Eu gostava muito de ouvir músicas da Mirelle Mathieu, com aquela voz de veludo, suave, com gaitas francesas ao fundo.
Eu gostava demais de ouvir Charles Aznavour, cantando She e La Bohéme, com sua voz quase rouca, mas marcante.
Eu gostava de ouvir La Vie en Rose, na voz de Donna Summer ou Talitá.
Gostei muito de ver Michel Platini jogar pela França em copas anteriores. Foi um jogador que poderia ter jogado sempre de smoking, tamanha a classe, tal e qual nosso Falcão.
Eu gostava de ler a história da França, dsde a queda da Bastilha até hoje.
Legalité, fraternité, etceteré......
Eu gostava do hino da França, para mim um dos mais bonitos do mundo.
Eu, assim como milhões de brasileiros, me preparei para a final de 2006 e deu no que deu: a França nos ganhou e com show de bola.
Mesmo assim, continuei apreciando coisas da França, o povo francês, músicos e escritores da França.
Enfim, sempre fui admirador de coisas francesas, das francesas inclusive e de obras de arte do Louvre e de artistas de lá.
Até hoje.
Ao mesmo tempo em que me senti vingado pela humilhante campanha da França neste mundial, fiquei puto da vida com a falta de educação do técnico derrotado, em não estender a mão para o Parreira.
Muitas pessoas me disseram que o povo francês era grosso, mas eu sempre questionei.
Depois de hoje, com a atitude baixa deste técnico derrotado, fico mais feliz pela saída da seleção, mas muito puto com a falta de educação deste coitado, em uma competiação onde a amizade deve reinar ao lado da educação.
Vai, prezado monsieur.
Vai praquele lugar que não me permito repetir aqui.
E quando alguém lhe der a mão, cumprimente.
Mesmo derrotado.
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