Rio que me rio.
Gosto que me enrosco.
Levo a vida sorrindo, rindo, indo.
De palhaça ou maquiada, não me incomodo com nada.
Trabalho, atuo, represento.
E rio.
Rio que me acabo.
Esta é a saída.
Provoco risos, animo pessoas, ocupadas ou nada boas, mas assim sobrevivo. E vivo.
Rio.
Rio porque é a única saída.
Ler jornais não leio mais.
Sei o mal que faz.
Então, rio.
Rio que me rio até que me acabo.
Durmo maquiada.
Assumi a nova identidade.
Nada de palhaça. Mas sim de "divertidora".
De ambientes, de ruas, de praças, de crianças.
E, reservadamente, de adultos.
Sou filha de Deus.
E rio.
Escancaro a risada e reuno mais sorridentes.
Alguns, sem dentes.
Mas rimos.
Ainda mais nos finais de semana.
A vida muda.
Tudo muda.
A alegria contagia.
Então, rio.
Rio que me mato, me desgasto, fico sem voz.
De tanto rir.
Minha idade ninguém pergunta.
Sou criança, sou adulta.
Adulta que vira criança e vive melhor.
Então, rio.
Rio que me rio.
(Foto de Fran Tonial).
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