E não é que teve continuidade a turma da praia???
Aquela da crônica da semana passada.....Tudo de Novo....
Pois é.
Conversa com uma, com outra, ouve um e outro, fala com o povo da praia e a verdade foi conforme relato abaixo.
De fato, todos chegaram na 6a.feira, por volta das oito da noite. O Opalão e mais quatro carros.
O da manicure, o da amiga, o do irmão da manicure, enfim, a caravana armada chegou na praia.
Broncas iniciais pela localização da casa, mas chegaram no sobrado de seis quadras do mar.
Mas tudo bem.
Até desembarcar, diz que foi uma aventura.
Colchões infláveis nos ombros, malas da Ika ainda costuradas, sacolas, sacos azuis cheios de rasteirinhas, aquelas coisas.
Invasão do fim do mundo!!!
A vizinha da frente, ficou na janela do sobrado só vendo.
E rindo.
Nunca viu tanta gente entrar ao mesmo tempo em um sobrado só.
E era perto do mercado do peixe.
E a vizinha da frente ainda falou que a turma toda alugou somente a parte de baixo do sobrado, pois na parte de cima, morava o dono, solteiro, jornalista, vivia sozinho e não parava em casa.
Conclusão: foi pior do que o imaginado na crônica anterior.
15 pessoas no térreo, onde havia somente um quarto, uma sala e um quartinho pequeno, que ainda comportava um beliche, mas tinha que dormir com a porta aberta.
E a turma da "gorda" se instalou.
A vizinhança percebeu que havia algo errado quando o som do Opalão foi ligado, mas vale tudo.
Era carnaval.
A mãe com os filhos, a manicure com o irmão, o marido já meio bebum (mesmo), a turma se ajeitando.
Calor de 42 graus com um ventilador Britânia de 1972, ainda rodando e mandando uma brisa na sala.
A cozinha, "espaçosa", entravam dois e saíam dois.
Mas era festa.
A geladeira, nem fechava de tanta lata de Skol e Kaiser.
O armarinho de mantimentos ficou de portas abertas, de tanta lata de atum e salsichas.
Mas tava valendo.
A gorda, a chefa, já deu os berros e todo o mundo se ambientou.
Na churrasqueira, de fato, tinha mais espaço, no fundo do sobrado.
2 x 1,5, mas que cabia todo o mundo.
Filé com areia, sem areia, mal passado, sem sal, com sal, queimado, pão na grelha pra "esquentar um pouquinho", aquela zona armada.
No Opalão, Victor e Leo e a turma toda.
A chefa preparou a farofa com bacon e a vizinhança gostou do cheiro.
A manicure preparou um molhinho vinagrete e a vizinhança sentiu o clima.
O irmão da manicurejogou molho inglês no filé e o cheirinho invadiu a vizinhança. Ele ouviu que ficava filé de gran fino......
Pronto.
Quando deu onze e meia da noite, tinha mais de 35 pessoas no sobrado da "gorda", como ficou conhecido.
Música, latas, copos, pão amassado, cebola, filé, garfo nas costas de um, gordura no cabelo de outro, assim ia a festa.
Tudo isto em plena sexta-feira de carnaval.
No sábado, melhor nem comentar.
De 35 foi para 55 pessoas.
Amigo deste, filho da vizinha do lado, sobrinho da vizinha da frente.
E dê-lhe festa.
E dê-lhe lata.
E dê-lhe alegria.
A fila do banho era imensa, mas todos davam um jeito, menos aquele que ficou só com o banho de mar por 4 dias.
Imagina!!!
Peixada, macarrão e feijão preto foi o cardápio do domingo.
Peixada de filés de linguado, ainda filhotes, mas eram linguados.
Macarrão parafuso, mas 5 pacotes.
Feijão feito pela chefa, com alho e tudo o mais.
E dê-lhe alegria.
O povo ia chegando, fazia o prato, se abancava onde dava, comia, bebia e ainda cantava um pagodinho de primeira linha, com o violeiro irmão da manicure, que no sábado, saiu às 2 da tarde e voltou somente lá pela meia noite, cansada, suada, mas feliz.
No telefone, disse pro namorado de Curitiba que tinha ido passar o dia em Barra do Saí.
E o idiota acreditou.
Mas a turma continuou na festa.
No canto do muro, a menina filha da gorda mandava brasa com o ficante de então.
Beijos de cinema e gestos de filmes quase pornôs, mas tudo na boa.
Normal para a época em que vivem.
A vizinhança ficou cliente do sobrado e de fato, 4 dias de festa e algazarra.
A chefa só ficou bronqueada quando foi deitar de segunda para terça e viu o marido, completamente bêbado e urinado na cama. Aquele magrão da caninha 51.
Deu o maior esporro e o marido foi dormir na rede, ao lado do Opalão.
Na sala, aqueles corpos deitados e dormindo, o silêncio da madrugada com o dia clareando e a chefa feliz.
Carnaval era isso.
Festa, gente, alegria.
A manicure mandou bala, não largou o celular e tapeou direitinho o namorado de Curitiba.
Mesmo na volta, segundo eu soube, mandou bala no salão, contando inclusive as mentiras para o namorado de Curitiba. Até dor no ombro ela disse que teve devido ao colchão inflável.....Imagina....que criatividade.....
E carnaval é isso.
Até foto se fabrica para sustentar a história contada.
Mas valeu a festa da turma da Gorda.
A vizinhança ficou triste quando ela veio embora.
E a diarista da imobiliária, quando entrou no sobrado na quinta-feira para limpar, pediu a conta e foi pra casa.
Impossível limpar tudo aquilo.
Até camisinha tinha dentro da garrafa de 51.
E o dono do sobrado, assustando, retirou a opção de aluguel da imobiliária.
Ele não viu nada da festa narrada. Viajou.
Um aluguel para 5 ou 6 pessoas virou uma zona.
E com cheiro de peixe e tudo....
Mas valeu.
Festa é festa.
E dura a vida toda.
A manicure que conte......
dê-lhe celular pra enganar o namorado, que aliás, foi embora.
Descobriu coisas demais.
Melhor pra ele.
E a festa continua.
Afinal tem carnaval o ano que vem, sem contar os feriados que se aproximam.
Vale a festa.......
Caramba. Estava esperando ansioso por este texto!
ResponderExcluirE como sempre: DEMAIS!!!
Mas,desta vez, fiquei com medo de criar algumas imagens em minha mente... hahahaha
Valeu!!! Dá-lhe Carnaval!
Abração e Feliz Ano Novo!