QUE BOM TER VOCÊ AQUI

Quem escreve, raramente escreve somente para si próprio.
Assim, espero que você leia, goste, curta, comente, opine.
E tem de tudo: de receitas a lamentos; de músicas à frases: de textos longos a objetivos.
Que bom ter você aqui....

quinta-feira, 30 de julho de 2009

GUARAPUAVA

Guarapuava.
Parece que sentei frente ao espelho e ele me cobrou uma atitude. Fala ou não fala sobre Guarapuava?
Falo. Falo sempre.
E sempre bem.
De uma maneira ou de outra, vivi bons momentos em Guarapuava, assim como vivi momentos ruins e doídos, mas quem não há de?
Deixei lá grandes amigos, pessoas de bem, boas pessoas, conhecidos, enfim,
gente que quero bem e não tenho tido muito contato, a não ser com um e outro,
mas não com todos que eu gostaria.
Quando a gente muda de cidade, muda de vida, muda tudo.
Mesmo assim, o que tenho para dizer de Guarapuava é só coisa boa, esquecendo
as ruins e os maus momentos.
O pior deles, foi ter ficado seis dias tomando água, sem comer nada, por falta
de dinheiro e por ter sido em um carnaval, quando todos os meus conhecidos
viajaram e eu fiquei sozinho, em um apartamento da rua Pinheiro Machado.
Mas valeu a pena. Foi uma lição de vida inesquecível, pois pude comprovar que a
água da Sanepar é boa e ficar sem comer, não mata ninguém. O cigarro, pendurava
no café do Nilceu – e ainda devo algumas carteiras, sem dúvida. Graças a Deus
na quinta-feira depois do carnaval, teve um churrasquinho e fui convidado.
Parecia uma benção dos céus. Tirando isto, a Guarapuava merece carinho e atenção
de minha parte. Além de reconhecimento.
A Guarapuava da Triunfante da Saldanha, com a melhor empada do sul do Brasil,
nos finais de tarde. E a simpatia de meninas no balcão, funcionárias antigas do Getúlio, e competentes, diga-se.
A Guarapuava do Alecrim, naqueles idos da Saldanha e depois ali na esquina,
quando Leocádio e Anselmo eram dois anfitriões de primeira linha.
Quando, ainda na Saldanha, tocando piano nós bebemos o oceano índico até desistir
e ir dormir. Fazíamos serenata por telefone ao som do piano e para vários números discados. Tempo bom.
A Guarapuava da “Véia”, que sempre me acolheu com carinho e um sorriso no rosto.
Não tenho mais visto a Véia, mas tenho saudades dela. Assim como do César Franco, que raramente vejo por aqui.
A Guarapuava do Osmar, ainda no comando do Atalaia, da feijoada aos sábados,
dos detalhes das mesas arrumadas e dos pratos bem preparados.
Um profissional como poucos e uma pessoa como poucas. Além da boatinha
das 4as.feiras. Inesquecíveis sob todos os aspectos. Todos mesmo.
A Guarapuava da Don Nunez, que ajudei a fundar criando a logomarca e a
campanha de lançamento, quando Jairton e Osmar arregaçaram as mangas e
fizeram uma excelente churrascaria, bem adiante da realidade da cidade.
Mas sempre foi bom, porque o astral da casa era de primeira. E Jairton e
Osmar são duas pessoas do bem, amigos de toda hora, companheiros e fiéis
defensores de meu trabalho por aquelas bandas nos idos de 1994 até 2001.
O amigo Jairton, por exemplo, não precisamos nos falar, mas sabemos o quanto
nos respeitamos e nos gostamos. Isso é muito bom – e raro.
A Guarapuava do Gil e da Tia Glaci, pessoas queridas e merecedoras do meu
respeito e de minha admiração. Tia Glaci com sua maionese inigualável e
Gil com sua amizade a toda prova. Sem falar do filho Maurício, companheiro
e amigo de jornadas ainda iniciantes. E duras.
Aliás, tia Glaci não se destacava somente pela maionese, mas pela simpatia,
pelo carinho e pelo amor que dedicava. Mesmo em horas difíceis, ela acompanhava
o lamento deste que escreve e entendia, orientando e apoiando como pudesse.
Além das orações, diga-se.
A Guarapuava do Ná e do Ticão, dupla fenomenal que até hoje tenho saudades,
por tudo o que vivemos e pelo que não vivemos, mas pretendíamos ter vivido.
E realizado.
A Guarapuava da Lúcia Kuster, com seu sorriso e seu abraço, seu chimarrão e
suas palavras de apoio, seu respeito e sua ajuda quando necessária.
Deus te pague, Lúcia.
A Guarapuava dos grandes porres, tanto no Alecrim quando na casa do Jozo,
grande figura, gaúcho eterno, presidente perpétuo de qualquer CTG.
Amigo e companheiro de madrugadas no Pigalle, jogando sinuca, tomando
cerveja e comendo cheese-salada, aliás, um dos melhores.
A Guarapuava de Rozângela Brito, mulher de fibra, querida, amiga, companheira,
o braço direito que muitos homens gostariam de ter tido, um exemplo de guerreira
que é raro encontrar nos dias de hoje. A ela, meu eterno agradecimento pelos momentos de solidariedade, nos altos e baixos, na boa e na ruim condição da vida.
Da festa da Vodka ao lamento de final de tarde. Dos jantares pela cidade ao
andar a pé na madrugada da cidade. Sem falar de seus dois filhos, meninos
sérios que hoje são homens que tocam suas vidas.
A Guarapuava do Querubim, companheiro de sempre, desde 1994, ainda na
prefeitura, até os dias de hoje. Amigo de todas as horas, nunca pestanejou
em papear, em auxiliar, em colaborar. Amigo de fé, amante da boa música e
de um bom papo com cerveja.
Esta mesma Guarapuava que me permitiu conhecer uma pessoa fascinante como
Renato Kuster, sobre quem escrevi um texto em seu aniversário, com vídeo
e tudo.
A Guarapuava de Júlio Agner, caboclo bão, sério, gente em extinção nos
dias de hoje, empresário com visão e uma pessoa excelente para se
conviver e trocar idéias. Se não vencemos a eleição, isto é outro assunto,
mas ele deu a cara para bater e saiu sem levar um tapa sequer.
Pelo contrário. Ele e Guiné saíram-se bem. Aliás, Fernando Guiné,
um exemplo de ser humano, uma alma que sinto saudades em bater papo e rir muito, assim como com sua família, com quem desfrutei alguns momentos de lazer e alegria.
A Guarapuava de amigos do Peito, com P maiúsculo, como Rura e Arary,
que de todas as formas, sempre me ajudaram e me ouviram, me aconselharam e
viveram comigo momentos de alegria e de agonia. Aliás, na casa do Rura tem
um banco de madeira que foi testemunha de meus lamentos e de minhas agonias,
por vários motivos. Rura, então, nem falo nada, pois a ele e ao Arary devo
momentos de coragem que me foram passados, palavras de incentivo e de amizade,
que mesmo hoje, distantes, sentimos que é para os dois lados.
A Guarapuava de Célio Cunha, amigo de todas as horas, companheiro de análises e causos, fatos e atos, amigo que não pestanejou em ajudar na minha mudança para
esta cidade querida. A ele, devo, de fato, meu reinício nesta cidade, pelos
idos de 2004. Ainda falaremos sobre isso.
A Guarapuava do Glazito Virmond, amigo de tantos anos, que foi mais amigo aí, colaborando para um aluguel de um apartamento e me incentivando a trabalhar,
cada dia mais. Valeu, Glazito. E o que falar da Zóca, amiga e ouvinte, mãe e parceira, companheira e fiel confidente?
A Guarapuava da Rádio Cultura e sua equipe, do jornal da Cristina e sua turma,
da Ampla Painéis e seu comandante, fiel amigo e companheiro.
Como não falar de Guarapuava, onde deixei 10 anos de minha vida, entre idas e vindas? Uma cidade que conheci de um jeito, com chuva e dia fechado, a convite
do Eloir Gelinski para atender a conta do grupo? Como não falar de Guarapuava,
onde aprendi que da XV pra baixo você desce e da XV pra cima, você sobe?
Onde aprendi que várias expressões são usadas somente lá e que lá, mais do
que Paranaguá, as pessoas tem apelidos que pegam e seguem a vida toda?
Como não falar de Guarapuava com sua gente trabalhadora, que sofre, que luta,
que sonha e que almeja dias melhores? Mas calma. Devagar se faz um pouco e do
pouco se faz tudo.
A cidade onde a política gera inimigos em um número maior do que o normal,
mas que são inimigos assumidos, antes amigos, mas que se respeitam.
A Guarapuava do Eliseu, do Tuk tuk, do “seu” Alfredo, do Edgard Gelinski, bom homem, da Meri da Gaspar, do Carlos Huf, brilhante jornalista e dono de um texto
impecável, do Nilceu, amigo véio e companheiro de sempre, do Oscarzinho,
do Erondy, grande companheiro de madrugadas e aperitivos, de papos e de
abraços sinceros, do Romero, da Glaci Pissaia, mais do que amiga, fiel
confidente de momentos com chimarrão na loja(olha minha conta aí.....) e de
tantas outras pessoas que eu seria injusto em aqui esquecer alguém, mas devo
estar esquecendo, não por maldade, mas sim pela forma que escrevo.
Nem sempre a memória ajuda.
A Guarapuava do amigo Celso Góes, que de graça, acreditou no meu trabalho e no
meu potencial e que de graça, até hoje fala comigo diariamente, trocando
idéias e pontos de vista sobre a vida. A você Celso, o obrigado mais
sincero que um homem pode ter.
Esta Guarapuava que mereceria estar bem melhor do que está, sem crítica
nenhuma ao meu amigo Fernando Carli, a quem respeito e tenho amizade desde
seu primeiro mandato, mas uma Guarapuava que deveria crescer, não na ambição
de seus políticos, mas sim em benefício de seus moradores.
A Guarapuava que aprendi a conhecer em detalhes, não só nos tempos de
César Franco, mas na campanha do Julio Agner.
A Guarapuava que gerou nomes de destaque no cenário nacional, que tem pessoas
de brilho como o Pachequinho, amigo que comanda a Campo Real, com estilo e determinação. Boa pessoa e amigos de todas as horas.
A Guarapuava do Tino, o melhor amigo-garçom que já conheci na vida e que leva,
no peito, a alegria de ser um excelente profissional no Hotel Kuster, onde tem a melhor feijoada da cidade.
A Guarapuava de tantas pessoas anônimas, que sempre me sorriam nas ruas por
onde eu andava e sempre me cumprimentavam com um “bããããããoooooo!!!, no lugar
de tudo bem?
Enfim, daria para falar mais de 15 páginas sobre Guarapuava e sobre seus
habitantes, fossem eles quem fossem, mas o espaço deve ser limitado,
o que não impede que uma nova crônica sobre esta cidade querida e que
volte para estas páginas.
Esta cidade, de um jeito ou de outro, ajudou a alterar minha vida e os
conceitos sobre uma série de coisas. A ela devo muito. E a alguns amigos,
ainda devo. Mas sou partidário da frase:
um dia, chove no Ceará. E quando chover, serei o primeiro a estar aí.

Um comentário:

  1. emocinante para qualquer pessoa q tem sangue guarapuavano correndo nas veias e muito mais emocionante pra quem siau de guarapuava e deixou o coração ai co ela guarapuava eo meu lar eo lar das pessoas q eu mais amo na vida

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