O dia transcorria normalmente, com seus altos e baixos, recomeço de atividades, etc e tal. Em plena terça-feira, dia 12 de janeiro, poucas pessoas haviam retornado ao trabalho, por enquanto.
Saí do computador, fui em direção à minha carteira e minha neta Sophia, com seus três anos e meio, me pergunta: "onde vai vovô"?? Eu disse que ia até a banquinha comprar cigarro e ela disse que ia junto. Apanhou seus chinelinhos, pediu para que eu os calçasse, me deu a mão e disse: "vou junto".
E foi, de mão dada com o avô, olhando para os lados, olhando vitrines, olhando o movimento. Na banquinha, uma pequena fila e ela alí, firme de mão dada e atenta a tudo. Na volta, cantarolamos alguma coisa e viemos juntos cantando, lentamente. Andando na calçada e de mãos dadas com a neta que cresce e cada diz nos provoca surpresas.
E assim a tarde tomou outro rumo, a alegria voltou ao cenário, a vida mostrou - mais uma vez - que os seus podem sempre trazer a felicidade com gestos pequenos.
Uma caminhada a dois, lenta e alegre, fez o sol aparecer e o sorriso dela aparecer mais ainda quando entramos no elevador na volta para casa.
Que belo momento.
Mais para mim do que para ela, sem dúvida.
Muito bom andar a pé com netos na calçada.
Muito bom mesmo.
Pena que ela foi embora e cá fiquei eu indo na banquinha diariamente, sozinho.
Mas ela volta.
E pra lá eu vou.
Aí caminharemos lado a lado, de mãos dadas, como dois bons amigos que se amam.
Um raro momento, caminhando pela calçada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário