Eu abro um sorriso e olho para o céu.
Nublado ou limpo, agradeço a Ele por mais um dia.
Mas, antes de tudo, agradeço a Ele pela vida, pelas experiências
e pessoas que cruzam meu dia a dia, cruzaram meus dias de ontem
e ainda virão para me ensinarem alguma coisa.
Às vezes no silêncio da noite, lembro cenas gostosas de serem lembradas,
lembro frases lindas de serem ouvidas, ouço músicas que fazem parte de
uma vida. E com elas, sigo meus dias, mesmo que os dias delas sejam
bem lá do passado.
Cenas que me fortalecem, me engrandecem e me atestam que vale
a pena amar e ser amado.
Sentir algo dentro de si que seja real, sincero e que
lhe traduza alguma coisa.
Cenas que me impulsionam a continuar vivo, mesmo com momentos
de solidão, mas jamais de tristeza (apesar de que, ela aparece).
Às vezes no silêncio da noite, lembro de um sorriso, um em especial,
ao ganhar um lanche de esfiha e coca em meio a uma bagunça de mudança
de endereço. Simples, mas com um conteúdo lindo.
Lembro de um suspiro gostoso ao final do abraço, o corpo caído de tanto
cansaço, o sono profundo que tomou conta.
Bem no silêncio da noite dou mais valor ao sol quando ele aparece,
embora eu goste demais da noite. Desde sempre.
Aqui mesmo já escrevi o que é a noite e o que ela significa para pessoas
como eu, sem querer impor definições ou conceitos.
Às vezes nô silêncio da noite, descubro quanta coisa boa já fiz na vida,
quantas porradas já levei e me mantenho em pé, quanta gente me
decepcionou e quantas eu decepcionei também.
Às vezes no silêncio da noite, morro de saudades de minha filha que
mora fora, da outra que está a caminho e de meu filho que, às vezes,
ainda não chegou.
E como diz a música do Peninha, cantada pelo Caetano e pelo Tim Maia,
eu também fico imaginando nós dois.
O antes, o agora e o depois.
Mesmo que não exista.
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