FALEMOS DE MÚSICA - PARTE I

Falemos de Música.
Reparem que o M da palavra música já veio em maiúscula para não deixar dúvidas.
Iremos falar de Música. E de Músicas. Isto porque em uma roda de bate-papo e uisquinho de final de dia, alguns amigos me pediram: Costa, faz um resumo da década de 70 e coloca no blog. E como o uisquinho estava acompanhado de uma série de músicas desta época, aqui vai um resumo, mas como eu falei para eles, tem que ser em três etapas. É muita música e vou seguir a sugestão deles:
tentar nominar as músicas cronologicamente, embora sejam todas daqueles tempos e não necessitam de cronologia. Mas vou tentar.
De início, é bom esclarecer que, quem tem mais de 45 anos, irá entender mais o texto do que alguns jovens que me lêem e comentam coisas comigo, tanto na faculdade quanto pelas ruas.
Isto porque a famosa década de 70 foi famosa para nós, pois as décadas de 60 e 50 foram famosas por quem tem hoje mais de 60 anos de idade. Assim são as coisas normais da vida. O negócio é que a década de 70 reuniu qualidade, novidade e muita coisa boa, favorecendo quem levou a adolescência neste
período e quem viveu mais esta época. E em se tratando de viver época, meus amigos e eu podemos comentar em detalhes estes 10 anos, de 1970 a 1980.
Começa que fomos orientados pelas rádios Iguaçu AM (a antiga Guairacá) e pela Atalaia AM, comentando alguns momentos da Cruzeiro do Sul AM, com sua vinheta “ Quatro no Prato”, que marcou muito.
A Rádio Iguaçu não poderia ser chamada de “popular”, pois era mais elitizada em termos de conteúdo. Não se ouvia coisa ruim na programação da emissora e, principalmente, existia direção artística, padrão, vinhetas que até hoje lembramos.
Pois bem, o assunto rádio merece outro texto no blog. Voltemos às músicas. Com isso, você poderá gravar seus CDs (nem fale em fita K-7) e ouvir bons momentos
acompanhados de um uisquinho ou de uma cervejinha, sem contar com a presença dela, que é fundamental(ou não), na sala ou no carro.
Anote aí, músicas nacionais que não podem faltar em sua prateleira da sala ou no seu carro.
EVINHA – CASACO MARROM
RONNIE VON – A PRAÇA
ROBERTO CARLOS – algumas, mas SENTADO À BEIRA DO CAMINHO, DETALHES, CAFÉ DA MANHÃ, PROPOSTA, FALANDO SÉRIO, OUTRA VEZ, EMOÇÕES são obrigatórias.
ERASMO CARLOS – GATINHA MANHOSA(aquela mesmo, da Jovem Guarda), COQUEIRO VERDE,
AMAR PRA VIVER OU MORRER DE AMOR, DETALHES(com a Gal CostA), MULHER e mais outras poucas.
ELIS REGINA – quase todas, mas destaque WAVE, CHEGA DE SAUDADE, ROMARIA, FASCINAÇÃO, NOITE DOS MASCARADOS(com o Chico Buarque) e mais algumas.
CHICO BUARQUE – da época da censura e das proibioções, muita coisa boa deve ser ouvida, ao menos uma vez por semestre: A BANDA, CÁLICE, CONSTRUÇÃO, RETRATO EM BRANCO
E PRETO, LUIZA, MULHERES DE ATENAS, O MEU GURI, VAI PASSAR, RODA VIVA, QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ, APESAR DE VOCÊ, ESTA MOÇA TÁ DIFERENTE, MENTIRA, SAMBA PRA VINICIUS
e por aí vai.....
CAETANO VELOSO- ALEGRIA ALEGRIA(música consagrada no saudoso Festival da Record), IT’A A LONG WAY, MORA NA FILOSOFIA, VOCÊ É LINDA(mais atual), SAMPA, QUEIXA,
MENINO DO RIO e mais algumas.
DICK FARNEY – TERESA DA PRAIA, NICK BAR, UMA LOIRA, COPACABANA, ESTE SEU OLHAR,
MARINA – atenção: apesar de mais antiguinho, mestre Dick Farney deixou saudades para quem gostava da boemia e estava dando seus primeiros passos na noite.
E quem não era boêmio mas gostava de música brasileira de qualidade.
E, ainda mais para quem pôde ver o mestre no Rio de Janeiro, com a voz de veludo da MPB.
BENITO DE PAULA – o cabeludo marcou época na década, com RETALHOS DE CETIM,
MULHER BRASILEIRA, TUDO ESTÁ NO SEU LUGAR E DESENCONTRO.
BELCHIOR – o narigudo com voz meio rouca, meio aguda, mas que deixou pérolas como APENAS UM RAPAZ LATINO AMERICANO, UMA NOVA MUDANÇA, MEDO DE AVIÃO, COMO NOSSOS PAIS(um hino).
AGOSTINHO DOS SANTOS – uma das mais lindas vozes da MPB, infelizmente falecido em um acidente de avião. Mas pode ouvir, sem medo de errar: ESTRADA DO SOL, ANA MARIA, AQUELES OLHOS VERDES, BALADA TRISTE, CHOVE LÁ FORA, EU E A BRISA, FIM DE CASO, O BARQUINHO, SUAVE É A NOITE e mais algumas da carreira deste abençoado cantor.
ABÍLIO MANOEL - surgiu e se foi com PENA VERDE, mas é um clássico dos tempos da Rádio Iguaçu.
SÉRGIO REIS – CORAÇÃO DE PAPEL
DÓRIS MONTEIRO – NÓS E O MAR, O QUE EU GOSTO DE VOCÊ, MUDANDO DE CONVERSA,
CASTIGO(com a participação do Dick Farney).
DENNY E DINO – CORUJA
EDUARDO ARAÚJO – ELE É O BOM

Como tem muita música, na parte 2 daremos continuidade às nacionais, resumidamente, e partiremos para as internacionais, que embalaram festas de garagem, festas de 15 anos, festas de amigos e amigas, onde levávamos o refri e as meninas os salgadinhos. Bons tempos onde a ingenuidade ainda reinava, apesar dos avanços para a época. Mas isto é outro texto para o blog.
Até a próxima.