TROTE.
Vi na televisão e comentaram comigo
posteriormente, uma programação de trotes de faculdades pelo Brasil. Em uma de
São Paulo, os veteranos até leram uma carta onde calouras se comprometiam a não
impedir relações sexuais com eles, em momento algum. E até ajoelhadas,
prometiam cumprir o enunciado pelo veterano. Em outra, uma veterana mandou a
caloura vestir um baby doll e ficar na esquina pedindo ajuda, na qualidade de
caloura.
E por aí afora, a coisa mais assombra do
que anima. Sem dúvida, perderam a noção do equilíbrio e do bom senso. Calouros
e veteranos formam um relacionamento antigo, mas tenho a nítida impressão de
que, de alguns anos para cá, a coisa degringolou de vez. Até mortes tivemos em
trotes de anos atrás.
O calouro fica feliz, concorda e faz o que
lhe mandam. O veterano, que deveria ter um pouco mais de cabeça, aproveita e
pede coisas absurdas, completamente sem lógica, mas pedem e continuam
inventando moda ano após ano.
E cadê os professores? Reitores?
Supervisores? Se bem que nos dias de hoje, cargos de chefia e liderança em
faculdades e universidades, são plenamente questionáveis. Liderança, não há.
Mandatários, existem de montes. Pessoas sem cabeça e sem noção, parece que
aumentou o número.
Esta turma que passa em vestibular deveria
bater o pé e dizer: não faço e não aceito. A vaga já é dele, ninguém vai tirar.
Tanto homens quanto mulheres podem se negar a participar de bestialidades que
cometem em nome de um trote.
Pena em pleno 2019 assistir tudo isto. E
ver que em programas de entretenimento,
o assunto deixa de ser jornalístico para ser assunto que merece apoio e
nenhuma crítica.
De fato, estamos vivendo em um mundo de
pernas para o ar.
Não bastou o segurança do Extra sufocar o
garoto, por mais marginal que ele fosse. Agora viu-se que o segurança era mais
meliante que o falecido.
Ao mesmo tempo, o rapaz de João Pessoa que deu seis tiros no motorista de táxi, somente comprova que algo está errado. Mentalidades se alterando, personalidades se transformando, a bestialidade dá lugar ao bom comportamento.
Ao mesmo tempo, o rapaz de João Pessoa que deu seis tiros no motorista de táxi, somente comprova que algo está errado. Mentalidades se alterando, personalidades se transformando, a bestialidade dá lugar ao bom comportamento.
Aliás, bom comportamento acabou faz tempo.
Tenho a impressão de que terminou com minha
gerção e mais uma.
As outras, fazem o que dá na cabeça.
E fazem mal feito.
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