QUE BOM TER VOCÊ AQUI

Quem escreve, raramente escreve somente para si próprio.
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Que bom ter você aqui....

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

DIA NORMAL. NORMAL??

Começo a achar que este tal de inverno é uma realidade.
Julgamos que ele seria ameno, como no ano passado, mas pelo que se vê,
será igual aos invernos de minha adolescência, quando íamos cedo para o
Medianeira e enfrentávamos temperaturas de Sibéria, apenas com um agasalho de Educação Física, primeira aula de segunda-feira, para desgraça de muitos.
Se usávamos ceroulas já naquele tempo, hoje devemos ter uma sempre à mão,
pois às vezes, é insuportável o tal do frio. E fico aqui pensando se eu
estivesse no flat em que eu morava até tempos atrás, com certeza já teria sido acometido pela gripe suína, bovina, caprina, qualquer uma delas, pois aquilo era filial do congelador da Consul. Mas, em função de acontecimentos da vida,
deixei o flat. Ainda bem. Imaginem você diariamente gripado e consumindo
centenas de remedinhos disto e daquilo. Não há quem agüente.
Pela janela vejo todo mundo agasalhado e encorujado, o que renova minha
teoria de que o frio muda o humor das pessoas sensivelmente.
Caras feias dominam o cenário, enquanto sorrisos somente aparecem raramente.
E o pior: na atual situação, mais frio, maior o risco do vírus.
Esta gripe está alterando sensivelmente os hábitos da cidade.
Precauções, cuidados, recomendações, enfim, toda e qualquer providência para afastar aglomerações, evitar concentrações, deixar com que as pessoas
façam o mínimo necessário para tocar suas vidas. Médicos de plantão,
entrevistas mais sérias, providências tomadas e, infelizmente, mortes.
Ao mesmo tempo em que fico com saudades de minhas aulas na faculdade,
me preocupo com alguns alunos que não se cuidam como deveriam,
expondo-se a riscos desnecessários. Mas eles são assim. Quase todos, são assim.
Mais uma semana em casa, sem dar aulas. Não preocupa a continuidade do
calendário escolar, mas sim a quebra da seqüência que aconteceu.
A largada tinha sido boa, alunos empolgados com a Redação Publicitária, equipes formadas para a execução disto e aquilo, Propaganda Ideológica com o
gatilho pronto, mas fomos obrigados a dar um tempo. Um tempo providencial
para que o vírus se mude, vá embora, a vacina chegue, as pessoas se protejam.
O que menos preocupa, agora, são as aulas.
Saudades dos alunos são diminuídas com o MSN, emails, alguns telefonemas.
O foco está no andamento do vírus e suas vítimas.
De repente, a situação mais séria do que se previa, exigirá de todos
nós cuidados especiais e providências diárias para se evitar um mal maior.
Então cuidemo-nos.
E aos meus alunos, desejo não só os cuidados necessários, mas também que eles
fiquem bem e me reencontrem, se possível, no próximo dia 17.
Ontem, na fila da panificadora, uma mãe muito simpática me dizia que não
sabe mais o que fazer com duas crianças em casa, uma de 12 e outro de 9.
Sorrindo, eu disse para ela: procure criar alternativas de ocupação.
Seja criativa a ponto deles saberem que a mãe é mais do que mãe. E se
“suas férias” ainda não começaram, é por um nobre motivo. Assim como ela,
centenas de mães não sabem mais o que fazer com crianças e adolescentes que, estranhamente, estão descobrindo que ficar em casa não é tão mau negócio assim.

2 comentários:

  1. Bom meu caro Costa, enquanto aguardamos se o governo toma alguma providência séria de verdade com relação a gripe, acompanho suas publicações do blog e me divirto muito com as histórias aqui bem contadas. Um grande abraço!

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  2. É Costinha....

    Vamos em frente... Lutando como leões, para não morrermos como veados!!!

    Abraço!

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