Descobri que não tem Harvard, não tem Cambridge, não tem USP, não tem nada.
A melhor escola pela qual passamos, é a vida.
Esta mesma vida que nos ensina, nos testa, nos reprova e nos aprova, quando conseguimos agir de acordo com seus compassos.
Sem dúvida, não há no mundo alegria maior do que ser pai, gerar e criar filhos, educando-os dentro dos princípios da correção, da honestidade, da alegria e da verdade.
E assim, Bethy e eu agimos em relação aos três filhos que temos.
Amados, adorados, repreendidos, castigados, orientados, ensinados, amados de novo, enfim, uma relação de pais-amigos com filhos-companheiros.
Obviamente, situações de revolts de adolescentes vivemos, mas poucas.
Obviamente, situações de extremo silêncio em função de problemas, também vivemos, mas passou, graças a Deus.
E hoje, todos adultos (inclusive nós dois, Bethy e eu), comemoramos a alegria de reunir a família em um dia, dois, ou três.
Minhas filhas moram fora e isto nos dá muita saudade, mas ao mesmo tempo nos dá a maior torcida diária para que elas vivam bem, trabalhem e sintam-se bem.
Assim, quando temos a oportunidade de nos reunir, nada melhor que lamber, olhar, curtir, abraçar, ouvir, falar pouco e sentir mais.
Cada uma é dona de seu nariz, com justiça e equilíbrio.
Mas nós, como a maioria dos pais, abrimos as asas e queremos que daqui elas não saiam mais, mesmo sabendo que cada uma seguiu sua vida e torcemos, diariamente, para que estas vidas sejam recheadas de alegrias e realizações.
Mas quando o chega o momento da viagem de volta para elas, nosso avião fica no chão, não decola, perde o rumo, não tem autorização para decolar.
Assim acontece com pais.
Assim acontece com pais que amam seus fihos e se preocupam com "as crianças", mesmo que tenham 27 28 29 anos.
Cá comigo sinto-me orgulhoso pelos filhos que tenho, ainda mais nos dias de hoje, quando falamos a mesma língua e nossos ideais são entendidos de ambos os lados.
Mas ao ver uma filha entrar no avião, a dor que se fez ausente por uns dias, volta.
E na certeza de que Deus está sempre ao lado deles, a gente volta pra casa.
Chorandomingando, mas firme na decisão de apoiar a atitude de filhos que alçaram seus próprios vôos.
Sentimento, ou se alimenta, ou não se tem.
E lágrimas são provas de emoção.
Ao menos para nós, enquanto família.
Até breve, filhas do coração.
E um abraço para meus genros.
Pessoas de bem e exemplares.
Deus está presente.
Sempre.
Mas nosso avião, que gostaria de ir junto com as duas, não decolou.
Quando penso em subir no avião, já vejo meus pais como se eu deixasse duas crianças. Porque tudo neles, com a pressa do tempo, vai ficando mais frágil. As vistas, as penas mais fracas, as costas mais arqueadas. Mas há algo tão bonito nesses olhos gastos pelo tempo, algo de compreensão, experiência, generosidade. Talvez isso, talvez mais. Com certeza mais.
ResponderExcluirSeu avião pode até não ter decolado, mas tenho certeza que, de uma maneira ou de outra, elas o levaram consigo.
A Luiza falou tudo. Vocês vem sempre comigo. Amo você, pai. A mame também.
ResponderExcluirCosta, com certeza só tem a se orgulhar destes filhos maravilhosos, saudades da Isa e Anna. bjs Silvana Kuster
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