GAZETA DO POVO – 19 de agosto de 2009. - Beto Richa citou levantamentos que comprovam que a grande maioria da população é favorável à nova lei.
Entre eles, o prefeito destacou os números de uma pesquisa apresentada
pela Gazeta do Povo, segundo a qual 85,6% dos curitibanos maiores de 16 anos concordam com a medida. Em relação aos 71,4% que se disseram favoráveis
aos espaços exclusivos para fumantes, Richa afirmou que a maior parte da
população irá entender a importância do fim dos fumódromos. “O tabagismo é um problema de saúde pública, uma preocupação com o bem-estar das pessoas.
É um dever do poder público cuidar da saúde das pessoas, em primeiro lugar”, defendeu. “Nossa batalha não é contra o fumante, é contra o cigarro.
O fumante tem de entender que o direito dele vai até onde atinge o do outro.”
Então, tá. Agora é lei.
O cigarro incomoda, mata, atrapalha, perturba, mas ainda é um vício.
E como tal, deve ser tratado como uma dependência que o ser humano tem,
influenciado não se sabe por que, mas tem gente que não fica sem fumar nem 20 minutos. Proibido foi, proibido está, como dizia uma amiga minha.
Agora, do jeito que a coisa anda, vão se concentrar para proibir que bêbados se reúnam em bares e restaurantes, pois eles também incomodam. Beber também
é vício, tem gente por aí que bebe todos os dias. Nada contra, desde que
sobreviva e seja de boa paz. Em barzinhos, tem alegretes e balãozetes todos os dias. E alguns, até inconvenientes. Vão se mobilizar para que bêbados fiquem em
casa ou bebam na rua, enquanto dirigem, enquanto andam a pé, enquanto dormem,
menos em bares e restaurantes. Ou o alcoolismo não é um problema de saúde pública? Também vamos nos mobilizar para o combate à prostituição, que mesmo não sendo um vício, é uma prática condenável. Mesmo chic ou executiva.
O bem estar das pessoas, mencionado na lei e no comentário no nobre prefeito,
é um conjunto de coisas que compõem o momento do cidadão. Sentar em um bar para degustar uma caipirinha e depois comer uma boa feijoada, acompanhado de
um cigarro, é um momento de prazer e de relaxamento. E o pior: nem espaço
para fumantes terá mais. Uma discriminação a favor do bem estar das pessoas.
Com isso, o fumante deixa de ter seu bem estar atendido, enquanto bêbados profissionais continuarão a tomar seus porres e incomodar a terceiros,
sem lei que os regule, pois mesmo a tal da lei seca não passou de fogo de palha.
Broncas à parte, sugiro que cada um de nós, fumantes, aprenda a cozinhar
rapidinho, apanhe a receita preferida do seu restaurante e do seu bar de hábito, reúna amigos, compre cinzeiros e faça tudo em casa, o que também não é bom, pois deixa-se de freqüentar um local que se gosta em função de uma lei, que tem
multa prevista e tudo o mais.
Quero ver eu aprender o omelete com tomate seco do Folha Seca, a feijoada
do Fornão, o filé o Mangiatto Bene, a asinha a alho e óleo do Veneza, a paleta
de carneiro com fetuccini do Saanga Estação, o quibe do Bar da Brahma, a
costelinha borboleta do Serjão, além de outros que agora não lembro mas que são ótimos de serem degustados e saboreados em companhia de alguém especial, de
amigos, de uma boa caipira de vodka Smirnoff e um cigarrinho. Além do que, fica faltando a simpatia do dono do restaurante, amigo de longa data que te quer bem.
Aprender até que eu aprendo, mas perco o astral do local que sempre me acolheu
com elegância, fidalguia, bom atendimento e preparo alimentar exemplar.
Com esta lei, os não fumantes irão mais aos locais, pela lógica, mas o consumo
deles será uma coisa menor e mais triste. E aqueles espaços reservados aos
fumantes, simplesmente deletaram, cancelaram, suprimiram. Em nome do bem estar
dos não fumantes. E o meu bem estar? Não vale. Não tem. Lei é lei.
Criam-se leis para regular e melhorar a vida de pessoas. Concordo.
Quem não fuma, tem direito ao seu espaço. MAS QUEM FUMA TAMBÉM TEM DIREITO
A UM ESPAÇO RESERVADO. No fim, é até mais chic. A diferença entre eu e um não fumante, é o pulmão. A minha saúde é mais feliz do que a dele, meu astral é
melhor do que o dele, minhas realizações são melhores do que as dele. Ou não?
Quem fuma não se incomoda com a saúde e nem com a fumaça dos outros, mesmo
que de charutos. Quem fuma, não quer que o não fumante morra de câncer, pois
ele mesmo está se matando. Quem fuma, tem plena consciência do que é o fumo
e seus males. Ninguém fuma por bonito ou por auto-afirmação, como se dizia quando a gente tinha 15 anos.
É vício e como tal, merece respeito. Tive uma namorada que me amava perdidamente, dizia que beijava um cinzeiro, mas não me deixava um minuto sequer, mesmo com o cigarro. Ela não se importava e hoje goza de uma saúde de ferro. E goza.
Fica aberta a polêmica e o debate.
Mesmo não fumantes tem direito a opinar, mas lembrem-se: vocês viverão com
mais qualidade de ar, só que mais tristes. O fumante anima o ambiente,
anima a casa, anima as pessoas. É outro astral.
Mas como dizia aquela minha amiga, “resolvido está.”
Oh meu caro professor Costa, o que é isso! Uma pessoa bela e jovem como você não precisa de um cigarro para se alegrar. Logo você que tem escrito aqui mesmo nesse blog e com muita propriedade, que deixou das más companhias! Que agora quer viver em paz! Aproveite essa oportunidade. Novos tempos, vida nova, ar puro e prazer em tudo e para todos. Um abraço! nos vemos na aula logo mais!
ResponderExcluirAos bêbados, há tempos está proibido show na pedreira! Estão fechando o cerco contra nós também. rsrsrs. Com todo respeito, como diria sua mãe, "Merdas cagadas não voltam ao cu!" Um abraço, Alex
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