23 de Março de 2010.
Chega ao fim uma pendenga jurídica de nove anos.
Uma ex empregada de 15 anos, resolveu que eu tinha que dar-lhe um apartamento como forma de pagamento pelos 15 anos, que ela tinha direito e que o genro dela havia dito isto. Como se ela não tivesse recebido tudo de direito durante os 15 anos. Fora os presentes e agrados, fora as mãos dadas em momentos difíceis pelos quais ela passou.
Mas, esclarecido o fato de que ela não tinha direito a um apartamento, dentro da lei, ela resolveu pedir seus direitos na justiça do trabalho, esta fantástica indústria que movimenta mais dinheiro que o jogo do bicho e o tráfico de drogas.
E assim foi.
Feito o primeiro acordo, não pude cumprir, pois foi bem na época que parei com a agência e fui procurar o que fazer da vida.
Isto posto, começaram as intimações de multa, penhoras de bens e o que mais a justiça permite a favor de quem se queixa.
Passados estes nove anos, a causa encerrou-se no dia de hoje, depois desta mulher ter levado todo o meu apartamento, meus bens, quadros e outras coisas, além do sossego, que acabou.
Todo o dia você fica agoniado quando toca o interfone, pois pode ser o oficial de justiça(?) que vem para penhorar mais alguma coisa.
E hoje, depois de tudo isto, colocou-se um ponto final no causo da dita mulher que queria um apartamento.
O tal do genro nem é mais genro e ela ainda teve a coragem, na frente dos advogados, de dizer que gosta muito de mim e de Dona Bethy.
Fim de história.
Serve de alerta para quem tem empregada sem registro e para quem faz mais do que deve para com estas pessoas.
Cuidado.
Se faltou água na casa dela, deixa que ela se vire.
Se ela apanhou do marido, não se meta.
Se ela quer férias e um aumento, dê, mas dê dentro da lei.
Se ela ficou doente, desconte.
Siga a lei. Rigorosamente, a lei.
Não dê móveis, fogão velho, roupa usada, dinheiro extra.
Não faça nada humanitário.
Simplesmente porque, muitas delas, não são humanas.
E os advogados, quase todos da área do trabalho, também não o são.
Contrate, registre, pague e sempre com recibo e apoio de um contador.
Mesmo assim, se prepare.
Um dia, lá na frente, uma delas vai te levar o que você tem e mais um
pouco.
Pelo visto, juiz e juíza não tem empregada.
E se tem, é dos tempos das fazendas de seus antepassados.
Fica o registro.
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