Andando lentamente pela rua, com este vento gelado que já não aparecia mais, fico pensando se nós, simples mortais e moradores desta cidade que já foi Sorriso, merecemos este ataque dos noticiários que temos tido.
Bruno e sua turma já estão enchendo o saco, apesar da morte da atriz-modelo-suspeita-mãe, que pediu demais e ganhou de menos.
O advogado, porteiro de zona, matou a advogada, com quem mantinha um relacionamento, levou o fora e não aceitou.
Agora, uma professora da PUC achada morta nas areias do litoral de Shangri-lá, em região deserta e de pouco movimento.
Em Guarapuava, um garoto de 20 anos leva 3 tiros na saída de uma casa noturna, sendo dois no rosto e um na cabeça, conforme o noticiário.
Aqui, no bairro Água Verde, policiais motorizados e da P-2 fazem ronda durante o dia no bairro, face o grande volume de assaltos.
Nas estradas, prendem caminhões e ambulâncias com drogas que batem recordes em peso.
Na Nissei da Mariano Torres, três da tarde, um jovem entra, coloca a arma na barriga da cliente, assalta o caixa e sai andando pela avenida.
E tem mais, mas começa a dar náuseas de tanto ler e ouvir.
Fica uma pergunta em meio a caminhada: cadê a polícia?
Quando ela quer, ela age, descobre, incrimina, acusa, prende e coloca na mão da justiça.
Quando ela não quer, a coisa chega ao ponto que está chegando, com centenas de pessoas cometando que não saem mais à noite com a frequência com que saíam antigamente. Medo, antes de tudo.
O carro Santana ao lado do seu no sinaleiro da Avenida batel pode ser de assaltantes, manos que simplesmente passeiam pela rua, mas em quem não confiamos. Nada contra os manos do bem.
O motoqueiro que para ao seu lado, seja na rua que for, assusta, preocupa, desperta o medo novamente, o receio de que dalí venha o tiro.
Homens de terno e gravata entram em joalherias e fazem a limpa, deixando imagens gravadas e sendo presos aos poucos.
Cadê a polícia?
Uma lei de tolerância zero se faz necessária.
Casas e muros são pintados diariamente por "artistas" que disputam a autoria deste ou daquele desenho. E nada acontece.
A lei de tolerância zero para levar um pouco mais de tranquilidade para as ruas e famílias de Curitiba.
Ou algo acontece, firmemente, ou a gente padece, longamente.
Firmeza, determinação, controle e vigilância podem fazer das ruas, sejam quais forem, lugares para se caminhar e viver um pouco mais.
A própria boemia sofreu com o crescimento da criminalidade.
Roubam violões, saxofones, guitarras, violinos, seja o que for que o músico carregue. Sofre menos o pianista.
Assaltam postos de gasolina sem cerimônia e se alguém reagir, o tiro sai.
Matou, matou.
O ser humano do mal age com base na bestialidade, sem medo, sem preocupação se será pego ou não.
Agride-se, mata-se, assalta-se e continua o baile.
E nós?
Livres em casa, sem poder usufruir o que a cidade nos dá.
Caminhar pela praia num domingo, veja o que aconteceu com a professora em nosso litoral.
Entrar numa balada, perigo diário, com drogas e "balinhas" correndo soltas pelo ambiente.
Caminhar à noite para apanhar o ônibus após a faculdade, exercício de contar com a sorte.
E por aí vai.
Só acho que está na hora de uma ação mais enérgica.
A polícia nos deve satisfações, assim como para casos que podem ser evitados e não deixar que a bandidagem corra solta.
Mesmo sócios, eles devem se preocupar em salvar a sociedade.
Senão, daqui a pouco, tudo vira bestialidade.
E aí, a coisa vira rotina e a morte passa a ser uma coisa banal, simples, corriqueira.
Homens da lei: exerçam a lei.
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