QUE BOM TER VOCÊ AQUI

Quem escreve, raramente escreve somente para si próprio.
Assim, espero que você leia, goste, curta, comente, opine.
E tem de tudo: de receitas a lamentos; de músicas à frases: de textos longos a objetivos.
Que bom ter você aqui....

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A PRAIA MANSA

Hoje, 30 de dezembro, era o dia em que, tradicionalmente, eu ia até a praia mansa de Caiobá para tomar uma(s) cerveja(s) com a família Campelo.
Barraca no lugar, agito diário, Babinho já com as letras das escolas de samba na ponta da língua, Cafú sentadinho se preparando para o fut-vôlei, e na cadeira de sempre, nosso querido Geraldão, com seu jeitão da perna cruzada e olhar ao longe, naquele mar que ele conhecia na palma da mão.
E Geraldão era um momento gostoso da praia mansa, pois dalí se
ouvia de tudo um pouco, mas tudo com profundidade, sabedoria, conhecimento.
Este sim, não era um conhecedor de generalidades, mas sim um estudioso, pintor de sensibilidade, homem de conhecimento da raça humana,
esta raça que ele respeitou enquanto vivo, mas que se decepcionou também.
Na praia mansa, Geraldão era presença mais que obrigatória, normalmente
até as 3 da tarde, cercado de filhos e netos, amigos e companheiros de longas jornadas.
Mesmo mal, Geraldão estava bem, falante, alegre, participante de tudo, com aquele leve sorriso de ponta a ponta que encantava amigos e admiradores.
Hoje, tradicionalmente, eu deveria ter ido à praia Mansa, como dizia
a Téka, "um ponto rosa com uma latinha na mão". Pois é. Era eu.
Mas estou indo para outros cantos, embora ache que a família Campelo
está lá reunida, sentindo a falta do comandante, mas prestando homenagem a ele, desde a barraca da praia até a hora da piscina, do almoço e do jantar.
Sugiro, como amigo, que sempre fique uma cadeira na barraca,
armada e vazia, pois ele sempre estará presente com quem ele mais
amou na vida: a família.
Abraço a todos e um Feliz 2010.
E vamos sorrir, pois na noite de amanhã, lá no céu, vai ter festa no
Sky Piano Bar e Geraldão, sem dúvida, estará ao lado de pessoas queridas
que ele gostava muito.
Abraços, amigo Geraldo Campelo.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

SAUDADES DO TERRACINHO....

Fim de tarde, sol se pondo, morrendo lá onde tem início o
vertedouro de Itaipu.
Fim de tarde gostoso que me lembra Guarapuava.
No terracinho do Gil Gomes, ao lado da Tia Glaci, minha fornecedora
de carinhos e sorrisos, força e ânimo, num período em que andei catando cavacos afetivos.
No terracinho do Gil, com a cidade alí, toda vistosa e a torre da catedral
de Belém. Ainda mais no final do ano, decorada e pronta para receber fiéis.
Do terracinho do Gil, com cervejas geladas e um cinzeiro ao lado,
víamos a cidade, conversávamos de tudo um pouco e ríamos muito.
Eu sempre saía de lá mais feliz do que entrava.
E ia pra casa, na Getúlio Vargas, meio balão, mas sempre pela rua
do Lacerda, até chegar no apartamento do Emiliano.
Antes, na Pinheiro Machado, em frente ao cartório do Romero.
Do terracinho do Gil Gomes vi como Guarapuava é bonita e poderia
ficar mais ainda. Mas não entro em política e nem em análises.
Conheci esta cidade em dois tempos.
E os dois foram bons.
A beleza dela é a gente que faz.
Mas que dá saudades do terracinho, do bom papo e da cerveja, isto dá.
E do arroz doce da Tia Glaci, nem falo.
Além do abraço e do beijo de despedida, um beijo de mãe que abraça o filho.
Saudades.
Ainda mais neste final de tarde e ouvindo Emílio Santiago.
Já sei: vou tomar uma cerveja em homenagem ao Gil.
Bom ano.

FIM DE FEIRA.

2009.
Ainda não sei se quero que se acabe ou se quero que se vá.
Tem diferença entre uma coisa e outra.
Foi um ano tumultuado, complicado, difícil.
Mas também foi um ano agradável no lado profissional, no lado da faculdade,
no relacionamento com meus alunos e amigos. Poucos, mas leais.
Foi um ano que iniciou feliz, alegre, contente, com realizações e projetos colocados sobre a mesa. Ao mesmo tempo, momentos de tristeza, mágoas, ressentimentos, atitudes de rompantes que nunca somaram a nada.
Um ano onde me aproximei mais de minha filha caçula, que mora em São Paulo, mas que também vi minha filha do meio ir embora para Maceió, tentar a vida, iniciar uma nova etapa, ser feliz.
Um ano onde meu filho e eu acertamos a sintonia, falamos o mesmo idioma, o que nos promete um 2010 muito bom, não tenha dúvida.
Um ano onde, após tempestades e dias nublados, o sol nasceu novamente para mim e dona Bethy, onde pudemos sentar e reavaliar as vidas e, após a reavaliação, fazer uma vida única.
Um ano que senti na pele o que é a solidão, o que é sonhar e não realizar, mas ao mesmo tempo, o que é bom não ter realizado alguns sonhos.
Outros surgiram e estão sendo realizados.
Pouco a pouco, passo a passo, pé ante pé.
Como adotei esta postura de vida, vivo melhor.
2009 serviu para ensinar algumas coisas. Dentre elas, que a calma é fundamental na nossa vida, nos dias que formam os meses e nos meses que formam os anos.
Um ano de dores pela perda de amigos queridos, pessoas do bem, gente que a gente não imagina que um dia, morre.
E um ano onde quem permaneceu vivo, também morreu.
E com enterros dignos de reportagens. Mas morreu.
Graças a Deus.
Um ano onde amigos me deram as mãos e consegui sair do atoleiro espiritual que me encontrava em Maio. Saí, graças a Deus.
E para 2010, paz, tranquilidade, trabalhos, alegria e sorrisos. Tudo isto, com muita calma.
Como bem disse meu amigo Ula Ula, acordar saudoso, sim. Triste, não.
E como eu disse em uma crônica tempos atrás: "depois de um tempo embaixo d'água, você descobre que pode respirar sem se molhar."
2010 sem surpresas, sem traições, sem nada de errado.
2010 sereno, com dinamismo, com músicas, cervejas, amigos e bons momentos.
Disto é feito a vida. Amigos e bons momentos. Mesmo que sejam poucos, mas que existam. Sempre.
E trabalhar muito para ir a Maceió, a São Paulo e onde estiver a felicidade de meus filhos.
Dona Bethy e eu temos muito pela frente.
Sem sobressaltos, sem surpresas, sem enganos.
Ainda acho que vou comemorar 60 anos e vai ser uma coisa histórica.
Até lá, deixa eu tocar a vida como ela se apresenta, mesmo sabendo que alguns momentos serão mais fortes e outros, normais.
Alguns textos, algumas criações, alguns trabalhos aqui e acolá.
Algumas idéias, alguns momentos de paz(muitos) e algumas saudades.
Poucas recordações, mas muitas saudades. Não tem pecado nisso.
Daí não saber se quero que 2009 se vá ou que se acabe.
Cresci, melhorei, revi, apaguei, renasci, ouvi, ouvi, ouvi, falei pouco, entendi mais, compreendi melhor, dormi melhor, bebi melhor, fumei mais, trabalhei mais, descansei muito, refleti um monte, concluí mais.
Tenho a certeza de que entro em 2010 não só de cueca nova, mas de alma nova.
E uma alma sem falsidades, sem surpresas, sem mentiras e sem enganos.
E desejo aos meus leitores, seguidores, amigos, parentes e afins, um feliz ano novo.
Que em 2010 a gente possa trocar mais idéias, ser mais feliz, rir mais, amar muito e comemorar o fato de estarmos vivos - e em liberdade - o que é o mais importante.
FELIZ ANO NOVO A TODOS!!!!!

RETROSPECTIVA 2009

Fim de tarde, liga um amigo para tomar uma(s).
Nada mal, disse eu.
E lá fomos para o bar marcado, alí na Vila Hauer, bar de bar,
daqueles que em Minas, chamam de cú sujo, mas muito agradável.
O amigo é o Juca, pessoa de bem, grande companheiro de muitos anos, considerado o melhor "faz tudo" da cidade.
Juca já foi padeiro, encanador, eletricista, marceneiro, pintor, garçom, enfim, como ele mesmo diz, "um conhecedor de generalidades".
E sentamos naquela mesinha da calçada, cerveja gelada com uma porção
de frango a passarinho, cigarrinho à vontade(pessoal da Secretaria de Saúde não vai na Vila Hauer), pouco movimento na rua do bar do Gentil e
alí ficamos.
Juca começa a fazer sua retrospectiva 2009.
Sensacional. Acompanhem.
Janeiro - verão, temporada de praia. Juca e a família(mulher, 5 filhos, sogro, sogra e empregada), alugam uma casa em Matinhos, pela internet.
Faz o depósito, preparam o Opala Diplomata, despacham a Rosélia(empregada) de ônibus, empilham no Opala a família e seguem viagem para uma temporada de 15 dias. Merecida, segundo ele.
Chegam na praia, a casa era completamente diferente do que estava
na internet, ficam meio decepcionados, mas não era hora de tristeza, então.....
E os 15 dias foram de entortar parafuso grande, segundo ele.
Nada funcionava, o telhado tinha goteiras, a rua alagou 5 vezes, um horror.
Mesmo assim, deu praia, a criançada se divertiu, queimaduras e todos,
a costela saiu na churrasqueira improvisada com tijolos e o sogro bebeu todas, como sempre fazia. E muita cerveja com Velho Barreiro, todos os dias.
Na volta, Juca acabou deixando a casa nova em folha, pois foi arrumando tudo e deixando tudo novo, inclusive comprando peças e equipamentos para que a casa ficasse cada vez mais em ordem. E tanto ficou que a imobiliária devolveu
mil reais para o Juca. Pode? Pode.
Na volta para Curitiba, Opalão ferve na serra, levam 8 horas para chegar a Curitiba, mas valeu.
Fevereiro - nada de excepcional, muito trabalho, o sogro começa a passar mal, vai para as Clínicas, fica internado, descobrem a cirrose. Novidade?
Não. era esperado, pois o velhinho tomava vodka pela manhã, ainda em jejum.
Juca trabalhou feito louco, o celular não parava, mesmo no carnaval.
Março - As crianças(três filhos e duas filhas) vão para a escola, a patroa leva e busca, a vida segue normalmente, com o sogro bebendo tudo o que o Juca comprava para ele bebericar sozinho, mas não adiantava.
Uma bela noite, no feriado de Curitiba, Juca fez uma costela e reuniu alguns amigos para tocar um violãozinho e coisa e tal. Resultado: o porre do sogro estragou a costela, assustou os vizinhos e encerrou a festa.
Abril - A patroa tem um mal estar pela manhã, correria, leva pro postinho e descobre-se, dias depois, que a menopausa está chegando, com calorão e tudo o mais. Juca diminui o ritmo de trabalho, mas corre feito louco, sempre de olho na patroa. Faz tudo por aquela patroa. Belo dia, ele chega em casa por volta das 7 da noite e encontra a patroa só de calcinha e sutiã na sala, se abanando e com as crianças na maior farra na sala. O sogro, dormindo na poltrona da sala e a sogra na cozinha, preparando uma jantinha para todos.
Maio - no dia das mães, a emoção toma conta do Juca, que presenteia a mãe e a esposa com um vestido lindo cada para uma, comprados à vista no centro da cidade. Ele ficou feliz, foram todos almoçar em Santa Felicidade, com o sogro e a sogra junto. Ferve o Opalão na volta, mas tudo bem. As asinhas com alho e óleo valeram o dia. E em maio, Juca teve sua primeira sensação de ficar viúvo, pois a patroa passou mal de tanto que comeu, segundo ele com frango vasando pela orelha e arrotando sem parar até chegarem na Vila Hauer. Ela sentiu-se mal, mas depois de 7 Eno a coisa melhorou.
Junho - Juca faz a festa Junina no quintal de casa, com a criançada vibrando de alegria. Até que o sogro, ao soltar um foguete, estoura uma bomba nas mãos, encerrando a festa e indo todos para o Pronto Socorro do Cajurú.
Resultado: foi-se a mão esquerda, mesmo com a cirurgia.
A bebedeira fez com que o sogro segurasse o foguete na parte de cima,
na boca e ninguém viu.
Julho - O sogro já recuperado, mas sem a mão esquerda, sugere uma viagenzinha para relaxar......Juca prontamente atende, passa na Caixa da Marechal Floriano, saca um troco da poupança e vão para um hotel fazenda, perto da serra da estrada de Ponta Grossa, e levam Rosélia junto.
O Opalão arrastou-se pela estrada, mas chegou.
Chalés separados para todos, uma semana de folga.
O filho mais velho cai do cavalo e machuca o braço.
A filha do meio é picada por um inseto desconhecido e fica com um melão no ombro.
A esposa, mesmo em julho, se abana todas as noites e respira ofegante com a menopausa.
O sogro, bebe tudo o que o hotel da pousada tem e toma dois pileques por dia.
A sogra, prestativa como sempre, fica à beira da lareira fumando seu Luis XV, sem parar.
E Juca se diverte, sempre sorrindo e correndo pra lá e pra cá com a família.
Agosto - Sem saber e sem esperar, Juca recebe uma festa surpresa no dia dos Pais. A família, cunhados, cunhadas, sobrinhos, vizinhos e dois clientes chegam na casa dele para um almoço festivo, todo preparado pela sogra e pela patroa.
O sogro, de camisa nova e tudo, fica no portão recepcionando a todos, com um charuto do terreiro na boca e muita brilhantina no cabelo.
Acena com o toco da mão esquerda e cumprimenta com a mão normal.
Grande festa, macarronada com frangos assados e cebolas na grelha, grande bebedeira, com movimento até as 10 da noite.
Juca fica feliz, toma um pileque com o sogro e, lá pelas 11 da noite, vem o susto.
O sogro levanta na churrasqueira, dá dois passos e cai duro no chão.
Correria, gritos, lágrimas, chama a ambulância, chama a polícia, guarda as garrafas de Velho Barreiro vazias, mas era tarde.
Alí no chão da Churrasqueira o corpo de seu Arlindo estava inerte.
Morria o sogro, totalmente embriagado, como ele mesmo gostava de viver.
Juca ficou abalado, não abriu a boca no velório e fizeram o enterro no
cemitério de São José dos Pinhais, de onde seu Arlindo era natural.
Semanas em silêncio, sogra e filha tristes, netos sempre perguntando
pelo avô e a vida seguiu.
Setembro - Juca faz uma fezinha no bicho na lotérica do seu Adolfo e ganha uma bolada na milhar seca. Raro naqueles dias, mas acontece.
Recebe pontualmente no dia seguinte, pega o Opalão, leva na loja do
Juarez e troca por um Honda Civic usado, mas lindo, novo, perfeito.
Chega em casa e é a maior festa, mesmo que no porta-mala do Civic estejam todas as ferramentas e apetrechos que ele usa para trabalhar no dia a dia.
Sem festa no feriado, em homenagem ao sogro falecido, vão para Morretes passar o dia, mas sem a sogra, que não sai mais de casa e só reza, o dia todo.
Picadas de mosquito, pescaria mal feira, comem e bebem razoavelmente, com a patroa vindo a passar mal vasando barreado pela orelha, segundo ele.
Na volta, o Civic dá um show na estrada e Juca fica feliz.
Outubro - nada de novo, muito trabalho e uma reforma imensa numa casa de uma bacana no Jardim Social. A dona queria tudo urgente, trabalho até dez da noite, todos os dias, recebe metade do pagamento antecipado e um cheque para 30 de outubro. Advinha: sem fundo. Juca estava com o cheque na carteira no dia da cervejinha, agora no final do ano. E gente conhecida.
Novembro - correria, alegria pela aprovação dos filhos na escola, sogra ainda rezando, mulher se abanando, Juca vai no Big da Mariano Torres fazer as compras do mês. No corredor, pega isso pega aquilo e conhece Jurema, uma morena de seus 40 anos, ajeitada segundo ele, perfeita, gostosona e com um decote que mostrava quase o umbigo. Ela dá trela, Juca se pega no papo, trocam telefones e começa a bagunça. Naquela noite, Juca liga, marca e encontra Jurema alí na lanchonete do Verde Batel, que ele não conhecia.
Ela entra no carro dele e começa a festa. No carro mesmo, uma "bombada" de primeira, com Jurema deixando Juca maluco. Ele queria ir para o motel, mas ela disse que não, pois tinha que estar em casa antes das 11, por causa do marido.
Dezembro - correria, presentes, preparação para a festa de natal e Juca correndo com a família e com Jurema, a morena do outro mundo. Na Big Ben, comprou um anel para ela, "coisaa linda Costinha"!
E na mesa do boteco, Juca era um homem feliz.
Corre feito louco, trabalha feito um maluco, não deixa faltar nada em casa, cuida de todos e de tudo, educa os filhos com rigidez e agora, a novidade: está apaixonado pela Jurema, mas não deixa a família dele.
E ela é casada, donde......
Bela retrospectiva, onde cortei uma série de coisas, mas mesmo assim ficou longa.
Juca, grande companheiro, nobre amigo, agora vai viver a vida com a amante e a família. No Civic, CDs de pagode e um do Altemar Dutra, que a Jurema mais gosta.
Me perguntou o que que eu achava da situação.
Eu, somente olhei para ele e disse:
pede mais uma cerveja que isto é história para outro encontro.....

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

RECOMENDO

Vídeo apresentado na reunião de encerramento da IBM agora em dezembro de 2009. Bom ver.....

lá vem a mesmice

E lá vem a mesmice dos noticiários da cidade.
Nas TVs, tudo igual.
Movimento das estradas das praias.
Movimento da rodoferroviária.
Chuva em São Paulo e alagamentos.
Invasão de turistas em Foz do Iguaçu, animação geral e total. Direto de um hotel da cidade, fala o repórter Fulano de Tal.
Retrospectiva 2009, política, Requião, Beto Richa, Lei Anti Fumo, escândalos na política, etc...
Coritiba rebaixado, cenas de violência no estádio, cenas que queremos mais é esquecer.
Deputado se envolve em acidente, chacina no bairro tal......e por aí vai.
Os jornais da hora do almoço parece que são feitos na mesma sala de anos atrás.
Bastaria trocar as imagens que a locução é sempre a mesma, a pauta é sempre a mesma,
como se fosse novidade.
Tantos mil carros passaram por hora, acidente aqui e alí.
Não vai aqui crítica nenhuma, mas sim um alerta para a criatividade de nossa imprensa
que poderia inovar um pouquinho.
Quais assuntos?
Não tenho nem idéia, mas não os mesmos de sempre.
E a cobertura do reveillón nas praias já encheu o saco, ainda mais se tiver chuva.
Mais de um milhão de pessoas, chuva com alagamentos em Matinhos, faltou água,
faltou comida, faltou isso e aquilo.
Afogamentos no mar, tragédias de sempre.
Que tal em 2010 noticiar algo interessante?
Se for para ver tudo de novo, paciência.
Veremos.
É igual à capa da antiga Revista Manchete, em pleno carnaval.
Tudo igual.
Só mudava o título.
Que tal inovar??
Aguardemos.

domingo, 27 de dezembro de 2009

E O NATAL TERMINOU....

E terminou o natal.
Bom para alguns, fraco para outros, triste para poucos, feliz para a maioria.
Aqueles que lembraram, homenagearam quem nasceu neste dia.
Aqueles que não lembraram, seguem a vida sabendo que DEUS existe, e só.
Mas confiam nEle.
Um natal onde gordos ficaram mais gordos, magros comeram um pouco mais,
sóbrios beberam um pouco além da conta e ébrios se entregaram aos prazeres da bebida.
Nada contra.
Um natal onde, pelo que se observou, as pessoas estavam mais felizes,
tirando os casos de saúde que envolveram alguns e que entristeceram famílias pelo Brasil afora.
Um natal onde as lágrimas deram lugar aos sorrisos, não de tristeza, mas sim
de emoções sentidas em ambientes familiares que se descobrem mais a cada dia.
Lágrimas que refletem o amadurecimento daqueles que ainda ontem eram crianças
e não participaram de amigos secretos ou não conviviam com os adultos.
As crianças cresceram e com elas, a emoção de poder falar o que sentem.
E isto é muito bom.
Natal e lágrimas combinam, desde que seja desta forma.
Emoção e prazer, lágrima e amor.
Muito amor.
Abraço com o verdadeiro sentido do abraço.
Eu te amo com o verdadeiro conteúdo da frase.

Que bom te ver, com o verdadeiro significado do que isto quer dizer.
E por aí vai.
Vai-se mais um natal e com ele a certeza de que muita gente está melhor
que em 2002, 2003.
Nada de política, mas sim de reação de alguns e conquistas de outros.
E assim a vida segue.
A dor pelo que faltou, a ausência daquele que estava longe, a ausência daquele
que foi pra outro canto e assim por diante, mas em geral, pessoas sorrindo e se
emocionando com uma troca de presentes, que como eu disse em outro texto,
este ano foram menos importantes que presentes de antigamente.
Uma lembrança marcou, mas o que valeu foi o sentimento.
Ao ver minha sobrinha falando o texto que ela recebeu do irmão dela e ao
ver meu filho se pronunciando sobre o sentimento, valeu o natal.
Como eu disse para a Bethy, posso morrer amanhã, pois morrerei feliz em ver três filhos que descobriram o verdadeiro sentido de família.
União, amor, respeito, parceria e convivência dentro dos moldes de convivência
onde a vida de cada um é respeitada.
Um natal recheado de boa comida, boa bebida, onde pude - junto com a Isabella -,
levar bichos de pelúcia e brinquedos na casa da criança com Aids, no Novo Mundo.
Um natal recheado de pratos especiais, mas também de sorriso do pedinte ao receber
um troco no sinaleiro, fosse para o que fosse.
Um natal de saudades, principalmente de pessoas queridas que estavam longe e longe irão ficar.
Um natal com vontade de abraçar alunos e amigos, pessoas com as quais a gente
convive e fica difícil se libertar.
Enfim, os preparativos agora dirigem-se para o Ano Novo.
E acredito, piamente, que será um grande ano.
Nao só para tudo o que me cerca, mas também para todos com os quais convivo.
Um ano de mais tranquilidade, um ano sem tantas ilusões, um ano onde o azul
será azul e o verde será verde. Em outras palavras, um ano com mais
amadurecimento e com mais discernimento.
Que 2010 seja, finalmente, o que desejamos e o que esperamos.
Sabendo que do céu só vemchuva e geada, arregacemos as mangas e iniciemos a
trajetória para um ano de conquistas e de alegrias.
E em meio a tudo isto, um tempinho para agradecer a Deus.
Sem Ele, nada disto seria possível.
Vamos em frente.
Alguns quilinhos mais gordinho, mas já preparando a dieta radical até dia 31.
Que venha 2010.

E A FILHA FOI.....


Ainda ontem fui buscar no jardim Faz de Conta.
Dias depois, fui buscar na saída do Medianeira.
Alguns dias depois, fui buscar no Santa Maria.
Dia após, no Positivo da Ângelo.
Até que, pé ante pé, acompanhei o drama do terceirão e os vestibulares.
Sucesso em todos.
Show de bola.
Aquela menina dos cabelos desarrumados, cheio de cachos longos, estava na faculdade.
Moça de tudo, apresentava-se com um sorriso no rosto e uma simpatia gratuita para quem quer que fosse.
Começava aí a vida de Isabella, minha filha, de forma diferenciada.
Amigas e amigos por perto, sorriso na maioria dos dias, pensamentos particulares no quarto só dela ( assim como todos os jovens), diálogos com os pais e com os irmãos.
Música em todos os momentos, ficava no banquinho vendo o pai tocar piano aos sábados.
E gostava.
Isabella cresceu, amadureceu, sofreu, viu, aprendeu, perdeu, ganhou e cresceu como pessoa.
A vida trouxe seu curso, as surpresas apareceram, Isabella foi trabalhar, se adaptou e conseguiu ser uma profissional de respeito e admirada por onde passou.
E eu achava que tudo isto sempre continuaria existindo, mesmo com o noivado ocorrido tempos atrás.
O noivado cheio de emoção, cercado de amor e carinho e com as bençãos dos pais e de Deus.
Eu ainda achava que dezembro estava longe e lá ia ficar. E que o noivado era só um noivado.
Que bobinho eu,.......
Pai é assim.
Sabe que um dia a coisa chega, mas torce para que não chegue, mesmo que seja para o bem da filha. Mas que seja o bem ao lado da gente.
E chegou.
25 de dezembro, no final do natal, Isabella parte para o aeroporto.
Ainda resistindo, digo para as lágrimas que fiquem no carro enquanto eu me despeço de minha filha.
Com a mão esquerda eu dava até logo, mas com a direita eu fazia uma figa enorme para que ela fosse com Deus e que tudo desse certo, como dará.
Maceió não é logo alí, mas como eu disse pra ela, "longe é um lugar que não existe", ainda mais com filhos e filhas. E graças à tecnologia, tem skype , msn, torpedo e o escambau a 4.
E ela embarcou.
Um novo tempo, uma nova vida, uma nova etapa.
Cercada de desejos positivos de todos os lados, lá foi minha Isabella para tentar a vida dela.
Somente dela.
Como ela sempre um dia imaginou.
E chegou o tal do dia.
Ela embarcou e eu, ao fazer a volta, encontrei as lágrimas(aquelas que estavam no carro), que vieram me abraçar para fazer companhia a mim e a Behty, mãe que sempre fez de tudo pela filha, mas a filha foi.
A filha foi......
E que vá com Deus.
E que vá com a torcida mais sincera de pais e amigos que desejam somente o melhor para ela.
Ela e o Alexandre, caboclo dos bão que entrou na vida dela.
E ela sabe disso.
E o importante é que ela saiba e ele também.
A gente, como pai, só assiste e aconselha quando procurado.
E como diz Vinicius: que seja eterno enquanto dure.
Até 2058, pelo menos.
Vai, minha filha.
Que seus dias tragam felicidade e ensinamentos.
E que estes, unidos, possam lhe trazer mais sabedoria e amadurecimento.
A vida é a arte do encontro.
Assim seja.
Com a benção e Deus e a companhia diária dele nas preces que faremos aqui e
você sempre faz por aí.
De um pai que ainda fica chorandomingando, mas que breve irá até lá para
dar um cheiro e abraçar a filha.
É sempre assim.
A gente cria, educa, lambe, abraça, mima, prepara, mas o mundo é quem pega.
E que este mundo seja bom para com ela.
A vida sequestra nossos filhos.
O que nos cabe, é torcer para que este sequestro seja bom e dure sempre
de forma positiva, alegre, feliz e séria.
Você merece, querida Isabella, Belinha, Belly, Ursa, Gorda, Falsinha, Samantha e
qualquer outro apelido que ela tenha tido e eu não tenha sabido.
Amamos você.
Sempre.
Seja feliz.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

ENTÃO É NATAL...

Com certeza, muitos de nós, hoje à noite, estarão reunidos
com suas famílias, amigos, conhecidos, parentes, pessoas
que tragam um momento de bem estar para a comemoração
do Natal.
Comemoraremos o nascimendo daquEle que nos acompanha
e nos guia, brindaremos uns com os outros e daremos abraços significativos em pessoas que amamos.
E aí está o segredo: amar.
Hoje, antes de todos os dias do ano que termina, é dia
de abraçar quem se ama.
Na hora do jantar, na hora dos presentes, na hora da chegada, na hora da partida, dê um abraço.
Transforme seu amor em um ato público e deixe bem claro
que você ama aquela pessoa que você está abraçando.
E se não ama, abrace do mesmo jeito.
Começa assim um ato de amor.
Brindemos o natal com o presente que for.
Do ideal ao que deu para ser comprado.
Do simples ao sofisticado.
Do normal ao "fazer a vontade" de alguém.
Feliz Natal!
Feliz Natal ao seu companheiro, à sua companheira, aos seus
filhos, demoradamente, com lágrima se for o caso, aos seus
queridos, aos seus entes e aos seus ausentes.
Nesta noite mágica, Deus permite que seus pensamentos sejam entregues aos seus ausentes.
Eles recebem.
Acreditem na força do pensamento e do coração.

Feliz Natal.
Com ou sem banquetes, mas com uma oraçao, antes de tudo.
Com ou sem presentes, mas com um abraço, que é fundamental.
Feliz Natal.
A todos.
Sem exceção.
E que o amor seja o ítem número um da noite que temos
pela frente.
E em consequência dele, nossos dias futuros serão melhores.
Deixe seu coração falar.
Deixe ele agir.
Deixe de lado sua couraça de aço ou aquela frase que apliquei aqui dias atrás:
"creio que existem corações que poderiam cortar diamantes".....
Hoje, não.
Feliz Natal.
Leve consigo a certeza de que és amado, mesmo em silêncio.
Leve consigo a certeza de que és querido, mesmo à distância.
E, por fim, leve consigo a certeza plena de que você se ama.
Com isso, você terá um 2010 muito melhor.
São os meus votos.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O QUE TEM LÁ?

Desde que o mundo é mundo, "alguéns" já viram esta imagem, esta cena.
Dos tempos das caravelas aos dias de hoje, esta é uma imagem que fica, que grava, que prende, que mexe com o pensamento.
Imaginem Colombo olhando isto e tendo a certeza de que a terra era redonda.
Imaginem Cabral olhando isto e nem sonhando que iria acabar em Porto Seguro.
Imaginem o pessoal do Titanic olhando isto e nem sonhavam que seria uma das últimas imagens.
Mas é mar e mar cativa.
Cativa, prende, desafia, provoca, questiona, atrái.
A bordo do navio ou do barquinho, logo a gente imagina que pode entrar água. E se pergunta: o que tem lá?
Pode ser a África, pode ser a Austrália, pode ser qualquer lugar, depende de onde você está vendo ou de onde você saiu.
Mas que intriga, intriga.
A gente sabe que tem peixe, tem tubarão, tem segredos, tem "cidades", tem navios submersos, tem espiões, tem cabos, tem espécies desconhecidas ainda, tem de tudo.
Até garrafas com amores perdidos. E quantos........
Tem esperança, tem poesia, tem amor.
Tem um olhar que vai até alí no final, alí, naquele pontinho
onde tudo se une e o céu passa a ter a cor do mar.
Ou vice-versa.
O que tem lá?
Tem gente que gosta da gente, gente que pensa na gente,
gente que espera por gente.
Tem um povo que não conhecemos.
Tem alguém a quem tememos, tem alguma coisa por lá.
Tem alguém que nos espera, alguém que nos deu adeus,
alguém que não ouviu falar em Deus.
E aqui, no meio de tudo, nota-se que Ele está presente.
Ao menos Ele.
O barulho da água batendo no casco ajuda a divagar.
O que tem lá?
Taí uma boa desculpa para viajar e tentar achar.
O que tem lá?
Quem souber, me conta.
Na foto de T. Fuzetti, mais momentos de devaneios.
Mas é de se perguntar: o que tem lá??

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

É ISSO!!!!


Desejo a todos seguidores, amigos, leitores, conhecidos, pessoas de bem e de convívio, afastadas, mas presentes, isso que a foto do Japinha ao lado demonstra: 2010 em alto astral.
Com som, de preferência, pois ninguém é de ferro.
E que suas músicas revelem novidades, letras bem feitas, melodias harmoniosas, momentos de alegria e felicidade.
Mas se alguma delas lhe emocionar, lhe trouxer lembranças, curta, pense, reflita.
Nem tudo o que passou é ruim.
E que em 2010 todos tenhamos paz, saúde e muita inspiração. Acredito que será o ano das ideias, dos ideais, das realizações plenas, ou quase.
Façamos de 2010 o ano da pantufa, sem stress, sem correria, sem atropelos.
Administremos nossas vidas de forma que vivamos mais e nos incomodemos menos.
Olhem bem a cara do japinha na foto.
É isso!!!!
Alto astral para todos.
Feliz 2010 para todos.
Um natal de paz e de abraços entre familiares e conhecidos. E não nos esqueçamos daquEle que faz aniversário no dia 25. ELE merece nossa lembrança.
Abraços e beijos com carinho e respeito a todos os meus amigos, amigas, alunos, alunas, seguidores e anônimos.
Com certeza, 2010 será um ano cheio de surpresas boas, para todos.
Felicidades, paz, amor.
COSTA KOTZIAS.

domingo, 20 de dezembro de 2009

MUITO BOA....

Casal de primos caminhava pelo pasto de uma fazenda, no interior de Minas,
até que viram um cavalo transando com uma égua, e a prima logo perguntou:
-Primo, o que é aquilo?
-Eis tão acasalando, sô! A égua tá no cio, o cavalo percebeu isso e tá mandando brasa!!!
-Mas como é que o cavalo sabe que ela tá no cio, primo?
-Aaara!!, é que o cavalo sente o cheiro da égua no cio, sô!
Passaram mais adiante, e tinha um bode transando com uma cabra, e a prima perguntou de novo, e o primo deu a mesma resposta.
Mais na frente, lá estava um boi pegando uma vaca, e ela tornou a perguntar, e ele deu a mesma resposta: que o boi também sentia o cheiro da vaca no cio.
Foi aí que a prima perguntou:
- Ô primo, se eu preguntá uma coisa pr'ocê, 'cê jura que num vai ficá chatiado?
- Craro que não, prima! Ocê pode priguntá!
- OCÊ TÁ CO NARIZ TUPIDO ?????

PEDAÇOS 3

Nada mais rico que a Música Popular Brasileira.
E ainda mais rico, momentos de inspiração que levaram compositores a escreverem isto que aqui está em PEDAÇOS 3.
Passagens de músicas que, no todo, são perfeitas.
Abaixo, coisas dignas de serem lidas e, principalmente, analisadas, pois só
escreve isto, quem viveu.

Hoje
Homens de aço esperam da ciência
Eu desespero e abraço a tua ausência
Que é o que me resta, vivo em minha sorte
(Taiguara)

Lá onde eu estive o sonho acabou
Cá onde eu te encontro só começou
Lá colhi uma estrela pra te trazer
Bebe o brilho dela até entender
(Taiguara)

Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua
(Chico Buarque - atrás da porta)

Sinto que me perco no tempo
Debaixo do meu cobertor
(Ivete Sangalo)

Quando eu morrer,
Não quero choro nem vela
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela.
(Noel Rosa - Fita Amarela)

Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter...
(Isolda - Outra Vez).

Olha, vem comigo aonde eu for
Seja minha amante, meu amor
Vem seguir comigo o meu caminho
E viver a vida só de amor
(Roberto e Erasmo - OLHA)

Eu vou sair nessas horas de confusão
Gritando seu nome entre os carros que vêm e vão
Quem sabe então assim
Você repara em mim
(Ana Carolina)

Foi no parque que ele avistou
Juliana Foi que ele viu
Foi que ele viu
Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João
O espinho da rosa feriu Zé
E o sorvete gelou seu coração
(Domingo no Parque - Gilberto Gil.)

E durma com um barulho destes.....

CARLOS TEIGÃO

Pelos idos de 91, 92, 93, fomos brindados com a competência culinária do
Teigão, no famoso e querido Cacimba, ainda na Rocha Pombo.
Um restaurante pequeno, acolhedor, gostoso e querido, onde íamos todas
as semanas e lá deliciávamos pratos muito bem preparados, sempre sob a supervisão de Carlos Teigão. Além de Olds Parr em quantidade e o piano suave no bar de espera. Tudo coisa de profissional, do atendimento ao consumo.
Pois os anos se passaram, o Cacimba fechou, saudades gerou, mas agora, finalmente, o "homem" está de volta.
Carlos Teigão, com o sorriso no rosto e a vontade de viver maior que o conhecimento de culinária, está de volta.
E no ANDEJO, um novo restaurante que fica na Guttemberg, antes da Angelo Sampaio.
O toque sutil, os ingredientes selecionados, o atendimento perfeito, o ambiente muito bom e a comida impecável de sempre estão alí, reunidos no salão do ANDEJO, um local digno de ser frequentado.
Mignons, camarões, peixes e um cogumelo a provençal perfeito, além de uma carta de vinhos selecionada e cervejas geladas por profissionais, convidam você e sua pessoa querida a desfrutarem bons momentos.
E como a vida é feita de bons momentos, recomendo uma noite no Andejo, SEM PREOCUPAÇÕES, SEM CELULARES E SEM RELÓGIO.
Comer bem faz parte da vida.
E alí está um local para você entender o que significa "comer bem".
E se aceita sugestão, um Mignon a fines herbes é do saci do c da cobra.
E além de tudo, o abraço do Teigão com o sorriso do chef, vale a pena.
Boa sorte a todos.
Melhor sorte pra nós que o "homem" está de volta.......

RECEBI E REPASSO....


Falei do filé de badejo do Saanga Estação.
Tá aqui o dito.
Boas Festas......

SEM COMENTÁRIOS

Tiritas pa' este corazón partío
tiri-ti-tando de fríotiritas pa' este corazón partíopa'
este corazón

Ya lo ves que no hay dos sin tresque la vida va y viene y que no se detiene...
y, qué sé yo, pero miénteme aunque sea, dime que algo queda entre nosostros dos que en tu habitación nunca sale el sol, ni existe el tiempo ni el dolor
Llévame si quieres a perder a ningún destino sin ningún por qué
Ya lo sé que corazón que no ve es corazón que no siente corazón que te miente, amor
pero, sabes que en lo más profundo de mi alma sigue aquel dolor por creer en ti
¿qué fue de la ilusión y de lo bello que es vivir?
¿Para qué me curaste cuando estaba heríosi hoy me dejas de nuevo el corazón partío?
¿Quién me va a entregar sus emociones?
¿Quién me va a pedir que nunca le abandone?
¿Quién me tapará esta noche si hace frío?
¿Quién me va a curar el corazón partío?
¿Quién llenará de primaveras este enero y bajará la luna para que juguemos
?Dime si tú te vas, dime, cariño mío quién me va a curar el corazón partío
Tiritas pa' este corazón partío tiri-ti-tando de fríotiritas pa' este corazón partíopa' este corazón
Dar solamente aquello que te sobra nunca fue compartir, sino dar limosna, amor
si no lo sabes tú, te lo digo yo
después de la tormenta siempre llega la calma pero sé que después de ti,
después de ti no hay nada
¿Para qué me curaste cuando estaba heríosi hoy me dejas de nuevo el corazón partío?
¿Quién me va a entregar sus emociones?
¿Quién me va a pedir que nunca le abandone?
¿Quién me tapará esta noche si hace frío?
¿Quién me va a curar el corazón partío?
¿Quién llenará de primaveras este enero y bajará la luna para que juguemos?
Dime si tú te vas, dime, cariño mío quién me va a curar el corazón partío
ALEXANDRO JANZ........

LEMBRA DO PUM????

Começa a aparecer o outro lado da Lei Anti-Fumo.
Comentários positivos a respeito do "não fumar" agradam a
todos os que chegam em casa sem cheiro nas roupas, ou seja, prevalece o perfume usado antes de sair de casa.
MAS, sempre tem um mas, as coisas começam a ficar mais claras em termos de odores.
Surge o famoso sovaco, aquele que ficava encoberto pelo cheiro
do cigarro nos ambientes e nas baladas. E pelos comentários, forte.....bem forte.
E tanto de "garotos", quanto de "garotas".
E depois de duas "beras", calor, ambiente cheio, aparece o dito do cheiro.
Desagradável, acima de tudo.
Aquele cheirinho que afasta pensamentos, desejos e qualquer tentativa de um envolvimento maior, ainda mais a dois.
E tem outro:
" a volta do pum".....
Comentários indicam que alguns puns, famosos, começam a aparecer em baladas e barzinhos, nada disfarçados, mas acentuados.
O famoso "bufa", aquele silencioso, se faz presente em qualquer ambiente, mas era, também, amortizado pelo cigarro.
Agora, é meio dono do ambiente, marcando presença em função da cebola ou de algo mais acentuado.
O pior é quando sai um "bufa" em consequência do filé grisé com cebola frita, do Bar Palácio. Este é mortal. Não há bactéria que resista.
E o "carretilha", o mais conhecido, entrega pelo cheiro, mas não pelo barulho, visto que na balada sempre tem alguma banda ou música alta.
Vejam onde chegamos com o benefício da lei anti fumo.
Por um lado, pulmões se preservam e a saúde é mantida.
Por outro, "odores" famosos voltam a fazer presença nas noites curitibanas.
Cheiro por cheiro, fico com o cigarro.
Polúi menos, prejudica mais, mas ainda é melhor que os dois acima nominados.
E continua a baile.......

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

NOVIDADES NO SAANGA ESTAÇÃO -DAS BOAS

Novidades saborosas no Saanga Estação.
Nosso bom amigo e profundo conhecedor de boas receitas,
Fernando Caruccio, apresenta novidades no cardápio do Saanga Estação.
Filé de Badejo - uma maravilha, filé alto, bem preparado, servido
com maestria.
Filé a Parmegiana - aquele, só que bem melhor do que muitos existentes
por aí.
E um especial mesmo é do Mignon a piemontese, feito com "catiguria"
pela equipe da cozinha e sob a supervisão do exigente Fernando.
Não deixe de provar a Picanha Saanga, especial e com um toque de magia
na hora de servir.
Recomendo, até porque comer bem é uma arte. E onde comer bem, a
gente tem que pesquisar um pouco.
Então, o Saanga Estação, no Shopping Estação(pra quem não sabe), é especial.
Novidades que dão água na boca.
Uma dica: no jantar é melhor. Mais clima.
E quando é bom, comento aqui.

BOAS VINDAS

Um abraço de boas vindas para M Bottura, jornalista de Sp minha mais nova seguidora. Fã de Wilson Simonal, como eu, pessoa de escrita fina e bom gosto.
Gente de fino trato e boas palavras.
Obrigado.
Tomara gostes.

PALHAÇADA

Não é à toa que dizem que brasileiro não desiste nunca.
14:15 de hoje, Banco do Brasil agência Rockfeller. Fila de 39 pessoas, em cobra. Dois caixas atendendo e um especial para idosos. Nada contra.
Um marasmo no atendimento(ou muita coisa por cliente) e a fila andava vagarosamente.
14:45 - a fila andou e faltam cinco clientes para que eu desconte um cheque.
Paciência, acima de tudo.
De olho no 3o Sargento PM Machado, do Batalhãode Logística, que estava no final da fila fazia cinco minutos.
De repente, o Sargento Machado vai até o primeiro da fila, conversa com ele e entrega-lhe em cheque para descontar. O cidadão da fila, desconta o cheque, entrega o dinheiro para o sargento e este vai embora, feliz e contente.
Que belo exemplo.
Um PM que deveria dar exemplo e auxiliar no atendimento do público impaciente, "fura' a fila, desconta seu chequinho e vai embora, em menos de 5 minutos, enquanto eu e a torcida do Corintians esperávamos pacientemente na fila, com aquela enorme falta de respeito dos bancos para com a gente.
Perde-se mais de 50 minutos para descontar um cheque.
Isto já é pouco caso para com o público. E alí fora, nos caixas eletrônicos, mais fila ainda.
E este é o BANCO DO BRASIL, aquele que anuncia milhares de reais em horário nobre e o atendimento é esta merda que se apresenta semanalmente.
15:05 - consigo descontar o cheque e ir embora. Meio puto, certo, mas com pena daquele povo todo que ainda estava naquela fila que o sargento furou.
E na greve última, todos de braços cruzados e portas fechadas.
Já que melhorar não vai mesmo, ao menos comento aqui esta falta de vergonha que assola o país.
O militar, que deveria ser exemplar, fura a fila. Os caixas, em velocidade lenta, atendem a fila de mais de 40 pessoas.
E continua o baile.
E nada de novo vai acontecer.
Eita "paizínho" que não tem jeito mesmo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

WILSON SIMONAL

Pra quem tem pouca idade, talvez não tenha conhecido quem foi Wilson Simonal.
Pra quem tem nossa idade, conheceu, curtiu,cantou, apreciou e ficou com a cabeça confusa entre tantas versões dos porques que ele teria sido "exilado" do cenário nacional musical.
Com o lançamento do livreo NEM VEM QUE NÃO TEM, a coisa fica mais clara.
Transcrevo aqui o comentário da FolhaOnLine e recomendo a leitura.
De menino pobre a ídolo pop.
De maior astro do país ao banimento sumário dos palcos, da mídia, da história. Wilson Simonal descreveu a mais meteórica e trágica curva de ascensão e queda já vista no Brasil.
Na metade final da década de 1960, Simonal rivalizava apenas com Roberto Carlos em termos de popularidade.
Dez anos depois, acusado de ser o mandante do sequestro e tortura de seu contador, foi estigmatizado como delator a serviço da ditadura militar
- e, oficiosamente, acabou condenado ao ostracismo artístico até morrer em 2000, corroído pelo álcool, pela depressão e pelo esquecimento do público.
Simonal era culpado ou inocente?
Dedo-duro ou vítima de difamação movida por rancor, inveja, racismo?
"Nem Vem que Não Tem" se dedica a decifrar um enigma da música popular brasileira: como e por que o Brasil virou as costas para o cantor que era a voz e a cara do Brasil?
Por meio de uma narrativa envolvente, o autor reconstitui passo a passo a trajetória de Simonal e suas muitas circunstâncias: do cotidiano de humilhações a que um negro brasileiro estava sujeito nas décadas de 1940 e 1950 ao resgate da autoestima com a descoberta do talento musical;
dos arroubos de prepotência do artista mais bem pago do país à insuspeitada ingenuidade de quem se julgava malandro, mas acabou com uma conta imensa para pagar, "exilado" no próprio país pelo resto da vida.

BOEMIA É BOEMIA....

Lá pelas tantas, o dono do bar liberou o cigarro, trouxe mais chopp,
fechou a porta, pegou o violão, dedilhou um lá maior e soltou esta
que a letra está aí.
Tombamos o jipe, bebemos o reservatório da Ambev, esperamos o dia
amanhecer e repetimos mais de cinco vezes esta música de Dolores Duran.
Bom momento.
CASTIGO
"A gente briga,
Diz tanta coisa que não quer dizer
Briga pensando que não vai sofrer
Que não faz mal se tudo terminar
Um belo dia,
A gente entende que ficou sozinho
Vem a vontade de chorar baixinho
Vem o desejo triste de voltar
Você se lembra?
Foi isso mesmo que se deu comigo
Eu tive orgulho e tenho por castigo
A vida inteira pra me arrepender
Se eu soubesse
Naquele dia o que sei agora
Eu não seria esta mulher que chora
Eu não teria perdido você"
Como sempre digo, passa a régua e fecha a conta.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

e continua o baile.....

GAZETA DO POVO - 16.12.09

Em vias de fechar as portas, alegando falta de dinheiro,
a Fundação José Sarney inovou na captação de recursos.
No último dia 7, a entidade alugou sua sede, o imponente
Convento das Mercês, no Centro Histórico de São Luís,
para evento nada ortodoxo: uma festa sexy.
O pátio e os largos corredores do convento - inaugurado no século 17
por padre Antonio Vieira - serviram de palco para um evento ao som
das garotas do Female Angels, cuja especialidade, além do estilo
musical, Sexy House, é a sensualidade das integrantes.
“Liberte suas fantasias”, dizia o convite, que destacava a proibição
para menores de 18 anos. A festa reuniu 1.500 pessoas nas contas do organizador, o empresário Alexandre Maluf. Tudo dentro da mais
absoluta responsabilidade, disse.
“Houve até distribuição de camisinhas.”
Maluf não quis contar quanto pagou pelo aluguel do local.
“Isso eu não vou dizer, mas garanto que foi tudo legal.
O contrato estava fechado há bastante tempo.”
Os ingressos custavam de R$ 60 a R$ 150.
O convento, construído em 1654, foi doado em 1990 à fundação pelo
então governador João Alberto, aliado dos Sarney.
Ali funciona um museu destinado à exaltação da carreira do atual
presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
As despesas são bancadas por amigos e dinheiro público.
Um dos patrocínios partiu da Petrobras - o jornal O Estado de S. Paulo
revelou que, de R$ 1,3 milhão, R$ 500 mil foram para empresas
fantasmas ou da família Sarney.
A Justiça Federal determinou que a fundação devolva o convento,
tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, mas a decisão ainda
não foi cumprida.

DA SÉRIE J.W. 2


DA SÉRIE J.W.


DO DRUMMOND...só podia

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para adiante vai ser diferente......
....Para você,
....Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.
Para você,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar.
Para você neste novo ano,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que sua família esteja mais unida,
Que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente...
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto,
ao rumo da sua FELICIDADE!!!
(Carlos Drummond de Andrade)

de coçar a cabeça!!!

Aquele que conheceu apenas a sua mulher,
e a amou,
sabe mais de mulheres do que aquele
que conheceu mil.
Leon Tolstoi

LER E RELER

ISSO É MUITA SABEDORIA

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos,
resta-nos um último recurso: não fazer mais nada.
Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou
a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e
procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram.
Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não,
espontaneamente, mas nunca por força de imposição.
Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;
outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés.
Os sentimentos são sempre uma surpresa.
Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou
um favor concedido.
Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem
melhor nos quer.
Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor,
e falhado, resta-nos um só caminho...
o de mais nada fazer.
Clarice Lispector

das boas

Quando uma leve brisa tocar em seu rosto
não se assuste:
é minha saudade que te beija em silêncio.
Isabella Fonseca

PARA MEUS AMIGOS.....sério

"A Melhor mensagem de Natal
é aquela que sai em silêncio de nossos corações
e aquece com ternura os corações daqueles que
nos acompanham em nossa caminhada pela vida."

O PIOR É QUE É ASSIM MESMO....

Receita de Frango com Whisky...
Muito boa receita, fiz em casa e deu super certo...
Ótima pra fazer em dias de festa.
Ingredientes:
- 01 Garrafa de Whisky (do bom claro!)
- 01 Frango de aproximadamente 2 Kg .
- Sal, pimenta e cheiro verde a gosto
- 350 ml de azeite de Oliva Extra Virgem
- Nozes moídas
Modo de Preparar:
- Pegue o frango
- Beba um copo de Whisky
- Envolver o frango e temperá-lo com sal,pimenta e cheiro verde a gosto! - Massageá-lo com azeite
- Pré-aquecer o forno por aproximadamente 10 minutos.
- Sirva-se de mais uma boa dose(Caprichada) de Whisky
enquanto aguarda.
- Use as nozes moídas como "Tira gosto"
- Colocar o frango em uma assadeira grande.
- Sirva-se de mais duas doses de Whisky
- Axustar o terbostato na marca 3, e debois de uns vinch binutos,
botar pra assassinar, digu: Assar a ave.
- Derrubar uma dose de Whisky debois de beira hora, formar abaerturaegontrolar aassadura do frango.
- Tentar zentar na gadeira, servir-se deuooooooooootra dose sarada,digu caprichada de whisky.
- Cozer (?), costurar (?), cozinhar (?),sei lá, voda-se o Vrango.
- Deixáááá o filho da buta do pato novorno por umas 4 horas.
- Tentar retirar o Vrango do vorno.
Numvai guemar a mão, garaio.
- Mandar mais uma boa dose de Whisky pradentro... De você, é Claro.
- Tentar novamente tirar o sacana doVrango do vorno, porque na primeira teenndadiiiva dãããõodeeeeuuu.
- Begar o Vrango que gaiu no jão e enjugaro filho da buta com o bano de jão e cologá-lo numa pandeja ou qualquer outraborra, bois avinal você nem gosssssssstaamuito dessa bosta mesmo.
- Ta Bronto.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

TIM MAIA

"Comecei uma dieta:
cortei a bebida e as comidas pesadas e
em quatorze dias perdi duas semanas."
(Tim Maia).

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

descansa toniatti

Pontualmente às 17hs desta tarde de segunda-feira, enterramos nosso amigo Nelson Toniatti.
Companheiro de longa data, um dos fiéis fundadores do Colégio Medianeira, mesmo que depois de inaugurado, Nelson sempre foi nosso amigo e companheiro de horas boas e ruins, prestando sua solidariedade quando necessário, criticando quando cabível e abraçando a todos, diariamente.
Vitimado por um câncer fatal desde março deste ano, Nelson era uma daquelas figuras, como tantas, que julgamos que nunca iria morrer.
E ao vê-lo, hoje à tarde pronto para descer a sepultura, lembramo-nos que somos mortais, sim, por mais que nunca esperemos a notícia que um de nós está partindo.
Nelson Toniatti esteve conosco em todas as reuniões pós-colégio, onde reafirmava sua amizade para com todos, através de sua simpatia e de sua firmeza em tecer comentários ou incentivar as pessoas.
Na época do cursinho pré-vestibular, ainda na Dezembargador Motta, na sede inaugural do Positivo, Nelson, Enio Fornea, eu e mais alguns jogávamos truco no bar do Rui. Mas Nelson, inteligente e atento a tudo, matava somente aulas de Geografia e História, mantendo sua perfomance em matemática sempre entre os primeiros, o que levou-o a ser aprovado em Engenharia Civil, na Federal.
Funcionário da Copel, com certeza por lá também deixou amigos e saudades.
E hoje, no velório, concluimos que a ficha não havia caído, pois nos julgávamos imortais, erroneamente.
Óbvio que Nelson permanecerá em nossa memória e em nossos corações por um longo tempo, pois amigo como este a gente não esquece.
Aliás, amigos que somos, não nos esquecemos.
Com ele, são sete que já nos deixaram, desde 1971.
Triste ver a cena, mas mais triste saber que um amigo se ausenta e nossas reuniões futuras perderão com sua ausência.
Deus decidiu levá-lo.
A nós, nos resta homenagear o amigo e saber que ele sempre foi, antes de tudo, um homem de caráter e um amigo inseparável.
Descansa, Toniatti.
Aceite daqui o abraço de uma turma que muito lhe quer bem.

A PERMUTA.

Recebo email da Johnnson e Johnnson, comunicando que seria
renovada a permuta feita tempos atrás.
Mais que rapidamente, envio resposta dizendo que não era mais
necessária a permuta, visto que tudo havia passado.
É que eles entravam com os band-aids e eu entrava com a dor.
Mas como a dor terminou, não preciso mais de band-aids.
Mas disse que eles continuem produzindo.
Tem muita gente por aí que sempre precisa de um band-aid.
Eu, finalmente, não preciso mais.
Nem para a cricatriz.
Fim de permuta.

CHÁ

Sem dúvida, coração de pai tem que ser forte.
Na verdade, todo ser humano tem que ter coração forte, mas o coração de pai, que participa da vida da filha, que vive, que conversa, que sabe e que confidencia, tem que ser forte.
Sábado.
Seis da manhã:lá vou eu para a rodoviária apanhar a filha caçula que vem de São Paulo, incógnita, sem ninguém saber.
Tudo para realizar a festa surpresa para a irmã mais velha, que está de malas prontas para Maceió. E vai mesmo.
E no meio da festa surpresa, pai e mãe se envolvem.
Em silêncio, pois a filha do meio não pode desconfiar de nada, os preparativos são feitos, salgadinhos encomendados, tudo pronto.
Amigas e antigas companheiras dela(da filha do meio), avisadas, todas confirmadas por email, a filha caçula pronta, tudo no jeito. Tudo pronto.
Aos pais cabe enganar a filha do meio como se nada estivesse acontecendo, e reconheço, fomos felizes neste ponto.
Ela não desconfiou de nada.
Na hora marcada, cinco da tarde, vamos para a casa da minha cunhada, como se fosse uma visitinha normal de aniversário do
meu sobrinho.
Minha filha, linda e maravilhosa, nem desconfia do momento que
iria viver.
Em lá chegando, casa normal, portão normal, tudo normal.
Descemos do carro, apertamos a campainha, minha cunhada abre a porta e entramos.
Minha filha na frente para abraçar o primo, que estava de aniversário.
E ao entrar, caiu o mundo.
Apitos, cornetas, chuva de festim, papel picado, gritaria, aplausos.
Ela, em pé e chocada, vê à sua frente amigas de tantos anos, companheiras, fiéis escudeiras de uma vida toda.
Amigas falantes, amigas silenciosas, amigas de todas as horas que ela viveu.
Mas viveu com elas.
Na ponta dos dedos, amigas de sempre e para sempre.
Camila, dos tempos do colégio do primeiro grau.
Fernandas, as duas, eternas companheiras, dos bons e dos maus momentos.
Ana, Fernanda, Loli, enfim, todas amigas e queridas pessoas que fazem parte do mundo da Isabella.
E assim foi a surpresa. E no Notebook, o noivo, ao vivo, lá de Maceió.
A tia Mirthes, a avó-mãe de todos os anos, a Tia Téia, a fiel Silvana, a vó, o vô, enfim, tia e tio que apadrinharam a Isabella e que foram, de fato, padrinhos dela do fim ao começo.
Emoção, lágrimas, alegria, tudo se mistura nos abraços que são dados na chegada e perduram por toda a festa.
E para os pais, meros expectadores, a emoção em ver a filha feliz.
Cercada de carinho, de pessoas do bem, de "Samanthas" como elas se chamam, de companheiras de alegria e de momentos de tristeza, de amigas queridas que fazem bem ter ao lado para o resto da vida.
E assim foi o "!chá"! da Isabella, minha filha.
E mais uma vez, apenas observei.
E ao mesmo tempo que chorei, desejei para ela toda a felicidade do mundo nesta etapa nova, que será Maceió.
Disse para ela que "longe é um lugar que não existe," portanto, quando der, estaremos por lá.
E ela, do alto da felicidade e da emoção, apenas sorriu e chorou.
Chorou como qualquer amiga de fato choraria, em meio a tantas pessoas queridas e companheiras de longa data.
Meninas que vi crescer ao lado da filha e que hoje são mulheres formadas.
Assim como minha Isabella.
No banner com a foto dela, mensagens apenas atestavam o que estava claro nos olhares do momento. Carinho e amor.
Que mesmo sendo filha, é uma mulher e tem direito de enfrentar o que a vida lhe reserva.
Maceió.
Que seja para a felicidade dela.
Que seja para a felicidade dos dois.
Daqui, apenas espero que conselhos dados sejam úteis e que a base dada seja suficiente para o início de uma vida a dois.
Felizes ficamos, eu e Bethy, ao ver a linda festa preparada pela filha caçula, em homenagem à irmã. E o irmao, preocupado também.
Mais feliz ainda ficamos ao ver as amigas de tantos anos, presentes e abraçadas em torno da amiga que se vai.
Quem parte leva saudades.
Mas quem fica, administra a saudade que é maior do que a bagagem dela.
Vai, filha.Tens nosso apoio e nosso amor.
E que seja eterno enquanto dure.
Assim dizia Vinicius.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

DONA AURORA

E agora, Dona Aurora?
A filha se arrumou e foi embora,
de tantas brigas, perdeu a Dora
e no ônibus, perdeu a hora.

E agora, Dona Aurora?
Sozinha na sala do apartamento,
liga a música, ouve tormento,
olha pela janela e só vê lamento.

E agora, Dona Aurora?
Uma vontade grande de dar a ré,
dizer para todos que pisou no pé,
mas não dá, não é?

E agora, Dona Aurora?
Curtir a vida como ela se apresenta,
mostrar que é forte, que aguenta,
que logo logo a poeira assenta.

E agora, Dona Aurora?
deitar na cama sozinha,
olhar o filete da luz da cozinha,
ouvir uma boa musiquinha.

É, Dona Aurora.
Agir por impulso tem disso.
Procura e não acha, melhor o sumiço.
Mora bem, mas tem saudades do cortiço.

Segue a vida, Dona Aurora.
Melhor enfrentar que ir embora.
Numa dessas, esperar pela volta da Dora.
Caso não volte, vai você,
também pra fora.

Se mexe, Dona Aurora.
Que sabe, a hora seja agora?

PRA PENSAR NO SÁBADO.....

Não é o que possuímos, mas o que gozamos, que constitui nossa abundância.
Provérbio árabe
Me ame quando eu não merecer, porque é nesse momento que eu mais preciso.
Provérbio Chinês

Não compense na ira o que lhe falta na razão.
Provérbio Chinês

O saber se aprende com os mestres. A sabedoria, só com o corriqueiro da vida.
Cora Coralina

dezembro

Interessante nosso dia a dia.
Enquanto lá de um lado, amigos e parentes choravam a cremação de Alborghetti, aqui no centro a vida continuava e as calçadas, lotadas.
Estamos em dezembro. Estamos em época de compras.
Gente que vai e vem, sacolas, pacotes, sacolas cheias ou só com um presente, criançada de mão dada com mães aflitas que descem dos ônibus já sabendo para onde vão, mas mesmo assim, se perdem.
A Loja Americana com fila de entrada e fila de saída, o centro apinhado de gente, tendo em cada esquina policiais militares que dão mais "segurança" para os pedestres. Mal ou bem, estão alí. De vez em quando avistam um "sócio", dão sinal de gato e o "sócio" se manda.
Nos bancos as filas são maiores, a falta de respeito também, caixas reduzidos atendem público aumentado, eletronicamente ninguém se acha, o velhinho pede para que a mulher do banco leia sua senha anotada em um papel, criança lambuzada de sorvete, outra com o ranho na cara, outra chorando porque queria o boneco do Homem Aranha, assim vai. Sem falar no pastel do coreano que dominou o centro da cidade. E porque coreanos não sorriem??? Algum problema genético?
Andar pelo centro nestes dias requer paciência, mas isto me sobra, ainda mais para observar pessoas, reações e comportamentos.
No calçadão da XV acendo um cigarro e fico na esquina da Monsenhor Celso apenas olhando. Quanta gente!!!
E muita gente com cara diferente, que vem não sei de onde, que vai para não sei onde, mas que passa pra lá e pra cá no compasso das compras de natal.
Na Marisa, Deus o livre tentar entrar. Calcinhas a partir de nove reais! Como diz "seu" Machado, "só anda nú quem quer".
3 DVDs por dez reais, lona pronta para sair em disparada, dois CDs de Viver a Vida por 8 reais e assim segue o baile. Por isso meu amigo Savarin chora a cada dia. Vender CDs e DVDs legalizados e com nota nos dias de hoje está cada vez mais difícil. E o camelô ainda tem o sócio que é fiscal da prefeitura. Em dezembro, pode. Ganham os dois.
TV de 42 polegadas quase a preço de custo, Notebooks com preços menores, sapatos de todos os tipos a partir de 45 reais, rasteirinhas por 70 reais, bolsas por 40 reais, assim segue o baile. Qualidade não se discute. O que vale é a lembrancinha de final de ano, presente de amigo secreto, um "regalo" para quem precisa.
Nas farmácias, fila no caixa, seja qual for a farmácia.
Aliás, o que menos são hoje, são farmácias. Tem de tudo lá dentro. Até ração.
Nas panificadoras, também. Tem de tudo, do lanche ao cigarro, da Maionese Hellman's mais cara ao saco de lixo. No meu tempo, vendíamos pão-manteiga-café-leite-cuque e só.
Pontos de ônibus com filas, sacolas saindo pelas janelas, gente animada e reclamando que ainda terá que voltar outro dia, pois faltou alguma coisa.
E carteiras somem suavemente das bolsas e "gatunos" fazem a féria com maestria.
E o melhor disto tudo, é ver que vitrines não falam.
Apenas absorvem olhares perdidos e tristes, dirigidos a produtos que não podem ser comprados, mas podem ser sonhados.
Crianças que, em silêncio, apenas limpam a lágrima, pois não foi desta vez que veio o Play Station, mas veio o tênis para jogar futebol na areia.
Vitrines que olham e vêem como as pessoas admiram, apreciam, ficam de olho para depois entrar na loja.
Ainda bem que vitrines não falam.
E em algumas lojas, o atendimento precário, mas a loja cheia.
"Gostou Nega?", diz a balconista para uma senhora dos seus 65 anos.
Nega?
"Vai levar querida???", diz a outra para uma moça provando a rasteirinha.
Querida?
"Não fazemos pacote de presente. Apenas damos a folha e a senhora faz em casa." E pronto. Se quiser, leva assim mesmo.
"Esta calça laceia. Pode levar que ela cede", diz a moça para a gorducha que estoura dentro do jeans apertado e de cintura baixa.
"A senhora tem trocado? Não tenho troco para cem reais", diz a moça do caixa sem a menor cerimônia, enquanto miúdos pulam da gaveta para fora.
"Eu queeeeeerrrrroooooooo", grita a criança sendo arrastada pelo braço para fora da loja. E dê-lhe lágrima.E dê-lhe grito. E dê-lhe frustração.
E tem a mulher que fica no celular, dentro do shopping, falando com a amiga sobre a cor da bolsa e não vê a filha sumir. Depois de dez minutos, começa a gritar e a chorar, atrás da filha. E a segurança do shopping tem mais de 20 crianças perdidas na área destinada a isto. Tem mães que vão procurar filhos no "achados e perdidos". Normal.
Isto é dezembro em Curitiba.
Sem falar no trânsito. Melhor nem falar.
Isto é dezembro e espero que todos lembrem o que se comemora no dia 25.
Espero.

ping-pong

preto - branco
seco - molhado
cheio - vazio
feia- linda
tímida - falante
sol - lua
esquerdo - direito
paz - guerra
silêncio - tumulto
prosa - verso
ir - voltar
dormir - acordar
eu - você
você -
você -
você -
...tinha que estragar o texto.
Não dá mais rima
nem prosa
nem verso.
Fim do texto.

FICA UM VAZIO.

Era um tufão.
Do seu jeito, exclusivo e espalhafatoso, mas era do jeito dele.
Câmeras sofreram, diretores de TV ouviram, repórteres comeram o pão que o diabo amassou, mas aprenderam algo.
Aos gritos ele comentava. Se exaltava, lacrimejava o olho de raiva em algumas vezes, batia com o cassetete na mesa do estúdio, limpava o suor com uma toalha de rosto e prendia a atenção de centenas de curitibanos, sempre perto da hora do almoço.
O programa chamava-se Cadeia, mas todos diziam: vou ver o Alborghetti.
Elegeu-se deputado estadual e continuou apresentador do programa.
Fez um trabalho social muito grande, auxiliando muita gente, em várias cidades do Paraná. Do jeito dele, mas fez.
Havia quem o odiasse, mas havia muito mais quem gostava dele.
Vai fazer falta, pois era um homem diferente.
E para aparecer outro, difícil.
Cremado foi e morto está.
Mas permanecerá vivo na memória de curitibanos, londrinenses e onde mais os sinais das Tvs chegavam.
Luis Carlos Alborghetti.
Ex deputado, ex apresentador de televisão, ex radialista.
Ex criador de expressões só dele: "pendura que ele fala", "Bandido bom é bandido morto", "traficante tem que morrer", " o que pinta de novo, pinta na bunda do povo", " com o Dalborga é mais embaixo" e outras.
Acredito que, apesar de ser polêmico, perdemos uma grande pessoa.
De uma maneira toda especial e exclusiva, ele preencheu um espaço e disse sempre o que queria dizer.
Problema será no céu, quando ele chegar.
Mas já tem Anibal Curi e outros da velha guarda que estarão esperando por ele.
E São Pedro que se cuide.
Se tiver eleições, ele ganha a prefeitura do céu.
Vai em paz, Alborghetti.