Dona Maria, amiga antiga de velhas paradas, encontrou comigo
no Stuart para tomar uma cerveja. Dia bonito, gente animada,
lá chega Nhá Maria e tomar seu lugar em minha mesa.
Papo alegre, causos e mais causos, me diz ela:
" Costa, tem uma diarista que vai na minha casa, que no primeiro
dia de trabalho me deixou pensativa. Ela chegou e eu perguntei
quanto custava a diária de trabalho dela, fora o vale-transporte.
Ela coçou o cabelo, olhou para o chão, bem cabocla, me olhou e
perguntou: com penso ou sem penso? Eu fiquei alí olhando para a
infeliz e tentando entender o que significava aquilo. Perguntei para
ela: o quê?? Ela, com aquela calma do pessoal da roça, me repetiu:
com penso ou sem penso?
Eu disse para ela me explicar o que significava aquilo.
Ela disse: "bão...se a senhora quisé que eu penso, é 70 reais. Se eu não
tivé que pensá, é 50."
Vê se pode.
Dona Maria bebeu a cerveja, contou mais algumas e levantou-se
para ir embora.
Eu fiquei alí pensando na cabocla e no sem penso ou com penso.
Ao ganhar um pernil no sorteio, levantei e fui para casa.
Cada uma.......
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