QUE BOM TER VOCÊ AQUI

Quem escreve, raramente escreve somente para si próprio.
Assim, espero que você leia, goste, curta, comente, opine.
E tem de tudo: de receitas a lamentos; de músicas à frases: de textos longos a objetivos.
Que bom ter você aqui....

quarta-feira, 30 de maio de 2012

ONDE ELE MORA?

Me debruço na janela e fico olhando para o céu. Azul, sem nuvens, convidativo ao pensamento e ao devaneio. Olho fixo para um ponto lá em cima e a fumaça do cigarro se mistura com a paisagem. Fico pensando: é alí que Ele mora? Na minha infância, diziam que "lá em cima é o céu..." Será? A cada dia que penso na existência e na presença de Deus, fico procurando onde Ele poderia estar, ficar, aparecer, estas coisas.,......mas Ele não aparece ao vivo, pessoalmente, mas sim por ações, por obras, por acontecimentos que nos atingem quando precisamos. Ou até mesmo no dia a dia. Pois afinal das contas, o fato de acordar pela manhã já é uma benção dos céus.
Onde mora Deus?
Várias respostas podem ser dadas, cada uma ao estilo da fé que cada um tem.
Sigo por aqui tendo a certeza de que Ele está por aqui também.
Não abro mão deste pensamento e falo com ele diversas vezes ao dia. Não só peço coisas, mas dedico algumas e menciono outras.
Difícil fazer coisas erradas nos dias de hoje, pois sente-se a presença DEle em lugares por onde andamos.
Onde mora Deus?
Dentro da gente, perto da gente, ao lado da gente???

Não importa.
Importa cada um de nós saber que ele existe e que deve estar por aí e que é um só para muitos.
Difícil atender a todos, mas ele atende.
De um jeito que só Ele tem, Ele atende.
E esta é a esperança de muitos.
Que um dia Ele observe e faça a coisa acontecer.
Só Ele pode.
Tomara!!!!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

INFELIZ, DONA XUXA.

Trágico, triste e mal posicionada a entrevista da Xuxa no Fantástico de ontem. Se o que ela queria era gerar assunto e comentário, conseguiu.
Mas muito infeliz.
A começar pelos romances que diz ter tido e os casamentos que gostaria de ter tido, os convites e baboseiras a mais. Quer se promover? Faça algo útil, como ela deve fazer, mas não esta ação com o apoio da Globo.
Realmente, quem está por baixo faz de tudo pra aparecer e reconquistar o posto de antigamente.
Na verdade, a loirinha se deu mal e a repercussão não será das mais positivas.
Virarm no túmulo os citados por ela, mas viramos nós, de raiva.
A Globo, realmente, ainda pisa no tomate com certas atitudes. Assim como a jurada do Faustão que chamou a cantora e dançarina de "gordinha'.....eita educação...Mesmo que tenha tido o tom carinhoso como teve, mas péra lá!!!!
Ainda no compasso do comentário, trsite ficou nossa geração com a morte do também ídolo Robin Gibb, um dos Bee Gees. Um grupo que embalou várias e várias noitadas e viagens de uma geração, que vendeu mais de uma porrada de discos e que marcou o rock com um toque de criatividade e bom gosto.
Uma pena para quem fica aguentando Telós e Santanas, Tchu e Tchá, assim você mata o papai....etc.....Assim eles matam a música brasileira.
E por fim, começar a semana com a lenga lenga da CPI do Cachoeria vai ser uma merda. Já livraram todos os que tinham cocô na cueca e não vai dar nada esta porra aí....se preparem.....assim como mensalão, empurra dalí e daqui e arquiva este troço....Uma pena, realmente.
Vamos lá que a semana promete.
E nos exige atenção para nossos trabalhos e pessoas que queremos bem.
Deixa o Brasil andar.......

quinta-feira, 17 de maio de 2012

DONNA SUMMER

Morreu Donna Summer. 
Para os mais novos, quem era e o quê fazia?
Para nós, era uma baita cantora da época disco Music, a melhor década que vivemos abraçados a um compasso criado por Barry White, que também já se foi.
Uma cantora com lançamento de Love to Love you Baby, onde ela gemia e provocava escândalos para a época. Mas com Could it Be Magic, ela explodiu em todas as pistas de dança do Brasil e do mundo. Nesta época, havia no Rio de Janeiro uma boate(entre tantas) chamada Privé, na praça General Osório, em Ipanema. E quando entrava Could It Be Magic, a casa caía, mas caía mesmo.
Até hoje a música é boa.
E Donna Summer foi a porta-voz de uma batida, de uma época, de uma geração.
Aqui em Curitiba, Flash e Jackie O pegavam fogo com as músicas da "neguinha"(no bom sentido) e com as produções de seus LPs feitas por Girogio Moroder.
Era outra época.
A batida e a voz, os compassos ritmados permitiam noites inesquecíveis, viagens sem tempo e momentos que marcaram vidas e mais vidas.
A bordo de Chevettes, Brasílias ou Mavericks, colocávamos fitas K-7 TDK e ouvíamos as músicas que nos permitiam sonhar sem se perder.
Donna Summer trazia em suas melodias e arranjos um toque especial, que mesmo sendo disco music, era especial mesmo.
On the Radio, outro grande sucesso dela embalou músicas e romances, assim como Bad Girld levantou mortos à beira de pistas.
A gravação dela para MacArthur Park ficou imortalizada pelos 14 minutos de música, mas era infernal quando tocava.
Lá na casa da Benjamin Constant, quando reunia amigos, o que se ouvia era só Donna Summer e o Ariel Teixeira gostava demais.
Uma pena para nós, que ficamos mais órfãos de coisas boas e de gente boa.
Duro aguentar o Tchá, o Luan, o Michel Teló, a Claudia Leite e etc.....
Mas a fila tá andando.
E depois de Barry White, Whitney Houston e outros, agora Deus leva nossa Donna Summer.
Uma pena, sem dúvida.
Mas quem tem os LPs e Cds dela, hoje pode se deliciar e dar valor, novamente, a uma grande intérprete.
Abraços a quem viveu tudo isto.

terça-feira, 15 de maio de 2012

MEMÓRIA

Em um dia frio como este, cercado de cinza para todos os lados, nada melhor que dar uma pausa na correria do trabalho, dar uma volta na quadra a pé, fumando um cigarrinho e pensar na vida.
O ar frio renova as ideias e nos permite arrumar os aplicativos da cabeça. Lembranças de outros dias frios aparecem, mas com elas também aparecem nuances de fatos vividos e que devem - ou não - ser relembrados.....
Nossas cabeças são máquinas de arquivo que não apagam certas cenas, por mais que se queira.
Parece que o vídeo fica arquivado, e roda no momento em que você começa a pensar.
Daí, bom ou ruim, o vídeo apresenta o que você viveu, como viveu e porque viveu. E nem sempre é bom assim.
Mas quando é, dá uma abertura no rosto e o sorriso aparece, a sensação da saudade bate e a coisa fica mais tranquila, do que aqueles vídeos que nos entristecem, nos deixam pensativos nos porquês da vida.
Dia desses, caminhei pela quadra fumando e repassando vídeos.
São tantos.....
Mas alguns, em especial, me deixam tranquilo.
Volto para trabalhar, escrever e continuar a vida de forma mais gostosa e satisfatória.
Tem vídeos dos tempos de criança e dos tempos de adulto. Tem cenas marcantes de adolescência e de maturidade. Tem rostos que se misturam e que contam a história pela qual passei.
Muito bom isto.
Temos memória é para isto, além de centenas de números de telefones, que diminuíram com o  tempo, desde que os celulares apresentaram as memórias deles.
Temos placas de carros, nomes de pessoas, datas de aniversário, fórmulas dos tempos de colégio, receitas de gastronomia, enfim, repare quanta coisa arquivamos.
E quantas não usamos.
E quando precisamos lembrar o nome do ator daquele filme, néca: não vem o nome....
E quando precisamos lembrar como foi que aconteceu o fim daquilo, não lembramos.
Memórias.....
Não só as nossas, mas também as de máquinas que hoje nos acompanham.
Dia desses, uma amiga de tempos deletou uma mensagem do celular dela que ela guardava desde 2004. Lindo texto, disse eu.
Pena, disse ela.
Quem escreveu já se foi.
Repararam que registramos também que já se foi?
Facilidade esta que temos de adaptar pessoas a épocas. De apagar e deletar facilmente.
Dá até medo.....
Mas quando a pessoa marca, ela fica. Os vídeos passam e repassam de forma a manter acesa a lembrança na memória.
Ou no coração.
Dedende de cada um o tipo de lembrança que quer ter.
E a amiga que deletou a mensagem depois de tantos anos, fez um quadro com o texto e pendurou em seu escritório.
Lindo texto.
Nele dizia: "das lembranças que trago na vida, você é a saudade que gosto de ter....."
Uma frase de Isolda, na canção de Roberto Carlos.
Belo quadro.
Sempre que posso, leio.
E assim vamos em frente, com vídeos e memórias, com frases e lembranças.
Nada mal.
Pelo menos, se vive.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

MUDAR COMO?

Penso, penso e repenso.
E quanto mais repenso, mais fico propenso a desligar a tomada.
Não dá para ler jornais, revistas, assistir Tvs e noticiários.
Está demais a bandalheira.
E quem trabalha sério, acaba se indignando com tanta roubalheira.
Não é mais desvio de dinheiro. É roubo.
Nada acontece com os envolvidos e vamos vendo que até desembargadores entram na dança. E que dança. Mais de 30 milhões só no Rio Grande do Norte.
E como disse um amigo meu, pelo sul deve estar da mesma forma.
Tomara não, disse eu.
E em meio a tudo isto, fico pensando na minha neta que vem vindo. Meu Deus, que mundo ela irá encontrar por aqui......Mesmo com a educação correta dos pais, principalmente em valores e princípios, me assusta o fato de tudo isto ser considerado normal e os valores acabam invertidos.
Tomara não, digo eu.
E penso no que será deste país se nada acontecer.
Tem muito dinheiro circulando por fora, tem muita gente roubando e ficando rica e nada acontece. O poder federal manda e desmanda, juízes mandam e desmandam e nada ocorre.
Agora, se ficarmos nós devendo para o fisco ou para algum imposto, rolha. Na certa, eles correm atrás de nós.

Penso e repenso.
E fico mais propenso a apagar a luz.
Deixar alguns dias no escuro e depois ver como renasce.
Se é que renasce.
Difícil alterar costumes que vão se inflitrando e fazendo com que tudo mude.
Concordo com a evolução dos costumes, mas dentro da normalidade.
Até relacionamentos se alteram para dar no que dá: desavenças, problemas, desencontros.
Namorar como ontem, não mais.
Ficar, sim.

Relacionamentos legais e meio sérios, se foram.....
Deus permita que retornem.
A emoção da conquista deve ser curtida e apreciada por ambas as partes.
Mas uma conquista que leve a um relacionamento, mesmo que curto.
Não apenas ficar.
E por aí vai.....amanhã continuo com as divagações, pois agora a cabeça está confusa.
Do jeito que está, não pode ficar....mas mudar como?
Amanhã vemos......

domingo, 13 de maio de 2012

E NA OURO VERDE FM.....


Domingo, dia das mães.
Coço a cabeça e abro um leve sorriso ao lembrar de minha mãe e de tantas mães com as quais convivi e conheci.
Mulheres de fibra, sem dúvida, mulheres completas e preparadas para a vida pela própria vida.
Formadas ou não, ricas ou não, todas apresentavam um amplo domínio e uma grande certeza sobre um assunto: os filhos.
Da educação dada em casa até a fiscalização no comportamento, mães eram firmes, diretas e controladoras.
Algumas gerações atrás, raro era o filho que questionava a sua mãe e a enfrentava com argumentos e palavras. Enfrentar como? Tínhamos uma obediência acima do normal para com nossas mães. Devíamos a ela os momentos de complacência e os carinhos proporcionados depois da bronca, da lição de moral e às vezes, das palmadas.
Muitas mães criaram seus filhos com leves tapas e castigos, pois ainda não havia lei que interferisse no dia a dia de uma casa.
Mães que se viraram em dez para manter a casa em ordem e tentar não deixar o filho passar necessidades.
A natureza é sábia em transformar mães em verdadeiras leoas, em seres que adquirem garras em defesa de seus filhos e na geração da proteção diária.
Mães que ficaram tristes quando seus filhos casaram ou saíram de casa. A tristeza misturada com a alegria, mas o vazio que se abria jamais se fecharia novamente. E só ela sabia disso...
Mães que recebem seus netos e transferem mais amor ainda, misturado com açúcar de avó e o olhar singelo de quem já viveu estes momentos no passado.
Mães que poderiam sentar em auditórios e falar sobre educação de filhos, como criar filhos, o que se fazer com filhos, em meio a pedagogos e psicanalistas que ainda hoje divergem sobre maneiras de se educar. Com ou sem curso superior, mãe é professora sempre.
Quando elas nos chamavam pelo nome próprio e não pelo apelido, lá vinha bronca ou repreensão. E na maioria das vezes, nós estávamos errados.
Quando elas nos acordavam para ir para a escola, a paciência tinha limites, mas elas conseguiam nos colocar no rumo do aprendizado.
E quando elas nos pediam, repetidas vezes, que não fizéssemos isto ou aquilo, normalmente elas tinham razão. Mas nós, ainda pequenos, somente aprenderíamos depois.
Mães que abrem um enorme sorriso ao comentar a vida dos filhos, o nome dos netos, o relato do marido companheiro de tantos anos.
Mães de antigamente.
Que geraram as mães de hoje e educaram dentro de uma visão correta e segura.
Mães de antigamente eram diferentes das mães de hoje, sem dúvida.
Enquanto nossas mães de hoje trabalham e correm e convivem pouco com seus filhos, nossas mães de antigamente apenas nos criavam, cuidavam das casas, educavam crianças para a preparação da vida.
Trabalhavam também. E muito.
Mães de antigamente faziam pudins de leite condensado como ninguém, prepararam o almoço de domingo cantando ou ouvindo uma música no radinho da cozinha.
Mães de hoje não mantém os hábitos, mas também são mães e querem cuidar de filhos como foram cuidadas.
Enfim, para as mães de antigamente e para as mães de hoje, o reconhecimento de filhos que dependem delas até hoje, mesmo ausentes.
Para todas as mães, o amor que aprendemos a dar e compartilhar com elas.
Para as mães, o maior abraço do mundo, acompanhado de amor e carinho e de uma lágrima, talvez.
No dia das mães, a certeza de que esta data é mais do que importante: é abençoada.
Aqui, a homenagem da Ouro Verde Fm, no texto de Constantino Kotzias.



terça-feira, 8 de maio de 2012

FOTOS

Não muito tempo atrás, a gente levava o filme na loja e pedia pra revelar. E quem sabe, ampliar algumas fotos. Só o pessoal do laboratório tinha acesso às imagens e as pessoas para as quais a gente mostrava as fotos. Isto, não muito tempo atrás. Hoje, arquivou no computador ou passou por email, as fotos não são somente suas e do leitor que você envia. Elas caem na nuvem, elas caem nas mãos erradas, elas tornam-se quase públicas. E, como tantas outras, a atriz Carolina sofreu este episódio na pele. Fotos suas, sensuais como dizem, foram parar na internet. Ontem vi as fotos e achei que se tivessem sido produzidas, o resultado seria melhor visualmente. Mas que foi uma tremenda sacanagem, foi. Apesar do risco de se expor, computador pessoal não é o melhor lugar para arquivar fotos sensuais de quem quer que seja.
Se o pessoal do antigo laboratório via e nada fazia, melhor.
Mas na era digital, todo o cuidado é pouco.
Obviamente a polícia irá tentar identificar o culpado pelo vazamento, mas aí, Ines é morta.
A evolução dos hábitos e costumes apresenta mudanças no comportamento de todos, inclusive em antigos hábitos de utilizar filmes nas máquinas, coisa meio em extinção, se é que já não acabou.
O episódio envolvendo a atriz mostra que não há segurança em internet e revela que fotos próprias para agradar seja quem for, devem ser arquivadas de outra forma.
Já ouviu falar em Pen Drive?
Mas dedico solidariedade à atriz.
E concordo que, além de boa atriz, é uma mulher sensual, mesmo.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

NUBLADO

Nublado o ar de nossa vidas.
Em Brasília, coisas andam acontecendo sem que saibamos - e jamais ficaremos sabendo. Em Curitiba, bastidores afirmam que a eleição municipal será muito difícil para quem achava que estava eleito. Em São Paulo, o chef Alex Atala entra numa fria com a galinhada popular na virada cultural. Na França, um socialista assume a presidência em Maio com o compromisso de arrumar a vida do país.
Por aqui, coisas que deveriam acontecer estão paradas aguardando momentos melhores.
Estranho o dia a dia de cada um.
Quando se menos espera, vem a notícia. Quando se aguarda, nada.....
Amigos que não vejo há tempos mandam notícias dizendo que estão bem. Graças a Deus.....Amigos que vejo diariamente, correm junto comigo em busca de soluções.....ainda bem....
Nublado o ar de nossas vidas porque me parece que as coisas deveriam ser claras, óbvias até.
Mas não.....
Tudo deve ser mexido, negociado, estudado, planejado.....
E me pergunto porquê......
Em meio a tantas incertezas, a alegria de rever minha filha que chega amanhã, com a neta na barriga e com a felicidade de chegar em casa novamente.
E olhe que ela tem a casa dela muito bem cuidada em Ribeirão Preto.
Toquemos a vida.....toquemos o dia a dia.
Amanhã o sol volta a brilhar e as coisas clareiam novamente.
Assim espero.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

ESCREVI ANOS ATRÁS.....

UM FILME EM MUITAS MEMÓRIAS

Meu amigo Armando Pinheiro Machado me lembra que um texto escrito
tempos atrás deveria entrar no blog. Fiquei feliz ao saber qual era, mas
não tinha mais cópia. Coisas de computador. Então, gentilmente ele me
enviou e aqui está a reprodução, na íntegra, mesmo que repita algumas
coisas aqui já comentadas.
Lembro do dia em que escrevi este texto, acompanhado de uma garrafa
de uísque, um balde de gelo, fotos da família, num quartinho apertado de
Guarapuava, onde estava morando, na época.
Espero que gostem.
E para os mais jovens, um alerta: 80% do que aqui será comentado, vocês
não conheceram, infelizmente. Mas vale a lembrança para nós, velhinhos.

O cabelo era comprido.
Passava da nuca e cobria as orelhas. Basta ver as fotos.
A calça era toureiro, sempre feita sob medida.
Algumas no Fernandes, o Alfaiate do Moreira Garcez.
Outras, em algum alfaiate de confiança, como o Tercílio ou outro
conhecido da época. Até o Fedalto.
As festinhas de 15 anos eram o prato cheio. Ternos, eram Club Um.
Zona, nem pensar. De vez em quando, com amigos mais velhos.
Transar com namorada, nem a pau. No máximo, seios e toques.
Putas da Riachuelo eram conhecidas, mas nem sempre freqüentávamos.
O Sírio era o ponto da época. Sábados, era sagrado. E sempre havia
uma menina de plantão, na época chamadas de galinhas.
Som de fita K-7, cabine de acrílico, tipo da de telefone.
Isto ia até as cinco da manhã, fácil.
Teve até show dos Novos Baianos, um sucesso.
Maconha da entrada até a saída. Para eles e para os convidados.
Na saída, Luciano e Celina me levaram para casa.
Na saída, de carona ou já com o carro da mãe( alguns),
um sanduíche no Gaúcho da Marechal.
Isto ia lá pelos idos de 1974, ou antes até.
A rádio, era a Iguaçu, AM ainda.
Alguns ouviam a Atalaia e outros a Ouro-Verde AM.
LP's do James Taylor dominavam as salas das namoradas.
Bem como os da Carly Simon.
O Venha à vontade do Curitibano era endereço certo para quem
estava a fim ou levado um fim. Mas era certeiro.
Rodas de samba começavam a invadir ambientes até então dominados
por rock, Black Sabbad, Pink Floyd, Led Zeppelim, Credence Clearwater
Revival e outros. Os Beatles já haviam se separado, mas ainda tinha
gente que gostava.
Vinicius de Moraes era moda. Toquinho era pouco famoso, mas já fazia
dupla com o velhinho. Taiguara subia no conceito da boa música.
Aliás, com ele comemorei meu aniversário em 1973 - lembra Marco Bassetti?
O Teatro Paiol reunia musicais de primeira linha e o Guairão, nem se fala.
Uma atrás da outra.
O gravador do carro era um Mistsubishi, que não rebobinava a fita.
E só tinha rádio AM. Depois, surgiram outros, mas o som era com
tweeter e amplificador. Porrada!!
Sapatos plataforma não se usavam mais, tinham ficado para os anos
de 1972/73. Assim como calças da New Man ou da Gledson.
Aparece a Ellus, que até hoje está por aí.
Os cabelos diminuíram no comprimento, fomos tomando jeito e
cara de garotos de 18-20 anos mais ajuizados.
Maconha já existia, alguns fumavam e voavam, outros fumavam e
riam sem parar, sentados no chão ou em gramados, muito comum
naqueles tempos.
O Santa Maria, o Medianeira, Colégio Militar e o Novo Ateneu eram
os colégios de então. Além do Bom Jesus, claro.
E a rivalidade sempre presente. Cursinho, era o Dom Bosco, prenunciando
a chegada do Positivo,em 1973, em cima do Real da Vicente Machado.
Olha o que virou.
No fim, todos ficaram amigos e conhecidos.
A Zimbaloo fez sucesso na Marechal Deodoro, bem como a boate do
DANC, na rua Ébano Pereira, primeiro andar.
A Batika vendia roupinhas mais transadas e boutique Lixo dava seus
passos em direção ao sucesso. A coluna do Dino era lida diariamente,
onde apareciam as "panteras" e os "bem lançados".
Mulheres usavam collant da Smugller, um suplício para desabotoar
naquela região. E sempre com pressa. Isto incentivou a ejaculação precoce.
Surgiram os sapatos La Pisanina, e quem não teve um?
A Confeitaria da Comendador era o ponto de encontro. A Sinhá Doceira
já existia, A Kopenhagen também. Dá-lhe Maria Pia. Sempre no final da tarde. Mais pra lá, o Túnel também marcou sua época.
Tipiti Dog foi surgindo e foi ficando.
Madrugadas e cheese saladas marcaram a vida e todos nós.
E o garçom gordinho, o Perez, conheceu toda a cidade.
A esquadrilha da fumaça sempre presente. Bom evitar nomes.
A turma dos carros brilhando, também.
A caravana dos Chevettes rebaixados dominava as ruas,
com rodas brilhando e sempre andando devagar.
As Brasília, também.
Surge o Hamburgão, no Cabral.
Aparece o Polara, 1800, sensação daquele tempo.
Meninas ainda sérias, começavam namoros que duravam dois, cinco,
oito anos. Alguns duram até hoje. Casaram com seus primeiros namorados.
Estoura You've got a friend, com James Taylos e Carole King.
Feelings e She's my girl apresentam um Morris Albert até então desconhecido.
O jogo de truco aparece nas escolas e entra na vida de todos.
Mas todo mundo jogava buraco com as namoradas e os amigos.
Saídas de colégio eram obrigatórias, do Sagrado, do Caça, do Sion.
Roteiro infalível para ver a namorada, ver outras e ver futuras candidatas.
Ou ser visto.
Desfile de pessoas de bem, que nem sempre acabaram bem.
Porres eram normais, mas nunca de uísque. A cuba-libre era a preferida,
embora tenhamos tomado até Piper, conhaque e, vez em quando, cerveja.
Nosso gosto era mais apurado, acho.
Em Guaratuba, carnaval era de lei, até perder o posto para Floripa,
que virou filial de Curitiba. Vários anos seguidos, bailes do Doze ficaram
na história. Junto com o FLOP.
E veio o Flash.
Grande época. Grande fase. Não só pessoal para cada um de nós, mas musicalmente.
O Palazzo Pizzaria era onde íamos jantar com as namoradas de então.
O Frao Léo também. E o Matt Horn em ocasiões especiais.
O Magazin Avenida distribuía um isqueiro que todo mundo queria,
mas poucos tinham. Assim como adesivo da Hípica, que por um ano
teve uma das melhores boates da época, sempre às 6as. Feiras.
Curitiba era uma puta cidade pra se viver e se andar.
De carro ou a pé, de táxi ou de carona, mas era diferente.
Surge o Jackie-O, impacto fulminante que agradou a muitos e muitas.
Barry White e Donna Summer davam o tom.
Na esteira, aparece a Papeete, na Vicente Machado, sempre lotada e cheia
de conhecidos. Sem esquecer da DiG It, e da Disco Sundae.
E dá-lhe Bee Gees. Ir para o Rio em julho, era obrigatório.
E lá, a Hippopotamus, a Privé e outras, incluindo a Erótika.
E dá-lhe gonorréia.
Depois, a Chamonix, mas aí já era final de 1980.
É muita coisa para ir seguindo ano após ano.
Melhor misturar, pois cada um vai lembrando aos poucos e até existem
coisas que não cabem aqui. O texto ficaria longo.
Mas, como fiz em 1993, num artigo publicado em um revista,
vou enviar outro mais completo, com quase tudo.
Abraços e completem a lista.
Será útil.
Afinal, quem viveu esta época que vivemos, não esquece jamais.
E foi muito boa.
Puxe sua memória. Aqui vai. Um resumão de uma época que marcou demais. Não só para mim, mas para todos que hoje beiram os cinqüenta.

"É calmo o inicio da madrugada em Curitiba"....dizia Ivan Cury na Iguaçu,
sempre à meia noite.
Quem matou Salomão Hayala? Na novela O Astro, da Janete Clair.
Venha a vontade, no Clube Curitibano....
Tipiti da XV e Comendador.
Brunetti Discos, Wings ( Dá-lhe Savarin) e o Rei do Disco.
Alcides Vasconcelos, na Rádio Independência.
Pizza do Acrópolis, com vitamina.
Debutantes do Clube da Lady, com Baile no Palácio Iguaçú e Curso da Socila.
Boatinha do Sírio, da Hípica.
Bruna Lombardi, Rose de Primo, benza Deus.
Maverick 8 cilindros, Opala 250-S, Charger RT, não lembro mais.
Baile do Choop no Concórdia.
Aquarius Band, Sam Jazz Quintett, no Santo Mônica.
Sandra Busato, a eterna glamour girl.
Um chopp no Jangil, na Praça Ozório.
Serra da Gaciosa: uma hora subia, outra descia.
Pick-Up automático, da Rádio Ouro Verde.
Quatro no Prato, da Cruzeiro do Sul.
A Hora do K-7, na Iguaçú, oferecimento da Ótica Boa Vista.
O Café Avenida.
Frank Sinatra.
Lojas Mazer, na Praça Generoso Marques.
Blusa Cacharrell, Sapato de Plataforma, Calça New Men. Veludo Velnac.
Oh Me Oh MY, com B J Thomas.
Beto Rockfeller, na Rede Tupi.
Saídas de colégio: Sion, Sagrado, Caça-Marido(s).
Chop kapelle, na Barão do Serro Azul.
Canal 4, TV Iguaçú.
Machado Netto no futebol e Nestor Batista nos cometários.
Cine Vitória....Dr. Jivago.
Sessão da Meia-Noite, no Cine Astor.
Bar Palácio, Mignon à Grisè na madrugada.
O Pôquer, toda sexta-feira, na Minha Casa Da Benjamim Constant.
O Bloco "Não Agite".
O crepe do La Cave.
Um piano com Strega no Frao-Leo.
A Turma da Saldanha, da Faivre.
Avenida Luiz Xavier com trânsito livre.
Motos da P.M. chamados de "padeiros".
O Canal 12, na Emeliano Perneta.
Rinoldo Cunha – O locutor esportivo.
Marumba Querida.
Bar Triângulo, na XV.
Jovem Guarda, com Roberto Carlos, Wanderléia e Erasmo Carlos.
Dirceu Graeser, PONTO 6.
Gilda, a bicha da XV.
Bamboliche, na Mal. Floriano.
Calça Boca-de-Sino, com mais de 40 cm de boca.
BR-3, com Tony Tornado.
Camisas Ronnie Von, da Mazer.
Calças Tremendão. Calça "wandéka", com duas cores: uma na frente e outra
atrás.
Anéis Brucutu.
O Mug, do Simonal.
Show de Jornal na TV Iguaçú, Com Hortência Tayer, Haroldo Lopes,
Jamur Jr e as barbadinhas do Rafael Munhoz da Rocha.
A Família Trapo Na Record.
Ronald Golias.
Festivais da Canção, Malcom Roberts, Sabiá, ETC...
I Starded a Joke, Bee Gees.
Cirandeiro, na Augusto Stellfeld.
Casa Sloper, Joalheria Kopp, Boiko, Menil Montant,
Lojas HM, Mala Ika, Bamerindus.
Calça Brim Curinga, da Curitex.
Calça Lee, do Lucilo, no Moreira Garcêz.
Inter-Americano, o curso que ensinou muita gente.
Boatinha do Iate, em Guaratuba.
Cines: Avenida, Ópera, Arlequim, Palácio, Marabá.
Serenatas em Guaratuba com Gerson Fisbein.
A Turna da Tia.
Hippopotamus, no Rio.
Privé , no Rio.
Erótika, no Rio.
M Rosenmann Joalheiros – "Um diamante é para sempre".
Colégio Estadual do Paraná.
A Revista TV Programas.
Um Instante, Maestro!
Bat Masterson, James West, Little Joe, Bonanza.
Big Gincana Duchen.
Restaurante Bologna na Praça Osório.
Restaurante Zacharias, aos domingos.
Confeitaria Iguaçu, na Praça Ozório – Era proibido beijar na boca.
Ayrton Cordeiro, Lombardi Junior, Capitão Hidalgo, Carneiro Neto,
Durval Leal, Nei Costa.
Coritiba de Célio, Hermes, Nico, Oberdan e Nilo.
Atlético de Belllini, Djalma Santos, Charrão, Nilson Borges.
Confeitaria Schaffer.
Cometa
Paulo Pimentel – "PARANÁ, AQUI SE TRABALHA".

E por aí vai. Contribuam e acrescentem o que lembrarem. Vale a pena.

Por Deus do céu: me senti agora com 18/19 anos. Deu vontade de
pegar o Chevette e ir comer um Au Au

E FUI.....

O vento lá fora já demonstrava que tudo era igual como antes.
O ônibus fez a curva do trevo e começou a entrar na cidade.
Tudo igual.
Asfaltos, flores, construções ainda por lá, de acordo com a última imagem de 3 anos atrás.
Na rodoviária, chega o amigo Rura e trocamos um abraço saudoso, deixando claro que a amizade é uma coisa séria e duradoura.
Ando por Guarpuava no carro dele, lentamente, visualizando tudo o que ainda estava na memória.
O frio marca sua presença, mas só em termos de clima.
Dalí a pouco eu veria amigos, conhecidos, pessoas de bem que iriam se encontrar.
Encontrar para comemorar o aniversário de um grande amigo de lá, mas que também vive por aqui.
No hotel, lembranças detalhadas me vieram à cabeça, pois alí passei 3 meses da minha vida, trabalhando em uma campanha política. No quarto, mais lembranças apareceram e ao abrir a janela, a saudade bateu forte.
Aquelas calçadas por onde andei um monte de vezes, aquelas lojas conhecidas, aquelas esquinas que me ouviram pelas madrugadas a fio.
No aniversário, o reencontro com amigos do bem, gente querida e do coração.
Abraços, sorrisos, comentários, eu e Bethy nos sentimos em casa novamente.
Uma bela festa, um belo uísque, um belo anfitrião.
No dia seguinte, uma leve ressaca apanhou o lado esquerdo, mas o direito estava ligado no ambiente.
Passeando de carro com o amigo Rura, a caminho do almoço, revisitei locais por onde passei.
Tudo lá. Tudo igual.
De fato, nada mudou.
O triste foi vir embora tão rapidamente.
Mas volto.
E volto para relembrar outros momentos felizes que deixei por lá.
Com amigos.
Sempre.