Pra quem tem pouca idade, talvez não tenha conhecido quem foi Wilson Simonal.
Pra quem tem nossa idade, conheceu, curtiu,cantou, apreciou e ficou com a cabeça confusa entre tantas versões dos porques que ele teria sido "exilado" do cenário nacional musical.
Com o lançamento do livreo NEM VEM QUE NÃO TEM, a coisa fica mais clara.
Transcrevo aqui o comentário da FolhaOnLine e recomendo a leitura.
De menino pobre a ídolo pop.
De maior astro do país ao banimento sumário dos palcos, da mídia, da história. Wilson Simonal descreveu a mais meteórica e trágica curva de ascensão e queda já vista no Brasil.
Na metade final da década de 1960, Simonal rivalizava apenas com Roberto Carlos em termos de popularidade.
Dez anos depois, acusado de ser o mandante do sequestro e tortura de seu contador, foi estigmatizado como delator a serviço da ditadura militar
- e, oficiosamente, acabou condenado ao ostracismo artístico até morrer em 2000, corroído pelo álcool, pela depressão e pelo esquecimento do público.
Simonal era culpado ou inocente?
Dedo-duro ou vítima de difamação movida por rancor, inveja, racismo?
"Nem Vem que Não Tem" se dedica a decifrar um enigma da música popular brasileira: como e por que o Brasil virou as costas para o cantor que era a voz e a cara do Brasil?
Por meio de uma narrativa envolvente, o autor reconstitui passo a passo a trajetória de Simonal e suas muitas circunstâncias: do cotidiano de humilhações a que um negro brasileiro estava sujeito nas décadas de 1940 e 1950 ao resgate da autoestima com a descoberta do talento musical;
dos arroubos de prepotência do artista mais bem pago do país à insuspeitada ingenuidade de quem se julgava malandro, mas acabou com uma conta imensa para pagar, "exilado" no próprio país pelo resto da vida.
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