Quanto vale uma vida?
Acredito que cada dia, menos.
Pelas ruas, qualquer imbecil porta uma arma, seja legalizada ou não. A grande maioria não é, como vemos pelos jornais. E o pior: o moleque alí da esquina, parado e te olhando, pode ter uma escondida na bermuda. E carregada. E porta a arma, mas não porta cabeça, ensinamentos, orientações. Como este comprou a arma? É a mesma coisa perguntar: como Ivo viu a uva? Pelas ruas, consegue-se comprar uma arma com certa facilidade, deduzo. Com isso, o crescimento da violência é uma realidade que assusta o país como um todo, concentrando mais em determinadas regiões ou disseminando-se como um problema nacional, de fato.
"Tem um amigo meu na polícia que pode conseguir uma arma", dizem algumas pessoas pelas aí.
E se não for da polícia, alguém consegue.
Daí, quando você menos espera, uma bala perdida(ou não), encontra teu peito na calçada da Marechal Deodoro, da André de Barros, no bairro Champagnat ou na Vila Oficinas. Simples assim.
Como acabar com isso?
Complicado.
Complicado, mas possível.
A começar pela implantação da seriedade. Quem é polícia, é polícia. Combate o crime, prende bandido, guarda a arma apreendida e segue a vida.
Um maior controle na hora da venda, já que é permitida se obedecidos certos quesitos.
E o principal: educação.
Mas aí a coisa já é mais grave.
Falar em educação no país no estado em que se encontra, é um verdadeiro desafio, um sonho de idealistas, uma utopia, de fato.
Estes últimos 12 anos foram anos de estragos no cenário nacional, do material ao social, do volume maior de corrupção à perda total da vergonha.
Nossas vidas passam a valer preço de banana, considerando apenas o noticiário do dia a dia.
E não é só o moleque que me referi no início do texto, não.
A bandidagem corre solta, pois também não tem mais aonde guardar tanta gente.
Muitas pessoas que conheço não saem mais à noite, reúnem amigos em suas casas, pedem comidas e petiscos pelos deliverys da vida e se resguardam de momentos de risco.
Inclusive no delivery, o morador tem que ir na recepção para receber a entrega. O motoboy não pode mais subir pelo elevador em certos prédios.
Fica aqui o registro com base na morte do guarda municipal esta semana em Curitiba.
Em pleno dia, 13 horas, em plena André de Barros, assaltantes mataram o policial rapidinho.
E fugiram, claro.
Mas ao serem apanhados, tomara que "resistam" e levem uns tecos.
Ficaremos livres de alguns e teremos mais alguns segundos de paz.
Nossas vidas valem mais do que simples bananas........
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