, que deveria ser o pai do Hulk, tamanho era o tamanho do cara. Mas era amigo nosso. A mão do Augusto equivalia a uma patada de puro sangue, bem dada. Poucos de nós experimentaram.
E estes tempos nos geram saudades.
Uma adolescência cercada de novidades, como deve ser, mas cercada de respeito e educação, mesmo na marra. Nosso pais tinham outra postura e sabiam dizer não. Nosso mestres tinham postura e sabiam como agir. Parece que éramos óbvios em nossas atitudes, mas eles evoluíram conosco. E nós, muito mais com eles.
Saudades boas, alegres, gostosas de sentir e abrir um leve sorriso acompanhando imagens, músicas e perfumes que marcaram.
Bons tempos.
Torço para que hoje, a gurizada de 15 a 18 anos viva um pouco do que vivemos. Mas pelo que vejo, está cada vez mais difícil.
Eles estão influenciados por companheiros que não existiam no nosso tempo.
O tal do crack, a tal da coca e o tal do alcoolismo já aos 16, 17 anos. A tal de internet e o tal do celular. Quem dera.....
Hoje bebemos com maestria, até por ter aprendido vagarosamente.
Eles começam pelo nosso fim.
Com certeza, uma pena.

PARA AS MÃES

Amanhã é o único dia do ano em que eu morro de inveja.

Apesar de ser pai e amar muito meus três filhos, morro de inveja do dia das mães.
Mãe é mãe, como dizem no mundo.
E ser mãe, é um direito que a mulher tem e um sonho que ela realiza.
Do primeiro momento da gravidez ao parto normal ou cesareana, ela é a responsável pelo nascimento do ser que mudará sua vida.
Mudará para melhor, para o lado da alegria, da realização, da certeza de estar fazendo o que Deus permitiu que ela fizesse, firme e determinada na geração e educação do filho.
Morro de inveja pela realização dela e a cabeça erguida ao andar na rua, ao acordar cedo, ao fazer quase de tudo para o filho.
Morro de inveja porque ela merece o destaque dentro da vida, serve de exemplo para gerações seguintes e marca sua passagem pela vida tendo aquele filho tão esperado e amado.
Pais também esperam, curtem se emocionam, carregam nos braços, mas quis a natureza que a mãe seja a companheira diária do filho, desde a primeira mamada até o primeiro porre, o mal estar da madrugada, o atraso do colégio, o tombo no jardim de infância.
A mãe desvenda a dor, cura a febre, acerta o gosto e o tempero do bife.
A mãe sabe como passar a camisa, como arrumar o tênis, como ajeitar a camiseta no armário, sempre ao lado da mochila que vive jogada no chão.
E só a mãe sabe como administrar momentos de dor, momentos de tristeza ou de reflexões que o filho tem e passa.
Morro de inveja por este ser ser o que não somos, nós homens.
A mãe sabe quase tudo em relação ao filho.
Pediatras perdem paradas com mães dedicadas. Deus ensina silenciosamente e elas administram o conhecimento como ninguém.
A única data em que morro de inveja das mães é amanhã, pela saudade que sinto da minha, pela admiração que tenho pela mãe dos meus filhos e pelas mães que conheci pela vida. Mesmo aquelas não tão dedicadas.
Da Virgem Maria à minha sobrinha, mãe recente e completa, um beijo no coração de todas as mães da minha vida.
Parabéns.
Vocês movem o mundo.

PENSANDINHO.

Começa a madrugada e eu não termino meus pensamentos.
Num breve respiro, largo textos e clientes, trabalhos e ideias e
passo a devaneios que me levam a várias conclusões.
Claro que a vida anda de acordo com o compasso que nós ditamos.
Dispostos a trabalhar, corremos o dia todo, com resultados positivos e
conquistas que nos levam a vislumbrar momentos melhores.
Mas passageiros.
Momento eterno, só o da morte.
Hoje está bom, sem dúvida, mas o amanhã, a Deus e a mim pertence.
(ou seria a Deus e a mim pertencem? Acho que é pertence, pois é o amanhã).
Mas, seja a quem de direito for, me sinto meio perdido em não ter tempo para
escrever, sonhar, relembrar, querer, viver.
Chega lá pela uma da manhã, o corpo apita o sinal de cansaço e nada melhor que um bom colchão e uma boa noite de sono, que aliás, ando tendo.
Mas, entre vontades e realizações, me considero um homem feliz e um
profissional realizado.
De ideias em ideias, venho tendo alegrias no dia a dia.
E, como diziam os antigos, os olhos de Deus são maiores que os teus, para
aqueles que se preocupam demais com a vida da gente.
Trabalho, correria, alegria, novos contatos, novas conquistas.
Tudo muito bom.
Mas aquele momento do bate papo, da cerveja gelada, do relaxar no final de tarde, tudo isto vai ficando mais raro.
Errado.
No sábado, tiro o chip e vivo eu.
Difícil pensar em trabalho, em criações, em textos, em soluções.
Busco soluções para mim.
Busco textos para mim.
Busco paz para mim.
E encontro.
A vida e a experiência me ensinaram a ter estes momentos para mim.
E os tenho.
Sem arrogância, mas os tenho.
E são muito positivos.
Estórias, histórias, causos, risadas, papos, amigos de ontem e de hoje
me permitem saber que o melhor da vida, além do trabalho, é viver.
Viver em paz, viver feliz, viver e cuidar de quem vive ao teu lado.
Que bom.
Mesmo moído, mesmo cansado, tenho a felicidade de ter minhas filhas ao meu lado, ao menos neste final de semana.
E não há nada melhor que isso.
Na segunda-feira a vida voltará ao normal e clientes irão me ligar a partir das
nove da manhã.
Mas eles correm um risco: vai que a Mega Sena me contemple.
Continuo trabalhando, mais um tempo.
E daí, começo a pensar o que fazer com dinheiro no banco.
Este mesmo banco que tantas vezes me ligou dizendo que estava negativo.
Mas vivi feliz: conta negativa e soro negativo.
Melhor assim.
Hoje a conta fica positiva e o soro continua negativo.
Ainda bem.
Segunda-feira eu conto.
Bom final de semana a todos.
O meu, será.

JÁ VOLTO

Muitas ideias.
Muitos textos formatados na cabeça.
O que está faltando é o tempo para redigir e
escrever coisas que fazem bem.
Mas na quinta-feira a coisa acalma e retorno.
Correria da boa.
Ainda mais com clientes bons e ágeis.
Já volto.
Quinta tem novidades.
Obrigado aos amigos e seguidores.

DOIDA

Dia útil, semana correndo, movimentação na cidade.
Na sala de reuniões, meu "cumpadre" atendia clientes, preocupado
com o assunto e sua importância.
De repente, mensagem no celular desvia a atenção dele, atento aos
detalhes que discutiam.
Ele lê, discretamente, lê a mensagem que dizia: ESTOU NA HIDRO.
COPO DE VINHO, ESTOU MUITO DOIDA.
Ele, assustado, pediu um minuto aos presentes, saiu da sala assustado
e leu novamente a mensagem, que era da esposa dele.
Ligou para ela, preocupado e disse, que linguagem estranha.....
Ela perguntou porque e ele repetiu a mensagem.
Foi quando ela disse que ela havia trabalhado muito e estava muito DOIDA, com acento no I.
Coisas do meu cumpadre......