Se você investir 30 minutos do seu tempo e utilizar o Google, olha o que você acha, somente em se tratando de candidatos às eleições deste ano. Olha só:
Colombo
Oliveira da Ambulância é acusado de “meter a mão” em salário de assessor
Câmara pagava R$ 3.070 ao assessor, que só recebia R$ 400
O vereador de Colombo Joaquim Gonçalves de Oliveira (PMN), conhecido como Oliveira da Ambulância, mais uma vez é investigado pelo Justiça e corre o risco de perder o cargo. O “vereador mais votado de Colombo”, como costuma se intitular, foi denunciado por um de seus ex- assessores por se apossar indevidamente da maior parte do seu salário. Nivaldo afirma que recebia mensalmente R$ 400, enquanto o salário que era depositado na sua conta, que seria controlada pelo vereador, era de R$ 3.070.
O ex-assessor, que fez a denúncia ao Ministério Público e à Câmara Municipal, trabalhou para Oliveira de dezembro de 2006 a dezembro de 2007. Vieira, que foi contratado pela Câmara, disse nunca ter na casa na Casa, apenas prestava serviços particulares de informática ao vereador entre outras funções. De acordo com a denúncia, o ex-assessor sempre recebia seu pagamento mensal em dinheiro e nunca recebeu nenhum recibo para assinar relativo aos pagamentos.
Também consta na denúncia que assim que começou a trabalhar, Nivaldo foi ao banco acompanhado de Oliveira para abrir sua conta-salário, a qual ficou sob a responsabilidade do vereador. Nivaldo teria descoberto que Oliveira teria se apropriado de seu salário e que trabalhava irregularmente para o vereador prestando serviços particulares no final do ano passado.
O caso está sob investigação no Ministério Público, por meio da Promotoria de Colombo, que já ouviu algumas testemunhas. Uma sindicância no Conselho de Ética da Câmara Municipal também foi aberta para investigar as denúncias do ex-assessor. No entanto, a definição dos novos membros que devem compor o Conselho não foi concluída na semana passada, quando os vereadores voltaram do recesso parlamentar. De acordo com a assessoria da Câmara, a votação deve acontecer terça ou quarta-feira da próxima semana. Por enquanto, segundo ele, nenhum vereador pode comentar o caso.
No ano passado, o vereador Oliveira da Ambulância quase perdeu seu mandato, após ser denunciado ter espancado e acorrentado o enteado de nove anos de idade, em janeiro do ano passado. Ele foi preso duas vezes devido às acusações de agressão. Em junho do ano passado, os vereadores resolveram absolver Oliveira da acusação de decoro parlamentar, apesar da recomendação pela sua cassação da Comissão de Ética.
E TEM MAIS:
O vereador de Curitiba Paulo Frote (PSDB) foi condenado por ato de improbidade administrativa cometido entre os anos de 1996 e 2000. Frote foi condenado por ter, segundo denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), recebido em conta particular parte da remuneração de sete funcionários da Câmara Municipal que ficavam à disposição de seu gabinete e de funcionários-fantasma por ele "contratados".
O esquema teria resultado em um rombo de R$ 320.213,02 aos cofres públicos. Em relatório parcial de auditoria foram constatadas 67 transferências de contas de servidores para contas em nome de Frote e da mulher durante o período entre outubro de 1996 e maio de 2000.
Com a decisão judicial, da 3º Vara da Fazenda Pública, Falência e Concordatas de Curitiba, Frote perde a função pública, tem os direitos políticos suspensos por oito anos, está impedido de contratar com o poder público por dez anos, tem de devolver os pouco mais de R$ 320 mil e ainda pagar multa. O vereador pode recorrer da decisão.
O esquema, segundo a denúncia, teria acontecido entre outubro de 1996 e maio de 2000 e tinha o envolvimento de outras pessoas: a mulher do vereador, Rosmari Baggio Frote, Rosa Aparecida Baron, sobrinha do casal, Rosali do Rocio Baggio Augustynczyk, que é irmã de Rosmari, e Kátia Luciane Bianco, cunhada. Dos envolvidos, apenas a mulher teve as mesmas penas aplicadas ao marido. As outras três, todas ex-funcionárias da Câmara, não foram condenadas. No entanto, o MP-PR já adiantou que vai recorrer pedindo a condenação das ex-servidoras.
A condenação saiu quatro anos depois que a Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público de Curitiba propôs a ação civil. No mesmo ano, em 2003, o MP-PR ainda propôs denúncia criminal contra Frote e as demais requeridas na ação de improbidade.
E MAIS....
Dos 72 parlamentares federais e estaduais paranaenses que disputarão as eleições ao Legislativo, 55 enriqueceram desde 2006.
Os 72 deputados estaduais e federais do Paraná que disputam vagas na Assembleia Legislativa do Paraná e na Câmara Federal tiveram um aumento médio de 150% no seu patrimônio entre 2006 e 2010. As declarações de bens dos candidatos disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que 55 parlamentares enriqueceram durante o mandado, com aumentos de até 3.520% - caso do deputado federal Wilson Picler (PDT). Apenas 17 parlamentares declararam diminuição no valor dos bens. A maior queda foi a do deputado federal Odílio Balbinotti (PMDB). Ele viu seu patrimônio diminuir 87% em quatro anos.
O fato de um candidato ter muito dinheiro ou aumentar seus bens de forma exponencial não representa nenhuma irregularidade, até porque muitos parlamentares possuem outras fontes de renda, que não o salário de deputado. O próprio Picler é um empresário do setor de educação e só assumiu uma vaga na Câmara em 2009, no lugar do atual prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT).
Picler explica que o aumento foi fruto de compra de ações, em 2008, do Centro Integrado de Educação, Ciência e Tecnologia (Cenect), mantenedora do Grupo Uninter de educação. Ele ficou como sócio único da empresa e, até entrada de novo sócio, diz ter feito redistribuição dos lucros. "Foi feita redistribuição de lucro e a empresa está me devendo esse valor", explica o deputado.
No entanto, a média de crescimento de 150% em um período em que o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro não passou de 50% desde 2006 e os investimentos de renda fixa mais rentáveis ficaram na casa dos 10% anuais mostra que a classe política é, do ponto de vista econômico, uma casta diferenciada da maioria da população.
"Alguém que viva única e exclusivamente da política e apresenta variação acima da média das aplicações financeiras é uma coisa que foge ao comum. Ninguém enriquece da noite para o dia", diz José Guilherme Vieira, professor de economia financeira da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Herança
O segundo parlamentar que mais enriqueceu em quatro anos foi o deputado estadual Fabio Camargo (PTB), que declarou ter patrimônio de R$ 64,6 mil em 2006 e de R$ 763,4 mil neste ano - variação de 1.082%. O candidato afirma que a variação se deve a uma herança obtida com o falecimento da mãe. "Na eleição de prefeito houve a mesma indagação e não tenho nada a esconder", diz o deputado.
Já outros 17 deputados que concorrem a novos mandatos no Legislativo tiveram variação negativa de patrimônio. O deputado federal Odílio Balbinotti (PMDB) teve queda patrimonial de 87% em quatro anos. A assessoria de imprensa do candidato explica que ele transferiu bens, na maioria fazendas, para os dois filhos e a esposa, em uma espécie de pagamento de herança ainda em vida.
E MAIS...
O Ministério Público do Paraná abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades cometidas pelo presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Nelson Justus (DEM). Os promotores querem saber se Justus tem alguma responsabilidade na contratação de funcionários fantasmas e no uso de “laranjas” num suposto esquema de desvio de dinheiro público dentro da Casa – o que configura crime de peculato.
A série “Diários Secretos” da Gazeta do Povo e da RPCTV mostrou denúncias de irregularidades na Assembleia que apontam para nove crimes, entre eles desvio e lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, estelionato e prevaricação. As reportagens revelaram ainda que a direção da Casa pagou supersalários de até R$ 35 mil a servidores públicos.
e por aí vai....
Em quem votaremos na próxima eleição?
Do jeito que a coisa anda, meu slogan passa a ser mais real a cada ano:
BOSTA POR BOSTA, VOTE NO COSTA.
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