QUE BOM TER VOCÊ AQUI

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

A DOR

Segunda-feira com cara de dia dos mortos.
Ainda bem que ninguém conhecido tenha falecido, embora muita gente tenha morrido. É a volta do mundo, que não para.
No quarto, deitado e à base de analgésicos, sinto aquelas agulhadinhas que a cirurgia da gengiva revela e a extração de um dente antigo, perido, abandonado, proporcionam.
Na rua, o ônibus bi-articulado cruza a André de Barros a 80 por hora, até a hora que provocar uma tragédia, já anunciada e prevista. Tomara que não ocorra, nunca. Vai ser um fuzuê daqueles, pior do que a Praça Tiradentes.
Em silêncio na cama, cochilo, acordo, cochilo, acordo, tomo Spidufen, Tylenol, água benta e água com promessas, mas incomoda a tal da dor.
Amanhã passa.
Os antigos diziam: "quando casar, passa". Não passa.
Só passa com remédios, mesmo.
E se fosse verdade, quem casou mais de uma vez não sente dor, certo?
Na rua, pessoas encorujadas e agasalhadas comentam o frio e a garoa que vai e vem. Típica cena curitibana.
Melhor começar assim a semana que terminar.
Sexta-feira tem jogo do Brasil e mesmo que seja às onze horas, será outra festa. Será sem Kaká, mas alguém de talento há de entrar.
Fazia tempo que eu não ficava "de cama".
Chato.
Mesmo com opções de jogos na TV e livros parados me olhando, não dá muita vontade de fazer algo.
Então, cochilo, acordo, cochilo, acordo, bebo água, tomo remédio e assim não vejo a hora que passe este dia e amanhã seja sem dor.
Como é horrível a dor.
A dor física.
A dor que maltrata com sintomas percebíveis.
Qual a pior?
A dor física ou a outra?
Aquela que machuca por dentro e te faz ficar acordado durante a noite e sofrendo durante o dia.
Esta já se foi.
Que fique a física.

E que amanhã eu esteja melhor.
Tomara.

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