Uma fatalidade.
É o termo que me ocorre ao ver na TV e ler nos jornais o que aconteceu com o Rio de Janeiro e no Rio de Janeiro.
São duas coisas distintas.
O que aconteceu com o Rio de Janeiro, foi o pouco caso de autoridades não tão autoritárias que permitiram a escalada dos morros por parte de pessoas que foram invadindo e ficaram. Ao mesmo tempo, vi uma professora, que teve a casa destruída, dizer que comprou aquele espaço por 3.800 reais. Se comprou, pagou para alguém. E pagou pra quem?
Vendem terrenos em morros sem lei, sem documentação, sem autorização.
Comercializa-se o chão que, teoricamente, pertence ao município, que não cuida, não zela, não fiscaliza e apenas aciona a defesa civil na hora do aperto.
E o que aconteceu no Rio de Janeiro, foi algo lamentável mesmo, envolvendo todas as ruas da cidade, zona norte e zona sul, fazendo da Lagoa Rodrigo de Freitas, um cenário de filme de guerra.
O que aconteceu no Rio de Janeiro fez com que Vinicius de Moraes e Tom Jobim ficassem tristes ao ver tudo isto lá do céu. Ainda mais eles que cantaram em prosa e verso as belezas do Rio.
Fatalidade somada à irresponsabilidade.
Anos atrás, um arquiteto americano se espantou com a ocupação dos morros de forma desordenada e comentou que isto é um fato perigoso.Olhem o termo que ele usou: perigoso.
Mas cagaram para o arquiteto e continuaram loteando os morros.
A favela deu lugar à comunidade.
Mesmo com problemas e falhas, mas lá moram milhares de pessoas que
a qualquer hora, podem desaparecer do mapa, como em Niterói.
Providências?
Poucas.
Notícias?
Muitas.
Só nos cabe lamentar e lembrar da música do Gilberto Gil: " o Rio de Janeiro continua lindo.......".
Ao menos na música.
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