E foi assim:
retoque na pintura, batom novo, vestidinho novo, preto para emagrecer
um pouco, cabelo ajeitadinho, bolsa, pashimina, adereços misturados e rua.
E ela foi pra festa.
E foi. Com tudo. Como faz toda a semana.
E mais uma vez tirou o chip para não saber quem era e assumiu a
postura nova.
Cerveja, cervejas, mais cervejas.
Depois de algumas horas, jogada em um sofá da casa noturna,
o ar era de pilequinho. Não felicidade, mas pilequinho.
Algumas pessoas olhavam e ela só ria.
Como estava bom. Tudo novo no mundo das experiências.
Desligar, suavizar, apenas viver.
Pilequinho de novo, sorriso aberto, falas desconexas, risadas, muitas.
Mais um porrinho, mais uma festinha e ela segue.
Daqui a pouco ela estará cantando "antigamente minha vida era de bar
em bar, pelas ruas da cidade.....".
De dia, orando, pregando, espalhando a palavra de Deus.
De noite, outra pessoa. Em sofás, cadeiras ou bancos, o porrinho vem
mais a cada semana.
E como diz a história da vida, vai chegar o momento da escolha.
Ou fica com os ensinamentos que apregoa, ou se doa.
Para a vida.
Que aliás, é o que está ocorrendo.
Mas ela tem força, tem vontade, é dona do nariz dela.
O ruim é escrever uma história desta forma.
Mas como dizem os mais experientes, alí na frente tem uma curva
e se entrar acelerando demais, o carro capota.
Pessoas mudam perfis e maneiras.
Pessoas são livres para tal.
Mas uma vez adotada uma postura, siga-a.
Confusão para quem convive é muito ruim.
E vejo, a cada dia, dezenas de pessoas assim.
Novos tempos, novas formas, novas identidades.
Tudo novo para algo que se está em busca de.....
Mas, deixa a vida levar......como diz Zeca Pagodinho.
De longe, sentado na cadeirinha de praia, assisto.
Lembro sempre da frase "o mundo é redondo".
Lembro quando me diziam "não se comporte desta maneira
que tem gente olhando, sempre e isto pega mal para tua carreira".
A língua é o chicote da bunda. E o povo, fala. Prato cheio......
Aguardemos, pois.
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