ELE VEIO

E não é que ele veio?
De repente, sem previsão, eis que ele aparece.
Já cedinho, sua presença anima as pessoas.
Com certeza, gostamos muito mais dele do que imaginamos.
Além do que, precisamos da sua presença.
Ainda mais nesta época de vírus pra lá e pra cá.
Tomara que ele fique por mais tempo, um tempo que dure o suficiente
para todos nós nos reorganizarmos.
Arrumar aqui, arruma ali, abre janela, pendura roupa lá fora,
coloca no gramado, enfim, com a presença dele podemos levar uma vida
quase normal, apesar do frio.
Para ele voltar teve promessas, orações, mandingas, sabão no telhado,
vela acesa, bilhete para santa, enfim, bastava olhar o satélite para ver
se ele viria ou não. Mas a gente tem a esperança acima da fé.
Aliás, as coisas são iguais. Esperança e fé.
E com a presença dele desde cedo, o sorriso voltou aos rostos de
centenas de pessoas. Hoje cedo, ao sair para comprar cigarro e o
jornal, percebi que são outros rostos que circulam nas ruas.
Mesmo encorujados, semblantes mostram um sorriso.
Coisa rara nos últimos 20 dias.
Agora, pelo menos até sexta-feira, dia 7, ele estará presente.
Fique, amigo sol.
Não é à toa que desde os egípcios já gostavam de você.
Vê se fica, porra!!