Coço a cabeça, olho pela janela, dia horrível, garoa, frio, vento.
Dia ideal para juntar esterco, com bota e chapéu.
Sento na poltrona, observo o movimento, cada vez mais intenso e começo a mexer na memória. Lembrar de coisas e nomes que se foram, lojas, coisas de Curitiba, paranaenses, mundiais, mas que se foram.
O Bamerindus, se foi.
A Refripar, se foi.
A Confeitaria Cometa, se foi.
O Grupo Hm, se foi.
Assim como a Massom, a Roskamp, a Casa da Manteiga.
A churrascaria Don Xixo, se foi.
O Tipiti se foi.
Meu Deus.....ainda estou no começo e quanta coisa se foi.
A Ika, se foi.
A Curitex, se foi.
A saída do Sion, se foi.
O Maverick com roda polida, se foi.A Brasília, se foi.
Tom Jobim, se foi.
Michael Jackson, se foi.
Taiguara, se foi.
Assim como Paul Newmann, Vinicius de Moraes, Carlos D de Andrade.
O trânsito suave de Curitiba, se foi.
Dino Almeida, se foi.
Ibrahim Sued, se foi.
A boate do Sírio, se foi.A boate da Hípica, se foi.
Meu Chevette branco, se foi.
Minha coleção de 500 Lps, se foi.
Meu piano, se foi.
Pensando bem, é melhor parar com isto.
Pois até você, se foi.
Vamos sair na chuva e fumar um cigarro dando uma volta na quadra.
Aliás, recomendo: santo remédio dar uma volta na quadra.
A cabeça gira e os pensamentos se arrumam.
E aí, tudo volta ao normal.
Mesmo para quem se foi.
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