Para alguns, ele falta.
Para outros, ele ainda sobra.
Para a grande maioria, ele passa rápido demais.
Para a minoria, ele nem chega.
Falamos do tempo.
Este acontecimento que atinge a todo o ser humano, de várias formas.
Ainda ontem eu lembro de brincar na areia de Guaratuba com meus
três anos de idade.
Hoje, vejo a areia e vejo também, como passou o tempo.
De criança faceira ao adulto de hoje, o tempo foi rápido demais
depois dos vinte e cinco anos.
Acredito que quanto mais a gente trabalha, mais rápido passa o tempo.
Relógio para quê?
Basta rever agendas antigas e relembrar de cenas, fatos, coisas
que aconteceram lá em 1980, vinte e nove anos atrás.
O tempo não perdoa, mas também ajuda.
Nada melhor que o tempo para amainar situações, curar feridas,
arrumar os aplicativos e começar a rodar novamente.
O tempo ajuda e contribui para que, lá na frente, você apenas olhe e
veja como foi.
Nada de querer repetir.
O que passou, passou.
O tempo aproxima pessoas, afasta pessoas, produz reencontros,
produz separações, enfim, ele se faz presente em nossas vidas
de forma marcante.
Este mesmo tempo que me leva para a frente, sabe que lá na curva
à beira do rio, ainda vou vê-lo de longe. Este mesmo tempo que amarela
as fotos, que envelhece a gente, que muda a noção sobre fatos, que ajuda a narrar a história. Este mesmo tempo que permitirá que em 2015 um sorriso largo seja aberto ao lembrar de 2009.
Tudo passa com o tempo.
A foto que amarelará somente trará lembranças, mas não mais dor.
A pessoa que ficou parada no tempo, apenas será lembrada, nada mais.
O fato que marcou agora, será uma pequena lembrança em 2015.
O sorriso que hoje não foi dado, será transformado em gargalhada num
futuro próximo.
Nada melhor que o tempo.
Ele sempre fica ao lado de quem tem razão.
Para isso, o importante é ter razão.
Que amarelem as fotos, mas que o tempo não apague o sentimento forte
e decidido de viver a vida como ela se apresenta.
E podemos alterar algumas coisas.
Tudo a seu tempo.
Este mesmo tempo que hoje é aliado, amanhã poderá ser inimigo.
Mas isto, não sabemos.
Deixemos o tempo andar como ele gosta.
Aproveitemos o nosso tempo para viver, ser do bem e fazer coisas boas,
sentar naquele meio fio e conversar com quem se gosta, andar de mãos dadas
na calçada do Formiga com uma banana split daquelas, passear no shopping sem olhar vitrines, ouvir uma música sem sentir a dor do acorde mais agúdo,
preparar a comidinha que deu vontade depois das dez da noite.
Aproveitemos nosso tempo para saber que o tempo de ontem é
o mesmo do futuro.
O que devemos alterar é a forma de olhar e viver.
Relógio, para quê?
Viver.
Este é o detalhe mais importante.
E dentro do seu tempo. Cada um dentro do seu tempo.
Como diz Barry Stevens, "não apresse o rio, ele corre sozinho."
Com o tempo, não é diferente...
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