Era perto de cinco da manhã.
Depois de rodar a noite de bares em bares, meu compadre Marco Heller,
meu amigo Ricardo Moraes e eu decidimos que era hora de ir para casa, dormir. Dali a pouco teríamos que trabalhar, como costumeiramente fazíamos. Temporada de praia tem disso.
A gente se arrebenta por aqui e chega
na praia parecendo um cadáver ambulante, para começar tudo de novo.
No caminho, paramos em uma lanchonete da rua João Negrão, um
bar perto da rodoviária velha, na verdade, mas para comer um sanduíche
com um pingado.
Sentamos naqueles bancos de apoiar o pé e ficamos pendurados no balcão.
Veio o dono, ainda com cara de sono e nos atendeu.
Marco pediu um pingado e um sanduíche. Ricardo pediu um pingado
e outro sanduíche. Eu, ainda pensando na noitada, pedi mais uma
cerveja e um cheese-salada. E fumando, também.
Os dois me olharam com uma cara de censura que até hoje não esqueço.
Comemos e Marco me deixou em casa, ainda na Benjamin Constant.
Dia seguinte, pontualmente nove horas, ligo para os dois.
Cadê? Chegaram mais tarde, pois “tinham reunião fora do escritório”.
Sei.
Mas nada que duas Neosaldinas não resolvessem.
Lá fui eu, mais uma vez, enfrentar o que o dia me reservava.
Mas era só coisa boa.
De fato, naquele tempo já comprovava a frase que coloquei no blog estes dias: “ a vida tem a cor que você pinta.” De fato.
Bons tempos.....
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