Era um tufão.
Do seu jeito, exclusivo e espalhafatoso, mas era do jeito dele.
Câmeras sofreram, diretores de TV ouviram, repórteres comeram o pão que o diabo amassou, mas aprenderam algo.
Aos gritos ele comentava. Se exaltava, lacrimejava o olho de raiva em algumas vezes, batia com o cassetete na mesa do estúdio, limpava o suor com uma toalha de rosto e prendia a atenção de centenas de curitibanos, sempre perto da hora do almoço.
O programa chamava-se Cadeia, mas todos diziam: vou ver o Alborghetti.
Elegeu-se deputado estadual e continuou apresentador do programa.
Fez um trabalho social muito grande, auxiliando muita gente, em várias cidades do Paraná. Do jeito dele, mas fez.
Havia quem o odiasse, mas havia muito mais quem gostava dele.
Vai fazer falta, pois era um homem diferente.
E para aparecer outro, difícil.
Cremado foi e morto está.
Mas permanecerá vivo na memória de curitibanos, londrinenses e onde mais os sinais das Tvs chegavam.
Luis Carlos Alborghetti.
Ex deputado, ex apresentador de televisão, ex radialista.
Ex criador de expressões só dele: "pendura que ele fala", "Bandido bom é bandido morto", "traficante tem que morrer", " o que pinta de novo, pinta na bunda do povo", " com o Dalborga é mais embaixo" e outras.
Acredito que, apesar de ser polêmico, perdemos uma grande pessoa.
De uma maneira toda especial e exclusiva, ele preencheu um espaço e disse sempre o que queria dizer.
Problema será no céu, quando ele chegar.
Mas já tem Anibal Curi e outros da velha guarda que estarão esperando por ele.
E São Pedro que se cuide.
Se tiver eleições, ele ganha a prefeitura do céu.
Vai em paz, Alborghetti.
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