Janeiro de 95.
Calor, sol, todo mundo animado e feliz. Mulheres na praia, crianças também.
Aqui, nós soltos e preparados para "relaxar" um pouco. Como de costume.
Temporadas de praias tem várias histórias. Algumas públicas, outras nem tanto.
E foi neste janeiro que meu compadre Marco Heller me convida para ir com ele
até o Atami para avaliar uma casa, que ele tinha possibilidade de pegar a opção
de venda. Disse que ia, ajeitei as coisas na agência, tudo sob controle e fomos.
Calor de matar.
Chegamos no Atami com um sol de quase 35 graus, nada de brisa, um inferno.
Entra, acha a casa, abre, vistoria, olha, argumenta.
De repente, Marco e eu começamos a notar alguma coisa diferente em nossas calças
e em nossas pernas. Pulgas. Centenas, milhares, pulgas de todos os tamanhos, de
filhotes à mães. Uma loucura.
Saimos correndo da casa, sacudindo calça e batendo barra.
Lá fora, já na estrada, vimos que não era brincadeira. Meia e calça forradas de
pulgas.
Paramos à beira da estrada, pedimos álcool para um morador e ele nos trouxe.
Só de cuecas, sacudimos as calças e passamos álcool até nas partes íntimas.
Jogamos álcool no chão do carro e fomos para Guaratuba ver outro assunto.
No ferry boat, ainda víamos pulgas andando pelas meias e pelas calças, novamente.
Foi divertido, apesar do susto.
Quem passava na estrada e via dois marmanjos sacudindo calças e só de cuecas,
não entendia muito bem.
Quem nos viu no ferry boat fazendo a mesma coisa, também não entendeu nada.
Mas rimos muito mais que nos coçamos.
Ao voltar para Curitiba, banho demorado e calça para lavar de molho no tanque
com sabão em pó, quiboa, querosene, o que tivesse.
A calça estragou, claro.
Mas a aventura das pulgas, ficou na história.
E o Marco comunicou o proprietário da casa e ele disse que era normal.
Coisas da vida de um corretor de imóveis, na época.
Abraço para ele que comemorou 50 anos de idade.
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