Não tem quem não goste do final de semana.
Um sentimento universal, mas mais acentudado nos brasileiros, que
cortam com x os dias passados da semana para que chegue a sexta-feira,
18 horas.
Aí começa a transformação do ser humano.
Lentamente, a vida altera o compasso e a benevolência domina o caminhar, o passo a passo, deixando o stress e a pressa para a sexta-feira, 17 horas.
E no final de semana, feliz de quem consegue reunir a família toda e fazer um almoço, um ato de congraçamento, um encontro entre pessoas que se querem bem e descobrem isto a cada dia, ainda mais no momento em que se serve a comida.
A bebidinha do início, o aperitivinho de espetinho de alcatra com bacon, a salada preparada com carinho, o gelo mineral agradando copos que circulam pelo ambiente.
Na chaminé da churrasqueira, a fumaça revela o cheirinho do carneiro coberto de orégano. Vizinhos seam à janela para dar uma suspirada.
À medida em que chegam os convidados, forma-se a família.
E todos alí, cientes de que aquele bom dia e aquele sorriso são muito mais
do que formalidade.
Carinho.
Respeito.
Amor.
Do patriarca à neta pequena, todos sabem como é bom viver com felicidade.
Ao servir a carne, o churrasqueiro fica feliz ao receber elogios sinceros pela qualidade do feito.
Amigos não parentes também comparecem.
Sorrisos, causos, piadas, comentários, brincadeiras, todas sadias em
volta da mesa ou do balcão da churrasqueira.
Coquetéis especialmente elaborados agradam ao gosto de uma turma
sadia que gosta de cachaça.
E quem não gosta?
No final do "carneamento" da paleta, o sobrinho se abraça no osso e flauteia demoradamente as sobrinhas de carne. Ato de quem entende do assunto.
Enquanto tudo isto acontece, Beatles rolam ao fundo.
Quando se vê, o domingo beira as 17 horas, mas ninguém pensa na musiquinha do Fantástico. Aliás, cada vez menos tem menos gente vendo o Fantástico. Deveriam mudar o nome do programa.
Ao irem embora, todos se abraçam e se despedem, principalmente os
que moram fora.
Dizer adeus para quem mora fora é mais doído, mas faz parte do processo
da vida que eles escolheram.
E que Deus os acompanhe, sempre.
Para os que ficam, a certeza cada vez maior de que família é tudo de bom.
Amizade, companheirismo, amor, respeito e carinho.
Não precisa mais do que isto.
Aliás, se já tiver isto, chega.
E como diz a letra de In My Life," todas as pessoas são importantes em nossas vidas." E quando pode-se ouvir esta música declamada pelo Sean Connery, aí tomba-se o jipe e entende-se o que quer dizer "Sir" Sean Connery.
Excelente final de semana.
Carneirinho, alcatre no espetinho, saladas mils, sobremesas mils, sorrisos
mils e uma baita seção musical proporcionada pelo amigo da família, Gersão.
Que pelo apelido já se tem idéia do tamanho, mas que no fundo, é um ser humano de uma bondade acima do tamanho dele. E olhe que ele é grande.
Dia 13, mais atividades.
Festa no Gyros, o Grego do Bacacheri.
Recomendo.
Alegria, sempre.
Sorriso, sempre.
Responsabilidade, sempre.
União, sempre.
Assim é que se vive feliz.
E não precisa mais do que isso.
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