OS OUTROS

Repararam como existem pessoas que se preocupam com o que os outros pensam e falam a seu respeito?
Observo isto a cada dia, noto e anoto, penso e repenso.
Não nos outros, mas nas pessoas que chegam a sofrer com isso.
Me parece que é chegada a hora de cuidarmos de nós mesmos e contarmos com apenas algumas pessoas.
O mundo de hoje não é mais parecido com o que foi um dia.
Tudo muda.
De um simples toque de celular a uma mensagem ao redor do mundo, tudo mudou.
O próprio ser humano passou por mudanças comportamentais bem acentuadas.
Se ontem você podia contar e confiar em algumas pessoas, hoje ainda pode, mas em quantidade menor.
Ao seu redor, cada um está querendo cuidar da sua vida, ao invés de sentar no meio fio e bater um papo. E isto faz falta: bater um papo.
Desabafar, trocar idéias, argumentar, receber críticas positivas, emitir opiniões, sentir-se bem com uma pessoa que valha a pena.
Infelizmente, o mundo está cheio de cacos com os quais temos que conviver.
Mas então, somente convivamos.
Não nos doemos para quem não nos merece.
Somos superiores? Não. Apenas somos normais e queremos viver em paz.
Não se preocupem com o que os outros podem dizer ou achar de vocês.
Toquem a vida de forma leve, sadia, dentro da sinceridade e da correção.
Nem sempre a crítica ou opinião de outros nos ajuda a viver melhor.
Às vezes, sim.
E repare que o mundo de hoje está mais afastado do amor, do carinho, do respeito e da convivência sadia fora de bares e festas.
Como era bom poder sentar no sofá, receber um cafuné, fazer um cafuné, falar com o olhar perdido na janela da sala que conduzia para o mar.
Como era bom poder ouvir, sentir, entender e poder auxiliar alguém sem interesse nenhum, mas somente como amigo(a) ou pessoa.
Acredito que sofás fazem bem para a alma e para a saúde. E na ausência deles, um bom tapete resolve.
Ficar de mãos dadas e poder sentir a presença de alguém ainda é melhor que um Frontal na hora de ir para a cama.
E o melhor: saber que a gente presta, é muito melhor que ficar aborrecido pela opinião de outros.
Este texto nasceu somente em função de observações que faço no dia a dia, com gente e mais gente que conheco.
Nada de críticas.
Apenas um texto para permitir a análise e a interpretação.
Sejamos nós mesmos.
Ninguém recebeu um manual dizendo como deveríamos ser a partir do nascimento.
Nós nos formamos à medida em que crescemos.
O que somos no dia de hoje, é resultado de uma somatória de experiências, das didáticas às práticas. Das salas de aula às salas da vida.
E pessoas, sempre encontraremos de todos os tipos.
Algumas salvamos e arquivamos. Outras salvamos e convivemos.
E outras, graças a Deus, esquecemos.