QUE BOM TER VOCÊ AQUI

Quem escreve, raramente escreve somente para si próprio.
Assim, espero que você leia, goste, curta, comente, opine.
E tem de tudo: de receitas a lamentos; de músicas à frases: de textos longos a objetivos.
Que bom ter você aqui....

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

EM HOMENAGEM AO VIDAL STOCKLER

"seu" Vidal, como é chamado, ou Major, como era chamado,
é grande amigo e companheiro de prosa, de trovas e de poesias.
Homem que gosta e já publicou oito livros de trovas, que me
permita a ousadia em criar esta, especialmente para ele.

O RIACHO

"UM VAZIO AO MEU LADO
NÃO CHAMA MAIS ATENÇÃO.
O ONTEM QUE FOI DO PECADO
ABANDONOU MEU CORAÇÃO.

A SAUDADE FOI-SE EMBORA
E COM ELA, FOI VOCÊ.
HOJE VIVO SEM A HORA
DE ESPERAR PARA TE VER.

O RIACHO CORRE MANSO
AO LADO DO MEU JARDIM...

E HOJE TENHO DESCANSO
NOSSA HISTÓRIA CHEGOU AO FIM......."

Ao meu amigo Vidal, com carinho e respeitos.

VÃO À MERDA!!!!!

Já não basta tudo o que sofremos com filas do INSS, a vergonha da saúde,
a falta de vagas na educação, a falta de um governo mais sério, a ausência
total de políticos que prestem, a falta de coragem para alguém bater na
mesa e resolver problemas, o pouco caso dos governos estaduais e
municipais para com os cidadãos....
Já não basta tudo isto (fora o que eu esqueci) e ainda temos de
aguentar Greve dos Bancos.
Puta que o pariu, no bom sentido da palavra.
Que os bancos privados façam greve, ainda se admite, mas Caixa e
Banco do Brasil fecharem suas portas para o atendimento ao público,
inclusive atrapalhando caixas eletrônicos, vão à merda.
Não entremos no mérito da greve (ou não), mas entremos na falta
de respeito desta gente que luta pelos direitos esquecendo dos deveres.
Uma vergonha nacional, uma malandragem atrás da outra.
E como dizem nas ruas, o que pinta de novo, pinta na bunda do povo.
Registro aqui, sem poesia e nem prosa, meu protesto em nome de
centenas de pessoas que vi no dia de hoje, tremendamente chateadas
(para não usar mais um palavrão), profundamente decepcionadas com a cara
dos coordenadores de greve.
Querem aumento, reposições, vale-alimentação, o cassete a 4, argumentem, negociem, conversem, usem de argumentos sólidos, mas não prejudiquem
ainda mais o povo brasileiro.
Somos umas merdas pois não reagimos, não falamos, não reclamamos,
aceitamos tudo pacificamente.
Ainda vai chegar o dia em que tudo isto mudará e a vergonha,
o respeito e a disciplina voltarão a fazer parte da vida do brasileiro.
Mas isto, somente para meus netos.
E repetindo: vão à merda.
Todos os nominados acima.

DO MESTRE

Lupicínio Rodrigues foi um dos maiores compositores da MPB.
Uma de suas pérolas, que tem história, é CADEIRA VAZIA.
Na voz de Joanna ficou impecável. Ele fez em parceria com Alcides.
E a letra é uma porrada para a mulher a quem ele se dirigiu na época.
Fato verídico.

"Entra meu amor fique à vontade
E diz com sinceridade o que desejas de mim
Entra podes entrar a casa é tua
Já que cansaste de viver na rua
E os teus sonhos chegaram ao fim

Eu sofri demais quando partiste
Passei tantas horas tristes
Que não gosto de lembrar esse dia

Mas de uma coisa pode ter certeza
Teu lugar aqui na minha mesa
Tua cadeira ainda está vazia

Tu es a filha pródiga que volta
Procurando em minha porta
O que o mundo não te deu
E faz de conta que eu sou o teu paizinho
Que há tanto tempo aqui ficou sozinho
A esperar por um carinho teu

Voltaste estás bem, estou contente
Só me encontraste um pouco diferente
Vou te falar de todo coração
Não te darei carinho nem afeto
Mas pra te abrigar podes ocupar meu teto
Pra te alimentar podes comer meu pão"....

(porra meu......imagina a cara da mulher......)

OVER THE RAINBOW

Esta música, com este arranjo, toca no final do filme ENCONTRO MARCADO, com Bradd Pitt e Anthony Hopkins. Quem não viu, veja urgentemente.

Quem viu, relembre aqui a cena final.

E o cara é um cantor havaiano, talentoso e muito legal.

Infelizmente faleceu.

E o Wando, tá vivo.......porra!!!!

ESPECIZÉ DE BUENA

Batata-Tá-Quente
Ingredientes:
4 Batatas Inglesas médias
2 colheres sopa Manteiga
1 colher de sopa de Ervas (salsa, alecrim, cebolinha, alho poró e manjericão desidratados).
Sal a gosto
100g de queijo Roquefort
100g de Catupiri
100g de queijo Gorgonzola
200g de carne de sol desfiada (ou frango desfiado)
Preparo:
Esquentar o forno na temperatura de 200°C.

Lavar bem as batatas e fazer vários furos na superfície
com um garfo (não descasque a batata).

Em um recipiente colocar a manteiga, o sal, as ervas e bater
bem.

Após passar esta mistura em um pedaço de papel alumínio e enrolar a batata com o mesmo de forma que toda superfície da batata esteja coberta pela manteiga e ervas e o papel alumínio.
Colocar em uma forma e deixar no forno 40 minutos ou até ficarem macias. Enquanto as batatas assam, em um refratário amassar os queijos,
juntar com o catupiri e misturar a carne de sol ou o frango desfiado.
Depois da batata assada, pegar uma por uma, abrir o papel alumínio (com o papel alumino não corremos o risco de queimar a mão porque esfria rápido),

fazer um corte no meio e colocar o recheio
(podem caprichar no recheio).

Depois fechar novamente a batata com alumínio e colocar por 10
minutos no forno.


Chama quem você gosta, abre a cerveja e bom apetite.
Como eu digo, "especizé de buena"......

boa idéia

Se a moda pega......

GENIAL

Muito bom o testemunhal do amigo aí.......

LEVEZA

A sensação é aquela de ter perdido alguns quilos.
Hoje entrei em uma farmácia e, discretamente, me pesei.
A gente sempre se pesa discretamente e torce para não ter ninguém olhando. Deu 92 quilos, de roupa e tudo.
Donde, deduzo que só na pele como nasci, devo estar com 91.
Nada mal para quem chegou aos 104, mas já tem tempos.
Na verdade, caminhando pela calçada me senti com 70 quilos,
mesmo com garoa, chuva, vento, o escambau que anda este clima de louco.
Aliás, não é só o clima.
A leveza que toma conta de mim não é só pelo peso do corpo,
das gordurinhas e das cervejinhas que não abro mão, mesmo
"que amanhã me façam mal", como e dizem diariamente.
Me deixem tomar minha cerveja.
Tem quem goste, tanto quanto eu.
E eu sou um Kotzias, ao menos por convivência, donde, está explicado.
Meu avô foi distribuidor de cerveja em Paranaguá e vejo que isto pode ser hereditário por convivência.
Caminho, passo calçadas, atravesso ruas, fumo meu cigarro, sorrio até para assaltante, juro que era um, mas simplezinho como eu estava, ele nem olhou.
Ao chegar em casa, a leveza me domina, o sorriso me acompanha e a sensação de bem estar, que eu julgava difícil, reaparece.
Nela, a vontade de falar, ouvir, sorrir, rir, ser, viver.
Isto chega.
Depois de um tempo embaixo d'água você descobre que pode respirar sem se molhar.
E é muito bom.
A gente fica feliz ao ver tudo isto sozinho, claro que com a ajuda de algumas pessoas, mas a gente abre um sorriso sincero e solitário, vendo que a felicidade é tão grande quanto aquela no dia em que ganhei meu autorama.
E é assim que a vida segue.
Em paz, mais leve, "mais magro" e contente.
Contente.
Fazia dias que não pronunciava esta palavra.
Mas estou e sou contente.
E quero contagiar quem vive comigo, naturalmente, espontaneamente.
Assim será.
Feliz, em paz e contente.
Precisa mais?
Só a companhia de amigos do coração e de sangue.
O resto, a gente conquista.
A cada dia.

"Vamo que vamo...."

terça-feira, 29 de setembro de 2009

500

Pode não ser um número significativo em se tratando de um blog,
mas hoje, segundo o número de clicks de acesso, este blog atingiu
o número 500.
Um resultado que deixa feliz este escriba e que renova a vontade
de continuar escrevendo, de tudo um pouco, como eu sempre disse,
menos histórias que envolvam tristeza, como no passado.
Hoje, o que importa (assim como desde o início), é que meus textos, receitas, músicas, piadas, causos, casos, análises, sejam úteis para a leitura de amigos, seguidores, anônimos, companheiros que se manifestam através de emails ou comentários ao vivo.
Recebo as críticas, também, com humildade para evitar futuros erros, aceito as ponderações de quem comenta, sugere, opina.
Acho que é por aí que se caminha na vida. Nada é perfeito sozinho.
Pessoas de bem que comentam, falam, criticam e opinam, fazem com o intuito inicial de auxiliar.
E com isso, sigo em frente.
Atingir 500 acessos, repito, pode não ser um número excepcional, mas para mim, é.
E aqui, quero agradecer aos anônimos, amigos e seguidores pela confiança depositada, bem como aos que tecem comentários nos textos aqui colocados.
Marcia Camargo, faz tempo que não nos vemos, mas guardo aqui um carinho enorme pela sua simpatia e sua amizade.
Xande Correia, amigo de longa data e hoje, coordenador da Opet, onde leciono Redaçao Publicitária. Obrigado Xandão, por tudo.
Teka Campelo, a quem prestei singela homenagem pelo seu aniversário, mas que a vontade, mesmo, era sentar na areia de Caiobá, beber o Oceano da Bohemia e falar, ouvir, rir, pensar.
Guido Campelo, o amigo Ula Ula, com que já vivi situações inesquecíveis na vida, das boas e das ruins, Muito mais das boas. Abraço, amigo Ula Ula.
Rozangela Brito, pessoa que neste espaço não cabe o que tenho a falar sobre ela, para ela e dela. Você é a mola propulsora de muitos textos, através de seu apoio diário, de sua força, de sua firmeza e de sua amizade eterna. Deus te proteja, mais do que a mim.
Alex Dias, grande caboclo, violeiro de qualidade, companheiro e escritor, além de aluno. Bom cara, bom caráter, tem futuro.
Priscillinha, minha eterna aluna, amiga, companheira de corredores, de sala de aula, de emails, de sorriso. Beijo pra você.
Stella Nay, a querida "Maria Honda", que com seu sorriso me auxiliou a levantar o astral antes de entrar em sala de aula.
Irisbel, baixinha querida, amiga, meiga. Embora não aluna, presença orbigatória no sorriso do dia a dia.
Décio Vômero, o sempre amigo de São Paulo e outras paradas. A ele, agradeço as orientações iniciais e os comentários sempre positivos.
Estou lhe aguardando para um jantar e mais papos.
Paulinha, grande Paulinha. A quem dedico meu beijo e abraço querido,
forte e emocionado. Conheci Paula em 1972. Era uma menina de tudo,
ainda é, só que um pouquinho mais velha. Linda, querida e amiga de
tantos anos.
Silmara, aluna, amiga e dotada da percepção sem texto.
Isto é muito bom. Obrigado pelo seu incentivo diário e seus comentários.
Ju da Silva Rosa, grande festeira, grande pessoa, aluna que tenho
saudades, amiga de todos os momentos de orkut. Beijo, querida.
Carol, companheira que vejo pouco, mas que tenho vontade de ver mais.
Beijo pra você.
Murilo Almeida, grande compadre, ex-aluno, atendimento de agência,
cara dedicado, sério, amigo fiel. Puta abraço pra você.
Leandro Elias, coxa-branca doente, companheiro de textos, msn na
madrugada, leitor quase diário e comentarista oportuno. Continuemos juntos.
Israel, o nobre amigo "Telaviv", professor competente da área de jornalismo
e amigo do peito, que me lembra, diariamente, como se fala o hebraico.
Ju Olinski, a querida aluna desde os terceiro Pp. Aplicada, observadora, companheira e prestativa. A ela, meu grande beijo.
Cassou, meu bom e sincero amigo desdes os idos de 1971, quando íamos
ao Corujão de Guaratuba e dávamos muita risada.
A ele, meu fraterno e sincero abraço.
Rossania, aluna e amiga. Silenciosa e sabedora de detalhes.
A ela, meus respeitos e meu carinho.
Chico Bello, este sim, um puta de um companheiro, dono de um ombro
maior do que ele, fiel escudeiro da palavra amizade.
Adriana Mck, aluna, amiga, festeira, menina séria e digna, incentivadora
e companheira diária.
Cavalheiro, grande amigo, juntos desde 1984, quando na garagem
eu iniciava os passos da minha agência. A você, meu respeito e minha admiração, sempre.
Obrigado pela amizade e conte sempre comigo.
Havlyson, o aluno da bermuda, da idéia rápida, do sorriso cativante,
do pensamento profundo. Te cuida, guri. Ainda temos muito para fazer juntos.
De beras a trabalhos.
Célia Prado, boa amiga, ex aluna, grande pessoa.
Sylvinha, querida, companheira de momentos felizes e não tão felizes.
Ombro amigo que ficou molhado durante uma tarde aguentando meus choros pelos idos de 1973. Beijo pra você e obrigado pela amizade estes anos todos.
Ralf Pirillo, ex aluno e sempre amigo. cara competente, dono de um texto
eficaz, correto, criativo. foi uma honra participar de sua formatura.
Rura, meu bom "cumpadre" e amigo, fiel e leal amigo. A ele, um agradecimento especial pelos momentos passados e sempre com seu braço ao lado do meu.
Aceite, com respeitos, um beijo em sua alma.
Celso Goes, um dos homens mais sérios que conheci na vida, empresário corretíssimo, amigo que apostou na recuperação do escriba e acreditou nela.
E a tantos outros que não se manifestam através do blog, mas sim de comentários, emails e como anônimos.
E a poucos que não posso comentar nomes, a pedidos.
Obrigado.
Muito obrigado mesmo.
Espero que meus textos tragam momentos de reflexão, alegria e paz.
E quando não concordarem, por favor, falem. Na maioria, procuro mostrar
um pouco de mim, do que vivi e de como vejo a vida.
O número 500 pode chegar a 1000. Só dependerá de mim e de minha cabeça.
Um beijo a todos.
Viva o 500.
Obrigado.

PARA MEU AMIGO ULA ULA

A vidente...

A vidente se concentra, fecha os olhos e fala:
- Vejo o senhor passando em uma avenida, em carro aberto, e uma multidão acenando.

Lula sorri e pergunta:
- Essa multidão está feliz?
- Sim, feliz como nunca!
- E eles estão correndo atrás do carro?
- Sim, por toda a volta do carro. Os batedores estão tendo dificuldades em abrir caminho.
- Eles carregam bandeiras?
- Sim, bandeiras do Brasil, e faixas com palavras de esperança e de um futuro em breve melhor. - Eles gritam, cantam?
- Gritam frases de esperança: "Agora sim!!! Agora vai melhorar!!!"
- E eu, como estou reagindo?
- Não dá pra ver.
- E por quê não?
- Porque o caixão está lacrado .

LÁ NA ROÇA....(para meu amigo Cassou)

Lá na roça, um menino e uma menina foram criados juntos, desde
que eram bem miudin.
O tempo foi passando, passando, eles foi creceno, creceno.
Aí se casaro.
No dia do casório, sacumé, povo da roça nao viaja na lua de mér,

já vai direto pra casinha de pau a pique.
Chegano lá na casinha, o Zé, muito tímido, vira para Maria e fala:

- Ó Maria, nois vai tirano a rôpa, mais ocê num mi óia nem ieu ti óio,

vamu ficar dis costa.
Maria responde:
- Tá bão Zé. Intaum eu num ti óio e ocê num mi óia, cumbinado.
Nisso Maria abre a malinha de papelão novinha que ganhou do pai, tira a camisola que ganhou da mãe.
Maria tira a roupa. Ao vestir a camisola notou que a mãe tinha lavado,

ponhou no sór pra módi quará e ficá bem branquinha.
Tava um capricho só a camisola. Só que a véia usou goma demais pra

passar a camisola, deixando muito engomada.
Maria então diz:
- Meu Deusducéu, cuma é qui eu vô drumi com um trem duro desse?
Aí o Zé fala:
- Ah Maria! Assim num vale! Ocê mi oiô né?

PROJETO DE LEI?????????


Aí já é demais.
Projeto de Lei em andamento(ainda não aprovado) OBRIGA os pais
a cuidarem de seus filhos.
Projeto de lei, leia-se bem.
Para onde estamos indo?
Como é que pode chegar a este ponto, onde uma lei obrigará a pais
a fazerem o que a natureza ensina e prepara?
Amor?
Carinho?
Educação?
Parceria?
Intimidade?
Confidências?
Sigilos?
Meu Deus!!! Um projeto de lei para obrigar a agir como centenas de pais agem.
Isto sim, é um absurdo que só revela como estão os dias de hoje
em relação à família, a filhos, à educação e demais detalhes da vida caseira.
Se bem que existem mães e pais que pouco se lixam ou se incomodam.
Largam filhos nas casas de conhecidos ou sós em suas casas para
que eles, os pais, possam curtir a vida. Agitar, "viver" como eles dizem,
"pois eles tem este direito"., "trabalhar até tarde", viajar para
congressos, enfim, sempre existe uma desculpa para ficar longe dos filhos. Pergunto: porque engravidou? Porque colocou no mundo?
E tem muita mãe que pousa de mãe, assim como muito pai que
pousa de pai. Ora, ora ora........
Mãe é quem cria, educa, beija, acalanta, mima, orienta, discute,
castiga, agrada, coloca pra dormir, dá um beijo de surpresa, ajuda na lição,
leva na escola, apanha na aula de inglês, chora junto, sorri junto,
troca idéias, faz um cafuné na hora da novela, comenta positivamente
uma atitude errada da filha para que ela saiba o certo, fala com a voz mansa, mas com autoridade, compra um doce, sorri logo cedo, mesmo
que tenha dificuldades na educação e na criação.
Nenhum pai e nenhuma mãe têm o direito de "cuidar de si" e abandonar
os filhos, como alguns e algumas fazem.
Se bem que sabemos que quando eles crescem, cada um segue sua vida,
mas até lá, estaremos sempre ao lado deles. Vivemos para eles.
E em momentos de folga, que eles nos dão, vivemos para nós.
Projeto de Lei?
Era o que faltava.
Mas pode ser útil para os pais de figuração.
Daí, lá no futuro, quando os pais precisarem de um carinho de um filho

que foi abandonado na infância, alguém criará uma lei que obrigará os filhos a cuidarem de seus pais.
Aqueles mesmos pais que "largaram" os filhos por conta da sorte de cada um.
Era o que faltava.....
Eu morro e não vejo tudo!!!!

ARTHUR DA TÁVOLA

Li ontem, postei ontem, mas vi que não entrou.
Assim sendo, repito aqui o texto de Arthur da Távola.
Bela leitura.

Afinidade
é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois.
A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e

penetrante dos sentimentos.
É o mais independente também.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.
Ter afinidade é muito raro.
Mas, quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos

que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavras.

É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com,
Não é sentir contra,
Nem sentir para,
Nem sentir por,
Nem sentir pelo.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.

É olhar e perceber.
É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o

tempo de separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida.

(Arthur da Távola)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

SEGUNDA-FEIRA MOLHADA

É muita água.
Neste momento, onde e cincoenta da manhã de segunda-feira,
o que se vê é água pra todo o lado.
Eu brincava com a história do caiaque e do pé-de-pato para sair
às ruas de Curitiba, mas agora vejo que é isso mesmo.
Trabalhar a pé é muito interessante, mas não em um dia como hoje.
Sem falar na periferia, gente que não pode e está sofrendo as
consequências de tanta água.
E pra quê tudo isso?
A natureza está mandando recados?
Mande de outra forma.
Poupe quem não tem como se levantar depois de tanta chuva.
Sem falar, ainda, nos acidentes, que ocorrem a cada 5 esquinas.
O volume de água está sendo superior ao previsto para o mês todo.
Isto trará consequências, claro.
E dizem algumas pessoas que teremos chuvas até final de novembro.
Aí, é demais.
Mas tudo é possível.
O clima já deixou de ser clima tem muito tempo.
As previsões mais otimistas já mostram que não teremos nunca mais
as 4 estações do ano como elas eram.
Influência do homem na natureza?
Não entendo muito disto, mas sempre ouvi dizer que,
depois de Itaipu, o clima no Paraná se alterou.
Verdade ou não, o negócio é que é um saco enfrentar chuva.
Para tudo.
Dos afazeres ao trânsito "maravilhoso" que fica.
Dos motoristas que são obrigados a sair com seus carros, aos craques do voltante que andam a 70 por hora em dia de chuva. Sem falar naquela
senhorinha de 65 anos, que desde 200 não dirigia e vai com o carro ao supermercado, em função da chuva.
E já que não tem sinais de melhora, o negócio é recomprar a galocha de antigamente, um guarda-chuva que funcione e enfrentar a realidade
que nos assola.
Água. E muita água.
Quem sabe se Deus não está querendo que fiquemos mais em casa e
reflitamos em nossas vidas?
Aí não, aí já é demais.
Deixe que chova.
Não podemos fazer nada. E refletir no molhado é mais gostoso.
Apenas observar e ficar molhados mesmo que seja para ir alí na banquinha comprar cigarros.
Eita merda de tempo.

TEKA

Nada mal fazer aniversário em um dia tão chuvoso como este.
Mas não se entristeça.
Deus manda água para limpar ainda mais seu futuro caminho.
Pois você merece.
Recebeu tantas flores na vida, mas também recebeu alguns espinhos.
Sorriu e gargalhou muito na vida, mas também molhou os rosto
com lágrimas que vieram de todos os lados.
Lutou, se entregou, sorriu, silenciou, reagiu.
Dar os parabéns para a Teka é muito mais do que simplesmente
desejar felicidades.
Dar os parabéns para a Teka é somente olhar, abraçar, dar um beijo gostoso
na testa e dizer a Deus: não abandone nunca esta menina.
Menina, sim.
Para sempre será uma menina vivida, com experiência, com cabeça e
com um coração maior do que ela.
Felicidades, saúde, paz.
Seus desejos, aos poucos, serão realizados.
O aniversário é seu, mas o presente é nosso, pois você é nossa amiga.
Viva Teka.
Aceite daqui, o meu abraço.

SÓ UM

No filme As Pontes de Madison, Clint Eastwood fala para
Meryl Streep pouco antes de ir embora, que “amor a gente
só tem um nada vida e que era para ela pensar bem nisso”.
Ela não vai com ele, mas a cena do centro da cidade,
quando ele está partindo, a interpretação dela é magistral,
em meio à chuva, ela pega na maçaneta da camionete e “quase” desce, mas não desce.
Assim, ela passa o resto da vida alimentando este, que foi

também o único amor dela e deixa manuscritos com histórias
para os filhos lerem, o que dá origem ao filme.
Escrevo isto porque dia destes fiquei ouvindo a história de um companheiro de mesa de bar, onde ele contava todos os

amores da vida dele. Com educação e certo sigilo, ele comentou
os amores da vida em todas as fases, dizendo que atualmente,
ele vive com uma mulher de 38 anos, sendo que ele está com 55.
Nada contra.
Apenas fiquei olhando e imaginando se, de todos os amores

que diz ter tido, de fato ele teve algum? Fiz esta pergunta
para ele, pois argumentei que a frase do Clint Eastwood
é muito correta.
Ele riu e disse que as mulheres estão aí para serem amadas,

de todos os jeitos. Ou só com o coração, ou somente sexo,
mas o que elas querem é o amor e pronto!!
Não precisa vir do coração, pode vir do bolso.
Mediante esta colocação, achei melhor ficar só ouvindo,

o que de fato fiz, pois não teria mais como argumentar com o companheiro.
Mas na volta para casa, lembrei da frase do filme e revi o filme.
É muito perigoso rever este filme.
Primeiro porque é uma linda história e segundo, porque

dificilmente isto acontece em nossas vidas.
E quando acontece melhor não ver nem o filme.
Mas para aqueles que ainda não viram, recomendo.
Ao menos dá para ficar pensando que o amor, quando existe,

é um acontecimento puro, como narrado no filme.
E não um encontro banal em um bar, dia de semana.
Amor, como mostra o filme, é, de fato, para se ter uma vez só na vida. E para se sentir.
Se viver, melhor ainda.

28 de setembro

APROVADA EM 28 DE SETEMBRO DE 1871 A LEI DO VENTRE LIVRE.

"Declara de condição livre os filhos de mulher escrava que nascerem
desde a data desta lei, libertos os escravos da Nação e outros, e providencia sobre a criação e tratamento daqueles filhos menores e sobre a libertação anual de escravos.
A princesa imperial regente, em nome de Sua Majestade o imperador o senhor d. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:

Art. 1o: Os filhos da mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei, serão considerados de condição livre. "

domingo, 27 de setembro de 2009

MAIS UMA MADRUGADA

E chega a madrugada.
De tão mansa, parece aquela antiga amiga que chega, senta,
fica olhando e esperando que a gente fale algo.
Como é íntima e da casa, ela só chega.
Chega e fica.
E com ela, tudo que lhe é peculiar, mas que dificilmente irá se alterar.
Carros com som no último volume - e com músicas questionáveis de gosto -, bêbados a pé cantando e falando alto, quando não discutindo,
prostitutas a pé meio de mal com a vida, prostitutas de carro, com a vida resolvida, maquiadas, impecáveis, lindas, satisfeitas com uma
bela macarronada de minutos atrás.
A madrugada guarda segredos, mas quem os viveu, reconhece-os de longe.
Na esquina, o moto-boy ainda passa voando para entregar a pizza para algum atrasado, mas com fome. Pela velocidade, a pizza chegará em formato de pastéizinhos, visto os balanços da rua.
Raramente, um carro do Diretran passa lentamente. Fazendo o quê?????
O negócio deles é durante o dia, multas para celulares e multas por falta
de Estar. De resto, nada mais.
Nenhuma orientação, nenhuma solução para nosso trânsito cada vez
mais de primeiro mundo. E vá fundo.
A ambulância do Siate passa com a sirene ligada e em alta velocidade.
De tão comum, acho que este som já faz parte da minha vida, assim
como quem mora perto da linha do trem, alí pelo alto da Souza Naves
e ouve, diariamente, aquele apito. Todos dizem: acostuma.
E aí está o erro. Não devemos nos acostumar com o que não é certo.
O trem apitar é uma necessidade, mas o trem passar por alí é uma fatalidade.
Na calçada, um casal sai do Bar Palácio e começa uma discussão feia,
ao lado do carro. Ela grita mais do que ele, mas não parecem embriagados.
De repente, ele empurra a mulher, entra no carro e liga o motor.
Ela se coloca em frente ao carro e grita: vem, passa por cima....
vamos ver se você tem coragem.
O guardador de carros, assustado, vai até ela e ele acelera insistentemente
o carro. A vizinhança vai para a janela, pois como não bastasse a gritaria,
o barulho do motor é infernal.
Ele desliga, ela entra no carro, todos na expectativa.
Ele liga o carro, sai devagarinho e somem pela André de Barros.
Nós, na janela, imaginamos de tudo.
Quem sabe ela teve que pagar a conta e ficou braba? Não.
Muitas mulheres pagam contas e ficam felizes ao verem a felicidade
dos seus homens.
E muitos homens pagam as contas e ficam felizes ao verem a felicidade
de suas mulheres.
E no caso do Bar Palácio, de madrugada, bota mulheres nisso.
Um homem pedala a bicicleta cheia de Gazeta do Povo, que já saiu às
seis da tarde do sábado, e ele leva para algum lugar na madrugada
do domingo.
Se o governador falecer às cinco da tarde de sábado, a Gazeta não publicará.
Ela já estará circulando o jornal de domingo.
Alguém me explica?
Um carro da PM passa lentamente e com o giroscópio ligado.
De tão lento, dá para ver o motorista olhando para os lados e o
companheiro também. Menos mal.
Alguns ônibus da LInha Verde cruzam a André de Barros em velocidade
superior à normal, mesmo de madrugada. Ainda vai dar merda esta
esquina da Lourenço Pinto com a André de Barros.
A Ouro Verde Fm toca Rod Stewart com Have i told you lately, linda música.
Minutos de silêncio na rua permitem que ela seja ouvida.
Olhos fechados, vts passando, lembranças boas de um tempo ausente.
Na janela, a fumaça do cigarro nubla a visão de uma noite meio fria,
mas sem chuva. Por enquanto.
Olho para todos os lados e sempre vejo coisas.
Luzes que acendem e apagam.
Carros que aceleram e freiam como imbecis no sinal vermelho.
Gente a pé, gente correndo, gente de bicicleta.
O que leva um ser humano a usar a bicicleta às duas da manhã?
É o meio de transporte do cara, porra.
Passa um grupo de "manos" a pé e falando em voz alta.
Que linguagem linda de ser ouvida.
Mereceria um tratado da língua portuguesa.
O que mais ouço é o "tá ligado?"
Aliás, tá ligado é uma boa pergunta para a Ação Social da Prefeitura
para agirem rapidinho em frente à Igreja do Bom Jesus, na Praça da Santa Casa. Seja qual for o horário, tem centenas de mendigos, cheiradores de cola, assaltantes, mulheres, meninas, tudo que é tipo de gente e preocupa
demais os pedestres e também alguns motoristas.
Lembra do tempo em que se andava de janela aberta e podia-se cumprimentar conhecidos?
Hoje é só janela erguida, insulfilm, alarme, bazucas e defesa.
A rua se acalma.
Parece que a noite vai entrando naquela fase da calmaria e aonde
aumenta o perigo. Bêbados e descontrolados passam a andar mais.
A estas horas, as moças da noite já estão trabalhando e não precisam mais desfilar em seus carros para pescar alguma coisa.
Mesmo depois de jantares pagos por terceiros e macarronadas abundantes.
O Gato Preto deve estar iniciando seu movimento, com aquela sopa que todo mundo gosta, e já virou rotina para centenas de boemios e embriagados
que alí fazem seu último ponto.
Bares e casas da moda estão cheios, servindo tudo que é bebida e algum
tipo de droga por baixo do pano, mas não pode fumar.
Tem lógica?
O bêbado ao lado pode falar o que quiser para a mulher que está contigo,
mas você não pode fumar. Em nome da saúde de todos.
E alguém quer fazer alguma lei em nome da educação de muitos?
O que se nota, é que tanto homens quanto mulheres, mesmo em casas
da moda, barzinhos com música e etc....estes que não tomaram chá em
colher de prata, serão sempre os inconvenientes. Pena.
Educados também bebem, mas não são inconvenientes para com terceiros.
Quem está sozinho na noite não deve ficar tentando roubar a pessoa que
está acompanhada de alguém e nem se oferecendo para papear, agradar, massagear, enfim, empatar a vida de quem não está a fim. A não ser
que alguém dê chance. Aí, pena para quem dança.
Mas gente é gente.
Tem de tudo na noite.
E assim será por muitos anos.
E eu, da janela vou analisando de tudo, um pouco.
Cigarrinho, música e cervejinha me permitem analisar, concluir
um pouco e escrever outro pouco.
A noite é sempre um convite para análise, apesar dos perigos que
ela esconde.
E eu, como sempre, sei dos perigos e de vez em quando, circulo por aí.
E o que vejo, em alguns lugares, não é nada bom.
Mas assim a vida segue.
E nós seguimos com ela.
E muita gente fica nas janelas observando, analisando, pensando.
Algumas até, sonhando.
Isto sim, vale a vida.


sábado, 26 de setembro de 2009

CDzinho especial - mesmo

Depois de um belo jantar, nada melhor que degustar um licor
Peach Three, direto do freezer, naquela poltrona especial da sala de som.
Assim, preparei um Cd, liguei o abajour e alí fiquei, ouvindo cada música
sem pular nenhuma.
Eis que o Cd ficou bom, bom mesmo e repasso aqui para quem gosta de momentos tranquilos.
E uma dica: o tal do Daniel Boaventura, o ator da Globo que lançou um CD,
vale a pena. O cara é bom mesmo, com arranjos de primeira linha e voz
de gente grande. Craque! E não é só a música da novela Caminho das Índias, não.
Tem coisas excelentes, como Song for You, genial!!! E I Loved you,
um sucesso antigo do Freddie Cole. A sequência que aqui está, é a mesma sequência do Cd. Podem conferir. Encontram tudo no ARES P2P, tranquilo.

Daniel Boaventura - i'm in the mood for love
Babyface - fire and rain
B J Thomas - don't worry baby
george benson and all jarreau - bring it on home to me
danni carlos - falling in love again
daniel boaventura - song for you
barry manilow - have i told you lately...
andrea bocelli - besame mucho
george michael e bebel gilberto - desafinado
des'ree - crazy maze
alice and cecile - my favorite things
daniel boaventura - i loved you
michael bubblè - me and mrs jones
dionne warwick and barry manilow - run to me
tamara - la culpa
daniel boaventura - the captain of my heart
bob dylan - lay lady lay

Uma regravação da Run to me, com Dionne Warwick e Barry Manilow
que ficou muito especial.
E a imortal Me and Mrs Jones, com o Michael Bubble - fora de série.
Ouçam esta cantora chamada Tamara, o Luis Miguel de saias.
Uma voz maravilhosa e perfeita.
Para tombar o jipe, Andrea Bocelli cantando Besame Mucho.
E haja licor.

E o pior: amanhã tem reunião cedo e aula à tarde.
Mas nada que duas Neosaldinas não resolvam.
Divirtam-se.



BURGER NEGIMAKI


Esta receita é especial para minha prezada amiga, Professora Bianca.
Animado, preparei os ingredientes e fui pra cozinha.
Até aí, nenhuma novidade.
O detalhe foi que fui preparar o Burger Negimaki, uma receita
do mestre István Wessel, que havia experimentado tempos atrás em São Paulo.
Musiquinha, cervejinha, clima propício, momentos depois e algum trabalhinho, ficou especial.
Recomendo para o final de semana.

Anote aí:
(este hambúrguer é baseado no prato clássico japonês, com fatias
finas de carne, enroladas em cebolinha e guarnecidas com molho de gengibre.)

HAMBÚRGUERES
700 g de fraldinha moída
100 g de gordura bovina moída
1/2 xícara(chá) de cebolinha verde picada
3 colheres(sopa) de gengibre fresco picado
1 colher (sopa) de alho amassado
2 colheres (sopa) de molho teriyaki
1 colher (sopa) de azeite de oliva
sal

MOLHO DE GENGIBRE
1/4 de xícara de molho teriyaki
1/4 de xícara de caldo de galinha
3 colheres (chá) de gengibre fresco picado
3 colheres (chá) de alho amassado
3 colheres (sopa) de suco de laranja
1 colher (sopa) óleo de gergelim
1 colher (sopa) de curry em pó

4 pães de hambúrguer

Misture numa tigela todos os ingredientes do molho de gengibre e reserve.
Para preparar os hambúrgueres, adicione todos os ingredientes
(exceto o sal e o azeite) até formar uma massa homogênea.
Molde quatro hambúrgueres e salgue-os.
Leve uma frigideira, de preferência de ferro, ao fogo alto.
Acrescente o azeite e espere até que fique quente (cerca de 2 minutos).
Coloque os hambúrgueres na frigideira, sem tampa, por 5 minutos.
Vire-os e deixe por mais 4 minutos.
Transfira os hambúrgueres para um prato.
Retire toda a gordura da frigideira, limpando o fundo com um papel-toalha.
Despeje nela o molho de gengibre.
Mexendo sempre, cozinhe o molho até que reduza pela metade.
Coloque os burgers sobre as metades do pão.
Despeje molho sobre eles e cubra-os com as outras metades.

Dê a primeira mordida com vontade e saboreie lentamente.
Não tem pela cidade.
Não tem igual.
Tudo que você viu na receita, tem em supermercados ou no mercado
municipal. E é legal ir comprar tudo dentro das medidas dadas.
Além de que, ir ao mercado, é sempre um prazer.

Bom momento pra você.
E professora Bianca: fica muito bom. Pode provar.


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

TROCO BEM DADO

O milionário, de passagem por S.Paulo, entra no luxuosíssimo restaurante
e senta no piano bar.
Chama o Chef, pede uma dose de whisky Royal Salut e a reserva de uma mesa para jantar. Após a quarta dose indica ao Chef que irá para a mesa,
sendo atendido prontamente.
Sentado, consultando o Menu sem preços, se surpreende quando o Chef ,

em pé ao seu lado diz:
- Doutor, é política da casa informar aos clientes o valor das contas separadas da mesa, no seu caso a do piano bar: sua despesa lá foi de 0,60 centavos.
- Acho que houve um engano. Eu tomei quatro doses de Royal Salut.
- Com todo o respeito, nós nunca nos enganamos: quatro doses a 0,15
centavos cada dá exatamente 0,60 centavos.
- Tudo bem, não quero discutir, vamos à comida, anote por favor: como entrada eu quero caviar da Ucrânia com lentilhas finlandesas; depois
Salmão da Escandinávia com recheio de gengibre sul-africano e batatas
douradas.
- Para beber um Rotschild safra 1891.
- Ótima escolha Doutor, mas cabe a mim, como chefe, alertá-lo que isso
ficará um pouco caro.
- Olha amigo, primeiro eu não perguntei o preço e, segundo, estou achando
que isso aqui é uma casa de malucos mas, já que você quer, fale.
- Pois não Doutor, o seu pedido vai ficar em 18,00 reais.
- Pôrra, você está querendo me sacanear? Cadê o dono dessa porcaria?
- Está lá em cima com a minha mulher...
- E o que é que ele está fazendo lá em cima com a sua mulher?
- O mesmo que eu estou fazendo aqui em baixo com o restaurante dele...!

BONS TEMPOS

O balcão era de madeira pesada, comprido, com banquetas de
assento em couro, estilo inglês mesmo, com apoiador de pés dourado.
O atendimento era impecável, tendo no comando um maitre cearense, conhecedor de tudo da clientela. E sempre sorrindo.
O piano, de cauda, era fantástico, do som ao posicionamento,
tendo ao lado um baixo de cordas e uma bateria suave.
Na parede, uma arandela inglesa dava o toque da penumbra honesta.
Os músicos, então, perfeitos, tendo na voz da cantora um toque de
Janis Joplin cantando bossa nova.
A fumaça do ambiente era parte da decoração, onde todos de terno
e gravatas já abertas admiravam mulheres de saias ainda fechadas.
Aperitivos de virar a cabeça e satisfazer paladares exigentes.
Aquilo começava às 18 horas e ia até as 06 horas, quando o leiteiro
passava para dar um oi, mas jamais para deixar o leite.
Ler a Folha em primeira mão, era na saída do bar.
Uísque era Old Parr, em copo alto, gelo e um toque de água mineral Perrier.
O pianista era quem puxava as músicas, num toque sutil de um teclado de sonhos, onde suas mãos deslizavam suavemente pelos acordes
de Tom Jobim ou Stevie Wonder, sempre acompanhado pela voz de
veludo do próprio.
Insensatez, de Jobim, era o carro chefe.
Tão linda quanto cantada pela Gal Costa.
O garçom de nossa mesa era sempre o mesmo, mas todos o chamavam de capitão nordestino, com aquela cabecinha famosa de bater bife.
Mas era o rei dos caras.
Lá pelas onze da noite, batia a fome pesada, mas nos fundos,
atrás do piano, um amplo e bem decorado salão fazia as vezes de restaurante.
E que restaurante.
Um maitre e um chef atendiam seu pedido com explicações sobre
os pratos e alterações que você pedisse.
Um mignon ao poivre era dos céus, assim como um camarão ao curry.
Tudo acompanhado do uísque das 18hs ou de um bom vinho, de uma carta especial e completa.
E depois de tudo isto, o ruim era ir embora.
Não sem antes tomar um Tia Maria na sala do piano, já mais vazia,
tendo somente o pianista dedilhando notas a esmo, mas brilhantes,
que formavam uma melodia.
Uma noite, toquei enquanto ele jantava, perto das cinco da manhã.
Não como ele, mas ele gostou.
Nesta madrugada, ele dedilhou a música Outra Vez, de Isolda.
Foi de matar o pensamento, a lembrança, tudo.
E na sequência, As Time Goes By, com suavidade, com dedos iguais ao do Sam.
Ao chegar no hotel, uma certa revolta pela noite ter terminado.
Na cama, saudades do bar, do atendimento, das mulheres lindas
e executivas, donzelas e mazelas da noite de São Paulo.
Saudades do David Piano Bar.
Igual a este, difícil.
Momentos como os que eu vivi lá, nunca mais.
Boemia sadia.
Noitadas organizadas.
Companhia sempre boa, amigos e conhecidos, gente que gostava do lugar.
E tudo isto, quando a saúde ajudava e a gente ainda tinha ressaca.
Hoje, se repetir igualzinho a ontem, ficaremos de cama.
Mas assim é para quem gosta da noite.
E se tiver bossa nova ou MPB, foi-se o boi com a corda.
Histórias como esta, existem muitas.
Mas só para quem sabe viver a noite, apreciar o que ela revela e para quem entende o que quer dizer vida.
E tudo, ao som de Tom Jobim, de Wave, de Vinicius, de Cartola.
Suavidade para a vida.
A vida de quem sabe o que quer dizer Vida.

CORRETÍSSIMA

"Mantenha as pessoas perto de seu coração,
porque um dia você pode acordar
e perceber que perdeu um diamante,
enquanto estava muito ocupada em colecionar pedras.”

MUITO BOA


Cristovão Colombo pôde descobrir a América somente porque era solteiro.

Se Cristovão Colombo tivesse uma esposa, seria obrigado a ouvir coisas assim e teria desistido:

- E por que é você que tem que ir?
- E por que não mandam outro?
- Você vê tudo redondo!
- Você está louco ou é idiota?
- Você não conhece nem a minha família e quer ir descobrir o novo mundo!
- E só vai homem nessa viagem? Acha que eu sou idiota?
- E por que eu não posso ir, se você é o chefe?
- Desgraçado, não sabe o que mais inventar para sair de casa!
- Se cruzar esta porta eu vou embora para a casa da minha mãe!

Seu sem-vergonha!
- Quem é Pinta ? E quem é essa tal Nina? Essa María, filha da puta

que ainda se diz Santa?
- … Vá à merda!
- Tens tudo planejado, maldito! Vais encontrar-te com umas índias piranhas!…
- Pensas que me enganas?
- A rainha Isabel vai vender suas jóias para você viajar?

Acha que sou maluca ou o quê? O que é que você tem com essa puta velha?
- Você não vai a lugar nenhum ! Você vai é cair num puta barranco porque o mundo é achatado, seu babaca!!!


(desconheço o autor, mas que é boa, é!!)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

EMBAIXO DO TAPETE.....

A sala arrumada, a mesa posta, os coquetéis preparados,
vaso de flores na mesinha de centro, iluminação pronta, tudo em cima
para receber os amigos que viriam pela primeira vez em sua casa.
Ela estava eufórica. Amigos novos, gente nova, tudo novo.
Foram chegando, abraços, beijos, sorrisos, elogios para a decoração, comentários.
Petiscos, bebidinhas, circulam pela casa até que uma amiga, daquelas

bem enxeridas, levanta o tapete da sala de estar, onde estava o sofá e a poltrona e não crê no que vê.Tudo varrido ali para baixo.
De miolo de pão a guardanapo usado com batom e ranho de nariz.
A amiga, desconcertada, ficou admirada ao mesmo tempo em que via

a postura da anfitriã e tudo aquilo embaixo do tapete da sala.
Chocada, deu sinal para o namorado, levantou-se e partiu, mas antes

comentou com mais duas amigas, que saíram em seguida.
A anfitriã, assustada, disse que ainda era cedo, que ela estava feliz com a presença deles, e coisa e tal.
Quando todos saíram, ela recostou-se no sofá e bebeu vagarosamente

a dose de vodka, que estava virando um hábito.
Com o corpo mole, foi para o quarto, deitou com roupa e tudo e dormiu.
No dia seguinte, amigos comentaram por emails o que viram e ficaram

muito chocados, pois não era aquela imagem que a anfitriã vendia.
Esta história, contada dia destes por amigo contador de causos e casos,

retrata, segundo ele, como podem ser algumas mulheres.
Você conhece, gosta, vive um tempo e um belo dia, levanta o tapete da vida dela.
Aí, vê coisas que os olhos não crêem, o coração não sente como real, mas que são verdadeiras.
Ai da mulher que procura ser uma coisa que nunca foi. Ou aparentar.
Tapetes existem em muitas casas.
O que vale, é a mulher que cuida da casa.
Quando cuida.

MENSAGEM DA TIM

Recebo um torpedo da TIM onde diz: "melhor escrever do que falar".
Concordo, se bem que tem vezes na vida que a gente deve falar.
Se fará bem ou mal, somente depois da fala saber-se-á.
Mas escrever faz bem, muito bem.
Primeiro porque é uma maneira mais clara de expressar idéias.
Segundo porque fica documentado um pensamento, uma teoria,
uma defesa do que quer que seja, ou até mesmo uma acusação do
que quer que seja também.
Escrever é a maneira mais sincera de se manifestar para com alguém.
Assuntos variados são tratados na escrita, mas ainda defendo que
assuntos relacionados a sentimento devem ser tratados com o auxílio da língua portuguesa. Através da escrita.
Uma coisa é você discutir com a pessoa amada ao vivo.
Outra coisa, é conversar por emails, cartas, telegramas, tudo o
que seja escrito.
A reação é diferente.
Ao vivo, as explosões são prejudiciais.
Por escritas, as explosões amortecem primeiro no papel, depois no
seu coração.
Sempre que puder, escreva, mesmo que não saiba.
Ensaie, treine, escreva como se estivesse falando.

Na verdade, qualquer assunto pode ser tratado através da escrita.
Inclusive, saudades.
Aí sim, você pode fazer coisas de dar inveja a Vinicius de Moraes(?) e
outros que são mestres no assunto.
Mas, encerrando, escrever é sempre melhor que falar.
Até porque, ao vivo, você pode alterar o conteúdo da fala ao ter à sua
frente, uma pessoa que, talvez, não mereça nem ouvir o que você
tem a dizer.
Não pelo conteúdo de sua fala, mas pelo conteúdo da pessoa.
E por escrito, a coisa vai melhor.
Concordam?

ESPECIAL PARA O CASSOU E O "ULA-ULA"

MANUEL BÍBLICO

Maria Madalena estava para ser apedrejada quando Jesus interferiu a seu favor:
- Quem aqui nunca errou, que atire a primeira pedra!
Manuel que estava ali por perto, pegou um baita tijolo do chão e meteu bem no meio da testa de Maria Madalena.
Jesus meio contrariado mas cheio de misericórdia e compaixão foi conversar com o portugues:
- Escuta meu filho, você nunca errou????
- Desta distância, não sinhore!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ELES VOLTARAM

Não sei como e nem de que jeito, mas meus seguidores aí estão.
Aprecio-os como amigos, pessoas e que me aguentam aqui, diariamente.
Obrigado.
E um abraço para a equipe do Gmail, que, querendo ou não, trabalhou um pouco.
Vamos em frente.

E AMANHECEU....DE NOVO

Lá onde o mar encosta com o azul do céu, um raio tímido apareceu.
Era o sol, que começava a dar suas caras, num dia que prometia forte calor.
Na areia, ele só observava aquele espetáculo maravilhoso, visto

em filmes e postais, em emails e imagens do google.
Mas aquele momento era especial. Ele estava ali, vendo,
presenciando, testemunhando o nascimento do sol, junto com
a partida da noite.
Lá atrás, a noite se despedia para dar lugar ao dia, que chegava

de mansinho, calmamente, entrecortado pelo som da baleeira do
pescador que já ia pra lida.
Som, nenhum.
Apenas o barulho do motor que se afastava e o som do vento suave

que chegava até a areia da praia.
Ele, sentado na mureta da antiga calçada, somente observava.
A cabeça não girava, pois o momento era especial.
Um vídeo tape em slow motion passava em sua cabeça, rememorando

cenas, palavras, imagens, atos, ações, enfim, tudo o que ele havia vivido naquela praia.
Uma praia de tantas histórias.
Das mais simples às mais belas.
Das mais complicadas às mais estranhas.
Não valia a pena relembrar todas.
Apenas algumas, que mesmo doídas, eram boas.
Singelas.
Marcantes.
E se naquela mureta, tempos atrás, ele viveu um lindo momento,

agora vivia outro.
O de poder estar ali sem dor alguma, sem tristeza, sem ressentimentos.
Imagens foram deletadas, assim como sentimentos.
Cenas foram apagadas, assim como promessas.
Atos foram esquecidos, assim como suspiros.
A vida seguia seu ritmo e ele seguia com ela.
Na mureta, o sol já dava sinais de que seria brabo e forte.
Era hora de caminhar.
Preparar um café, um suco, algo que fosse para tirar o gosto da

madrugada da boca.
Do corpo, somente depois de umas horas de sono.
O sono que não vinha.
Mas que viria.
E andando para casa, ele continuou a olhar para trás, mas só

para ver o sol, seu tamanho e sua força.
Seu significado e sua presença.
Já em casa, o café desceu muito bem, a broa preta entrou como

um prêmio e o suco fez bem ao espírito.
No sofá, deixou que o ventinho da praia entrasse na sala e o

embalasse a dormir, ao menos um pouco.
Sem som, sem nada, apenas com o barulho da praia deserta em

mais um amanhecer.
Só que este, sem entristecer.
Assim era melhor.
E seria, pra sempre.

UTILIDADE PÚBLICA


Este comercial foi premiado.

Vale assistir.

MEUS SEGUIDORES

Olha...fiz de tudo o que consegui neste blog, mas não recuperei
as imagens dos meus seguidores.
Fica, portanto, o pedido a todos os que puderem para que
se filiem novamente para ver se reaparecem.
Pode ser do gmail o problema, mas me agonia saber que eles
estavam alí do lado e hoje, milagrosamente, sumiram.
Abraço e obrigado a eles, bem como aos anônimos.

ÓTIMA

Um grande empresário marca audiência com o Lula, em Brasília.
Enquanto aguarda, encontra o Presidente do Senado (Sarney) que o recebe com muitos abraços.
Quando é recebido, sente falta da carteira e resolve levar o fato ao presidente:
- Não sei como lhe dizer, presidente, mas minha
carteira sumiu! Tenho certeza de que estava com ela ao
entrar na sala de espera. Tive cuidado de guardá-la bem,
após apresentar o RG. Não quero fazer insinuação,
mas a única pessoa com quem estive foi o Presidente do Senado que
está aqui na ante-sala aguardando audiencia com V..Sa..
O presidente se retira da sala.
Pouco tempo depois, retorna com a carteira na mão.
Reconhecendo sua carteira, o empresário comenta:
- Espero não ter causado problema entre o Senhor e o nobre Senador.
Ao que Lula responde:
- Não se preocupe ! Ele nem percebeu !

A ENCRUZILHADA

E depois da longa caminhada, o ser humano chegou na encruzilhada.
A tal da encruzilhada que jamais chegaria e que agora, alí na frente,
exige uma posição.
E isto é o pior: tomar uma posição.
Melhor deixar para amanhã, melhor não pensar nisso, melhor
deixar a vida correr.
Mas existe a preocupação com a opinião dos outros, o que os outros
irão dizer, o que os outros irão pensar e assim por diante.
Em meio a tudo isto, uma posição pessoal e exclusiva não permite
que viva como quer, que faça o que der na telha, que até peque
um pouquinho, que saia do sério vez por outra, que faça massagens
pela noite para amigos, que se doe em função de um momento,
que volte a ser criança novamente.
Que esqueça das preocupações, ao menos por um tempo, que esqueça
do que passou e se arrependeu, que esqueça do amor de ontem, aquela
ilusão de adolescente, que tudo seria uma cabana com sentimentos e sorrisos.
Mas dentro do ser humano existem dois lados, sempre.
Um chama para o desligamento, para o pecar um pouco, para o relaxar
e voltar a ser um pouco criança.
Outro chama para a responsabilidade, a vida, as coisas sérias que
prendem a existência na terra.
Filhos, por exemplo.

Mesmo os filhos que não dão valor e nem bola, os filhos que agradam
na hora dos pedidos e abandonam na hora do martírio.
Os filhos, pseuda razão de existência do ser humano que agora quer
ser feliz, quer agir, quer viver, quer mentir - um pouco - e mesmo assim continuar a ser cristã.
À noite se solta, de dia se devota.
Complicado para quem ainda não sabe o que quer.
Mas vai saber.
Logo, logo.
A encruzilhada não permanece por muito tempo.
A decisão tem que ser tomada.
Ou assume de vez a vida solta que quer ter, ou adota a posição do
"de vez em quando", não esquecendo de tudo o que prende a razão da vida: os descendentes.
Difícil para o ser humano agir quando chega neste ponto.
Tem que ter firmeza, força, coragem e seriedade.
De nada adiantará se oferecer à noite e orar de dia.
Não é assim que a coisa funciona.
Ou se assume e vai ou se corrige e continua indo.
Difícil.
Mas a encruzilhada não fica para sempre.
Amanhã, com respiração bem profunda, o ser humano decide.
E aí, foi-se.
Se soubéssemos o que aconteceria na posição assumida, talvez
fosse mais fácil.
Se soubéssemos os males e os benefícios da atitude assumida,
seria mais fácil ainda.
Mas não sabemos.
Daí o eterno desafio.
Usar a razão, a emoção ou simplesmente o tesão?

Ser feliz é mais do que isso.
Ser feliz é ser uma somatória de coisas.
E o ser humano vai descobrir, mais cedo ou mais tarde que a felicidade está
dentro de cada um.
Cabe a você escolher.
E somente a você.

PENSEMOS.....

Sem etiqueta, sem preço


A nota é internacional e diz, mais ou menos assim:
Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer.
Eis que o sujeito desce na estação do metrô de Nova York,
vestindo jeans, camiseta e boné.
Encosta-se próximo à entrada. Tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.
Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas, num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713,
estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes, Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custaram a bagatela de mil dólares.
A experiência no metrô, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular
no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao
som do violino.
A iniciativa, realizada pelo jornal The Washington Post, era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão é de que estamos acostumados a dar valor às coisas, quando estão num contexto.
Bell, no metrô, era uma obra de arte sem moldura.
Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.
Esse é mais um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas, que são únicas, singulares e a que não damos importância, porque não vêm com a etiqueta de preço.
Afinal, o que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes?
É o que o mercado diz que podemos ter, sentir, vestir ou ser?
Será que os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia e pelas instituições que detêm o poder financeiro?
Será que estamos valorizando somente aquilo que está com etiqueta de preço?
Uma empresa de cartões de crédito vem investindo, há algum tempo, em propaganda onde, depois de mostrar vários itens, com seus respectivos preços, apresenta uma cena de afeto, de alegria e informa: Não tem preço.
E é isso que precisamos aprender a valorizar.
Aquilo que não tem preço, porque não se compra.
Não se compra a amizade, o amor, a afeição.
Não se compra carinho, dedicação, abraços e beijos.
Não se compra raio de sol, nem gotas de chuva.
A canção do vento que passa sibilando pelo tronco oco de uma árvore é grátis.
A criança que corre, espontânea, ao nosso encontro e se pendura em nosso pescoço, não tem preço.
O colar que ela faz, contornando-nos o pescoço com os braços não está à venda em nenhuma joalheria.
E o calor que transmite dura o quanto durar a nossa lembrança.
O ar que respiramos, a brisa que embaraça nossos cabelos, o verde das árvores e o colorido das flores é nos dado por Deus, gratuitamente.
Pensemos nisso e aproveitemos mais tudo que está ao nosso alcance, sem preço, sem patente registrada, sem etiqueta de grife.
Usufruamos dos momentos de ternura que os amores nos ofertam,
intensamente, entendendo que sempre a manifestação do afeto é única, extraordinária, especial.
Fiquemos mais atentos ao que nos cerca, sejamos gratos pelo que nos é ofertado e sejamos felizes, desde hoje, enquanto o dia nos sorri e o sol despeja luz em nosso coração apaixonado pela vida.
(Redação do Momento Espírita - 2009).