A cidade também descansa.
Esta Rua XV de Novembro, que recebe milhares de pessoas todos os dias, neste momento estava respirando um pouco.
No clic de Thiago Fuzetti, a saudade que vem desde os tempos em que, por aqui, passavam carros e ônibus.
A esquina é da Muricy com a XV, onde passei dois anos da minha vida, quando estudei no Camões, saído do Medianeira que fui junto com mais alguns companheiros.
Na esquina, de segunda à sexta-feira, tínhamos nossa turma do "recreio", com lanche na Lanchonete Colombo ou na Lancaster, com aquele Madrilenho branco e inesquecível, acompanhado da Choco Milk legítima.
Silmara, Kita, Mariane, Fabianne, Gracinha, Regina Pisa, Homero, Gilzinho, Marco Bassetti, Claudio Barry e eu descíamos a escadaria do Camões para aproveitar o sol e ver a Gilda, a bicha famosa fazer seus shows no calçadão do Jaime Lerner.
Hoje a Rua XV é totalmente diferente.
Onde era o Camões, antigamente era a Sloper. Ao lado da Colombo, ficava a Foto Brasil. Na esquina do Camões, ficava a Minerva, a original. Alí perto, M. Rosenmann Joalheiros. Na esquina de cá, Magazin Avenida e por aí vai.
Mas tá lá a rua XV, cheia de vida, cheia de gente, cheia de novidades a cada dia.
Cheia de olhares e passos a caminho de esperança, de sorrisos, de abraços de gente que se conhece.
Dia destes, caminhei por toda ela vagarosamente.
Nenhum conhecido.
E olhe que Marco Bassetti e eu, levávamos mais de meia hora para ir do Camões até a Praça Santos Andrade, de tanta gente que a gente encontrava.
Bons tempos.
Boa rua.
Boas amizades.
E hoje, quem frequenta, quem caminha e quem gosta, deve ter lá seus motivos para tal.
Tive os meus.
Hoje é só passagem.
Ontem foram momentos.
Momentos de alegria, de convivência, de conhecimento.
Boa esquina.
Boa imagem.
Boa saudade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário