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quinta-feira, 13 de junho de 2013

ENSINO

Leio nos jornais que um vereador quer proibir o uso de celulares dentro das escolas municipais. Diz uma diretora que já é proibido o uso de equipamentos alheios ao meio. E fico pensando como a coisa mudou. Mudou demais. Claro que em consequência da evolução do mundo, mas estas mudanças precisam ser melhor analisadas antes de adotadas. Usar celular na sala de aula pode ser positivo para gravar uma aula, fotografar um desenho, pesquisar no Google alguma informação útil. Mas para enviar torpedos, acessar redes sociais, daí acho que a proibição procede.
Se pararmos para pensar, nós - que hoje temos perto dos 50 - aprendemos tudo na porrada. Muitos de nós utilizavam a Barsa para pesquisas e a Larousse para fazer trabalhos. Eram enciclopédias tão obrigatórias quanto o Autorama da Estrela em nossas casas. Pesquisas eram feitas, decorebas eram aplicadas e muitos dos conhecimentos que temos nos dias de hoje, são fruto do hábito de estudar, um hábito que está se extinguindo a cada ano. Tínhamos provas dissertativas e orais, exigindo de nosso conhecimento uma memorização maior do que o normal, pois a média era 8,0 e nada nos auxiliava com pistolões e coisas do tipo. Ou estudava e passava, ou reprovava sem a menor cerimônia.
E hoje? Será que alunos perto dos 16 anos sabem quem eram os visigodos? Será que eles tem ideia da mórula, da blástula e de outras coisas? Como sempre digo, logarítmo pra quê? E se enumerarmos aqui as atividades de sala de aula que tínhamos, veremos que alguns conteúdos mudaram.
Enciclopédias tomam pó em residências de antes, pois o acesso ao Google é muito mais rápido e moderno. A história do antigo Egito você lê em dois minutos, sem precisar abrir volumes e pesquisar quem era Tutancamon e seus amigos. A própria história do Brasil, que me parece era mais rica, hoje se concentra em informações objetivas e resumidas, permitindo ao aluno noções de conhecimento e não aprendizado total. Se todos soubessem quem era Dom Pedro II, de fato, saberiam que o Brasil deve muito a ele e suas realizações.
Usar o celular na sala de aula não é o ponto da questão. Aplicar uma boa aula, melhorar conteúdo, capacitar professores e gerar interesse nos alunos, me parece mais importante e necessário.
Provocar a busca do conhecimento para a garotada depois dos 11 anos, é um desafio. E manter tablets e smartphones por perto, é a realidade. Tem alunos que acham que a Princesa Isabel era da cor negra, por isso libertou os escravos. Pode? Pode.
Ao invés de combater o celular, vamos manter o foco onde deve ser mantido: a qualidade do ensino no país da dona Dilma.
Se até livros vem com erros de informações, imagina o que nos espera dentro de 15 anos.??
Torçamos para que a qualidade melhore e os professores, estes heróis de salas de aula, se renovem, se reciclem e passem a receber um salário mais justo para com a função que exercem.
Tomemos por exemplo o Japão, onde o imperador somente se curva para um professor.
Aqui, mal e mal o político cumprimenta um mestre ou um doutor.
E a geração dos smartphones vem vindo.
Que Deus nos ajude.

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