No meio da ventania, do maremoto, da correria, bate um momento de calmaria, de paz, de silêncio.
E como sempre, este momento pode ser bom ou ruim.
Saudade vem junto com cansaço, esperança vem junto com renovação, imagens vêm junto com emoções, enfim, a cabeça da gente ainda é melhor do que qualquer aplicativo que rodem por aí.
Olho para o ano de 2001 e olho para os dias de hoje e coço a cabeça.
Claro que hoje está melhor, mas quanta coisa perdeu-se no meio do caminho?
Claro que a vida altera os rumos previstos, mas quanta gente sumiu no meio do caminho?
Tem um texto por aí que diz que não fique triste com quem saiu da sua vida, é porque não tinha nada que fazer na sua vida.
Será?
Mas muitas coisas mudaram.
Tenho saudades de minhas duas filhas, uma em São Paulo outra em Maceió.
Tenho saudades da mesa cheia aos domingos e em outros dias, mas a vida mudou e cada uma foi cuidar da sua vida.
Agradeço que estão bem encaminhadas e torço para a felicidade do hoje seja sempre presente.
Amigos de ontem ficaram no ontem e amigos do hoje, na maioria, são somente de relacionamentos comerciais.
Uns poucos ainda troco ideias, papos, opiniões e avaliações.
A vida ficou corrida, o trabalho aumentou, ainda bem, mas mesmo assim, olho pra trás e vejo que alguma coisa de lá eu deveria resgatar, mas não sei o que é.
Mas não posso me preocupar com isso.
O negócio é cuidar do hoje e preparar o amanhã, que ainda é uma incógnita.
Mas será bom, não tenho dúvida.
Breve, novos rumos, breve, novo lugar para viver.
E passo a passo vou vivendo os dias que a folhinha muda e o calendário do celular também.
Não existe como querer que a vida tenha por base os dias de ontem.
É como uma jangada depois de um maremoto. Está meio danificada, mais ainda veleja, anda, pula ondas e vence desafios.
Os estragos arrumam, se arrumam, alguém arruma.
O jangadeiro, experiente, só tem que cuidar é da onda do mar.
Sem ela, nada de viagem e nem de passeio.
Com ela, tudo de bom.
E de ruim também.
Como este texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário