Fico aqui pensando, em meio a tantas coisas, como deve ser administrar
uma cidade como Curitiba.
Se encararmos a Prefeitura como uma empresa, o princípio "entrada-saída" deve ser o condutor da coisa.
Ao menos, é como parece. Ou seja: arrecada-se x, gasta-se(investe-se) y e pronto. A roda gira.
Só que, pelo que noto, existem fatores e variantes que não permitem
uma administração satisfatória, se bem que Curitiba é exemplo em
algumas coisas para o resto do Brasil.
Uma das variantes que atrapalha a administração é a política.
Nos tempos de Ivo Arzua, Omar Sabbag e Maurício Fruet, na Prefeitura, administrava-se a cidade, fazia-se política, mas o crescimento e as providências eram percebíveis.
Hoje, o que se nota é o uso da prefeitura para um trampolim político,
para vislumbrar continuidade da carreira do prefeito ou para "armar"
grupos de apoio que levem o mandatário para um cargo maior.
E nós?
As informações dão conta de que dinheiro não seria o problema, não
só pela receita adquirida e orçamento aprovado, como também pelos financiamentos externos que aparecem por aí.
Então, ao rodar a cidade lentamente, ainda vemos que existem locais
que precisam mais atenção, postos de saúde com mais agilidade,
creches em número maior e coisas do gênero.
As reclamações são quase sempre as mesmas, pois os problemas parece
que não são resolvidos para servir de bandeira para a política deste ou daquele.
O que mais entristece é ver que, depois de uma excelente votação obtida
na última reeleição, nosso querido Beto Richa está empolgado com a
eleição para o governo do Estado.
Justo, porém não oportuno, acho eu.
Ele foi "contratado" pela população para ser o prefeito da cidade,
desenvolver seu trabalho, cumprir suas metas, beneficiar milhares
de moradores e deixar a cidade melhor do que está.
Agora, com a adesão de políticos, partidos e pessoas, além de grupos interessados, a caminhda para o Governo já teve seu início, deixando
de lado as aspirações de Álvaro Dias, que deve ter feito uma boa
negociação e indo bater de frente com o Osmar Dias, até então
candidato pelo PDT.
Eu sempre disse que política é a arte da traição.
Ontem, o abraço dado para um pode virar aceno de adeus para outros,
senão para aquele mesmo um.
Complicada esta história.
Se bem que Beto tem uma grande vantagem nesta futura eleição:
tudo vale para nos vermos livres do doente que hoje ocupa o Palácio
e que ontem era um bom político.
Alguém disse que Requião faz política destruindo as pessoas.
Muito ruim isto, mas verdadeiro.
E a politica, como um todo, a população está meio de saco cheio,
visto que as personagens principais desta história não inspiram mais
tanta credibilidade quanto antes (vide o Governador de Brasília e seus assessores), além de outros casos públicos por aí.
Então, o que nos resta é torcer para que Luciano Ducci entre com vontade na administração da cidade e administre.
E quando for a hora da política dele, ou da reeleição dele, que aja
com responsabilidade.
Nao queremos ver nossa Curitiba abandonada e largada em troca de
ideais políticos deste ou daquele.
Dos tempos em que Jaime Lerner foi o prefeito e arrumou muito a cidade, tendo a continuidade de algumas obras positivas por parte de outros prefeitos, aos tempos atuais, vamos torcer para que tenhamos de
volta aquele astral de ser a cidade modelo, sem propaganda e de ter exemplos para o Brasil e para o mundo, sem capitalizar politicamente
tudo isto.
Quem vive aqui, primeiro, é o cidadão. Depois, o eleitor.
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