Entre tantos momentos bons vividos em Guarapuava, um dos que mais tenho saudades é a cervejinha do final de dia na casa do Gil Gomes.
Primeiro pela amizade com o Gil e a família, que vem desde 1994.
Segundo, pelo carinho da Tia Glaci, que é uma pessoa fora-de-série.
Terceiro, porque o Gil tem nos fundos da casa dele, uma vista para a cidade e uma mesinha com duas cadeirinhas, que são feitas para isto: prosear e tomar a cervejinha.
Sempre gelada, com copo ainda do tempo do Hotel Atalaia, um petisco, papo de primeira linha, tudo de bom.
Alí desabafei, ri, chorei, vivi momentos que tenho uma puta saudade, mas que ainda vou repetir.
Gil sempre tem uma palavra de apoio, um abraço na hora certa, além de netos fantásticos, que alegram o ambiente e afastam a tristeza do visitante.
Na cadeirinha e na mesinha, víamos a cidade em silêncio, final de tarde, saboreando a cerveja em meio a papos de ontem e dos dias em que vivi por lá.
Textos, histórias, causos, memórias, enfim, se você quisesse passar bons momentos, era alí que você deveria estar.
E quando a Tia Glaci fazia a maionese, aí sim, passa a régua que nunca comi maionese igual na minha vida.
Eu e eles fomos almoçar várias vezes no Brecovit e ficamos até 4 da tarde proseando.
Bons companheiros.
Saudades daqueles momentos.
Mas ainda volto lá.
E breve.
Da mesinha víamos prédios, ruas, a torre da Igreja da Matriz, o predinho onde morei por um tempo, o jardim da casa, que era impecável, as frutas, as flores, um cenário digno de fim de tarde ou de início de dia.
Ia e voltava a pé, mas com a certeza de sempre encontrar uma mão amiga e séria.
Leal, antes de tudo.
Ainda volto lá.
Mesmo.
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