Existem pessoas que guardam manias. Outras, mantém hábitos.
Alguns saudáveis, outros nem tanto, mas hábitos são hábitos.
Além de fazerem o monge, se fixam nas características das pessoas de
uma forma que, vez em quando, lá estamos nós praticando aquilo que deu
origem aos hábitos.
E comigo não é diferente.
Desde 1973 frequento o Bar Palácio, naquela época na Barão do Rio Branco,
onde o astral era melhor, eu acho. Mas, anos depois, mudou-se para a
André de Barros e lá está até hoje, funcionando como sempre, só que
em horários novos. Mudança de horário devido à segurança e devido à
redução de clientela. Antigamente atendiam até 5 da manhã, todos os dias.
Hoje, de segunda a quinta atendem até as duas da manhã e, nas sextas e
sábados, até as 3 da manhã.
E taí um hábito salutar. Ir ao Bar Palácio comer um filé grise ou uma
porção de frango a passarinho, com alho e óleo, com uma farofinha com
ovos e uma cebolinha frita, tipo cabelinho. Aliás, só lá se encontra
este tipo de cebolinha. Nesta época do ano, senta-se perto da churrasqueira,
mantém-se o calor, toma-se aquela cerveja gelada, saboreia-se o mignon
grise e joga-se conversa fora com quem de direito. E o Bar Palácio mantém suas tradições. A mesa ao lado pode ter a presença de um elegante senhor com
uma puta da noite. Na outra mesa, uma elegante dama de companhia com um
garoto. Na outra ainda, um padre e um amigo. Ou uma executiva com o novo amante.
E assim segue a vida, por aí vai......
Mas o bom mesmo, é sentar ali seja a hora que for, de preferência com
uma companhia agradável e se deliciar com o mesmo tempero e preparo de tantos anos. Perdi a conta de quantas vezes fui ao Bar Palácio com Fulanas e cicranas,
se bem que ultimamente, tenho ido com Bethy e só. Juízo, menino.
E o Bar Palácio tem muita história pra contar, que pretendo ainda, ouvir,
reunir e contar aqui.
Algumas serão censuradas, claro, mas outras, tão boas quanto as proibidas,
aqui serão registradas.
Nestes dias de inverno, se puder, venha saborear as delícias do Bar Palácio. Atendimento exemplar, cerveja mais do que gelada, comida de primeira linha e
preços honestos. André de Barros, à direita de quem desce a rua, antes da
Barão do Rio Branco.
Não precisa mais do que isso para viver bons momentos.
E se vier sozinho, não tem problema. Sua cabeça é sua companheira.
Sempre.
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