QUE BOM TER VOCÊ AQUI

Quem escreve, raramente escreve somente para si próprio.
Assim, espero que você leia, goste, curta, comente, opine.
E tem de tudo: de receitas a lamentos; de músicas à frases: de textos longos a objetivos.
Que bom ter você aqui....

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O CÚMPLICE

Encontrei um cúmplice.
Já falei dele aqui, mas ele se revela a cada noite.
Eu e ele fazemos, lemos, escrevemos, bibilhotamos, xeretamos,
fazemos tudo o que queremos e continuamos cúmplices.
O silêncio.
Grande cúmplice das madrugadas e de momentos exclusivos.
Eu aqui pensando e você aí, também.
Penso em uma série de coisas, e você aí, também.
Escrevo linhas dedicadas, e você aí, também.
Puxo pela memória momentos vividos, e você aí, também.
Pego o telefone, disco 3 números, desisto. E você, aí, também.
Perco o sono, ouço música, penso. Só penso. E você, aí, também.
Alimento a saudade com um sorriso, e você aí, também.
Foi o que nos restou depois de tanto tempo.
O silêncio me avisa que devo dormir, mas não consigo.
Parece que o sono se ausenta e a gente se sustenta como que consegue
dormir. Pouco.
Dormir pouco. Você aí, não.
Daí a diferença entre algumas coisas.
Meu cúmplice não é o seu.
Minha memória não é a sua.
Meu sentimento não é o seu.
Aqui escrevo, arquivo, publico, deleto.
Você aí, não.
Já preparei os capítulos II e III, só vou revisá-los e publicá-los.
Você aí, não.
Gravo Cd e sento na sala, ouço e me tranquilizo.
Bebo minha cerveja moderadamente. Você aí, não.
Legal este cúmplice lazarento que arrumei.
Ele não fala, não se manifesta, não presta.
Mas tá sempre aqui.
E com ele, planejo meus dias futuros.
Você alí, não.

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