Interessante ler jornais e ver noticiários na TV.
Noticiários é dos tempos antigos, quando avós, pais e conhecidos comentavam o noticiário entre eles.
De um lado, vemos Dilma e máquina à toda velocidade, passando por cima de princípios éticos e colocando a tropa na rua pra fazer campanha.
Até o Lula, pai da ideia, está de mangas arregaçadas para eleger a senhora, mesmo contra os princípios dos fundadores do PT.
E é aí que resta a esperança de queda: os fundadores do PT não queriam a Dilma. Agora, se vão ou não vão trabalhar por ela, é outro assunto.
O PT de hoje não tem mais nada a ver com aquele fundado por Lula, o metalúrgico e seus amigos, companheiros de luta e de resistência.
Depois que Zé Dirceu acendeu o primeiro Cohiba, a coisa mudou.
E depois que eles viram que terno do Armani cai melhor que jeans de São Caetano, mudou mais ainda.
E ao verem o cofre aberto, aí foi-se o PT con sua ideologia pro vinagre.
No meio, Serra e sua turma tentam virar um jogo que parece difícil,
mas que é possível.
O problema é a falta de empatia do candidato para com o povo, mesmo os paulistas.
Serra é um homem de semblante tão sério que parece que ele só ri quando está em família. E olhe lá.
E na beirada, Marina Silva, a lutadora, anda a pé pelas cidades falando da sustentabilidade e do meio ambiente, com razão, diga-se.
Ao mesmo tempo em que vemos e ouvimos as palavras de Marina, na sequência vemos inundações na China, no Paquistão, no nordeste brasileiro, neve pra valer no sul do Brasil, 40 graus na Rússia e mais outros fenômenos.
O mundo mudou e está apresentando um clima completamente diferente do antigo.
Consequências da ação do homem.
Tem um amigo meu, engraxate da Xv, gente boa e de primeira qualidade,
que sempre defende: "depois que fizeram Itaipu a coisa mudou, seu Costa."
Sim ou não, verdade é que a coisa mudou mesmo.
Um estudo de um geólogo sobre Guaratuba me preocupa.
Diz ele que lá pelos idos de 2045 a praia central vai juntar com o mercado. Imagine. Fim de Guaratuba.
E em meio a notícias e campanhas, bravatas e discursos, só penso na vida dos meus netos.
Eles ainda não chegaram, mas quando chegarem, o quê encontrarão por aqui?
Acredito que nós, como eleitores e um pouco mais instruídos, deveríamos agir em função de um futuro melhor, com mais qualidade de vida mesmo, para quem nos sucede.
Votar é importante, se bem que muitos ladrões e políticos de terceira acabam se elegendo.
Mas porquê não pensar mais no amanhã em termos de ambiente, de vida, de condições de vida?
Coço a cabeça e vejo que nem Dilma e nem Serra falam nisso.
Aliás, o Serra nem deveria falar, a julgar o nome dele.
Mas gozações à parte, tentemos fazer com que catástrofes ambientais
fiquem somente nas histórias e lendas, e remetam ao tempo de Noé,
quando o J ficou bravo e encheu a arca para alagar o mundo.
Este mesmo mundo que Ele criou para outras coisas.
E se lamenta toda a vez que olha pra baixo.
Mas ainda temos esperanças.
Ao menos, em sonhos.
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